Inspirador é ver uma excelente
pianista como Sheps em seu belo instrumento de cauda.
Todos os
toques do seu piano evidenciam a maestria de uma musicista em seu
esplendor. Resta sabermos se o virtuosismo na arte da música não
passa de um treinar-se para a soberba de apresentar-se virtuose… O
ego da arte também é amplo e a matéria anímica precisa dele como
se fossemos os últimos a se apresentar na música. As pessoas
caminham por através das humanidades como se fora pouco isto a se
dizer. As
vestimentas da matéria continuam sendo nossos instrumentos,nossas
ferramentas e nossos meios em geral. Esses meios de produção
técnica servem tanto para a arte como para a indústria fabril, por
exemplo. Visto que a natureza da matéria não diferencia um meio de
seus resultados, pois uma coisa é a indústria de fabricação
e, outra, seus resultados, desde uma pasta de dente, ou uma de
carregar papéis, ou mesmo uma música que participe dessa indústria
cultural que tão bem conhecemos e faz parte intrínseca em nossas
vidas. Não que queiramos e que, porventura, tenhamos que saber dessa
natureza das coisas, mas, em geral, a prerrogativa de nossa
existência nos abala em termos circunstanciais sobre o que significa
estabelecer o
viver em grupo, em sociedade ou em uma comunidade, desde que se
resguarde a devida proporção comunitária, pois não há como
estabelecer um padrão totalmente uniforme nessa escala de
valor.
Todos
aqueles que desejam estabelecer padrões
de conduta sem estes critérios supracitados não podem auferir
valores morais maiores do que a sociedade como um todo marque em si
esse selo de independência jurídica. Estes
valores majorados estabelecem padrões de conduta suscetíveis a
serem por menos do que algo o próprio algo, se é que se possa
entender a complexidade em sua explícita forma… Esta forma que
transuda a própria lógica, posto isso, a compreensão de uma lógica
terminante, talvez seja este o segredo de nos encaminharmos para um
melhor Estado! Em
uma Verdade coerente, nos perguntamos se esta pode se relativizar, e
a resposta é um sonoro: Não! A Verdade não é relativa, mas pode
ser reativa. Quando
desperta a consciência de um ser humano pois, com os animais procede
o oposto, já que com estes a flexibilidade da consciência não é
tão pertinente quanto com a nossa espécie, posto
nos pareça, e isso é uma coisa real, que certos animais
flexibilizam a sua consciência na interveniência do ser humano,
quando aprisiona um porco, por exemplo, em seus matadouros, ou quando
acorrenta um cão, este passando a ser mais agressivo e neurótico.
Um pássaro, quando vive na Natureza, canta para o infinito e, quando
em uma gaiola, canta tristemente em sua prisão. Isso
tudo se revela na realidade e, como os homens e as mulheres, que
participam com sua própria cultura, sofrem mais porque possuem a
evidência do certo e do errado, do livre arbítrio, no que sejamos
uma espécie que possuímos mais poder sobre a inocência das outras,
dando a liberdade ou suprimindo-a. Alimentamos os nossos bichos e,
por vezes, nos comportamos como bichos, copulando só para o prazer
e, no entanto, sem querermos perpetuar a espécie, mas apenas pelo
hedonismo de igualmente nos alimentarmos de carne a nosso bel prazer
sem saber que, na outra ponta, estamos por matar seres inocentes.
Alguma coisa está errada em nossos sistemas, como na ciência da
computação a logística se nos atropela de recursos que só
reiteram setores de produtividade que tornam nossa semântica do
conhecimento mais complexa e colocada cada vez mais em xeque. Quando
queimarmos uma floresta o mesmo fogo nos consumirá no eterno
inferno… A cada árvore que matamos, haveremos de pagar no futuro,
posto a encarnação dos seres voga no aspecto da ação e reação,
no tempo eterno de cada qual: havemos de ser mais conscientes, pois o
nosso planeta é um palco de ensaios e, se acreditarmos que ficaremos
mais ricos extraindo todas suas riquezas materiais, é como se
subtraíssemos a saúde de alguém que amamos, sem tirar nem por. É
por essa motivação que devamos preservar, pois a pandemia também é
reação.
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