domingo, 30 de maio de 2021

EM TODO O TRABALHO INVESTIGATIVO EXISTE AO MENOS UMA LETRA.

A UBERIZAÇÃO DE UM PAÍS NÃO É OBRA DESTE, MAS DA INDÚSTRIA QUE A CRIOU.

HAVERÁ NA PÁTRIA ALGUM SER REALMENTE PATRIOTA?...

JAMAIS ALCANÇAREMOS A LUZ DA LUA, A NÃO SER QUE SEJAMOS LUNÁTICOS O SUFICIENTE.

MARTE NOS ESPERA COM SEU CALOR DE APAGÃO E COM SUA FALTA DE ÁGUA!

SERIAM OS DEUSES ASTRONAUTAS, OU OS ASTRONAUTAS SEJAM APENAS HUMANOS?

O VEREDICTO DE TODA UMA CONFLAGRAÇÃO POR VEZES SOA COMO UM APITO DE TREM.

QUANDO SE INVESTIGA UM CRIME, POR VEZES A MOTIVAÇÃO DAQUELE DÁ SINAIS DE CANSAÇO.

A ITÁLIA É UMA DAS GRANDES PÁTRIAS DAS ARTES.

A DITA LEVA DOS INCONSEQUENTES SEMPRE SE APROXIMA DO NÃO RACIONAL...

QUAL SERÁ A RESPOSTA DE UMA AÇÃO QUANDO A REAÇÃO SE AFIRMAR NO TEMPO EQUINOCIAL?

MANTER-SE UM ESTADO DE COISAS É OBRA DA INGENUIDADE HUMANA!

TODO O ESTRATEGA MANTÉM FECHADO EM SEU PUNHO UM ÚNICO DADO COM NÚMEROS ÚNICOS.

A VERDADEIRA LIBERTAÇÃO DISPENSA AMARRAS DOS SUBTERFÚGIOS SUTIS E MELANCÓLICOS COMO SAUDADES CRUAS.

HO CHI MIN TINHA UM PODER NAS MÃOS DE QUILATES QUASE SOBRENATURAIS.

TODA A OCUPAÇÃO TEM SUA VALIDADE CONTIDA PELAS ESTRATÉGIAS DOS PODEROSOS.

A EXCLUSÃO DE POPULAÇÕES INTEIRAS É PARTE DE UMA LÓGICA PERNICIOSA E PRETENSAMENTE SELETIVA.

A CUNHA REVERSA DOS ENJEITADOS PREGA A SOLIDÃO ACOMPANHADA, NEM QUE SEJA EM SOLO DE CHÃO PEDREGOSO.

OS SINAIS QUE ALCANÇAMOS

 

          Versa um texto nobre que alcancemos por uma palavra, por um recado, uma mescla de ação, um movimento, um engasgo ou por um termo já consagrado, mesmo que por tudo isso temos errado. Não há de ser uma derrota em vão, visto que no empreendimento das faltas a retaguarda de nossas atitudes há de merecer maiores atenções… Estas que estão no merecimento cabal de tantas as gentes que lutam por se realizarem os fatos que são razões que nada subtraem, pelo contrário, somam e perfazem muitas as vitórias do entendimento humano. Esses detalhes que são o ponto fixo do saber, as quirelas do mundo aparente ou não, o subterfúgio dos inocentes. Todos esses seres humanos que concorrem para o bem proceder algum ensaio que não seja de pífia orquestra, no que tanja essa comédia trágica aparente, mas se requer que pensemos ainda em solução. Não que as regras distem muito dos desfechos desse jogo algo cruento de crises episódicas que podem vir a ter a cunha da doença crônica, mas nenhuma moléstia sobrevive todo o tempo. Especialmente nesse quesito da temporalidade, esperamos por uma razão maior que prevaleça para dirimirmos quaisquer dúvidas que sejam ou atentem no sentido de processos nocivos à existência da humanidade, especialmente no nosso país.
          Se reafirmamos uma possibilidade de Poder generoso às populações que enfeixam nosso sistema, encontraremos um diapasão que ajude a afinar as nossas cordas, haja vista ser essa a afinação de um proceder dentro de uma lógica que ajude-nos a tirar da música a correção nas tonalidades, mesmo que essa música seja atonal… Importa que o compasso seja mantido, e que o ritmo teça boas vozes, queridas no mundo como um todo! Esse processo da musicalidade, de se garimpar estruturas críveis, um sentimento mais honesto no comando e um som particularmente puro nos refaz na conformidade do se bem portar, haja vista a temática do behaviorismo ser tão presente na modalidade da psicologia e seus adeptos, sua adição suplementar e profissional. Essa caracterização tão válida que une o comportamento à ciência. Se, porventura, a tonalidade se torne dodecafônica, muda-se nas claves seus acertos e comprometimentos. Em qualquer circunstância, as oitavas e teclas subsistem, sem prejuízo nenhum à criação da obra. Como concretamente uma coluna há de estar aprumada, e seus tijolos igualmente hão de ser versados no prumo, mesmo que as colunas mantenham a leveza dos projetos de Artigas, como no prédio da FAU-USP. Esse comprometimento estrutural é que deixa o solo na horizontal, mesmo que se construam imensas rampas de acesso. Essa tergiversação entre uma arte e outra nos permite elucidar, através das letras, a consubstanciação do registro e ulteriores processos da leitura, nem que o seja a cada período.
          Assim levamos a existência humana na consolidação algo de furor intempestivo, a ser remodelado em qualquer instante, no exímio divagar e na proposição da concretude da vida! Nada do que seremos será perdido, não obstante termos nossos espaços em uma disposição coerente, pensando bem ou pensando erroneamente, posto o debate existe no “em si”, como prédica hegeliana, ou no caudal rumoroso de nossos atos.
Em síntese, a experiência de cunho na filosofia sempre vai existir como modalidade que discursa na base do diálogo: suas premissas, desenvolvimento argumentativo e conclusão. Existe na confluência a certas letras a semântica dos registros que permite uma releitura inequívoca, o auxílio da pesquisa e a preeminência dos significados, que empuxam em direção ao nosso si mesmo, mesmo sabendo-se da ausência de certas longitudes do conhecimento que por vezes empurram em direção ao “outro”. Essa consecução de ideias fazem-nos concomitantes com um entendimento em direção à Verdade. É uma questão inexorável e inequívoca: os predicados dos períodos e as conjunções frasais. Apenas isso, uma questão gramatical, um saber notoriamente pontual e genérico, num tempo que equidista de tudo.


