sábado, 29 de outubro de 2016

A TRANSPARÊNCIA É REATIVA

            Falávamos em outros tempos da privacidade, esta que seria em tese protegida legalmente, em virtude dos Direitos Humanos Internacionais. A discorrer sobre a tese da mesma privacidade ainda necessária, temos por aqui e em todas as partes onde a mídia digital alcance, desde que os gargalos não sejam controlados, a exposição do que faz o cidadão diariamente, seu pensamento, seu engajamento em quaisquer posições e ações, suas preferências culturais e, principalmente, a rede de amigos, conhecidos, grupos ou em outras palavras seus contatos de amizade, de política, de trabalho, etc. Ou seja, estamos alimentando – com nossos diálogos de dados – um feed back que vem como resultado ao objeto-gente, e não recebemos nada que nos seja dado do sistema, posto o observador maior apenas nos coloca o sistema à disposição, e quem dispõe realmente dos nossos dados são aqueles que fatalmente estudaram mais a fundo a ciência da computação, quando por vezes somos espionados, principalmente se pertencemos a grupos que apoiem justamente a contestação do status quo do planeta, e os interesses geopolíticos dele decorrentes. Passa a não ser mais uma questão de posição política, esquerda, direita, mas dos filtros impostos economicamente se a investigação por empresas procede – isso é fato – para se admitirem novos quadros em trabalho. Além disso, entre empresas há uma competição baseada em informações em que, na ótica macroeconômica, governos que detém esses sistemas em vantagens espionam empresas de países como o Brasil, no exemplo claro dos EUA em relação a empresas estatais brasileiras. Certamente, as administrações que se sucedem em nosso país alternam poderes daqueles mais nacionalistas e patriotas e daqueles que primam por entregar as nossas riquezas e abrir para o grande capital internacional a economia fragilizada de nosso imenso Brasil. Não adianta vermos maiores luzes em países desenvolvidos e assumirmos a postura de que somos inferiores por termos bolsões de miséria ou favelizações, quando defendemos a extrema desigualdade, alicerçando nossas riquezas pessoais ou corporativas ao capital externo.
            Na ingerência de agências de inteligência como a CIA, que predominam no território latino americano, as coisas estão sucedendo como uma transcrição simples através de bancos de dados inteligentes, integralização de perfis e câmeras urbanas com cenas gravadas, ou micro objetos (pessoas) que, mesmo talvez de modo ingênuo, estão fornecendo quase on line, gravações, imagens e filmes, não apenas no espaço externo – este sempre mais amplo como forma de liberdade consignado pela Natureza – como igualmente nos lares onde esses celulares estão presentes como objetos de vida quase própria, gadgets inteligentemente servindo ao propósito da ingerência de seus idealizadores.
Em outras palavras, quando dizemos um fato, é justamente o que ocorre em um país que agora é lancetado na proposta anterior de continuidade democrática e nacionalista, quando previa que poderíamos, isto sim, desenvolver nossos próprios sistemas sem depender de toda essa instrumentalização externa, já que possuímos ampla capacidade de profissionais. Convenhamos, ser conivente com agentes externos em uma hierarquia apátrida só confere a nossos próprios atores da vida deste imenso e promissor país uma imagem que nos nulifica e nos entristece como nação que sempre poderá se tornar independente e desenvolver seu próprio modal de atuação. Posto a crença de inumeráveis pessoas em um único livro como meta, seja religioso ou ideológico, põe por terra a nova luta de classes que se processa no âmbito de uma sociedade de informações, com a parafernália tecnológica cada vez mais corriqueira, mas estacionária em limitações que o sistema que nela se apoia integralmente não expõe, como o fato de imagens serem limitadas, e muitas informações são processadas em processos lineares como a natureza das rotinas de linguagens de programação. Pois sim, o que ocorre é que recebemos o feedback do homem-objeto, conquanto algo em termos genericamente informacional, e a presença in lócus no tocar, no planger, no se abraçar de modo sistêmico, no afeto ensaiado, na energia amorfa de um encontro quase sempre decepcionante, a não ser que estejamos profundamente vinculados a toda a ilusão da parafernália referida. Isso diferencia-se do homem-trabalho-rua-casas, que está vivenciando as pedras da rua, ou o homem-camponês, que gera o alimento, sustentando o provisionamento necessário, ambos dando continuidade ao Lavoro, ao Trabalho mais sustentável enquanto realidade, mas ainda assim vinculado ao caudal das TVs abertas ou fechadas.
A aproximação das tecnologias se dá quando estas começam a entrar em um processo em que aqueles que gerenciam de fora perdem o fio que une tudo, e se dão conta de que o fio se rompera em algum lugar do caminho, quiçá por erros cometidos atrás, dentro de um processo histórico de civilização onde o messiânico fim dos tempos assusta um contingenciamento reflexo dentro dos mesmos países que deflagraram estranhos estopins que de preferência inequívoca jamais deveriam ter sido acesos. Esse processo civilizatório caminha não apenas com os seres humanos portadores de sua “ilustre” massa encefálica, mas é o viés em que – saibamos – deixamos claro no colo da Verdade em que no século XXI os que detém mais poder do que outros (belicamente, bem entendido), não são donos do território de ninguém, ou seja, um país não é dono de outro. Nem de suas riquezas minerais e naturais, muito menos de seus homens! Essa é apenas uma declaração do respeito que os países devem ter em relação com outros, e que nem todas as preparações, nem todos os fantoches, nem todas as manobras de usurpar poderes e colocar outros darão certo no mundo, pois este já está minorando a importância de atos que colocam a espécie em xeque evolutivo pois, se há uma revolução ao nosso lado, o ser humano já é apenas um mero partícipe, apesar de sua extensa e muitas vezes inútil parafernália tecnológica.      

