Eu
te peço, entardecer sereno,
Que te brote fecundo em teus
passos
A semente de meu ser em ti.
E desperta a manhã
do repouso
Nas flores em que germinaste
Tantos ocasos e
renascimentos:
Musgos em veludo respirando
Através de
pedras seculares, fortalezas
Verdes nos umbrais e penedias
Da
arquitetura que nos espera…
Resguardo o meu
alicerce,
Não vazo as estruturas enferrujadas,
Pois que as
derreto na forja
A alimentar minha lâmina de Toledo.
As
brasas rompem o lacre e volto,
A lutar até o dia em que
adormeço,
A amar na noite em que pereço,
A querer apenas
que o mundo
Seja o justo que merecemos:
Nas pedras, no
segundo, na palavra,
No que concilia e azinhavra
O metal de
tempero puro e a liga
Simples de teu sorriso claro.
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