Em
vida que se navega, a lida trasfega, crua, destemperada por vezes
Em
que não encontremos jamais a desesperança seja em qualquer caudal
Por
sabermos que a nau é imensa e todos a Noé que agradeçam ao
símbolo!
Sabemos
talvez bastante, mas em uma perspiração de Deus, esse da clemência
O
mundo frutifica tantas vezes quanto tanto e tanto é o número do
infinito…
A
que sejamos sempre, pois sim, que somos, independente de rótulos
Em
que evanesça essa palavra da poesia, pois o produto da indústria
Não
mereceria tanto em uma estrofe em que buscamos resgatar renúncia.
A
todos os pais do mundo, que tentem ao menos fazer os seus felizes
filhos
Realmente
felizes na têmpera da vida mais em se relembrar que não somos
Apenas
os líderes de uma casa que por vezes não vê a semântica de um
gesto!
Assim,
que zarpemos, cada qual, um coletivo, um magote, uma gente boa
Que
teimamos em ser, pois a teimosia de uma boa tração na popa e seu
leme
Mostra
que quando o casco bate a água na profundeza passa um caminhão
Serenamente
talhando de seu esforço e de seus filhos o recolhimento residual…
A
vida por si não signifique tanto do que aquelas por muitos, pois que
seja,
O
mundo de muitos signifique mais do que apenas pensarmos que nosso
braço
Veste
o instrumento do tempo em botões que esquecemos de classificar.
Tudo
acontece em um milésimo, e nossos sonhos atravessam séculos, a um
segundo
Pode
existir mesclas de milagres em que a ciência de estarmos vivendo em
comunhão
Possa
ser mais uma razão que não nos subtraia a questão de sermos quem
somos.
Não
existe a incerteza de uma ausência, de uma falta que nos dê um
motivo
Que
nos vem como um véu que nos sobrecarregue, pois no voo de um pássaro
É
tão perfeito o milagre da Natureza que até Leonardo fabrica a seu
modo a máquina…
Pois
bem, bendito, que renasçamos, pois o mote é agora de uma sociedade
de luz
A
quem possui e pode possuir mesmo que um arremedo de treva nos ameace
Com
a antiga questão de existirem seres humanos que sempre deporão
contra a arte.
A
arte, o artesanato, a expressão, a ciência, tudo que é fruto do
conhecimento
Pode
ser a saída para uma compreensão mais complacente até do ponto de
vista
Em
que o espírito da humanidade teça as considerações mais nobres
aos animais…
Pois
que – saibamos – estamos tentando nos xerografar para sermos
parecidos
Com
o algo futuro de algum engenho maquinotrônico, pois bem,
apertados
Seremos
se não dermos ao menos a garantia ao povo em geral para serem eles…
Pois
seja justo que o comunismo espiritual seja o mesmo que prega Cristo
A
quem quer que queira, simples como a compreensão que em um inseto
Não
há hierarquia com o homem, posto a centelha divina existe em cada
Ser!
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