sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

MINIMUM MINIMORUM

Talvez os dias sejam como um ar depois que dormimos, a se despertar cedo,
Talvez as noites nos despertem sob um carinho silencioso em nossos leitos,
No que prediz que a porção que vale mais seja quiçá o caminhar de um ser
Que ignoramos por estarmos tão incluídos na realidade algo efêmera do tempo.

A que dizer somemos a mais, um mínimo que se nos baste no muito do digno!

Não que se prediga ao verso menos do que uma sílaba, mas em meio desta
Estão as sequências daquelas que temos em uma parte em que a pronúncia
Abarca o significado de uma oferenda maravilhosa de um sincretismo lindo.

Não teçamos o máximo que alguns alcançam com caras duras de madeira
Ao preencher lacunas da desordem e roubarem o mínimo que falta a necessário.

Uma vida não é uma oportunidade de se lutar por uma questão, posto as gentes
Saibam que se um se jacta de parear manadas na hierarquia da consciência
Igualmente pode não estar recebendo muito pela carreira de uma prática crua.

Se uma outra vida seja necessária para sabermos a quantas canoas fez o pau,
Não teçamos juta como uma palha onde a sustentação do cesto é risível.

Há que se ter mãos de indígena, para que saibamos que a Natureza sabe mais
Do que o encontro de minerais que são dragados nas corredeiras do desastre!

É conveniente no estranho jogo que se descartem as peças, criando tabuleiros
Na sua amplitude de estranhos mates que não se materializam no conforme justo
Quando sabemos que basta o mínimo de uma casa do peão para se vencer…

Esse mínimo é como tantos que se nublam a pensar que uma simples peça
Não possui o poder de movimento, mas saibamos que há desfechos onde oito ficam.

Se a arte avança com a sua poética caudalosa, saibamos que ao olhar a grama
Uma de suas hastes não soçobrará com caminhos que são de pedra na selva.

E que se prediga, há passos que um homem pode trilhar de modo responsável
Quando pensamos que no mínimo jardim de qualquer lugar reside a terra!

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