quinta-feira, 27 de maio de 2021

A MATERIALIDADE DOS DESEJOS

 

           Reste-se a matéria, o mundo material, a convexidade do amálgama sólido dos desejos, o ter e possuir, a posse, a demanda, o complexo dentro de possíveis únicas alternativas, o silêncio de um lagarto no deserto! Essa mesma consorte reptílica de alguns profetas que anunciam as ocasiões do prazer, quando este qual seja o de se retirar da mesma matéria e imergir em uma força maior… Da força que muitas vezes não dispomos, de certas garantias que se rumina no pensamento, e não se cria na mesma consorte, a matéria em si. Algo é unicamente complexo nessa mesma assertiva, e as ameaças ao próximo começam a cansar de suas mesmices, a não ser que se viva querendo que a mesma dificuldade existencial tome a forma nada consagradora da ilusão, esta mesma que se perde no tapete dos incautos. Essa estranha trama que atravessa os sentidos e trama consecuções mais próprias dos afazeres da vida, quais sejam, a não exclusão dos vulneráveis por direito e o respeito às populações de mais idade do que o padrão social que remete à inclusão quase nobre da meia idade para baixo, rebatendo na juventude o ideal de idade de um sistema que prima mais os mesmos jovens. Todo esse caudal que remanesce nos tempos lida com a superficialidade da felicidade imposta àqueles que demandam mais preocupações pertinentes do que o usual…
          Essa relativização do o objeto do conhecimento e este do “em si” remete ao desconhecimento da penúria ignorante, que na verdade é apenas mais uma manifestação de um modo material, tão importante em alguns aspectos como o modo da paixão e da bondade, posto sempre existir, em escalas maiores em alguns sítios, como em outros atravessados plenamente pela ilusão, mesmo quando sabemos que a religião oposta verse sobre esse modal. Os sábios leem sobre tudo, de modo geral, em sua visão escalar, sobre inclusive a poesia que remeta a uma senciência, sobre um tipo de abordagem circunspecta em sua lei, em sua ordem, em sua narrativa. Não podemos obscurecer a ciência, mesmo porque essa palavra tão simples nos remeta à própria realização espiritual.
Talvez não sejamos tão nobres a essa causa, mas esta causa certamente é mais nobre do que todos os seres que vivem democraticamente sobre a Terra, este planetinha azul que aceita as maravilhas do mundo inteiro!
         A nave que foi mandada para o espaço viu que apenas alcançamos o planeta Marte, mas é fácil irmos para
Brahmaloka se nos dispusermos a tanto, tanto que não consta no corretor ortográfico deste processador de texto uma palavra semelhante, ao fator do desconhecimento pura e simplesmente deste planeta onde talvez Seixas tenha botado os seus pés de grande compositor. Pois sim, já que algumas encarnações deste mundo já tenham estado em diversos planetas, com os quais terão aprendido muito, ou em muitas faces de encarnações que expiram seus corpos no corpo de um rato, de uma aranha, de um crab – caranguejo –, ou outras e variadas formas de vida! Quando um mísero mortal chega a um ponto de entender a língua inglesa ao ponto de poder traduzir uma palestra de Prabhupada, chega-se ao ponto máximo da compreensão do aspecto religioso da ISKCON: sociedade internacional para a consciência de Krsna… Apesar de estarmos relativizando até mesmo o conhecimento das religiões como um todo, na importância cabal do Antigo Testamento, alguns homens e algumas mulheres têm um conhecimento tão abissal desse assunto que não se passa batido sobre essa questão religiosa. Este que vos fala não desenvolve perspicácia sobre assuntos outros da tergiversação religiosa, e como desconhece alguma e importante escritura, não pode dar uma opinião muito fundamentada sobre esse assunto.
         Desliguemos os óbices, deixemos que corra solta a fé dos humanos, posto sabermos compreender que o Universo é algo maior do que a Terra, e apenas reiterar que, quando esta foi vista do espaço, viu-se a sua rotação e o fato decisivo que desde a antiga navegação concluiu que não era plana, e Galileu pagou um preço alto por sua genialidade e prova do fato citado!


quarta-feira, 26 de maio de 2021

LIBERDADE ANUNCIADA

 

A liberdade que possuímos, haja vista, de morrermos como autômatos
Indo para as fileiras de um fim de mundo, que não o seja para todos
Mas efetivamente o é para famílias inteiras devastadas pelo vírus.

Onde estará nosso livre arbítrio, se morremos à socapa e tentamos
Escapar da falsidade ideológica que se mostra na cloroquina
E em tantos outros quesitos que suplantam uma teoria conspirativa
Que se cria nas falsidades das fakes, e retornam como uma escala
Dentro do cromatismo contínuo, a não se deixar o semitom órfão…

Dentro de nossas melodias mundiais, teremos por questão
Talvez um modelo de planeta seja melhor na modalidade religiosa
Quando se apercebe do consonante parecer que desponta
Na credulidade de um devoto consoante nos termos de um memento
A partir da mesma crença que o torne um devoto sem tirar seu voto!

Como seria o mundo sem a crença de todos os que creem em Deus?
Talvez fosse o próprio encerramento da Criação, que segue
Nos ditames da Natureza, e segue nos modais conflagrados
Da paixão, da bondade e da ignorância, estes modos
Que reiteram ser o mundo atavicamente uma taberna
Onde uma pressuposição mergulha em um estado presente.

