segunda-feira, 12 de setembro de 2022

A PROGENITURA DE UMA ALFOMBRA

 

Superfície serena de um ultimato
Que verte na sombra de um asno
E recrudesce pelos seus pés de chumbo
Qual ventre que surge infartado
Pelos tonéis de Quixote não imantados
Pelas espadas da querência, a não dizer
Qual não seja, em uma questão temporal
O próprio tempo não se dá questão
De resolver a dissonância de letras
Que porventura emergem de uma letra
Ao se por qual sol testemunhando a música!

A tessitura, no de por-se o substantivo nodal
Que se anteponha à junção do início
Nas vertentes de um teclado mais ágil
Do que a história mesma do cabal cobol
Do rocambole iniciático do quase exato
Mas que se perde na projeção de um eixo
Que passa a girar em falso em engrenagens
Dispostas, qual diferencial de rotores
Na transmissão faltosa e menos pura na intenção…

Na realidade de uma lupa lunática
O verso de um mesmo asno empunha a certeza
De seus vitupérios algo clandestinamente abertos
Na proficiente linguagem que denota lógicas reversas
Em sínteses onde os movimentos dos peões
Já alargam esteiras dentro da geometria da vitória!

Acampados dentro de pequena ótica de valores
A mesma ciência lógica pretende sumir dentro do trial
A origem da sabedoria criativa e rápida como a luz
Antes mesmo de apertar o botão que circunscreva
Quaisquer significados outros que não sejam
A mesma ignorância que quebra os pulsos do querer.

Não se queira tanto, a vós que anunciamos o tempo
Que, qual alfombra alargada na Pérsia
Reduz a compreensão de um voto que não mais vence
Nas querelas de paixões algo antigas mas reflexas
Na banalidade de um gesto parlapatão de algibeira
Onde não se encontrarão sequer os projéteis
E muito menos os projetores de ditos quais…

Posto não querer-se, amigos de outrora, tanto
O de se querer poder algo, misto de falácia
Com anuências do nada, a se falar se possa
Ao nada dizer do que não diz, falácias poses
De antanhos joelhos vertidos agora no chão!

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