quinta-feira, 8 de abril de 2021

A ROUPA AZUL

 

Quem dera tivéssemos uma única roupa azul,
Que viesse no pressuposto de uma direção do progresso
E que não tardasse a quatro bolsos no paletó de um comando
Quanto de sabermos que armas não fossem necessárias.

Repentinamente veríamos um painel de botões giratórios
No que atravessa uma rua sem destino, easy rider,
Na dimensão mesma de um quê diverso e desconforme

Com a aparência cor da prata, em um níquel somente!

Como em um país libertário veríamos um panorama
Em que, dependendo do caso, teríamos um retoque
A ser feito na dimensão de uma escala perdida
Onde apenas a roupa azul seria nossa referência.

Azul e branco, como em uma cena da Marinha
Que não se anteponha no quilate das expressões
Na medida em que o verbo tenha mais esperança
Do que aquela medida em que não participamos muito.

De uma cor índigo blue em nossas calças, de um branco
Em nossas camisetas, como algo em rojo y negro
Saberemos melhor do que a vicissitude das cores
Quanto ao sabermos que a cueca seja preta.

Assim, escondida em termos da naturalidade
No prescrutar-se as cores outras que nos acompanham
Em famosas equações que não vilipendiam
O vulgo do querer, em anil que nos sejam lavados os dias.

Daquele cubo em anil que quarava as roupas
A se não reconhecer diretamente qual a prova que remonte
O que não existiu jamais, do anil que lavava
E que, a nós não pertencera em outros lados…

Desse anil, da jaqueta de quatro bolsos que, saibamos,
Exatamente o perfil de um comandante alterno
No que virasse algo de monta quase pastoril
Ao que de pastores não há comando, mas comandados…

Assim viremos a história de ponta cabeça,
Acorrentados à única Verdade e que aconteça
De gostarmos dos grilhões, posto a liberdade da mentira
Aí passa a ser a escravidão própria dos enjeitados!

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