Salta-me
a flama de uma rosa que evanesce
Como
uma página do tempo em que não escrevemos
Qualquer
notícia em roto jornal de conferências
Ao
que não se dita saber o que já conheceríamos
Se
não fora uma meta algo de alguma coisa...
Escapa
do verso a voz que anunciava uma aurora
Quando
de tantos repentes a vida se pronuncia
Em
varais dos ébanos que esquecemos em várias estações!
A
se dar conta de que um terceto sossega um leão de dois versos
Saber-se-ia
dizer que o mate que mata o leão traga um sorvo
Que
nubla qualquer parecença, e que o leão sai vivo de um xeque!
Das
rosas estampadas não se vê a crisálida em achego de seu carinho
Quando
uma pétala vibra ao toque de uma mão terna em pistilos
Do
amor consonante com o que resta a que não se diga palavras...
Prometam
que Virgílio, Horácio, Dante e Shakespeare não possuam
Em
sua bagagem qualquer arremedo inquisitivo, pois que a promessa
Verte
na imensa voz de conhecimentos ímpares que os deuses os tenham!
A
cada linha da cultura dos povos blinda-se a lâmina afiada da tirania
Esta
de pensares que não podemos em pesares, mais do que pensar na trilha.
Voz
de rosa, não me chegues de amianto, não te quero fechada demais,
Nem
secando de suas aberturas algo escandalosas no feitio grave de mulher...
Só
quero debruçar na semântica de seus lindos cabelos de veludo vermelho
O
cálice verde e generoso que te sustenta no desalinho das folhas.
A
saber que o amor e a rosa se combinam, como um traço após um outro
Que
se completam quando a mão de punho os oferta solene após espinhos!
Ah,
que os danados danam-se no planeta Terra antes de consubstanciada
A
não razão pelo continuado uso de uma veracidade sistêmica em mentir.
Que
a rosa não mente, e que as aves a empreendem como um cristal de gente
Residindo
quartzo no desabrochar de uma pedra na corredeira fria da serra.
Musa,
posto que a rosa tu eres, a musa que não encontra a poesia aflorada
Como
a flor do amor que não evanesce de tanto fazerem murchar esperanças!
De
tanto que é amar o amor quase se completa no vórtice de tempestades
Algo
de secretas que o amor que move o poeta o salva dos perigos!
No
que há de tudo da rosa, no que há por vezes nada no amor, saibamos
Que
a rosa existe como flor, e as flores femininas residem muitas vezes
Na
distância imposta por processos de civilização em que encontramos
Um
quase nada de não sermos algo, quando apenas pensamos em amar.
Quando
se dizia de uma rosa, era uma rosa que floresce, e quando se diz
Que
aquela surja, padecemos na beleza do que foi criado tão lindo
Que
se veste o homem de ternura por tanto de saber que no amor reside a flor.
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