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

UMA LEVE HISTÓRIA

            Pois sim, que uma história pudesse ser contada sem qualquer refrão, sem repetirmos quaisquer gestos, a não ser aqueles que são ou signifiquem... Mas esse problema de ser shakespeariano seria tão fantástico a não caber tanto no próprio significado. Vai que a história não possua foco, que seja mais uma linha de palavras seguidas por outra e outra, preenchendo de quase pensamentos algo que possa valer talvez para um estudo aprofundado nas questões cerebrais, apenas! Quem dera que esse campo de atuação fosse amplo, mas será melhor sabermos que o cérebro encerra quase um infinito de mistérios. Pois quando estamos em atividades, quiçá não haja precisão de que tenhamos que analisar sempre as atividades cerebrais, nem mesmo em consideração aos anos tecnológicos da atualidade...
Um encontro com forças espirituais não é propriamente um jargão usual, ou de profundidades previsíveis, mas é justamente o Mistério que nos alcance, já que possuímos no nosso continente uma cultura mesclada, indígena, negra, europeia, oriental, enfim, somos muitos e todos, e tudo permeado por fusão e mesclas culturais que nos permita a razão a que se dê ao misticismo um lugar de importância, pois este já faz parte de nossas vidas, com a ligação importante – quando se é de perfil de alguns, por escolha – entre o homem e a divindade. Nisso toca-se profundamente o mistério do Espírito Santo, a sua comunhão com o Pai, e o Filho que se descobre comungando através da relação quase cósmica em sua eternidade igualmente com o Pai. Isso de Natureza, que a parte feminina, a mãe, a Terra, o nosso planeta: Gaya... Haveremos de saber que somos parte, o côncavo e o convexo, a intromissão e a proteção, o átomo e o Universo, a comunhão e a diáspora, o conflito e a Paz. Enfim, um diálogo, pois se não o soubermos desse modo abrimos espaço para uma visão tão dogmática que exclui o indivíduo com tal religião, o ateu, o árabe como etnia, o judeu como diferente, o gênero e seus preconceitos, o comportamento, enfim, do que se dita, no que dista a referirem ao perfil da insanidade mental, que abraça todos as latitudes em seus rótulos: gêneros, etnias, religião, ideologia, pensamento, em um reducionismo que atravessa todas as fronteiras e isola o enfermo aquém de todos os processos previstos no direitos universais humanos, na gigantesca e determinista questão genética...
O que se quer é a paz. Paz agigantada. Paz em uníssono, maior do que a paz de espírito individual, ou a logicamente rudimentar paz produtivamente positiva coletivizada. Desse coletivo, o rudimento é que haja o diálogo. Um embate é justo, o negativo igualmente é justo. Sabermos lidar com situações de stress emocional ou afetivo é termos consciência de que a que ponto somos influenciados por coisas plasmadas em ilusão, pois quando muito imersos nesta o encontro e ubiquação com a realidade pode ser traumático, ainda mais quando temos em nosso entorno pessoas que inconscientemente são agentes observadores de nossos comportamentos na previsibilidade de nossas atitudes ao seu ver concomitantes, em uma lógica de massa competitiva pela indústria cultural que nos treina a ver desse modo desde a infância da civilização contemporânea. Seremos mais inteligentes agindo dessa forma? Será que essas linhas que traço não incluem alguma rota aproveitável em singelas existências de aço escovado em seus treinos? O melhor é melhorar, isso é indelével, é tinta sobre o papel. O significado hoje teima em debandar para respostas cada vez mais prontas e, o que é pior, apreendidas nas lições de novelas caseiras, repetidas pela mesma repetência, seja afetiva e dramática, ou afetiva e dramática bíblica. A questão é que nos apercebamos da realidade, de como é reprogramada a noção que dela temos, e que saibamos que nada programado mostra a sua profundidade de percepção, se nosso canais se fecham e abrem para aqueles que outros usam para nos definir... O que está em jogo não são as réplicas ou tréplicas, mas a impossibilidade de um diálogo nas massas mais ignorantes, nisso incluso reticentes classes que bebem da mídia televisiva ou virtual, pois nada se toca, nada das imagens geradas, não temos o poder de dar replay em nossa percepção, pois por mais que repitamos a cena apenas aprofundaremos mais a superfície em detalhes de frequência ondulatória que só aumenta a frequência mas não a amplitude dos sinais das ondas que nos afetem.
A teoria das cordas só existe para quem fez pós graduação em física e conhece a matemática, não apenas newtoniana a fundo, como a abordagem filosófica da relatividade de Einstein. Não será essa a profundidade que irá nos saciar, pois basta que simplifiquemos melhor a cadeia produtiva da mídia de massa, para que encontremos nas mídias digitais e seus gadgets inseridos profundamente na indústria cultural a releitura do que vem a ser a relação do sapiens com ele mesmo: do ser produtivo com relação ao seu próprio corpo, do que imanta seu espírito, da relação onde não precisamos mais treinar para sermos melhores do que outros, pois isso só é irmanamente justo quando as oportunidades na sociedade se tornem mais igualitárias. Nunca se deixa um filho com maus bocados e se dá apenas a iguaria a outro. Espelhemo-nos em nossas famílias, já que queremos que toda a nossa prole estude, se realize e atinja os objetivos, e o mais factível é que os pais disponibilizem seu afeto e seus recursos igualmente para cada um dos seus filhos. As escolas são filhas da sociedade, sendo que as universidades são mais velhas um pouco e demandam roupas um pouco mais caras, um pouco maiores... Não há porque termos uma escola para pobres e outra para ricos, posto não existir um filho menor mais pobre e outro menor mais rico, dentro de uma mesma família. A compreensão do exposto reza que só teremos condições de ler um livro de teologia se houvermos estudado bem para tal, ou seja, não é o caminho de um ser que o capacitará em uma escola ignorante ou parca de recursos, mas sim uma boa escola que capacitará a que o ser encontre o bom e justo caminho. É uma questão tão óbvia que até mesmo as vestais do que supõem conhecer saberão, pois teoricamente tiveram recursos para crescer. Esta não é uma questão jurídica, longe disso, pois ninguém por cá pretende ser um gênio como Napoleão. Pelo contrário, pois se continuarem a fazer – sem nossa luta – o que estão fazendo com a educação de nosso país, muitos Napoleões retintos desfilarão pelas avenidas do nosso carnaval, parafraseando um poeta que diz que sempre os negros e os loucos sofrem o preconceito daqueles “sanos” branquelos de casaca que estão no poder de nossa República!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

SE UM SER HUMANO POSSUI ALGO DE LUZ EM SEU TUTANO, MESMO QUE AOS TRANCOS E BARRANCOS, É NATURALMENTE SAUDÁVEL A ELE E AOS PRÓXIMOS E QUIÇÁ DISTANTES QUE FAÇA COMPARTIR DA MESMA LUZ.

QUANDO NOS APERCEBERMOS QUE AFINAL É JUSTO QUE UMA NAÇÃO SEJA BEM EDUCADA, SABEREMOS, COMO NO EXEMPLO DO INVESTIMENTO NA CORÉIA DO SUL, QUE A EDUCAÇÃO, EM TODOS OS MODAIS PROFUNDOS E LIBERTÁRIOS E TECNOLÓGICOS, É A ÚNICA SOLUÇÃO PARA FAZER DE UM PAÍS EMERGENTE UMA POTÊNCIA MUNDIAL.

NÃO HÁ POR QUE TEMER QUANDO FALAMOS EM SOCIALISMO, POSTO TODOS SABERMOS QUE UM GOVERNO QUE FAZ MAIS PARA O SOCIAL DENTRO DE UM REGIME DEMOCRÁTICO É ALGO QUE DAQUELE SE APROXIMA EM UM DIÁLOGO SAUDÁVEL, E SAIBAMOS QUE ESSE É UM CAMINHO PARA SE VENCER BRUTAIS CARESTIAS DO POVO: APENAS UMA QUESTÃO DE SIGNIFICAÇÃO QUE UMA PALAVRA NÃO PODE TRADUZIR TUDO.

A ARTE CONSUBSTANCIA-SE NA DESCOBERTA EM QUE BUSCAMOS NA EXPRESSÃO A PRÓPRIA NECESSIDADE ATÁVICA DE SUA EXISTÊNCIA!!

NÃO DEVE HAVER MUITA NEUROSE EM UMA SOCIEDADE QUALQUER, DEVE-SE GIRAR UMA SAUDÁVEL RODA DE UM TIPO DE FORTUNA ONDE TODOS SE HARMONIZEM POR UM BEM COMUM, E A SOLIDARIEDADE É UMA DAS MELHORES FERRAMENTAS PARA TAL.

A VIDA DE ALGUÉM PODE PASSAR POR DIFICULDADES EXTREMAS... QUANDO UMA AUTORIDADE COMO UM CANDIDATO PROMETE ALGO, TEMOS QUE ENCONTRAR UM MEIO DE PENSARMOS SE ELE POSSUI MESMO VONTADE POLÍTICA OU NÃO.

SEMPRE É HORA DE REPENSARMOS UM VOTO, POIS ESTE DEVE SER NUNCA DOGMÁTICO, E SIM EXISTIR NO PRAGMATISMO DE SUA DIALÉTICA E DE SEU CONHECIMENTO OU BUSCA NA CONSCIÊNCIA MAIOR DE UM ESPÍRITO MAIS LIVRE.

TUDO AQUILO QUE NOS RETIRAM FICA REGISTRADO AOS OLHOS DE DEUS. O SOFRIMENTO SÓ PODE SER ACEITO SE TIVER UM CUNHO LIBERTÁRIO, SE LUTAMOS PARA QUE POSSAMOS MELHORAR NOSSAS CONDIÇÕES, E ISSO DEVE SER COBRADO PELO MENOS ATRAVÉS DO VOTO DEMOCRÁTICO NOS BONS CANDIDATOS.

O QUE PRECISAMOS FAZER PELO PLANETA É LUTAR CONTRA AS GUERRAS E CHAMAR ÀS AUTORIDADES QUE TENHAM MELHORES ATITUDES CONCRETAS PARA DIMINUIR O SOFRIMENTO DE GAYA.

NÃO PRECISAMOS REPENSAR O PLANETA SOB UMA ÓTICA FIM DE MUNDISTA, POIS ESSA É A PIOR FORMA DE TENTARMOS ENCERRAR UMA CRIAÇÃO DIVINA QUE SE RENOVA A CADA ÁTOMO.

QUALQUER RELIGIÃO PODE EVANGELIZAR, POIS O AMOR DE CRISTO NÃO FOI SECTÁRIO E NUNCA PREGOU A GUERRA.

HÁ MUITA GENTE NO MUNDO QUE JÁ COMEÇA A SENTIR QUE PODE-SE TER ESPERANÇA EM DIAS MELHORES, POIS O RANCOR AMARGA A DOÇURA EM VIVER, MESMO COM LIMITANTES QUE TRAVEM UM POUCO AS NOSSAS LUTAS EM QUERERMOS MELHORAR E MELHORAR A VIDA DO PRÓXIMO, EM TODAS AS VERTENTES E ATITUDES...