Que seja, a modalidade da ignorância exista
Onde a luz se encontre com trevas, onde a escuridão
Responda ao menos por um átimo de tempo
E exista, finalmente, um diálogo soturno de um tempo
Onde a mais validade de nossas vidas não se encampem.

E onde o termo mais sensato dentro da sensaboria
Não reclame por não ser suficiente dentro da amostra cabal
De que o vaticínio aos enjeitados responda outra hora para tal,
Mesmo que, a partir do momento de se estar na conformidade
A libertação não nos esqueça dentro do prenúncio dos tempos!

Essa questão do livre arbítrio chega a ser consuetudinária,
Posto a lei maior do homem dita o ser por si, o ser em si.

Do ser coletivo há de ser outra lei gigante, que verse
Por se estar em algum lugar bem longe, distante da crise,
Daquela mesma que anuncia que – em outros cantos –
Não se pretenda ser de única origem, mesmo que o anúncio
De coisas mais coerentes não tergiversem tanto sobre o amanhã.


domingo, 23 de maio de 2021

AS ARMAS DOS INCAUTOS

 

Dizia a lenda que os inocentes do modo da ignorância
Ir-se-iam monitorar o ar vital do circunspecto atávico
Que se encontraria no não saber entender a verdade da mentira…

Essa mentira validada por ocasiões derradeiras
De uma sensaboria que beira o fato político
E que nos transborda para o piano profanador
Da arguição que se ressente do demoníaco acaso.

Tantos são aqueles que se dizem de Deus
Que os Seus planos sejam outros, o de dizer
Que a circunspecção seja vocábulo usual
Nas vertentes proximais de uma conduta correta…

Nas axis de uma pretensa veia poética está
Em uma verdade realmente relativa o dom
Que vem para checar o próximo do distante
E alterca o voo sem a dimensão mais proximal.

Para ler certos textos sabemos ter profilaticamente
O requisito fundamental de sermos verdadeiramente cultos...

Por sabermos das correntes marinhas que nos vêm chegando
Ao largo das plataformas de mananciais de escol.

Por fazermos chegar o aprofundamento da ciência da palavra
Relativizamos certa existência das vidas que não cessam
Por finalmente encontrarmos a veia poética que suplanta
Uma desordem que não encontramos em outros meios…

Em um estereótipo de vernáculo encontramos uma esteira
Daquela vaidade sublime que exime o gordo de ser gordo
Revelando o feixe de elétrons em uma situação meio perdida!

Nas sociedades quebradas pelo tempo, creditamos um papel
Com a origem tosca dos pergaminhos chineses
Que, de milênios, sabem mais ao ar do que o tempo
Em que, no altar dos inocentes, reclama o verso por si mesmo.

E veste-se de rumores a fatia mais nobre que encerra o ato
Quando dispomos de uma ciência tragicômica de uma ocasião
Em que a Natureza refaz seus aspectos mais sonantes a um.



A APOLOGIA DA EXCLUSÃO RELIGIOSA

 

          É muito raro sabermos com profundidade o que nos faz excluir o próximo… A expressão ponteia os quadrantes que rumam para o homo faber, o saber do homem, da mulher, do outro, daquele indivíduo que praticamente não perdura muito nas suas escolhas, de uma profunda questão cultural, desde um yanomami, até um quase vate, um cientista, um grande homem ou mulher da ciência. Disso de enumeração, um enumerar-se homem ou mulher, e mais que não se bastasse, bem entendido seja, sem de qualquer modo excluir na exclusão… Como se bastasse vivermos a partir de Nomenclaturas, como se Stálin repaginasse a história, como se uma doutrina fosse a cartilha da hora, na vertente algo cáustica que excluiria e devastaria consciências. De um número qualquer, as hordas dos mentecaptos não fazem as mossas de consciências supremamente favorecidas pelos ditos que somos, da raça humana, uma semana do trabalho de Deus, como Gil bem fala em sua música. Talvez não seja um fato, mas que Deus trabalha rápido isso é inequívoco. Posto em cada perspiração Dele milhões de Universos passam a manifestarem-se, e isso é apenas a relativização da Criação, pois Ele é o Senhor dos Universos manifestos e ainda não manifestos, a causa última, a dilatação Suprema e a contração Suprema… Se disto não fora, não teremos sequer a sensação da grandeza de Krsna! Isto reside nesta literatura como grandiloquente não fosse a impressão primeira da devoção: reside portanto, possa ser tomada com a Lei Suprema, o encarte que objetificamos, o resíduo das consequências, a palavra última, um suspiro quase terminante! Dessas questões da Criação devemos nos conscientizar, pois que na literatura bíblica também está o trabalho de Deus… Não se trabalha muito com isenções particulares nesse caso, claro está que os bíblicos almejam o Poder em muitos casos. Confundem religião e poder, classe com faces, óbulos com graças, prosperidade com comunhão, ou quimeras da ordem do vaticínio com o improviso das profecias, e essas práticas são muito comuns hoje em dia, sem a tolerância esperada, a luta entre vertentes cristãs e a estratégia maquiavélica de obter o mesmo poder descrito acima.
         Porquanto a verdadeira religião é o
religare, termo latino que significa ligar-se com a divindade, suprimir atividades inauspiciosas por outras que sejam auspiciosas, realocar vértebras prementes na coluna que enfeixa, ou nos enfeixa na bondade, sem conflitos de qualquer ordem e sem a busca do poder que torna a religiosidade motivo de contendas, posto a cada qual deva ser dada a participação em uma plataforma religiosa, e não há a menor possibilidade de dividirmos a fé entre farsantes e tolos, pois que seja a religião a religação com o Supremo, e nestas palavras a ressonância há de ser gigante!
          Neste ínterim, pensemos melhormente conforme o que nos dite o caráter, a profusão da arte, os bons caminhos, a precedência que vem sempre em primeiro lugar, o estágio regulativo da nossa memória, a projeção a partir do presente, e o relativo futuro em uma Era que vem para ficar muito tempo: a Era de Ferro. Que esta não nos demande tantos estragos, mas pelo visto há lugares no planeta que se tornam infernais, como a Síria e a Palestina, em que seus cidadãos vislumbrem o paraíso um pouco mais tarde, assim como a vida de sacrifícios e penitências, e não de confortos, realmente leva à perfeição espiritual.


sábado, 22 de maio de 2021

O LADO INCOERENTE DO NADA

 

Braços inconformes alteiam sons que não significam
Nem ao menos o nada sutil reverso de uma medalha
Em que jamais fora prêmio, justo que não recebido
Em uma matilha incessante e voraz atrás de sucessos!

