terça-feira, 17 de janeiro de 2023

O VENTO RESSENTIDO

 


Amálgama de rancores sortido com véus
Que a face não retira tão facilmente do viés da poesia

Mesmo que esta seja pétrea como um diamante bruto
Em que escala de obreiros não talham sua superfície…

Nas noites de refrescos sutis o pensamento cambia
Em modulares carnais que justificam certa ternura
Quando a ausência por vezes verte a certeza da maldade

Na profícua ilusão de se estar certeira na plêiade lógica.

Não se passa o vento morno por entre as penumbras das pernas
Quando aquela mão máscula reduz ao objeto que o cobol assinala

Dentro da invectiva quase impossível de estar cumprindo
As ordens da estrutura que pensa ser possível a vitória com a opressão…

Não, que o perfeito negado, não que o seja, a perfunctória programação
E estaremos profissionais, que seja, não queiramos ternuras inalcançáveis
Posto o poeta foge como o diabo da cruz frente a uma linha de raciocínio

Nesta investidura dos botões que tanto ele ama na mulher...

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