SEMPRE HÁ ESPAÇO PARA QUE OS POETAS FALEM ALGO, ONDE ESSE FALAR PODE SER UM SUSSURRO DE LUZ QUE VAI DE ENCONTRO ÀS NUVENS E COMUNGA COM O SOL...

A POESIA VERTE UMA HOMENAGEM A SÃO FRANCISCO, ESTE QUE SE FAZ TÃO PRESENTE E NECESSÁRIO ÀQUELES QUE CURTEM OS ANIMAIS.

UM BARCO SINGRA PELO OCEANO TEMPESTUOSO, NO MODO EM QUE MESMO EMBICANDO A PROA EM DIREÇÃO À VAGA CORRE O RISCO DE VIRAR. NESSAS HORAS, O RETORNO É INDISPENSÁVEL. ALIÁS, NUNCA SE DEVE SAIR AO MAR SEM CALADO SUFICIENTE EM NOITES OU DIAS COMO AS QUE VIVEMOS HOJE.

A VIDA SEMPRE SERÁ MELHOR PARA A POESIA DE UM HOMEM QUE LHE DIZ ALGO QUANDO ESSE ALGO FOR PERMEADO PELA ENERGIA DA BONDADE, MESMO QUE SE FAÇA A NECESSIDADE DE DIZER UMA CRÍTICA CONTUNDENTE, POIS SABERMOS ONDE ESTAMOS E QUEM SOMOS É QUE FAZ A DIFERENÇA NA EXISTÊNCIA DE CADA INDIVÍDUO.

NÃO HÁ NO MUNDO POR QUE SE TER INIMIGOS... MESMO AQUELES QUE MANTÉM A ORDEM A DURAS PENAS SABEM QUE É UMA QUESTÃO DE DEVER, E QUE OS CRIMES COMETIDOS MUITAS VEZES SÃO FRUTOS DE UMA INFANTILIDADE QUE É CONSEQUÊNCIA DE UMA IGNORÂNCIA SEM LIMITES.

TUDO BEM, PODE SER ESQUISITO FICARMOS MIRANDO O HORIZONTE POR BASTANTE TEMPO, MAS É QUE LÁ ENCONTRAMOS O ENCONTRO DO MAR COM MONTANHAS QUE POR MUITAS VEZES AINDA PERMANECEM PRESERVADAS...

O HOMEM NÃO EXISTE SEM AS FORÇAS DA NATUREZA, POIS ATÉ MESMO A LUA MEXE COM O NOSSO METABOLISMO. O QUE NÃO DIZER DO AMOR QUE NOS TRAZ UMA CENA À BEIRA MAR PELOS SERES QUE VIVEM NO RICO CÉU?

O DESAFIO DA PAZ PODE SER UM POUCO DOLOROSO QUANDO SENTIMOS TODAS AS FORÇAS MAIORES QUE SE SOBREPÕEM A ELA, MAS O DISCERNIMENTO DAQUELAS QUE SÃO NECESSÁRIAS PARA QUE A ALCANÇAMOS TORNA-SE UM CONHECIMENTO GENEROSO DA PRÓPRIA NATUREZA.

DE SE FALAR DO PAI, DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO, ESTE COMO UMA ENERGIA CÓSMICA QUE UNE E FAZ O DIÁLOGO ENTRE OS DOIS PRIMEIROS!

DE TODAS AS FORÇAS DA CRIAÇÃO UMA DELAS É O ÍMPETO QUE FAZ A FORMIGA CARREGAR UMA FOLHA, OU A VIDA DE UMA BACTÉRIA DEPOIS DE UM BILHÃO DE ANOS NO GELO...

SE ARREPENDIMENTO MATASSE, NENHUM CANALHA DO CONGRESSO MORRERIA, TALVEZ UM OU OUTRO INCAUTO PEGASSE APENAS UMA LEVE GRIPE, NA SUA TORPE TOMADA DE CONSCIÊNCIA.

NA VERDADE QUEM TERÁ SIDO O NOBEL DA PAZ, AQUELE QUE ESTÁ RUMINANDO IDEIAS DE PODER, OU AQUELES QUE SÃO AMIGOS DE UMA SUÉCIA QUE INCRIMINA ASSANGE DE CRIMES QUE NÃO EXISTEM?

TRUMP ESTAVA COM RAZÃO QUANDO AFIRMOU QUE OS EUA NÃO DEVERIAM TER INVADIDO O IRAQUE, NEM A LÍBIA, OU TEREM DESESTABILIZADO TODO O MUNDO ÁRABE, POIS HOJE TODO O MUNDO OCIDENTAL PAGA POR ESSES ATOS.

A HISTÓRIA DA DEMOCRACIA BRASILEIRA ESTÁ COMEÇANDO A SER CONTADA MESMA AGORA, COM A CONTRADIÇÃO EM QUE AS FORÇAS DEVERÃO PARTIR OU PARA UM DIÁLOGO SINCERO, OU PARA UM CONFRONTO ABERTO: GANHARÁ QUEM ESTIVER MAIS FORTE NA JUSTIÇA, E NÃO PODEMOS SUPORTAR A IDEIA DE QUE OS YANQUES GANHEM COM HILARY O QUE QUEREM COM RELAÇÃO AO NOSSO PAÍS.

NÃO SE PREOCUPEM COM ESSAS PECs DE REMENDOS BARATOS, POIS DURARÃO MENOS AINDA DO QUE A VIDA JÁ INGLÓRIA E VELHUSCA DE SEUS ORGANIZADORES...

PENSEM NAS CRIANÇAS MUDAS, TELEPÁTICAS, PENSEM NAS MULHERES ROTAS, PENSEM EM HIROSHIMA E, POR FAVOR, QUAL FOI A ÚNICA NAÇÃO CAPAZ DESSA BARBÁRIE!

A MAIOR FACE DA IGNORÂNCIA É A OBSOLESCÊNCIA DA CEGUEIRA DE ACHARMOS QUE TUDO AQUILO QUE APRENDEMOS FOI O MELHOR PARA NÓS, QUANDO DESCONHECEMOS QUE FORAM "OUTROS" QUE ISSO DECIDIRAM...

POESIA DA UNIÃO

Do desunir-se em nossos direitos em sermos sempre melhores a uma intenção
Que nos rogue o não, se medo possuem em que o sim sempre seja dito,
Inaudito caráter que revela quando saibamos que um homem se diz fraco
Apenas para ver se um companheiro/a sabe a que se refere o homem...

E aí vem uma desunião, a daquelas fartas, aí sim, da disfunção do caráter
Quando esperamos alguém que se crê em vias de assumir posturas
Apenas saiba que não há outras posturas que se assumam na pátria brasileira
Que não seja a da União quando esta não encontra alguns líderes entreguistas!

Não se torna questão de sobrevivência de uma Nação, mas apenas compostura
De um modal que nunca deverá ser transitório, pois não é aprendendo com o ego
Que seremos os ícones de grandes corporações, com seus títulos nobiliárquicos
De falsos aprendizes de grandezas menores aduladores como lacaios e confetes!

A União precisa de união, que seja, de uma união que não desfaça o que foi feito
Quando pensamos apenas que não existe reunião possível fora do escamotear
Tenro em sua máscara que emergiu dos mascarados sinistros daqueles junhos
Onde justamente foi a juventude que se revelou capaz de colocar os tiranos...

Agora depois de aberta a pátria à sangria de seus apátridas de urinol sob a cama
Saberemos de nossos espaços, nem que o mundo venha abaixo para que o Brasil
Mostre que não é fora daqui que as coisas estão acontecendo, pois este país
Ainda é e sempre será o que palpita sincero de seu povo no grande continente!

Se precisemos da União, que a forneçamos com as cordas soltas de nossos ventos,
Com os grilhões das mídias abertas e acessíveis aos exaustos e bravos seres
Que fazem de nosso país a carga do trabalho dirimir as dúvidas dos governos
Quando estes sequer querem ouvir as vozes dos trabalhadores, posto fazerem contra.

All right, dizem os “manos do bem”, os especuladores financeiros, os pequenos
De uma burguesia que não deveria estar em cima do muro, pois mal sabem
Que os pequenos empreendimentos tendem a ser engolidos pelas corporações
E que não precisamos lamber as gotas de leite que espirram dos úberes do Poder.

Posto nada de alimento será, em terra brasilis, se soubermos que nem sempre
Haveremos de saber se o que falta está em nossa mesa, se nos alimentamos
De uma novela de costumes, se vemos em um programa onde só há negros
Uma branca dizer que na emissora estes foram sempre “respeitados”...