Resta saber a premiação dos inauditos, benquerentes
Do nada, a saber, que de um pressuposto inexistente
Capitula-se a não proferir a veia mais nobre
Que perpassa em correntezas de um descaso qualquer.

As vertentes de uma corrida entrevada na pele
De uma face quase hedionda por letras rubras
E de tantas outras quase atávicas por pressão e voz
Que de falar nem de tudo o que reste a poesia é proibida…

Resta saber que no inglês a validade de uma letra
Assenta como idioma fundamental, como em um sonho
Em tergiversar o irreconhecível com o patamar da vida
No caudal irretocável de uma frequente e grande maré.

A maré que suplante tudo e todos, qual a poesia que floresce
Dentro de um imo individual postado para um coletivo
Que seja –
to a couple – no cerne do distinguível
Ao seja no cerne da dimensão causal da libertação!

Posto que a variante de um idioma há de diferenciar
O solstício do equinócio, o quente do frio,
As sombras da origem da luz,
O freio do galope,
O chão do céu,
Ou a ira do amor…

Os lados convexos do pensamento
Nos fazem abdicar do seu oposto côncavo
Quando passa a irradiar na sua forma
A relatividade de algo maior do que a narrativa.

Esse inenarrável modal de uma frente de luzes
É que nos traz a Verdade em seu imorredouro
Dilema que não suporte a velocidade de um rato
Quando carrega
Ganesha sobre seu dorso.

Isso de mostrarmos a circunspecção de nos retrair
Veste de um rumor algo absoluto nas vestes de algo
Quanto o de supormos que a invectiva da ignorância
Não é menor do que a opulência cruenta da maldade
Que se encobre de uma notívaga impressão
E retrata a covardia de se sublimar o sono sagrado!


sexta-feira, 21 de maio de 2021

UMA SAÚDE BEM FIRMADA

 

           Podemos convir com uma saúde equilibrada, sem os contratempos de uma sociedade doente… Poderíamos ver, como uma plataforma de ensaios e erros, a dimensão salutar de como fazemos de uma sociedade algo de modo quase sutil as veias de uma transição que desponta ao que desejamos, a ver que um case social mereça nosso maior respeito. No que venhamos de certas regiões da compreensão humana, no que venhamos de certos paradigmas existenciais. Aonde por quem olhamos, vemos inquietações, por navegares errados, por pressupostos famélicos, por questões de não vermos mais quase nada, por caminhares sem sustentação, por estarmos na dúvida de questões sem a glória de sermos sencientes ao menos, de sermos quem somos sem o sustentáculo de nossos pareceres.
          Viremos de encontro ao nosso imo mais sagrado, na sustentação de nossa presunção, de nossos afazeres diários, na direção de nossos relicários mais sagrados, na intuição em que percebamos os caudais mais nobres, em que sejamos os maiores solidários, como em uma boa camaradagem que firme os homens mais aptos para isso, e que relembremos o que quer que seja esse modal do espírito…
           Essa arguição que nos enobreça cada vez mais, no que seja ao viés da transição de uma posição retrógrada para uma progressista, e que cada vez mais se pretenda relocar as forças que possuímos para que enalteçamos o porém de nossas latitudes no pretender sejam as forças as nossas frentes de trabalho, a se dirimir qualquer dúvida a respeito de quem quer que sejam os cidadãos. Essa prerrogativa tende a esvaziar as circunstâncias que nos colocam em palpos de aranha, porquanto versa sobre o bem portar-se perante qualquer fortaleza que nos coloca a virtude dos homens…



quinta-feira, 20 de maio de 2021

TRÍADE DAS SUTILEZAS DA ALMA

 

Resta sabermos quais são os poderes
Que enfeixam a parte onírica do seres
Que humanos sejam: uma, a reminiscência ocre,
Duas: a reminiscência verde
E três: a reminiscência carmesim…

Três cores encabecem sem a harmonia cromática
Que desejamos no caudal imorredouro das feras
Que encabeçam a tríade dos mortais que sejam
Na imortalidade que resiste a mais não poder
Nas frentes que não encabeçam a via de se alcançar…

A veste serena do que se alcança sempre no querer
Retrai o substrato daquilo que vive no feixe
Que demanda sabermos a botânica dos seres
Sem redimirmos repetições do eclesiástico.

A vereda pede cena, pede uma imagem qualquer
Que seja melhor do que o negrume onde não se vê
Qualquer falha de caráter, qual a dimensão de um que sabe
O que se nega por não saber tanto do que manda a ocasião.

Daquilo que não se sabe, do quinhão do reparte em comunhão
Na vértebra anunciada antes do dia prescrito,
Seríamos consoles de comércio mesmo sabendo
Que a vida não se resume tanto na loucura do nada…

Não nos resumimos no tanto de não querer faltar
No lado ecumênico de um dito religioso qualquer
Posto a religião possa ser uma fronteira
Em que o Cristo possa ser uma diferença de fronteiras!

A fim de prescrevermos uma temática quase ausente
Tenhamos a dimensão nada escatológica
Dos seres que navegam por um limbo renitente
Ao que os mesmos que somos maiores
Respiremos o vernáculo do auspicioso…

Na erudição de um homem possa estar regular
O seu propósito existencial, assim de se ver
Que a parafernália religiosa esteja em consonância
Com o que se pretende ser o Catolicismo uma Verdade!

E isso tudo que não refaz o nosso continente seguro
Relembra tempos em que outrora não conseguíamos proceder
Em vertentes claras e absolutas naquilo que não veríamos ao relento
Uma forma de dizer a Verdade em um altissonante plano gigantesco.

