terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O NOVO NOS SEPARA…


          Nada será uma assertiva elegante em dizermos que o novo é algo que não temos. Talvez sejamos mais pontuais em afirmar que o novo é numericamente mais elegante, sim, por que não? Uma rede é uma rede, qual seja, de pesca, ou de nós entrelaçados por TCPs/IPs, ou outros protocolos de alcance. É justo por essas máquinas que nos acreditamos inteligentes, ou mais, ou menos. O mundo respirará vitória se olharmos para aqueles que são a ponta do vértice, o lado da célula, posto o modal celular não é quadrado, mas sim polígono de vários lados. Conectado cada ponto, com um ou mais no meio que gera a geometria, sendo o ponto de mais peso, e essa inteligência tem que ser investigada com mais propriedade se queremos atingir vértices com maior número de conexões. Tarefa possível através da vibração ou da imantação maior dessa frequência. O novo já não está, mas a conexão está, mesmo adormecida, e só se desmantela um operativo inimigo cerceando o rádio, rompendo a conexão, e isolando o vértice na investigação pura e simples do display. Este tem o poder similar a centenas de câmeras de vigilância nas mãos de quem não deve, nas mãos do crime. Se há poderes paralelos se apropriando da tecnologia será através de silenciosos softwares operativos que se deve utilizar uma força, com os soldados municiados de ótimos displays, sistemas de rádio, em um modal que só poderá fazer o efeito se uma força de segurança se dispõem a fazer do lugar de atuação células físicas com o retorno que se torna positivo quando alicerçado em centrais de inteligência. Igualmente, corporações treinadas e bem pagas e investimento em tecnologia. Obviamente, quando a questão é de embate, de riscos de vida, deve-se ficar atento e antepor na conduta um patriotismo pela missão, que é debelar tamanha onde de violência que acomete o Rio de Janeiro. Estabelecer uma régua, e atingir – polegada por polegada – as tarefas concomitantes em que as Forças Armadas fortaleçam igualmente a nossa democracia. Dito, pois é no espírito democrático do debate dos grupos de inteligência e na flexibilização da hierarquia militar que se pode chegar a avanços significativos, e ao mesmo tempo abandonar a ideia de que teríamos uma repetição histórica de décadas passadas... Posto a assistência ao soldado agente do combate tem que estar preparada para também entender da inteligência de seu major, pois os celulares e consequente aproximação individual com diversos aplicativos tende a democratizar a experiência estratégica, e mudar para melhor, dentro da sua democracia interna, a relação profunda que há de existir entre aqueles que arriscam sua vida e as vítimas que são reféns da ação criminosa e suas facções. A princípio, há uma relação simbólica do Exército Brasileiro com a repressão que vivemos nos períodos de chumbo da ditadura. Estancar e desmitificar essa questão é tarefa gigante que toda a sociedade civil e os militares devem construir para haver uma relação amigável, amistosa, que não busque sufocar os trabalhadores cariocas com versões de cunho ideológico que só buscam o conflito entre um soldado e um cidadão comum, posto um soldado ser um cidadão como qualquer outro, só que este fica à frente, na linha de tiro de fuzis altamente poderosos de uma gente que ascende socialmente para um tipo de riqueza à custa da brutalidade e da inoperante razão de demência desumana.
          O novo, o que vem, não nos separa… Os que residem nas favelas passam por vidas vulneráveis, e no entanto a zona sul continua a consumir os tóxicos. As drogas, assim como a corrupção nas altas esferas – no exemplo cabal do crime igualmente organizado – permitem ou são causas de brutalidades que acometem a sociedade. O que pode pensar um garoto pobre quando vê na TV ou no celular que os representantes do povo navegam por crimes de lesa pátria? Temos que quebrar os conceitos que rotularam as camadas sociais, que buscam segregar os mais vulneráveis, os treinos que se tornaram já anacrônicos para toda uma realidade mundial. Não somos apenas nós, os brasileiros, que estamos sofrendo com os desmandos e desesperança… Toda a questão passa por isso: novas UPPs seriam uma boa ideia, uma educação aos moldes de Darci Ribeiro viria a calhar. Mas temos que lutar para apagar certos fetiches de nosso modo de ver as coisas. Aquele cidadão que se droga não pode, em tese, estar fornecendo lenha para o tráfico. Se todos virem um cidadão fardado portando uma arma para acabar com o crime, ou ao menos tentar, com um tipo de preconceito que segrega a si mesmo, uma convivência com essa realidade fracassará na busca que se deve fazer para tornar nossos espaços sociáveis. O desmonte que se deve fazer sobre como nos vestimos, se usamos a cor para algo, se aparentemente somos amigos, ou um civil passa a se comportar com um militarismo, devemos sempre ter a consciência de que apenas aqueles treinados em armas podem portá-las legalmente e que portar uma arma não é saudável para um civil. Pensemos justamente em uma vida civilizada, dialoguemos com os fortes, mas não esqueçamos os fracos, as crianças e os idosos, os negros, os brancos, pois a lei que deve imperar neste novo milênio ainda é e sempre será a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Basta, temos que ter um Ministério para estes!

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