sexta-feira, 2 de abril de 2021

A NATUREZA DA MATÉRIA

 

          Inspirador é ver uma excelente pianista como Sheps em seu belo instrumento de cauda.
Todos os toques do seu piano evidenciam a maestria de uma musicista em seu esplendor. Resta sabermos se o virtuosismo na arte da música
não passa de um treinar-se para a soberba de apresentar-se virtuose… O ego da arte também é amplo e a matéria anímica precisa dele como se fossemos os últimos a se apresentar na música. As pessoas caminham por através das humanidades como se fora pouco isto a se dizer. As vestimentas da matéria continuam sendo nossos instrumentos,nossas ferramentas e nossos meios em geral. Esses meios de produção técnica servem tanto para a arte como para a indústria fabril, por exemplo. Visto que a natureza da matéria não diferencia um meio de seus resultados, pois uma coisa é a indústria de fabricação e, outra, seus resultados, desde uma pasta de dente, ou uma de carregar papéis, ou mesmo uma música que participe dessa indústria cultural que tão bem conhecemos e faz parte intrínseca em nossas vidas. Não que queiramos e que, porventura, tenhamos que saber dessa natureza das coisas, mas, em geral, a prerrogativa de nossa existência nos abala em termos circunstanciais sobre o que significa estabelecer o viver em grupo, em sociedade ou em uma comunidade, desde que se resguarde a devida proporção comunitária, pois não há como estabelecer um padrão totalmente uniforme nessa escala de valor.
         Todos aqueles que desejam estabelecer padrões de conduta sem estes critérios supracitados não podem auferir valores morais maiores do que a sociedade como um todo marque em si esse selo de independência jurídica. Estes valores majorados estabelecem padrões de conduta suscetíveis a serem por menos do que algo o próprio algo, se é que se possa entender a complexidade em sua explícita forma… Esta forma que transuda a própria lógica, posto isso, a compreensão de uma lógica terminante, talvez seja este o segredo de nos encaminharmos para um melhor Estado! Em uma Verdade coerente, nos perguntamos se esta pode se relativizar, e a resposta é um sonoro: Não! A Verdade não é relativa, mas pode ser reativa. Quando desperta a consciência de um ser humano pois, com os animais procede o oposto, já que com estes a flexibilidade da consciência não é tão pertinente quanto com a nossa espécie, posto nos pareça, e isso é uma coisa real, que certos animais flexibilizam a sua consciência na interveniência do ser humano, quando aprisiona um porco, por exemplo, em seus matadouros, ou quando acorrenta um cão, este passando a ser mais agressivo e neurótico. Um pássaro, quando vive na Natureza, canta para o infinito e, quando em uma gaiola, canta tristemente em sua prisão. Isso tudo se revela na realidade e, como os homens e as mulheres, que participam com sua própria cultura, sofrem mais porque possuem a evidência do certo e do errado, do livre arbítrio, no que sejamos uma espécie que possuímos mais poder sobre a inocência das outras, dando a liberdade ou suprimindo-a. Alimentamos os nossos bichos e, por vezes, nos comportamos como bichos, copulando só para o prazer e, no entanto, sem querermos perpetuar a espécie, mas apenas pelo hedonismo de igualmente nos alimentarmos de carne a nosso bel prazer sem saber que, na outra ponta, estamos por matar seres inocentes. Alguma coisa está errada em nossos sistemas, como na ciência da computação a logística se nos atropela de recursos que só reiteram setores de produtividade que tornam nossa semântica do conhecimento mais complexa e colocada cada vez mais em xeque. Quando queimarmos uma floresta o mesmo fogo nos consumirá no eterno inferno… A cada árvore que matamos, haveremos de pagar no futuro, posto a encarnação dos seres voga no aspecto da ação e reação, no tempo eterno de cada qual: havemos de ser mais conscientes, pois o nosso planeta é um palco de ensaios e, se acreditarmos que ficaremos mais ricos extraindo todas suas riquezas materiais, é como se subtraíssemos a saúde de alguém que amamos, sem tirar nem por. É por essa motivação que devamos preservar, pois a pandemia também é reação.

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