Haveremos de perceber a máscara, a mesma que tirou de sua franca “rebeldia”
As raízes que já haviam fincado em nossa terra as cotas da cidadania possível
Desde que pensemos que um país onde o possível era realizado em legitimidade
Ainda assim nas universidades a intolerância de muitos era ver um pobre ao lado!

Veem agora esquálidas figuras defendendo a parte em que treinaram toda a vida
Para verem finalmente suas almas fendidas pelo mal praticado pelos seus “bens”
Ou as posições de chefias das grandes empresas estrangeiras que encontram aqui
O fascinante mundo neo-latinoamericano atravessando as fronteiras do que não é!

terça-feira, 25 de outubro de 2016

A DISFUNÇÃO

            Ricardo acordara cedo, em torno das cinco horas. Teria um encontro, algo muito superficial, pelo que pode entender. O sofrimento psíquico dos remédios da manhã partia para seguir seus passos, mas estava em liberdade, pois o hospital havia sido duro... No entanto saíra bem desses contratempos, pois graças a não saber, quiçá a algo qualquer, possuía um espírito forte, focado, o que conferia vantagem em inteligência. Gostava de estudar: sua principal mania. Estivera na Igreja ontem, mas saíra antes da comunhão e um livro de Boff à noite lhe apascentou os ânimos, tal a riqueza do grande teólogo, um grande investimento, como considerava seus livros, seus papéis, o modo do desenho: outra mania. Não descartava a possibilidade de estar com gente sincera, mas os tempos de revolução tecnológica atalhavam um pouco essa possibilidade, já que o ego se tornara a principal moeda de troca do sistema globalizante, e os aparelhos celulares já eram mais do que uma muleta existencial, passando a ser uma própria extensão do corpo. O curioso é que muitos sequer se situavam nos conceitos de crítica ou mesmo de consciência desse paradigma, no que vinha a ser uma sociedade de botões e cabos, quase um paradoxo de sistemas que se entrelaçavam, e que eram citados em todos os tipos de serviço que dependessem exclusivamente das conexões digitais. Bancos de dados eram utilizados para negócios, por vezes escusos, dentro da miríade sem fronteiras dos interesses transnacionais. O mundo nesse sentido tornava-se pequeno, e a rua passava a ser uma incógnita, tais eram as eclosões dos condomínios fechados, e suas academias silentes no processo, o que tornava o espaço externo mero ente desconhecido.
            Gabriela marcara com Ricardo um encontro em um lugar para onde seu GPS apontasse, no que estivessem mais perto um do outro, dentro da visão algo neutra e sua, particular. Não que Ricardo tivesse ilusões a respeito do encontro, mas que se bastasse a companhia humana, era o certo apenas em seus predicados. Gostaria de poder falar bastante, mas a expressão livre possuía seus óbices. Por isso escrevia, gostava de dizer algo a si mesmo, que fosse, e a sua audiência partilhava das revisões raras dos escritos, por alto, como quem preza por um rebatimento necessário. Nisso de encontros, Gabriela não sabia como estava Ricardo, posto há tempos que não se viam, e usaram da máquina para tal, o que talvez já conferisse, dentro do idealismo central de ego dos gadgets, a dificuldade de encaixar – já de ante mão – uma relação franca e verdadeira entre os dois, posto não valesse erros, posto a máquina os ocultar. Esse estranho modo de se comportarem os encontros encerravam as paródias dos mesmos desfechos tão comuns à época, de se desligarem um ao outro como quem aperta um botão desativando comunicações, nas fronteiras de uma não tolerância, mesmo sabendo que fosse ausente esta quase sempre, no encaixe sistêmico de possíveis outras conexões substitutivas.
            Não haveria mitos na filosofia dos tempos, pois o que se esperava de uma veia em texto já sentia a sincronização de uma lógica, na relação linguística entre os povos e seres do planeta, cabendo a interpretações perscrutadoras o próprio modal dos sentimentos do tempo. Que tempo? O novo milênio... Com toda a sua parafernália. O lugar de nossa cena? Brasil, o grande coração das Américas. Com tudo o que se pensasse do povo brasileiro, a forma de sobreviver uma consciência desperta despejava contêineres de pérolas a uma ignorância em que se tornava a ingerência do Governo no modal da educação, nas questões da intelectualidade que não alcançava o povo, os pensamentos que muitos – sem sequer ler – acreditavam que já se haviam dito. Isso talvez fosse o panorama algo obsoleto em se dizer, mas que traçava, antes de qualquer posição, fosse moral, política ou de ideias os planos existenciais inquietos daquele tempo, o nosso tempo, o tempo nada etéreo, pelo contrário, um tempo algo cáustico. Saberiam se portar os litigantes do novo milênio, ou ensaiariam novas tragédias para consolidar um caudal de ditames de algo não muito salutar? Podemos crer que algo não é positivo para a humanidade, mas devemos sempre abraçar realisticamente a situação em que nos encontramos e por onde segue a civilização contemporânea, onde até mesmo a água nos é assaz preciosa, e pode vir a faltar em muitos lugares se continuarem com a mesma postura de descaso em relação aos rios e aquíferos, por exemplos de firmeza paradoxal, onde podem vir a ocorrer no planeta desfechos trágicos, desde onde se houvera a devastação crônica empenhada e renitente no correr de todos os tempos. Ainda não coubera à consciência do sapiens sapiens que todos esses problemas possuíam equações com soluções óbvias, mas batiam de frente com empecilhos fortes tão grandes como as especulações sem conta. A questão era mais ampla, mas seu reducionismo sempre tornaria tudo mais fácil, pois o emprego de atitudes mais renováveis em seus diálogos seriam as respostas que gostamos de escutar e ver realizadas nas civilizações que são respeitadas por líderes que fazem de uma democracia algo em que possamos confiar...

sábado, 22 de outubro de 2016

DO ALGO CONSTITUI-SE

Do pão ao pão se dê, no conforme, no exato do instante em que não somos
A registros inumeráveis do behavior exausto de nossas pernas que somos
Tanto ao do soma huxleyniano, ao hermetismo de Peirce, a Baudrillard
Ou a tantos outros que não somam tanto quanto a uma falcatrua de um direito.

Segue-se um planeta quase imperial em seu devastar-se proposital
Quando pensamos que estamos servindo a algo em nossa cápsula existencial
E na verdade estamos destruindo afetos, construindo ilusões, ou sendo coniventes
Com o desastre em que uma sociedade totalitarista neo liberal se forma ao devir...

Não constitui-se algo que nunca constituiu, posto a constituição de seres
Ser tão relativa quanto um sofisma nada eventual, posto a natureza dos fatos!

Há algo de ninguém sequer acreditar ser burro ou jumentar hipóteses nuas
Quando não se apercebem que enferrujaram em seus falsos credos hipócritas
A falácia de servirem justamente ao caminho de suas perdições fantásticas
Dentro do mesmo fantástico show da vida que encena suas próprias catástrofes!

Passamos a não opinar jamais, passamos a acreditar que a fama que nos envolve
Envolveria quiçá uma historieta de amor barato onde antes acreditava-se uma fera
Mas que era apenas um verme metabolizando calculadamente sua crisalidez...

Parece-nos que a poesia vive cada vez mais, e viverá plenamente quando soube
O próprio poeta livrar-se dos grilhões de uma maya trivial e circunspecta
Na sistematização dos erros do refratário mundo, em que o líquido passa a ser
Apenas o gasto excessivo de sêmen animal ou humano na prova assaz convicta!

Será que conseguiremos encampar a tristeza e solidão de outrem que perdem
As quiméricas certezas de acharem por direito de isolar a semântica de instrumentos
Que partem a navegações justas no panorama daqueles que veem mais e são úteis
Por estarem sem dúvida várias léguas acima do que se crê falsamente libertário?

Não, hão de querer achar que não há perdão, hão de querer ferir os ferros,
Talhar-se a admitirem paráfrases de horror em terras santas, qual sejam,
Todos os que, repetindo o léxico, se darão conta de que nem toda a eternidade
Subsiste em guerras onde o único interesse é a matriz energética do óleo de sanha.

Dir-se-ia meu país, diz um homem que é nosso, pois que o povo oprimido saiba
Que a verdade em os manterem oprimidos e sacrificados por excesso do egotismo
É apenas aquela em que – saibamos – os mantém assim para que outros tenham
Uma passagem ao perdão não pronunciado que não é justo, posto nunca perdoado!