Resta saber ao menos o que nos espera quando,
De um tempo de agruras remonte o nosso século
Quando detrás das lides alterca um lado
Enquanto esperamos melhores dias que virão!


segunda-feira, 17 de maio de 2021

MAS A VERDADE QUE NÃO É MENTIRA

 

Troca-se o dia por um ano torto que nem o que não termina,
Refaz-se uma água por duas do que se imagina não se ter,
Veste-se o rumor de uma antiga glória, por saber-se
Não se ter a noção concreta do que se diz no desenho…

No escrever-se quase tud
o o que se pensa revela-se
Um quadrilátero de funções sem a noção exata
Do que dizer realmente seja a primeira e não a última linha!

O alvorecer de uma ideia consubstancia-se no espaço
Assim como crescemos com a mentalidade nua do escopo
De tantas as reminiscências ocres, de tanto o se dizer
Que embalamos as esperanças como frutos de um saber.

Dista o coração do saber-se cerebral ou famélico.

Não se venha portanto dizer que o não é o sim, ou que o cru
Está cozido, ou que a mentira torna-se a verdade encoberta
De quem a quer dessa forma, uma
fake de poder insípido.

Não, que convenhamos que as fontes sejam idôneas,
Que o látego da farsa não assombre nossos signos
E que, simbolicamente, dentro de nosso rumoroso ideal
Prossigamos com a verdade como timão de nossos barcos.

Paremos com a noção errada que a Verdade é relativa,
Que o mundo está a se acabar e o vale-tudo é aceite
Em um caso qualquer de plataforma religiosa e maquiavélica
Onde o não pode afirmar e outros sins podem negar…

Não, que não estejamos nessa face da dúvida certeira,
De uma Era de Ferro que não transmuta jamais,
Posto a esperança é título de uma nobreza de caráter
Onde integra a força a voz de quem tem mais a dizer de tudo.

A mentira não voga em predicados, não azeita a concordância,
Passa rente ao vazio, perfaz crianças no caminho da ignorância,
Refaz modos nada salutares àqueles que têm fome da justiça
E reitera a obscuridade em plena luz solar, mesmo quente: fria.

O que se denota dessas prerrogativas nada críveis, é como se uma fivela
Não fosse servir ao cinto, é como se uma calça virasse de moda
Alterna em seu próprio tempo, como se uma meia parasse de pé
Ou como se a gravata não encaixasse nos nossos contidos pescoços!


sábado, 15 de maio de 2021

OS SENHORES BEM APESSOADOS

 

          Não me lembro onde conheci aquele homem. Estava de abrigo certo dia, um abrigo preto, com cinzas nas laterais. Era, ou parecia, conforme, justo, não destoava de nada, e minha necessidade de falar algo agora se pronuncia. As feições eram de um idoso, e isso reconheci prontamente. Teria poucos anos à sua frente, tal o feitio de sua estirpe… Já era um tempo relativamente frio quando o vi saindo de um escritório de contabilidade, e nisso já contava sexta-feira. Eu gostaria de ter trocado palavras com esse senhor, mas seus olhos de ancião estavam pelo modal do triste.
          Tantos são os homens, os gays, as mulheres, as lésbicas, tantos são os gêneros e, no que pude arguir, ao homem, este senhor, nada importava pois, ao seu olhar tudo era da natureza humana. Eu não tinha predisposição a julgar algo e, de qualquer modo, só me importava ver tatuagens algo excêntricas tanto em braços femininos, que imaginava como seria no resto… Algumas imagens apareciam como caveiras, lápides, cruzes, e me imaginava cravando no meu braço a palavra Radharani. Mas não, pois teria que me lembrar sem referências escritas, pois de certo modo eu gostava da ideia de não me perder fora da devoção, querendo ser apessoado no sentido de ser de bom costume, de um comportamento exemplar, que pudesse ser enquadrado como um cidadão ilibado. Como me disse certa vez um devoto de Prabhupada, eu deveria dar o exemplo, posto a rebeldia eu já havia depositado em outros e tenros anos. Mas aquele senhor chamou-me a atenção pois seus olhos denotavam uma grande existência, um quinhão repleto de luzes, algo fortes em seus olhos claros. Levei a termo um legado, um simples olhar, posto me bastasse assim o dia, um dia em que encontro um monumento anônimo, como uma montanha que ainda não conhecemos.
        Nunca redargui muito a respeito das idiossincrasias distantes do meu entendimento: o homem idoso sai de um escritório e entra em uma padaria, e esse movimento me pareceu sublime pela força e vitalidade de sua experiência. Os olhos são o espelho da alma, e assim a gente continua a pensar ou a intuir a vivência dos seres, desde um mero gato, um cão, o movimento de um pássaro a algo mais, a vivência de um ser mais próximo como o senhor em questão, posto possuir o dom da fala, esse tesouro franco quando sincero, e não a tirania das entrelinhas… Não tinha como conversar com ele posto estar taciturno em seu silêncio, e apenas imaginei ser um velho quando mais idoso com essa mesma força de espírito. E senti ganas de ser velho, talvez mais velho do planeta, coisa que demora ainda alguma década ou duas.
        Na aparente via de sermos mais jovens ao querermos ser mais jovens, existe um contraponto em querermos bem envelhecer, tornarmo-nos mais experientes, não um objeto de descarte e, sim, uma demonstração de afeto pelo mundo: isso de envelhecer… Gostemos de superar os obstáculos, cuidemos de nossa saúde, minoremos as faltas, que o tempo eterno nos leve quando for nossa vez, posto enquanto cuidamos de nossa saúde ao bem-estar da experiência regula o tempo de nossas vidas!

JÁ TEMOS DADOS MOSTRAS DE QUE A ESPÉCIE HUMANA NÃO PROIBE A DEVASTAÇÃO, QUANDO NO MÁXIMO APENAS COABITA NO PLANETA COM ESSA EQUAÇÃO MONSTRUOSA.

