Singra o barco, está de rompante, que o
escolho foi grande nas brumas,
A saber, quiçá de alguma palavra antiga
se sele o perfil do nosso futuro,
Mas que verte na superfície nua das
ondas a vaga intempestiva do destino...
Como em apátridas terras, as orlas
estabelecem certos ultimatos, as rochas
Serpenteiam em veias cruas ao menos
movimento das marés nos cascos,
E um homem tornado capitão sabe ao menos
a capitania de seu humilde barco!
As casas passam a respirar do ar fresco
de uma ilha misteriosa que vem de proa
A que todos os barcos que chegam navegam
ao encontro de sua consciência.
Há quem desse uma isca ao peixe, sem
pensar no arrasto da miséria de um
Que outro contaria ao pescador de outros
mares que não se navegam de dois.
A procela é finita na dimensão da
coragem de suas tripulações, a que saibamos
Que um farol encerra na latitude de seus
dias uma luz que não possui geometria.
Que seja uma palavra de remissão, uma
voz redobrada na altitude de solo
Quando uma criatura dos mares nos
mostraria a dimensão das profundezas.
Muitos navegam em meio ao nevoeiro, mas
que este esconde uma pedra
Que pode ser do tamanho de um naufrágio,
a que ancorar dali se possa
Pois o remendo do navegador sustenta
mesmo que seu barco seja plástico!
E que muitos guris possam navegar com
seus barcos de brinquedo,
Ao que remontemos em nossa remissão o
Natal com a solenidade
Em sabermos que um brinquedo de atitude
pode fazer toda a diferença.
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