Se um homem não ultrapassar suas próprias fronteiras não dirá ao próximo a quantas
Vezes sem conta teve que mostrar seu sofrimento ao vivo e a cores em uma cidade
Que o testa inumeráveis vezes para saberem se mantém certo controle e lucidez
Mas que não percebem no alcantilado de seus versos que luta como quem brinca...

A poesia e sua poética gasta o tempo ao revés, recria, diz, replica, seduz em sincero
A uma página ou outra de amores nunca deflagrados, a uma rosa solitária murcha,
A um pano secreto de outrora que muitos nem sabem as origens ou o conhecer,
Ou a mesma distância que nos obscurece a razão quando saímos do não jogar.

Não há o tilintar de fêmea na veia do poeta, este posta-se cargueiro do sentimento,
Verte um rumor da aurora, cansa-se de se entregar em sua sagrada ternura
Ao que outros diziam que pérolas são lindas quando preservadas, mas não sabem
Que Krsna ensarta todas as pérolas do universo em um mesmo cordão!

Afora o espetáculo dantesco ao qual nos parece que devamos nos acostumar,
Saibamos que na abertura do inferno de Dante se diz, na entrada da floresta
Que abandonai todas as esperanças óh vós que entrais, pois que é justamente aqui
Que se confere quem é o danado, quem dana, quem erra muito ou peca deveras.

Não seria de se supor que igualmente no parecer jurídico de outros ícones
Se torna o mesmo icônico fantoche aquele que não supõe que sob seu interesse
Um país externo mas rico seja vitimado pelas circunstâncias da garra de águia
Com olhos lancinantes e brilhantes nas pétalas de aço de uma mulher imperial.

Assim se passa o tempo, algo de tempo circunscrito a um quilate efêmero
Na voz que se escuta distante, que dialoga, que enfrenta um preconceito adjunto,
Que sabe que outros que lutaram foram ignorados e cedem o seu heroísmo
Ao diletantismo daqueles que – covardes – vem em maior número e negociam...

Parece-nos que ao poeta não há tanto a dizer, mas que a palavra o acompanha
Como um punhal ferrado em suas costelas, a lembrar-lhe de que sua dor
Confunde-se com a sua liberdade, e a lembrar igualmente que a poesia
Se torna cada vez mais transparente como uma corredeira de Taipei.

São quesitos, frações, luas, versos, minhas caras mulheres, caros homens:
O que se decide no nosso mundo não é um tilintar de botões, é mais,
É pão, é camaradagem total, é segurança, saúde, educação e cultura,
E mais um pouquinho de diversão, como um tabaco de vez em quando...


Hic.

CRISTAIS AMARGOS

Verte-se qualquer poema de amarguras
Que no céu dir-se-ia: vai-te, que a vida aflora
Perto quiçá de uma pálida senhora
Longe em certo de uma cândida ternura...

Mesmo em riste de um tempo inumerável
O chiste do vento não diz a poesia agora
Do que vem pela proa que tudo devora
Nada em meu pressuposto é negociável!

O certo é ser, sem dúvida alguma então
Que se seja mais do que é a própria vida
Qual cálida flor que desabrocha arrependida

Onde residem os versos perto do furacão...
Que digamos mais onde não pisamos laços
Ou a sutileza profunda de falsos abraços!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O AMOR E A ROSA

Salta-me a flama de uma rosa que evanesce
Como uma página do tempo em que não escrevemos
Qualquer notícia em roto jornal de conferências
Ao que não se dita saber o que já conheceríamos
Se não fora uma meta algo de alguma coisa...

Escapa do verso a voz que anunciava uma aurora
Quando de tantos repentes a vida se pronuncia
Em varais dos ébanos que esquecemos em várias estações!

A se dar conta de que um terceto sossega um leão de dois versos
Saber-se-ia dizer que o mate que mata o leão traga um sorvo
Que nubla qualquer parecença, e que o leão sai vivo de um xeque!

Das rosas estampadas não se vê a crisálida em achego de seu carinho
Quando uma pétala vibra ao toque de uma mão terna em pistilos
Do amor consonante com o que resta a que não se diga palavras...

Prometam que Virgílio, Horácio, Dante e Shakespeare não possuam
Em sua bagagem qualquer arremedo inquisitivo, pois que a promessa
Verte na imensa voz de conhecimentos ímpares que os deuses os tenham!

A cada linha da cultura dos povos blinda-se a lâmina afiada da tirania
Esta de pensares que não podemos em pesares, mais do que pensar na trilha.

Voz de rosa, não me chegues de amianto, não te quero fechada demais,
Nem secando de suas aberturas algo escandalosas no feitio grave de mulher...

Só quero debruçar na semântica de seus lindos cabelos de veludo vermelho
O cálice verde e generoso que te sustenta no desalinho das folhas.

A saber que o amor e a rosa se combinam, como um traço após um outro
Que se completam quando a mão de punho os oferta solene após espinhos!

Ah, que os danados danam-se no planeta Terra antes de consubstanciada
A não razão pelo continuado uso de uma veracidade sistêmica em mentir.

Que a rosa não mente, e que as aves a empreendem como um cristal de gente
Residindo quartzo no desabrochar de uma pedra na corredeira fria da serra.

Musa, posto que a rosa tu eres, a musa que não encontra a poesia aflorada
Como a flor do amor que não evanesce de tanto fazerem murchar esperanças!

De tanto que é amar o amor quase se completa no vórtice de tempestades
Algo de secretas que o amor que move o poeta o salva dos perigos!

No que há de tudo da rosa, no que há por vezes nada no amor, saibamos
Que a rosa existe como flor, e as flores femininas residem muitas vezes
Na distância imposta por processos de civilização em que encontramos
Um quase nada de não sermos algo, quando apenas pensamos em amar.

Quando se dizia de uma rosa, era uma rosa que floresce, e quando se diz
Que aquela surja, padecemos na beleza do que foi criado tão lindo
Que se veste o homem de ternura por tanto de saber que no amor reside a flor.

A PROPRIEDADE DO SONO

Do que se é próprio, consignemos, o própria qualificar-se em sono,
Ao que dita a saúde, que um quando não dorme muito bem não pode ir
Aonde seus pés insones não vão por poderem claudicar – pontifiquemos –
Sempre onde a consciência manda que nos resguardemos a que a missão
Que pomos a cumprir que se cumpra de modo não volátil, pois que o tom
De um perfume silvestre pode ser o aparecimento da Primavera, mas não
O consubstanciar-se da aptidão em convívio profícuo, nem que o seja
Para que tenhamos um cabo de fibras a alimentar nossos propósitos...

Às vezes rolamos pedras muito grandes: isso pode  ser uma grande obra
Que a ela não ressentimos a dureza das circunstâncias mas, posto lavor
Quiçá permanente e temporário, o mesmo tempo nos diz que é uma hora
Em que temos ao descanso de não sabermos sequer como descansar, pois
O trabalho chama em suas invectivas, e caminhar pode ser sacrifício
Dos mais cabais quando as pernas estas chamam por um leito em um lar.

Mas que pressintamos o sabor doce da vitória, sabendo entretanto
Que o amargor das pequenas derrotas sempre farão parte da existência,
No que são sabores encontrados em folhas tenras e crespas do alface
E em outras folhas, o amargor saudável e necessário do radiche!

Assim de se prosseguir vivendo, como em transfusão serena de quilates
Onde o pensar mais nobre envilece com a tessitura cigana do tempo
Ao que nos dispomos de conversar com todos os viventes:
Do ar solene de um pássaro à corriqueira fala de um balcão.

Pois que assim se dite uma miríade formal de vastidão imprópria
Quando por vezes claudicamos nossas pernas de aço tensionado
Reservando esforços por derredor de nossos braços algo escalavrados
Em que uma serpentina nua de outras reservas nos sustém o espírito!

O sono vem reticente como em paz de astrolábios divertidos,
Ao que mande que em nossos cristais mais rebuscados em seus chanfros
Muito da nudez necessária e pungente de nossa fé em vítreos olhos
Se digna a propor que caminhemos mais e mais com os nossos silêncios!

E segue a platibanda de equações escusas no mar de nossas ilusões
Quando uma grande serpente marinha morde a canela da poesia
Para ensinar de uma vez por todas que toda a caneta maestrina
Tem que verter seus óbices frugais mesmo com as asperezas do veneno!

O que dizer mais do que uma tarde em que o sol se fixa em nossa soleira
E prediz futuros em suas sombras entumecidas pelos movimentos das plantas
No reflexo de um inseto carregador em inumeráveis filas de estoques
Quando nossos pressupostos não carregam quiçá sequer as dúvidas dos erros...

