quinta-feira, 15 de abril de 2021

O SABER PROFUNDO

 

De se saber o que se sabe, de se saber ao não saber
Os que se acham sabidos porventura por vezes
Sabem apenas o viés de uma palavra, a vírgula da história,
Ou o campo insofismável de uma letra que remonte a estrofe…

Esse saber mais amplo de um detalhe em remontá-la
Mostra uma estirpe de sabedoria em se trocar sem dúvida
Um acento por outro, um idioma pelo mesmo
Na eterna busca em nos fazermos entender ao menos!

Essa aguerrida busca de trazermos os teóricos antigos
À uma tona que não se remenda, faz-nos dignos da inglória
Em que o novo nos remeta a uma falsa vanguarda
Posto mesmo Marx era profundamente vago em sua finalização.

Não que se teça crítica a fenômenos alternos da genialidade,
Mas é melhor dependurarmos portanto o nosso alforje
Dentro das possibilidades, do que continuar a dividir o planeta
Na polaridade que só fará sofrer os mais pobres e extenuados seres.

Se não encontramos ainda a tradução da loucura, talvez um médico

Seja – na prática da medicina – muito maior que todas filosofias,
Posto em seu alguidar de saber-se profundamente a origem e as causas
De determinada moléstia, sabe bem e agigantadamente ao ser humano.

Se um homem emergir de uma grande consciência e determinar
Que consista o planeta de uma igualdade férrea entre todos os seres
E que a pecuária não vire moeda de troca no produto interno bruto
Posto a brutalidade não pede passagem, esse homem é sensato.

No entanto, se outro homem iguala o mal consentido contra um animal
Com o que se pretenda aos da mesma espécie, isso será visto com
Um olhar atento do Criador, como um pecado mortal perante Cristo
Ou mesmo na jurisprudência do Tempo Eterno, a se salvar somente o pobre…

A Natureza impetra suas Leis, e somente estas determinam o que é o certo
Do errado, pois estamos chegando ao século vinte e um como quem entra
Pela porta do serviço, os que são próprios e efetivamente estejam na luta
De que não há hall neste prédio construído e amalgamado com a blasfêmia!

Posto de serviço somos, caminhando por nossas veredas diamantinas:
Na hora do diálogo sempre, que por mais odiento que se possa parecer
Um homem que pensa não errar pela matéria cruenta de nossos dias
Advoga um passado que já não deva permanecer na mente infeliz do Ego...

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