sábado, 22 de outubro de 2016

CRISTAIS AMARGOS

Verte-se qualquer poema de amarguras
Que no céu dir-se-ia: vai-te, que a vida aflora
Perto quiçá de uma pálida senhora
Longe em certo de uma cândida ternura...

Mesmo em riste de um tempo inumerável
O chiste do vento não diz a poesia agora
Do que vem pela proa que tudo devora
Nada em meu pressuposto é negociável!

O certo é ser, sem dúvida alguma então
Que se seja mais do que é a própria vida
Qual cálida flor que desabrocha arrependida

Onde residem os versos perto do furacão...
Que digamos mais onde não pisamos laços
Ou a sutileza profunda de falsos abraços!

Nenhum comentário:

Postar um comentário