quarta-feira, 7 de abril de 2021

UMA ROUPA DO DESCASO

 

         Pode ser que nos vistamos conformes à razão aparente… De todos os veios, de todas as cores mínimas existentes nas engrenagens do sistema, o que aparentemente talvez o verde-amarelo seja até moda. O verde como intensidade das forças do verde e o amarelo como em uma dimensão oriental. Japão, Coreia, China, Índia, Vietname, Hong Kong, e Filipinas, ou seja, bilhões de seres vestindo a cor amarela. No que em nosso país represente o ouro e as nossas riquezas minerais, mas em nossa bandeira já não flui tão bem o losango amarelo, como não flui tão bem o retângulo verde. Quanto ao azul em nossas estrelas quiçá aos Estados possam compensar e, no entanto, a prédica não condiz com a independência federativa. Justo que a Federação tenha por função exercer seu poder de mando, ou que, no mais, um Estado saiba mais da questão do que a Nação propriamente dita.
          Isto posto, requeremos mais autonomia dos Estados da Federação, para que possam tomar as medidas corretas para o nosso povo, quando estas demandam regionalmente medidas severas para derrotar qualquer inimigo, posto agora sendo um vírus, ou mesmo quando a virulência vem da injustiça social, posto inimigos sejam os mais vários no cerne dos Estados. Como em uma insurgência constitucionalista de 1932, houve um pressuposto aos desmandos de Getúlio, na frase mal acabada de fracasso de SP – capital – que demandou esforços para conter algo que viria depois em 36 e 1937… A história dos anos trinta foi muito rica ao Brasil e, hoje, vemos sedimentarem a profusão da anti história, de algo que não acontece mais, de uma mesmice em que os signatários do Poder não revolucionam e não fazem absolutamente nada que venha para mexer com o país, apenas trocam as cartas em cartas marcadas que nada significam em termos de mudança social, para melhor, evidentemente. O que antes seria uma economia de mercado livre agora se torna intervencionismo estatal da pior estirpe: o que antes era neoliberalismo vira o toma lá dá cá, em uma profusão de pensares que remotamente lembram algo como um novo modo de fazer a política. No fracasso de tentar se estabelecer um Estado de exceção no país evidenciamos o calcanhar de Aquiles flechado e rompido no establishment da nação brasileira, conforme predicativos de caráter contra transformadores nas nossas rompidas e corroídas veias. Essas mudanças de realocar cargos de confiança apenas retraem ad aeternum as mesmas mudanças que não sobrevivem na confiança dos mesmos cargos, parecendo um stalinismo e sua burocracia instável.
          Caros amigos da situação, vocês depositaram a pedra fundamental antes de montar as outras e, agora, só dispondo de uma massa de concreto poderão montar o arco, que subsiste artificialmente em uma plaga que não é românica e jamais chegará ao gótico, haja vista que a verticalidade da devoção travou-se em uma única forma de montar sua própria estrutura… Agora, para consertar será impossível, posto no ofício da arquitetura precisamos da ciência igualmente, assim como o DNA de um sistema funciona com conhecimento, no mais das vezes muito mais importante do que a mera informação. Abaixo desta, os dados reiteram as atividades cruas de seu próprio mundo e, espero, que seja dada uma largada coerente para sanar os nossos problemas com todas as viciantes virulências sociais posto, se assim não for feito, só se erguerão edifícios construídos à beira das favelas com as pedras desencaixadas e rompidas pelo crime organizado!



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