quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A REPORTAGEM DOS ACERVOS

            Nada se prevê com a exatidão da certeza... O nada conhecemos de véspera, mas a existência mesma do homem não há bem ao certo, pois seremos algo a se confirmar quando estamos situados em nós mesmos, sem o subterfúgio, assim, de alguma ilusão que nos alicerça de vento. Há fundações que podem ser profundas, mas que por vezes não testemunham o valor de um homem sem a invectiva quase ou sempre indispensável de seus ganhos. Para isso existem os recursos absolutos que têm suas origens no poder, e só por ele é destinado a algo mais justo do que seria justo realmente. Assim talvez possa parecer, mas é a velha questão da justiça e dos seus pertencidos, seus agentes, seus profissionais. Triste seria não acreditar na Justiça, pois o Estado ainda é de Direito. Navegamos por vezes pelos equívocos, pela intolerância, por mentes desenfreadas que não suportam as investidas tão cruas da realidade, que nos mostram que no capitalismo a luta será sempre desigual. Os oprimidos fazem parte da exclusão, e as grandes fortunas sempre tendem a ampliar seu capital. É de modo cabal essa crítica, mas não deixa de ser fato substancial visto não só de fora mas igual, e principalmente, do lado de quem vive neste sistema. Para citar um exemplo abstrato e conceitual: este sistema pensa resolver em partes o que na verdade é total e insignificante a solidariedade para aqueles que sofrem alguma vulnerabilidade concreta, apesar de algumas heroicas e raras iniciativas que remam contra a maré da competição desenfreada e tecnicidade dos aspectos produtivos, não permitindo que outras estruturas surjam como opções revolucionárias que teçam crítica a Comte ou Adam Smith, em suas enferrujadas doutrinas. Talvez o Positivismo seja algo um pouco melhor, mas, convenhamos, tentar conter os avanços sociais de nosso atual Governo com o famoso e fracassado Neoliberalismo, no mínimo é retórica indecente. Indecente porque não prescreve receita real, nem distributiva e, por conseguinte, fracassada socialmente em sua qualidade.

            Pois bem, demos espaço aos argumentos, que a impressão de todos é importante, em qualquer circunstância de nossas vidas, esse é o teor de um debate democrático, e os diversos setores se beneficiam com as luzes que obtemos em uma casa iluminada não na profusão das luzes por si, mas no acervo que mantemos quando encontramos o que queremos...

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