terça-feira, 13 de abril de 2021

A LÓGICA INFANTIL

 

           Estabelecermos padrões lógicos sem entender bem da matéria é, de certa forma, um movimento continuum e ad eternum. Não seja remeter ao latim gratuitamente, pois a aparência e seus formatos discernem melhor do que o que queremos pensar nem que seja um átomo a respeito, dentro da languidez de nossa ignorância, esta, no sentido de evitarmos o que faça parte da Verdade, real e circunflexa. A lógica não possui subscrições, e o que antes era torto continua torto, apesar das retificações algo hipócritas. Um ser humano – bem frisado – pode colher informações em suas jornadas mas, se não souber o que fazer, vira tirano de si mesmo, posto ficar na posição de reverberação, fofoca ou similares, sem o sentido paulatino do progresso, haja vista a traição estar tão na moda que o companheirismo com base em interesses espúrios vinga bem na terra brasilis.
        Jesus Cristo, assim como Gibran usavam a lógica profundamente, no que verse, a teoria religiosa é feita de contradições quase ilógicas mas, de tanto usarem da Palavra de Deus, este se torna vulgar na mente insípida de muitas criaturas… Se consideramos a Natureza como algo transcendente, veremos na escola dos seres tanto e tanto a nos ensinarem que, certamente, por vezes um cão ou gato pode ser mais inteligente do que um humanoide, sem parafrasear qualquer circunstância vinda da ficção, pura e simplesmente. Isso, ou seja, esse tipo de pensamento não pode excluir civilizadamente os homens, as mulheres, mas no primeiro tomo do Bhagavatam aprendemos que todos os seres hão de ter os mesmos direitos de viver no planeta. Essa é uma face da lógica que deveria ser ensinada às crianças, posto será com base nesse respeito que evitaremos consensualmente a tragédia que já se espalhou sobre os países diversos do mundo, com a pandemia e os horrores das guerras. Hoje trava-se uma batalha onde as minas florescem, quais estranhas cicatrizes, sobre os solos de nossas caminhadas. A razão com base em lógica luminar nos pede que não nos misturemos com o reino vegetal ou animal, posto o ser humano é, familiarmente, superior nos seus censos, mas já se avizinham conflitos onde muitos confiam em que alguns sequazes façam o que há de pior no mundo, este com o qual temos plena afinidade.
         Afora esses termos haveremos de pensar como uma lagartixa, querendo devorar algum ser não importando com a sua vulnerabilidade, mas justamente com base na força contra o mais fraco, algo de reptílica nuance que nada tem a ver com as humanidades… Talvez um réptil grande em um filme do homem-aranha revele às crianças a similaridade entre a dualidade do bom e do mau em um pensamento conflituoso que gera no viés a contra parte dos anti-heróis mitificados pela lógica reversa da fantasia e da imaginação pueris na infância e, no entanto, com tanto poder da indústria cultural que, por fim, dão cabo à permanência de nossa identidade.

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