domingo, 18 de fevereiro de 2018

TALVEZ QUE SE SEJA


Em vida que se navega, a lida trasfega, crua, destemperada por vezes
Em que não encontremos jamais a desesperança seja em qualquer caudal
Por sabermos que a nau é imensa e todos a Noé que agradeçam ao símbolo!

Sabemos talvez bastante, mas em uma perspiração de Deus, esse da clemência
O mundo frutifica tantas vezes quanto tanto e tanto é o número do infinito…

A que sejamos sempre, pois sim, que somos, independente de rótulos
Em que evanesça essa palavra da poesia, pois o produto da indústria
Não mereceria tanto em uma estrofe em que buscamos resgatar renúncia.

A todos os pais do mundo, que tentem ao menos fazer os seus felizes filhos
Realmente felizes na têmpera da vida mais em se relembrar que não somos
Apenas os líderes de uma casa que por vezes não vê a semântica de um gesto!

Assim, que zarpemos, cada qual, um coletivo, um magote, uma gente boa
Que teimamos em ser, pois a teimosia de uma boa tração na popa e seu leme
Mostra que quando o casco bate a água na profundeza passa um caminhão
Serenamente talhando de seu esforço e de seus filhos o recolhimento residual…

A vida por si não signifique tanto do que aquelas por muitos, pois que seja,
O mundo de muitos signifique mais do que apenas pensarmos que nosso braço
Veste o instrumento do tempo em botões que esquecemos de classificar.

Tudo acontece em um milésimo, e nossos sonhos atravessam séculos, a um segundo
Pode existir mesclas de milagres em que a ciência de estarmos vivendo em comunhão
Possa ser mais uma razão que não nos subtraia a questão de sermos quem somos.

Não existe a incerteza de uma ausência, de uma falta que nos dê um motivo
Que nos vem como um véu que nos sobrecarregue, pois no voo de um pássaro
É tão perfeito o milagre da Natureza que até Leonardo fabrica a seu modo a máquina…

Pois bem, bendito, que renasçamos, pois o mote é agora de uma sociedade de luz
A quem possui e pode possuir mesmo que um arremedo de treva nos ameace
Com a antiga questão de existirem seres humanos que sempre deporão contra a arte.

A arte, o artesanato, a expressão, a ciência, tudo que é fruto do conhecimento
Pode ser a saída para uma compreensão mais complacente até do ponto de vista
Em que o espírito da humanidade teça as considerações mais nobres aos animais…

Pois que – saibamos – estamos tentando nos xerografar para sermos parecidos
Com o algo futuro de algum engenho maquinotrônico, pois bem, apertados
Seremos se não dermos ao menos a garantia ao povo em geral para serem eles…

Pois seja justo que o comunismo espiritual seja o mesmo que prega Cristo
A quem quer que queira, simples como a compreensão que em um inseto
Não há hierarquia com o homem, posto a centelha divina existe em cada Ser!

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