E o sono vem, merecido, no intervalo de uma poesia a outra, no dizer correto
Em que a correção não vem de medições parassimpáticas, mas outras
Que não são de revisão nem de qualquer sintaxe ensaiada,
Mas de um verbo que se supõe palavra, e desta a qualquer significado...

E que verta sequer um arregimentar-se de questões sóbrias
Quando enfunada a vela de qualquer arrependimento saudosista
Nos façam crer que a nau navega longe de qualquer pirataria
Que porventura possa trocar os lemes de um prumo mais verdadeiro.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A CLARA COR DA ÁGUA

Água que forma, que corre em manancial, alimento da Terra
Que sai e brota como olho e diamante supino de força,
Que gere tudo e desprezamos sua existência no gole de guerras...

Água que circunscreve fronteiras, que transporta, que verte
Por vezes de Shiva o caudaloso Ganges, e em Netuno
O oceano de navegadores que redescobrem o planeta.

Água que és tantas que não encontramos seu codinome
Nem que o seja no respirar de um peixe perto da pétala de um coral
Ou no que disse o Cristo ao olhar de suas flores as vestes dos lírios!

Pois que és tudo e todos, e bendizemos que existas sempre,
Agora tesouro e patrimônio, sempre solapado e boicotado
Pelas sujeiras de uma espécie em franca involução...

Que saias de teus propósitos, agora que és força da Natureza
E se mostra inquieta dentro de seus reflexos e rebeldias
No que despe de catástrofes as suas próprias defesas.

Que a água tem cor serena quando respeitada, cor de verde água,
Ou as cores da paz azul, mas que nas tempestades sem cor
Se vê as cores turvas de suas forças reticentes do poder.

Nem sempre és água, posto terra também e assim o somos
Dentro da vestimenta da matéria, e que sejamos igualmente espíritos
A compreender que sem ti padecemos todos os nossos erros!

O vento soletra teus planos, quando cais como chuva nos quadrantes
E erguemos muralhas para conter-te, e desabam montanhas
Em cima dos mesmos lençóis que conseguimos deturpar...

És guarani no sul, seara seca no norte, és precioso no continente mãe
Em que sabemos que torcem mais pelos diamantes do que na vida
Do que muitos que deram sua vida solapada no sangue da escravidão.

És pungente em seus planos, geras energia, fracassas os sonhos do nadador,
Afundas embarcações titânicas, usam-te como veia de batalhas
E ainda assim o homem crê ser teu dono como no descarte de um ás de ouros...

Sabemos da terra onde existes, que tomam por liderar a corrida
Por onde houver-te, já há planos dos países ricos em te mapear
Por onde existas que sejas nas mãos que crispam seus dedos de abutres.

Mal sabem que em Marte não há mais da água da Terra, em que paraísos
Só existem na profecia gasta de um fundamentalismo cíclico
Em que este mesmo barco em que estamos haverá por navegar muito mais.

És motivo de desavenças, és de uma hipocrisia em que te criam
Recriando os falsetes de poderes em que te anunciam
Ao que se moram melhor quando defronte a si existe uma praia linda!

Basta, que já mostraste a tua cor clara e sutil a quem te respeita
Como elemento vasto e permanente e que não se falte
Se por descasos administrativos se falta a quem não lhe soube valer...

terça-feira, 18 de outubro de 2016

FINALMENTE, EM UM DIA CHUVOSO A VERDADE É QUE ALGUNS VASOS DE PLANTAS AINDA NÃO FORAM REGADOS, E É COMPROMISSO TÁCITO DE QUEM VOS ESCREVE TERMINAR O DIA COMPARTINDO COM TODOS OS SERES SEU DIREITO DE VIVER NO PLANETA, NÃO COMO ACESSÓRIOS DECORATIVOS, MAS COMO VIDA COM OS MESMOS DIREITOS DE NÓS, ESPÉCIE UM POUCO DISPLICENTE COM O QUE É REALMENTE IMPORTANTE EM VIVER EM HARMONIA: A COLETIVIDADE MERECE MAIS ATENÇÃO!!!!!

SABERMOS DA DIFERENÇA ENTRE O QUE É BOM E O QUE NÃO É BOM TEM A VER COM A NOSSA AVERSÃO EM RELAÇÃO A QUALQUER TIPO DE SECTARISMO.

QUE SE MUDE UM ASSUNTO PARA UMA SEMENTE QUE SURGE NA MÃO DA VIDA, QUE SE SOBREPÕE A ELA, QUE A RETRATA EM ÓLEO SOBRE TELA, QUE SE TORNA MAIS VIDA E MAIS AMOR, POSTO A MÃO QUE A AFAGA A DEIXA COM CARINHO EM BOA TERRA!

SERIA BOM QUE OS ÓRGÃOS DA MÍDIA ENTREVISTASSEM MÉDICOS QUE NOS ALERTASSEM SOBRE O PERIGO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS COM PESTICIDAS....

NÃO HÁ MAIS JOIO E NÃO HÁ MAIS TRIGO, MAS DO TRANSGÊNICO HÁ MUITO DO ALIMENTAR-SE DE VENENO.

UM POETA DISSE QUE VIVIA EM UMA ILHA, OUTRO AFIRMA QUE EM SEU GUETO POR INCRÍVEL QUE PAREÇA PARECE QUASE LIVRE, QUAL NÃO FORA O CÉU QUE LHE TECE UMA COMPANHIA TÃO PROFUNDA QUANTO O INFINITO!!

TODA A CERCA PRISIONAL É FUNDAMENTO ESTATAL DE DIREITO E DE LEIS... AQUELAS QUE CERCAM PAÍSES SÃO O MAIOR CONTRASSENSO QUE PODE EXISTIR EM ALGO QUE NÃO CONDIZ COM RAZÃO, MAS COM TRISTEZA ESTATAL, MESMO QUE ESSAS CERCAS SEJAM INVISÍVEIS.

A UMA EXPERIÊNCIA PASSAGEIRA DIRÍAMOS MUITO A RESPEITO DE QUASE TUDO, MAS NÃO ABRAÇAMOS SEQUER AS GUELRAS QUE NOS FALTAM PARA PODERMOS CURTIR OS MARES QUE ANTES NOS PERMITIAM..

SE O CRIME É UMA ESPÉCIE DE MICRO GUERRA, NÃO DEVE HAVER MAIS AQUELE, EM SUAS CAUSAS, PARA EVITAR AS CONSEQUÊNCIAS DE FATO: O QUE É SEGURO DEVE SE MANTER SEGURO E O QUE SE PASSA NA CABEÇA ILUDIDA DEVE SE EVITAR QUALQUER ESPÉCIE DE OPIÁCIO SISTÊMICO.

UM CAMINHO PODE ESTAR CHEIO DE PERIGOS: CAMINHOS CURTOS, CAMINHOS LONGOS, E A TERNURA É O ÚNICO MODO EM QUE SE TRILHEM-NOS EM PAZ!

A NÃO VIOLÊNCIA É A ÚNICA FORMA DE SE ESTABELECER UM DIÁLOGO, POIS MESMO ESTE NÃO SENDO POSSÍVEL, FICA O REGISTRO, FICA O LIBELO, FICA O PROTESTO.

A VIOLÊNCIA SIGNIFICA UMA ALAVANCA DE ÓDIO SOBRE UMA FACE OU UM MEMBRO, OU UM ÓRGÃO: POR VEZES QUEBRA, POR VEZES ESFACELA, POR VEZES COM NOSSOS PRÓPRIOS MEMBROS. SERÁ QUE NUNCA SAIREMOS DA DESCOBERTA DO OSSO PARA PREDAR MAMUTES?

PODE SER QUE A ORDEM DOS FATORES NÃO ALTERE MUITO NADA, MAS A DESPROPORÇÃO DAQUELES MEIO QUE TENTA ROMPER CERTAS EQUAÇÕES.

SERIA BOM SE OS GOVERNOS SE RETIRASSEM DA GOVERNANÇA E ABRISSEM ESPAÇO PARA UM PLEBISCITO ÍMPAR E INTERNACIONAL PARA O BEM DO PLANETA.

NÃO QUE A VIDA NÃO SEJA O QUE GOSTARÍAMOS... A QUESTÃO É UNICAMENTE A VONTADE DE PODER QUE APODRECE A HUMANIDADE.

POENTE E NASCENTE

Quais os gestos que um homem pode possuir para encontrar algo?

