quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

UM TESTE DA CONSCIÊNCIA

 


Química jovem que se entorpeça a si mesma
Na questão da paráfrase de uma existência
De um óbice semente, qual a página quase indiscreta
Na vertente da arte, que sobrevivo qual serpente imperfeita...

Não, que não me entorpece a vida mais do que a semântica
De se dizer que a paz seja o merecimento de não se ter
Sequer um carinho no final da vereda
Onde se encontra, túrgido, o caminho das trevas!

Ao otimismo que se seja, de palavras tão doces de ternura de amianto
Quando de vergar se tombe a esperança sobre os costados da resiliência
A saber que, independente da conformidade dos fatos
O andamento da carruagem torna a vida sempre o viés de uma conquista.

A se escutar, ao preâmbulo de uma vida quase sóbria que não se conte
Um chiste, um verbo curto que seja, o pelo encontrado onde não se deva
Na maquiagem de uma máscara oriental de um teatro escalar!

Não, que se não verta que sejamos mais taciturnos, que também amo
O sexo de um flor diamantina, mas acontece que as criaturas que porventura
Pudesse amar um dia são criaturas de uma outra, que as criou
À imagem e semelhança imprópria e distante da mulher que amo.

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