QUEM DIRIA QUE O MUNDO FOSSE MAIOR E MELHOR, MAS O ESPAÇO QUE TEMOS VAI SENDO REDUZIDO PELA DEVASTAÇÃO PANDÊMICA.

UM HOMEM PODE SER IGUALITÁRIO, QUANDO NÃO OUSE AGIR COM A ARROGÂNCIA CHAUVINISTA DE UM PÁRIA QUALQUER.

GRANDE COISA SERIA COMO AS MULHERES, MAIS COMPETENTES COMO MUSICISTAS REGESSEM AS ORQUESTRAS DA ADMINISTRAÇÃO DOS PAÍSES.

O TENTAR-SE SUPERAR IMENSOS OBSTÁCULOS TEM A VER COM UMA COMPETIÇÃO DE SI PARA SI MESMO, SENDO A FRENTE DA LIBERTAÇÃO DE NOSSAS GRANDES AMARRAS.

MELHOR SERIA SE A IGUALDADE PONTUASSE NA REALIDADE DO HOMEM E DA MULHER, POIS O NASCITURO NÃO NOS DÁ ESCOLHAS.

TENTAR SERMOS MAIORES DO QUE EFETIVAMENTE SOMOS TRADUZ O SIGNIFICADO DA PALAVRA GANÂNCIA-EXISTENCIAL.

ABDICAR DE UMA NOBREZA POÉTICA É COMO DESCARTAR A VIAGEM QUE SE TORNA O MANANCIAL DA VERDADE.

UMA FOTOGRAFIA NÃO RETOCADA REVELA SEMPRE O INSTANTE ÚNICO DA PRESENÇA DO REPÓRTER EM UMA REGIÃO...

SE PORVENTURA AS AGRURAS DE UM TEMPO NOS INVADE OLHEMOS PARA OS LADOS IMEDIATAMENTE CIRCUNJACENTES.

NA VIDA NEM TUDO SÃO FLORES MAS PRESERVAR AS QUE HÃO HÁ DE SER A EXPERIÊNCIA MAIOR DOS NOSSOS GANHOS.

SE EM TODAS AS QUERELAS DE VALENTÕES SE DIRIMISSEM AS DÚVIDAS, VIVERÍAMOS EM UM ESTADO DE SÍTIO.

QUE SE ELUCIDEM VASTAS QUESTÕES DA CULPA, SEJA DE QUEM E DE ONDE SURGIRAM.

NAS SUPERFÍCIES DE UM CRIME RESIDEM RAZÕES QUE NÃO EXPLICAM ABSOLUTAMENTE NADA...

NA VERTENTE DOS INOCENTES DE ESPÍRITO ESTÁ SEMPRE PRESENTE A MALÍCIA CAMUFLADA.

NO ALTERNO DE UMA QUESTÃO INGLESA ESTÃO AS MARCAS DO ANTIGO IMPÉRIO.

UMA TIRANIA COMUM NÃO TEM NADA A VER COM OUTRA COM MAIORES GRAUS DE COMPLEXIDADE.

EM UMA AMIZADE CONFLAGRADA PODE ESTAR A RAZÃO PRIMEIRA DO ENTENDIMENTO!

UM PEQUENO GESTO PODE SER, NO ÁTIMO DE SUA INTELIGÊNCIA, O QUE PODE FAZER A DIFERENÇA.

SE TIRÁSSEMOS TODOS OS ARTIGOS DE UM PARÁGRAFO NÃO SABERÍAMOS DE QUEM ESTAMOS DIZENDO ALGO.

A PARÁBOLA GIRA EM TORNO DAS PALAVRAS COMO UM ALUVIÃO GIRA EM TORNO DE UMA ROCHA OU DE UM BAIRRO...

O TORMENTO DOS DESAVISADOS PARECE UMA PROFECIA QUE NÃO SE CONCRETIZA.

quinta-feira, 13 de maio de 2021

O ABC DA LÓGICA


          Entendemos – no geral – tão pouco dos numerais e, tampouco da lógica. Esta refaz caminhos, estende territórios do conhecimento e alimenta quantitativamente o espírito dos homens… A ciência da lógica subentende os caminhos da razão. Desde o pensamento expresso até os desafios do desconhecido, vemos uma aura capitular brotando do certo, do errado, da Verdade, do fake, do sucesso na filosofia, do entendimento cabal e do cerne de bons conteúdos para se aprender primorosamente os albores da ciência. Como na elucidação de um fato, como na descoberta de um andamento qualquer matemático, como no mapeamento estelar, ou na rigorosa manifestação de um empuxo em uma aeronave, temos como pressuposto o andar que não se verga, posto lógico e científico. É como se víssemos que um grande big bang tenha se formado em nossas origens de planeta, como se o Universo inteiro conspirasse a nosso favor na manutenção do conhecimento empírico do homem, com sentidos limitados, mas com o recurso extremo da razão que os potencializa de modo exemplar! A lógica se identifica com o ludens ao qual o homem pertence: o jogo, o jogar-se, o competir-se, como se fora a identificação de um tipo de mercadoria que se chega de manso, mas que subentende ser apenas feijão, trigo e arroz…
          Sobrepor um patamar sólido em nossa querência da justeza necessita a lógica jurídica, as palavras no lugar exato, advogar-se em busca de uma lei que nos reja. Afora isso é estado das coisas, é coisa inanimada e caótica, é trazer à tona o monstro em que por vezes se torna no nosso ser, do ser em si, do ser o nada. Sem aprofundarmos e promulgarmos leis mais justas para todos, não haverá cisão e união entre o Estado e seu povo, pois a lógica inicial e mais básica traz à tona os desejos aos cidadãos trabalhadores no regime da integridade de sua saúde física, psíquica e espiritual, nisso coabitando os fatores trabalho e ganho justo. Sem essa mínima prerrogativa lógica, que porventura cria um mercado interno pujante e alavanca a Democracia do ganho e da reserva de consumo, não há lógica na ciência que justifique uma Economia do desastre. Esse vintém somado, esse quinhão de reparte, a justa e justíssima distribuição das rendas do país é que traz em um sentido lógico e direto o combate numérico, algébrico, contra a carestia que não pode justificar um mundo ou um país com alicerces diretos na pobreza de sua população.
         Passando da lógica dos sistemas computacionais favoráveis à manutenção de instituições bem alicerçadas, vemos na outra ponta uma economia bem fundamentada na questão da sustentabilidade, onde as nossas riquezas sejam melhormente distribuídas, dentro do âmbito de uma nação equânime e justa socialmente.
         Finalmente, a lógica pressupõe uma governança laica, desautorizada da cunha reversa na autoridade religiosa, pretensamente cristã, quando prega em suas virtudes o ganho material como uma espécie de bênção, posto materialmente não se deve pregar nada além do estritamente necessário, no conjunto de condições e situações do povo brasileiro. Logicamente, se um ser se alicerça em forças contrárias ao interesse da democracia – porquanto frágil ainda – de modo a solapar os sonhos e as utopias saudáveis de toda uma massa de gente, deve-se obrigá-lo a rezar conforme a cartilha do sistema e não permitir que esteja, depois de um recuo salutar, a tentar entrar pela porta dos fundos, pois o próprio e lógico sistema deve ter retaguarda forte e manter as frentes abertas ou fechadas conforme o que se quer de nossas populações… Afora isso, não haverá frente que dê conta contra enormes índices de caos e desintegração social, porquanto não reside nisso uma justeza de caráter mais do que necessária em qualquer processo civilizatório das nações do planeta como um todo.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

