O mar perde sua cor por vezes em entendermos
que a nossa alma
Tinge-se com certo rancor de tudo que deixamos
no entardecer
Como que túnicas nascidas no vento e só quem
sabe é o sabor do céu…
Uma pérola é recolhida
incólume, feito pequeno planeta no regaço
De um querer quase
de uma transparência madreperolada em dias duros
Em que as
páginas de outros quereres nos ditam que sejamos turvos.
No
entanto, haverá que se saber que palavras ensaiadas vestem trajes
No
mais das vezes desconformes como o nascer da hipocrisia liberada
Pela
tirania de pensarmos que tudo é válido quando achamos leitura
tal.
A transição é travada por um tempo em que sua
consorte é uma febre
De termos a ganância em todos os nossos
artifícios, quando percebemos
Que esses mesmos desejos nos
impelem a que sejamos ávidos deles mesmos.
Qual será a
semântica do próprio significado que deixamos a dormir
Em
vozes de ignorância febril e, no entanto, sábia por se proferir
Nos
tons necessários a que alguém escute de modo simplista no
côncavo
Das mesmas palavras que se tornam convexas pela
preeminência no mundo.
Há que se ouvir, pois as ditas
camadas da ignorância versam sobre algo
De sua própria
realidade, a que muitos talvez não saibam tudo o que se passa
No
pensar sereno de outros quilates de sílabas que servem a
pronúncia
Do que reside no alcorão do tempo, que rege a
transição entre o antes
De uma devastação que se supunha de
mão única, mas denota francamente
Que os seres subsequentes de
cruentas ofensiva tendem obviamente
A que se responda nos atos
do que foi proferido há muito tempo atrás!
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