Atado
a um critério de não saber muito sobre o que encontrar na costa, Emílio vira
Elvira caminhando, e não saberia dizer muito bem se gostava realmente dela,
pois que o cumprimentava, mas com a reserva que ele acreditava que vinha apenas
para si próprio. Do que ele observara de sua Natureza companheira, as formigas
estavam assoberbadas com algo, de um tamanho que ele não discernia, mas
resolvera – em tempos bons naquele século permissivo nessas questões –
consultar o oráculo de suas ondas... Sua pele estava acobreada, e outro que
igualmente portava-se autêntico – até demais – possuía igualmente o couro de
cobre.
Esteve
em uma ponta, o encontro de dois pequenos mares, em que as pedras emaranhavam e
conturbavam o encontro. Mas o mar naquela baía não era forte. Dito que não se
possa dizer, pois aquele encerra do clima as mensagens mais absurdas. Viu as
pedras, o término das ondas na praia, mas um começo, no refluir de uma maré que
não se apresentava exata, como efetivamente não possui cálculos. Há que se
sentir algo, e a maré do mesmo modo nos sente, mesmo a depender de
idiossincrasias, no fator humano, em que não nos propomos reais, no mais das
vezes. As pequeninas vagas contavam histórias de rochedos milenares, a que se
dissesse que tinham comportamentos similares, este mesmo que coloca no plano do
infinito algo imprevisível em qualquer interpretação sistemática. Era na cabeça
de poucos verdadeiras flechas de milhões de cupidos que não venciam na alma da
poesia mais beleza do que isso tudo. E ainda se falava de muito, mas que
realmente poucos usufruíam a Natureza como ela se basta desse tanto, repito,
infinito tanto, posto a combinatória não poder com eventos de átomos que nunca
se repetem, mesmo em sabermos que pensemos alguma certeza na quântica, ao que
Einstein se retira da cena para deixar os de coragem divagarem as ciências...
Emílio
tirara conclusões: vivia só, mas não vivia só. Estava com seus seres e era
enquanto a isso, pois não descortinara vida que não fosse ao apadrinhamento de
sua reserva enquanto observador inato, um homem que versava maravilhas a partir
dos modos de ignorância que o atraíam, já que o que pensamos de ser monolítica
a pedra da incompreensão por vezes é seara fértil para que dela nos apercebamos
de cruas realidades em que por vezes um homem é o fato apenas, um homem e suas
procelas internas, seus devaneios e incertezas, as paredes que críamos serem
pedras e por vezes encobrem frestas por onde vertemos de nossas luzes. A que se
ilumina mais, pois aqueles que nada possuem de esperança nesta vida bebem
sequiosamente de uma ausência de preconceitos e prejuízos, a tarefa mais árdua
para alguns, a que para Emílio se soava aparentemente natural, visto sofrer
igualmente em épocas anteriores, que mal sabia se retornariam, ou que a suas
posição não seria traída por ser apenas mais um estudioso. Visto ter suas
manias, e uma delas era estudar, ao sonho de lecionar, como se ensinar fizesse
parte de seus aprendizados como ser. Sabia que um gato ensina a sua prole na
sobrevivência, que um cão por vezes dá cobertura a outro mais fraco e no
entanto mais experto, que um inseto plana e pousa sem que o percebamos, a
trilhar que não trilhemos o fato apenas da moda de comermos, pois não é para
isso que existem, e as aventuras extraordinárias que as deixemos para os
programas de domingo...
Pois
bem, Emílio estudava, os ossos mecânicos da informática, a hierarquia dos
mesmos ossos, as suas articulações o fascinavam, como em uma matéria crua de
engenharia mecânica, uma reinvenção das funções da ortopedia em bonecos de
animação. A proposta era dura, a invenção seria mais difícil, mas a poesia de
Cartago, seu amigo, o infundia, o esmerava. Por isso a vasão das águas que lhe
transportavam, pois não era muito confortável possuir uma enfermidade quase
patibular em reações matutinas, quando de seu refluxo à consciência. Não era
nunca tarefa fácil, já que sozinho temeria algo, como em seus sonhos mais
proféticos. Sabia não poder amar como um homem normal, mas a anormalidade em um
fator o produzia enquanto vivente seus sentimentos éticos que construíam em uma
construção de erguer estruturas que esperava não ruíssem, ou se fosse, refaria,
com o progresso de uma fundação perene em que estivera na lida de erigir por
longas veredas...
No
que encontrasse Carolina àquela manhã, saberia mais a se dizer de muito, pois
falava algo que remontava ao pensamento, jamais censurando palavras e, quando
de pouco, usando filtros de reconhecimento, apenas... Constatou-se na
vizinhança que Carol viria com o namorado, um desses, de excelência
existencial. Paciência, não teria tanto a contar jamais do que esperava fosse,
remontando em palavras perdidas no éter apenas reminiscência de um libelo em
libertar-se, posto sua vida ser um sacrário de arcabouços que se perdem no
tempo, mas não em frações de memória, em que tais cenários nem se comparavam
com as dificuldades das reações matutinas, e no encorpado e nem tão salutar
encontro no externo daqueles que acordam prontos para esmerar conflitos, como
tantos que vemos por encima, no prisma distante da pirâmide.
Vagava, meio vespertino, o dia que
se sobressaía naqueles tempos, e a fração desconforme das ausências perscrutava
o coração dos mais aflitos... De um gesto ensaiado a outro na velocidade da
luz, eternamente recriado, em tempo relativo que desse progressão, ao passo de
regresso menor do que um que não ofende a criação, posto ser mais sábio ao
depender de fontes inesgotáveis, enquanto duram... Assim seria a vida de mais
um homem que se portava inquieto pelos caminhos, sem frações de queda, pois que
se andasse retorcido seria apenas um retorno do já acontecido nos oitenta, e
esse regresso nunca enganaria a história, companheiros, que se faz em torno das
conquistas dentro de uma revisão histórica que busca na antiga receita de suas
própria interpretação a consciência de que a onda na rocha, a partir do momento
em que for compreendida por alguns que acabem por aceitar essa Verdade, a
mescla em lutarmos por melhores dias não se apagará como o mar que lambe nossas
letras na areia!
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