DUO E FLEXÍVEL

 

Duplo e veraz é o cantar das paredes flexíveis
No ruminar das vozes, no canto primeiro de um vate
Ou em uma profecia de um livro antigo que rege
A canção suficiente para um momento,
O ferro que verga,
O esperar silencioso,
A matéria incomposta,
O estofo de um alambrado
E, seguindo na mesma ordem:
A previsão simples de um predicado!

No montante de ossos multifários
Vem certo ressarcimento dos danos
A pontuar esqueceres distantes
Daquilo que se nos espera no diletantismo…

Esquecemos secretamente dos nossos lados
Enquanto exercemos uma patifaria normal
Na vértebra causal dos inocentes de alma
Quando o que se segue é uma música afônica!

Do se rogar que compreendamos a língua pétrea
De nações em frangalhos, esfrangalhando a bússola
Que não nos leve compulsoriamente ao Norte
Quando de si para vós esperemos a noite chegar.

O dito pelo não dito, a história que não se apedreja,
O fato quase consumado, o monstro do lago,
As vertentes silenciosas do rumo,
O pátrio verso da alcova
Que diz que se remonta
Na estirpe caudalosa da inocência
Quando o que se quer não é propriamente ganhar…

Mostra-se o anúncio na soberba de sua vez e voz
Propriamente disseminando a filosofia do sexo
Quando o que se quer seja ao menos o gesto
Primoroso da continuidade sábia da sutileza!

E seguem os promontórios das virtudes
Anunciadas por quem possui seus quantos
Da maravilhosa redenção do seu multiplicar-se
A saber, que nunca se ganha o suficiente
Quando o que se quer é ao menos participar do jogo.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

A ANUÊNCIA DO ESTAR SEMPRE

 

Sempre estamos em algum lócus sagrado ou não...

Em um sítio que relembra antigas joias territoriais,
Como em um game e suas mecânicas, como seja praça
De pensamentos algo leves, sem guerras concomitantes
Que não colocam em xeque a atitude dos soldados…

Dessas joias que sejam ouro, do emitir sinais verdadeiros
Como um morse em uma embarcação encouraçada,
Como uma força que não se ponha em palpos de aranha
Quando de suas prerrogativas a chamemos para o seguro
Que verte de nossa Pátria para o povo e vice e versa!

Um homem pode não ter cabelos à sua frente,
Uma mulher possa ter a mecha de sua sensualidade,
Uma criança pode pensar quase como um adulto

Quando de suas recordações poste-se como um homem
Que no futuro dará glórias pelas palavras que proferir.

Um de galápagos pode nem saber que Darwin existe
Nas suas noções algo derradeiras da mostra genética
Que hoje tanto ajuda a investigação derradeira
De casos omissos pela ausência das provas cabais
E que, no entanto, enfeixa a ciência na sua elucidação!

Hora o que se pede é que sejamos homens e mulheres
De talhes nobres no caráter, da continuidade da bondade,
No justo que seja da Justiça, na opção contínua pelo pobre,
Na ingerência das forças pela coerência de um juramento
De poder servir e proteger a quem quer que seja o vulnerável.

Assim de lei que a tenhamos sempre, sempiterna,
Quando o que esperamos de muitas populações
É sempre o condizente com a farsa e que, na verdade,
Ocultamos por vezes a ordem que se faz na oclusão
Da mesma verdade por interveniência cabal do engano...

terça-feira, 4 de maio de 2021

MUTATIS MUTANDIS

 

Sobre uma esteira de vaidades, sofre o ser que não sabe interpretar
Uma linha que seja, um parágrafo variável, uma forma que se respire
De melhores ares, de um arcabouço poético que não falta jamais
Ao que seja de se bem melhorar, a uma mudança propriamente dita
Dentro do escopo blindado por flores na nossa intenção renitente…

Dessas escarapuças convexas de moto-contínuo, haja sempre a perplexa
Moda da cor grená, do gris, do preto, um ébano de luto sem sabermos
Se o que voga é a cor do boné algo laranja, dentro dos cinzas sem luxo,
Dos escapares silenciosos do padrão, se o cáqui torna-se uma cor
Que permeia a significação do belo e suas hierarquias sem conta!

