domingo, 4 de abril de 2021

A VOZ E O SILÊNCIO

             Brinca-se como se brinca na rua, ou como brincávamos quando éramos mais novos, tais como infantes, tais como a juventude que acabamos por fazer escoar de nossa mão… Assim como, em cada parágrafo que hoje não escrevemos até uma próxima palavra, não tardiamente, ficamos com um outro acerto que não nos roga estarmos absolutamente certos, mas apenas em saber que estamos fora do absolutismo na ocasião em que, tal qual um jogo de tabuleiro, possuíamos um rei! Como se diz todo o tempo, havemos de ter certo rei de espadas na mão, ainda não descartado sobre a mesa, ou como na vertente de qualquer outro jogo imaginário e, no entanto, com a carta igualmente imaginária de uma suposta regra em que não existe a semântica com visibilidade do que fora jogo e do que não fora. Requeiramos datas, circunscrições e, na palavra elementar, o subterfúgio do silêncio consciente… A palavra que não se ressinta, pois o universo dela reside nas casas do tabuleiro do que seja consorte na afirmação tácita de que um pode escrever sem ter necessariamente o escopo da talha moral, ou de uma capa de disfarce, ou de um sabre de madeira…
        Regurgitamos procederes quase escusos na alfombra persa de nossas intenções, quase como se houvéramos participado de uma emancipação nas relações dos ditos e injunções escriturais, mas que, tardiamente, não nos interpomos na esfera de outras ocasiões que não nos toma mais tempo do que o suficiente, para que tenhamos a vida prescrita dentro das concepções de um trabalho árduo porquanto intelectual o suficiente! Se nessa alfombra supracitada não nos esquecemos de uma origem taciturnamente crível, não seríamos uma página que vira algo consubstanciado na questão da organicidade que não pertença ao ser relativo ou ao não ser. O ser do nada não seria tanto o não ser, porquanto dois elementos citados nessa intensa questão podem traduzir ao menos as vertentes que encontramos no solo ou no céu, tal qual uma formiga, tal qual um paradoxal pássaro de metal. Estas estribeiras que reconhecemos em especiais domingos, como nesta Páscoa, refletem os dias de consonância a nos parecermos com um tanto coerente do que há, como outro dia que vem a anunciar um bom tempo, com uma dádiva de sabermos que o que precede a querência pode vir a parecer o que não esperamos exatamente o que seja… Do que simplesmente é e do que simplesmente não é não sejamos uma ponta de agulha onde, quando não consegue a picada não equilibra um prato, igualmente. Posto, se na agulha que não pode inocular uma vacina não há a suportabilidade de um peso igualmente recíproco, o planeta fica órfão de qualquer ordem, seja ela de números estáveis, ou no peso que não se pesa tanto por não haver submersão na bagagem dos dados. E, se esses dados são críveis e sinceramente refletem a realidade, outros dados serão melhores talvez com a precisão anunciada nos dias precedentes a uma grande comoção, que principia em jornalistas atavicamente ferozes. Nesse circuito algo furioso se municia de informação aquele que assim desejar, no que se bota panos quentes em questões igualmente importantes, mesmo que não sejam o calcanhar de Aquiles da promessa de bons tempos, o que justamente se pode alcançar na alternância da informação, no que Thanatos acaba por perder para Eros. O instinto de morte é uma arma eficaz para sobrepujar justamente o instinto da vida, posto a maior parte da grande mídia possui igualmente sua garantia individual e, a se pensar com a coletividade, grande parte da massa proletária igualmente perece nos flancos de uma crise sem precedentes, no que não procede pensarmos de modo díspar, posto o que se nos ocorre é termos a desigualdade de forças, que ora caminha por um lado, ora caminha por outro! Esse silenciar-se à questão fica ausente de limites, posto sabermos antes de tudo que o que nos pareça vertente da sabedoria se antepõe de modo peremptório na curva de uma ilusão sem limites, que açambarca a verdade com a saturação pura e simples de um si mesmo que nubla o mesmo sentido de Eros, supracitado em várias edições anteriores. Desse modo não haverá a luz nas trevas, posto apenas uma estratégia mal posta... 


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