Quantos caminhos, oh Deus, de que nos seja dada a misericórdia?

Há nos crescimento de um episódio lunar uma gleba de intenções
Que se nos atravessa de um outro manto que se nos revele a mais
Do que aquilo que por suposto cremos ser talvez mais do que necessário...

Os poentes de nossos dias nos dispõem em rumores, conversas em paralelo,
Mentores do nada, fluxos de graus indispensáveis, contendas, atravessadores,
Chuvas obscuras, nada do que realmente se cria que fôssemos mais humanos.

Libelo: que tu me chames em tua aurora a que ensinemos a nós mesmos, os mortais
Que sob os véus de uma fama efêmera como uma gota de orvalho repetidas vezes
Temos que estar despertos a mais do que uma flâmula de cristal de plutônio!

Meu deus, que não tornem as mesmas guerras que há muito foram enfrentadas
Se um homem passa a tocar uma música em sua soleira e o estranham deveras,
Quando o suficiente é apenas se estar de um lado ou de outro da barbárie alugada.

Quanto vale a lucidez de um ser, se após uma poesia que brota de sua alma
A questão carnal lhe passa a ideia do jugo em que nos impomos por questões negociais?

Hoje o poeta que encontra uma amiga, que lhe diz, que lhe diz que o câncer
Já está controlado em seu corpo, e o poeta ganha seu dia pela felicidade
Em ver uma mulher brilhante perto de um mar de uma superfície que muda...

Se a poesia brota, meus caros, é porque não ensaiou cartilhas, não supôs regressos,
Vive para uma vida que se torna presente, mesmo que no rádio permitido
Cantem repetidas vezes o ritmo de um robot alucinado pelo pop do mundo...

Basta que desliguemos um pouco de todos esses estímulos abissais e crus
Em que a paz que queremos seja a luz que verte de olhos tamanhos e gigantes
A ponto de encontrarmos no facho da esperança a espera de um poente de nascer a Lua!

E que nasçamos a cada poente, em um sono que por vezes tenhamos, e que seja
Um descanso à sombra de uma árvore, a que se permita a um andarilho
Que este escolha seu lugar e seu sono e não enfrentar o patíbulo do preconceito.

A que regressemos ao lar, a que façamos de uma casa uma vivenda
Que tantas em que já vivemos por vezes nos façam crer que é justo em se ter...

Pois que se vale a vida em seu vale por vezes turvo por nuvens algo cinzas
Em que a cor se nubla do tom que não gostaríamos que fosse sempre esse...

Que pensemos na boa literatura, conforme dizia mercedita: viva La Literatura!!

domingo, 16 de outubro de 2016

UM PONTO QUE FOSSE DADO À TERNURA

            Pois sim, que caminhara tanto pelas tantas, que eu não sabia até que ponto eu não parara... Talvez de se saber um verso, talvez de que a vida não fosse tão dura, que sei eu, uma coisa atrás me aparvalhava e eu segui tanso como uma corda que se deixa esticar e que coisas miúdas de Gonzaguinha me roíam as entranhas daquela aos poucos, tensa que ficava mais e mais dura e vulnerável, que eu já não sabia. Não haveria mais acessos para a minha saída? Quem sabe se eu seria um soldado imaginário dentro de uma hierarquia que desconhecera por toda a minha vida? As forças já existiam, e por minha conta talvez me tornasse finalmente um civil feliz, mesmo sabendo de todas as vertentes sociais, dos grupos, a ponto de achar a maçonaria algo de interesse, posto tudo o que dizia respeito a uma ciência oculta ofuscava o padrão do que se oculta na ciência, aí sim, vasto e profundo caudal que nem uma imaginação mais fértil daria conta em um processo de investigação total e quase absoluto, a não deixar dúvidas... Esses processos de um homem ou uma mulher não encontrarem mais tanto de referências, quais não sejam aquelas de qualquer contenda que não seja apenas um tipo de situação em que nos encontramos no viés do acordo. Como se nas relações humanas criássemos o rebatimento, o lucro, a ganância em obtermos algo de alguém, como um negócio, o Business Relations. A coisa se confunde, e o seio de algo de ternura desaparece, pois parecemos isolados dentro de cada bolha existencial, somos tão autossuficientes que não – sequer – nos tocamos, deixando isso apenas a cabo do hedonismo superficial que a muitos pertence obviamente ao desgaste natural da insensibilidade pelo prazer de minutos. Isso pode parecer território da psiquiatria, e efetivamente pode vir a ser, pois o cometimento dessas enfermidades está na ponta de lança do modelo social em que estamos inseridos. Isso não será alusão a que modifiquemos muitas estruturas, mas no modo como podemos evitar que certos estímulos não sejam tão ausentes de uma ternura sincera e sempre necessária ao abraço dos povos.
            Haverá sempre a esperança, esta um caudal imorredouro que não passa de um teor presente em um gesto em que nos encontremos quiçá em uma rua, por vezes no olhar nada mecanicista que devemos por vezes tentar encontrar fora das plataformas digitais. Pois, se não fora, não encontraremos o seu brilho, as coisas do entorno, boas ou más, as idiossincrasias, o tête-à-tête, o mano a mano. Jogam-se cartas na mesa, estamos por testar o próximo, para obtermos respostas que por ventura cremos importantes para a nossa visão do comportamento de alguém, mas ausentar-se sempre do carinho e produzir máquinas, quais sejam, como nossos próprios instrumentos de feedback, é sem dúvida preparar seres de montagem, em uma escala da indústria humana que por vezes já começa na escola. Estarmos debatendo desses assuntos já é de natureza ímpar, posto sermos sempre um à cata, dois à busca, buscadores, expertises, funções, mas do ponto de vista da sociedade seremos sempre cidadãos, independente de que coisas fazemos, como trabalhamos, dentro obviamente da legalidade necessária, mas ninguém é superior a ninguém, e todos são iguais perante a lei. O fato de não encontrarmos essa igualdade pesa a justiça a razão direta da questão da liberdade. Se esta começa onde termina a do outro, que todos os homens livres partilhem pelo menos da mesma. Se alguém ofende um homem ou uma mulher livres, se invadem o seu espaço de dignidade social, temos que saber que isso é razão de retaliação por parte de autoridades, pois hoje as coisas estão mais difíceis, e a pressão e stress já fazem de tal forma parte do cotidiano que muitos absorvem e transformam o rancor em violência. Daí vem o moto contínuo do treinamento. Um civil jamais deve usar alguma vantagem de treinamento marcial ou psicológico para coagir ou agredir um cidadão. A defesa é necessária, mas em caso de grave conflito deve-se resolver isso na justiça, com os agentes que existem para tal. A mesma defesa deve ser o diálogo, e é cabal sabermos que a ingestão de álcool ou drogas predispõe que os cidadãos não ajam muito de acordo com a civilidade necessária, que deve estar vinculada à serenidade e lucidez. Devemos ser diplomatas, mas, por exemplo, nas questões raciais ou étnicas, deve o cidadão denunciar, não apenas o vitimado pela ofensa, mas aquele que a testemunhe, para autoridades competentes, para que a mácula do rancor não fique contida na psique muitas vezes frágil do ser agredido, como no casos das doenças mentais igualmente, onde o preconceito por vezes é ignorado como algo normal e por vezes até engraçado.
            Deve-se saber, portanto, que nas relações humanas devemos estar preparados a nos situar na esfera do desprendimento, na plataforma da humildade coerente, como a noção de que somos mais um cidadão – seja quem formos – no mundo, e não acharmos que determinada posição ou hierarquia possa ser estendida sobre grupos ou minorias que não façam parte da vida que levamos em pauta nesse tipo de poder que nos concedem aqueles que mantém a ordem, pois não bastará termos esta se não houver a harmonia social do coletivo.

sábado, 15 de outubro de 2016

EDUCAÇÃO, SAÚDE, TRABALHO E CULTURA. ESSA TÉTRADE FAZ A UM PAÍS A SUA SOBERANIA.

A VIDA DE UM SER HUMANO NÃO TEM NADA A VER COM A FUTILIDADE EM SABERMOS QUE COM O NOSSO DINHEIRO TEMOS O PODER DE ESCOLHER A BUGIGANGA MAQUIADA NA INTENÇÃO MAIS OBSOLETA DE NOSSOS DESEJOS DE CONSUMO.