Desse universo das cores, quem sabe uma indumentária floral,
Uma mandala azul na camisa branca, uma gravata italiana bem posta,
O redarguir que queremos mais as cores do mundo, a cor da terra
Em uma jaqueta de couro sintético, um alimentar a esperança
Com todos os verdes do planeta, incluso o Veronese de um Paolo…

Se as chagas são vermelhas, quem sabe usarmos o vermelho
Como um símbolo de libertação cristã, ensimesmado com o lilás
Das católicas, em um amanhecer onde o Bispo dá seus sinais
Nas catedrais do mundo, em que Notre Dame signifique mais
Do que qualquer significado mundano que possa advir de tanto.

Se coloca tanto do mundo católico que a esteira supracitada
Não verte o caudal merecedor de um Papa Santificado
Por sua renúncia ao conforto, por não estar no simbolismo papal
Com seu modo de render-se aos confortos materiais
Mas apenas fazendo os votos de peregrinar e pregar.

Mutatis Mutandis, o mundo gira, o mundo cresce e fica melhor
Mesmo com a crise pandêmica que assola a tudo e a todos,
Pois melhor seria fosse um país que se inventasse
Na forma e no caudal da esperança, no negar-se a política
Pelo menos agora que todos estamos com o mesmo problema…

Posto que essa luta ideológica acaba por fazer fenecer atitudes!

Que poderiam estar mais seriamente vinculadas por melhoras
Em um panorama mais nacionalista e cabalmente focado
No que se tem de bom ao que não se tenha de mal
O mal por si e de per si, quando queremos impor o absurdo...

segunda-feira, 3 de maio de 2021

TRABALHOS INOMINÁVEIS

 


Tantos são os trabalhos que nem todos são registrados.

Lidas maiores, lidas menores, trabalhos que resguardam vidas
Na medida em que o vetor saúde seja circunflexo em todos os modais…

Nem que teçam considerações pífias a respeito, nem que o gesto
Do prumo permaneça inalterado mostrando a fieira da obra,
E nem que o esquadro não limite o ângulo do operário.

Factotum será o perfil do trabalho de outros, que não perfaz
Todo o diálogo com a matéria, mesmo que esperemos o farniente...

Quando tudo o que é de obra ganha, e tudo o que é ocioso perdura quase sempre.

Quando o ócio do labor se ressente de ficar no intelecto, no que não se faça
Uma reprimenda experimental naquilo de prosseguir o espírito da lei…

Se faça uma lei da intelectualidade nada nociva posto esperança
De encontrar nas palavras a cunha de uma moeda nobre
Que ao menos signifique o real e seus grandes recursos
Naquilo que investe mais e melhor nos ganhos plausíveis.

Se arca com entendimentos financeiros, como uma moeda ainda forte
E que, no entanto, pode fenecer de um átimo a outro, e que vigiemos
Uma economia exemplar a fazer o ganho do trabalho algo vivenciado e cabal.

Ganha-se muito por um bom trabalho em qualquer circunstância
Em que o muito pode ser até certo ponto relativo
Pois, ademais de toda a paráfrase do referencial e seu contexto
Congelemos a contextualização que não vem ao caso minorar ganhos!

A se conhecer uma equipe de um Ministério não foquemos no super
Posto não haver superestrelas no céu diamantino de uma Pátria
Quando não supomos vértebras moles em uma coluna de pedra
Que são de duas em duas, ensimesmadas com o arco fundamental.

É bem românico o estilo, de paredes curtas, sem a verticalização
De um gótico, posto esperemos de uma igreja dessa ordem
Relembre os templos de São Francisco, entremeados com arbustivas

E pássaros maravilhosos e todos os seres de sua querência…

Em uma verdade única e sem subterfúgios carecemos de real devoção
Em que a pátina do tempo resguarda a si mesma a relação quase carnal
Entre corpo e a espiritualidade, acabando por reiterar a vicissitude
De um trabalho de longo escopo e anuência em prosseguir sempre!


sábado, 1 de maio de 2021

A TERRITORIALIZAÇÃO INVENTADA

 


Quão somos fracos na matéria das fronteiras
Em de que não dispomos de outros recursos senão a fantasia
De sabermos muito pouco da cultura de cada qual
Posto não a vivenciarmos em locus, de não sabermos
A fachada que significa um país e suas portas quase serenas…

Imiscuir-se nos problemas das invencionices gera guerras
Não apenas diplomáticas mas de fato, com a fanfarronice
De estarmos soberbos nas questões dos limites a se respeitar!

Uma vida nunca deve ser emoldurada além da pintura.

Se devemos prosseguir na diversidade, que esta seja
Sem o prenúncio de fronteiras que não equidistam aos territórios…

Coloca-se um sinal no fim da frase, feito reticências cabais
Que nos transportem a um caudal imaginativo
De sobremodo registrado a uma anuência de um predicado
Que seja o fim do território da frase e que se prepara
A outro, a prover do significado semântico o que se esperava.

A poesia quase inexiste, quase joga a toalha na lona,
Percebe a questão que se encerra na latitude dos inocentes...

Que sejam, espiritualmente e cabalmente circunflexos.

A mais de se doar, que seja a doação universal, qual movimento
De uma ida e de uma volta, a saber, na longitude de um fuso
Onde doze horas perfaz a diferença do que creiamos distante.

A Terra como esfera girante, a revelação nos seus territórios
Quanto de um verso súplice caminhe ao lado de uma versão
Que nos empunhe fatores que não rejam uma vertente, um caminho
Nas entrelinhas de qualquer contexto, em uma sílaba pronunciada
Ou na palavra que sirva como anunciação…

A se prosseguir seguindo fileiras, a se admitir um colóquio amoroso,
No redarguir consonâncias, no encontrar maneiras outras
De dispor de contra contendas nos versos que encontramos embandeirados.

De refluir sentidos teremos uma etapa subjacente a uma versão mais afoita
Em uma metáfora renitente sobre a beleza da montanha quando se debruça
Sobre o espelhamento do mar, tal de fazer parte do oceano que dilata
As partes mais merecedoras da arte, justo: me complace más que el mar,
E para tudo existe a água, a terra, o ar, o fogo, o éter e um grande pensar!