QUE SE DEVA LER DOSTOIÉVSKI E TOLSTÓI, KAFKA E ZOLA, PARA SE COMEÇAR A ENTENDER UM POUQUINHO DO MUNDO. QUEM NÃO PASSOU POR ESSA BAGAGEM LITERÁRIA, ENTRE TANTAS OUTROS AUTORES, NÃO PODE DIZER QUE CONHEÇA A LITERATURA UNIVERSAL.



POSTA FINITA A CONVERSA, PASSAMOS A UM HORÁRIO MAIS ADIANTADO E, NA PAZ DE UM SILÊNCIO MERECIDO PELA LIBERTAÇÃO DOS GRILHÕES DO DIA, A RESTAURAÇÃO ESTÁ EM LER UM LIVRO DE SIMENON, OU QUIÇA DE WOOLF.

NÃO HÁ PERDÃO QUANDO UM SER É ACOMETIDO DE MALES MENTAIS POR AQUELES QUE O SABEM, MAS O VAMPIRESCO MODO DO AMOR DA FARSA REVELA QUE HÁ SEMPRE MODOS DE EMBOSCADAS PARA TORNÁ-LOS MAIS ENFERMOS...

GERALMENTE, QUANDO UM HOMEM É INDEPENDENTE, SOFRE AS INVESTIDAS DO MORDE E SOPRA DAS ARTICULAÇÕES DESARTICULADAS DE AFETOS CONSIGNADOS NA ESPERA, OU A PROMESSA QUE NÃO SE CUMPRE, MAS O EMPATA - O HOMEM.

AS GUERRAS PARTICULARES INCOMODAM E TRAÇAM UM PERFIL ONDE SUPOSTAMENTE TEMOS QUE ABDICAR DE NOSSA OPINIÃO MAIS ÍNTIMA DE OUTRORA, EM TEMPOS MELHORES, PARA ASSUMIRMOS A POSTURA DE DEVORAR TODO AQUELE QUE OFERECE UMA FORÇA CONTRÁRIA À BARBÁRIE.

QUALQUER CONFLITO QUE NÃO PREGUE A PAZ É RESULTADO DA COMPETIÇÃO TERRITORIAL DO LIVRE MERCADO TÍPICA DE UM CAPITALISMO CADA VEZ MAIS SELVÁTICO. A COMPREENSÃO DESSE FATO FAZ COM QUE AQUELE QUE PENSE QUE ESSAS GUERRAS SÃO FRUTO DO IMPERIALISMO SOFRA DURA RETALIAÇÃO POR ESSA AFIRMAÇÃO CONTUNDENTE E NECESSÁRIA!

O MUNDO NÃO ESTÁ DIVIDIDO EM IMERSÃO TECNOLÓGICA E OSTRACISMO ANACRÔNICO, MAS NA FORÇA DE TRABALHO DO EXPLORADO E NO CAPITAL DOS RICOS, OU SEJA, ENTRE RICOS CADA VEZ MAIS RICOS E A MASSA CADA VEZ MAIS AMPLIADA DE POBRES.

MEUS CAROS AMIGOS, ALGUÉM QUE POSSUA LIVROS SABE QUE PODE SE SENTAR EM UM BANCO PÚBLICO E LER UM CAPÍTULO, APÓS SORVER CIVILIZADAMENTE OS SEUS GOLES DE CAFÉ.

A CRÍTICA SE FAZ SEMPRE NECESSÁRIA, PRINCIPALMENTE ÀQUELES QUE SE AUSENTAM DESTA PARA NÃO SE COMPROMETEREM COM A REALIDADE E ACABAM ENCONTRANDO ESTA COM UM TORPOR DE SONO ACUMULADO EM SÉCULOS DE VERTIGEM E SOMBRAS.

TUDO BEM QUE USEMOS UMA REDE PARA NOS RELACIONARMOS, MAS A REDE DO PESCADOR SEMPRE, E AO VIVO, NOS MOSTRA QUE REALMENTE ESTAMOS NO LUGAR CERTO, E QUE NOSSOS AMIGOS NÃO RESPIRAM REFLEXOS DIGITAIS.

O FASCÍNIO DA INTERNET FAZ COM QUE PENSEMOS QUE ESTAMOS COM OS CONTROLES NA MÃO. QUE TUDO FUNCIONA A CONTENTO, MAS NO MAIS DAS VEZES VIRAMOS PRISIONEIROS DE GADGETS FANTASMAS.

APARENTEMENTE, NO MUNDO DE HOJE AS MULHERES QUEREM MOSTRAR A CRUDEZA E AUSÊNCIA DE TERNURA PARA SEREM ACEITAS COMO INDEPENDENTES E LIBERTÁRIAS: O ERRO RESIDE NESSA ATITUDE EM QUE POR VEZES REALMENTE SE SECA A TERNURA E O SENTIMENTO DE COMPAIXÃO AO PRÓXIMO.

HÁ EGOÍSMOS QUE SÃO GRAVES, MAS O MAIOR E MAIS ATROZ DELES É QUANDO ALGUÉM INSISTE EM DERROTAR UM HOMEM POR SUAS IDEIAS, REPETIDAS VEZES, DE MODO INCANSÁVEL E COVARDE.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

A VÉRTEBRA LUNAR

Veste-se de outros rumores a clássica demonstração das luzes
Que, tíbias, não encontramos nos poentes de nossa existência
Quando o que mais queremos é justamente urdir esperança nos povos...

Nua e crua, uma coluna de luz lunar nos pousa a fronte de vida
A saber que quando estamos com nossos reflexos nas atitudes
O mar acompanha nossos gestos, mesmo que por lá não se possua.

A se possuir, o que se diria de um verso na face de um olho d’água
Quando a poesia não quer propriamente assistir, mas acompanhar
O próprio rumor de que estamos navegando rumo à civilização!

De tantos mundos estes em que por vezes imaginamos apenas
Dentro do imaginar-se tanto que outras fazemos quase um filme
Onde os atores se revelam mais jovens do que a progenitura do diretor.

Poderemos saber de muitas coisas no mundo, quando nos situarmos
Em uma questão pontual, mas que as genéricas são igualmente boas
Quando a um entender soberano de um país com constituições sadias.

Pois que seja cristalino o verso, que de dentro da lua uma cratera espie
Quando vê que no planeta azul o mar é tão grande que se torna cepa
De onde brotam ervas onde os zangões vêm pousar por encima...

Quando menos esperaríamos que não fossemos mais tardios
A questão onde não encontramos mais as referências é que estas
Estão por todos os lugares: ao gesto do sol e à refulgência feminina lunar.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

AUTOMAÇÃO ARTESÃ

            Há modos de se fabricar em certos contextos um produto alienado de sua natureza primordial... Como gadgets em que não se encontra o contexto este em que sua função seria algo menor do que um tipo de embalagem que contém, a título de amostra atrativa, seu teor quase infantil em trajar para o consumo. Trajar em amplo sentido, de “vestir” os produtos industriais com tudo o que vem por adiante, antes de descobrirmos que muitas peças, como as de carro, por exemplo, são feitas com materiais que simulam visualmente outros que porventura, na ideia de impulso de compra, acabamos por não darmos ciência do que adquirimos. Amassada a lata: funilaria; amassado o plástico: moldagem. Troca da peça de plástico, exorbitância... O que abre espaço, dentro desse estranho mosaico, a que estejamos comprando um descartável por algo mais sólido. Destarte, quase sempre se vai para uma loja que reconsidera a restauração, por vezes por vias quase artesãs. Em uma confecção que não sabemos muito para que serve, surge a miríade de produtos que encerra em sua variedade uma espécie de fauna de especiação variada, com tipos ou classes, seus objetos e uma programação orientada em seu contexto. Essa especiação revela que nas fábricas o que se orienta é algo em que não estamos mais comercializando algo em si, mas o seu pressuposto, onde o que ponteia o holístico possa ser o comércio banalizado da cosmética onde esta, literalmente, perfaz o ideal do hedonismo societário. Onde cada qual “brinca” de ser agente do belo, mas atravessa com dois gumes o bom senso daqueles que necessariamente devem ter na redução dos lucros acessos mais viáveis e conexos com o produto per si. Essa fauna de objetos nos tornam igualmente passivos diante dos estímulos e respostas a que nos submetemos, onde passamos a nos rotular enquanto seres, onde cores de roupas, por exemplo, se tornam significantes de proposições diversas, por exemplo cabal, e igualmente nos tornamos predadores para competir em um dito “livre mercado”, em que cada qual se torna a fera de si mesmo. A ausência de diálogo entre os que se tornam rivais em interesses ou negociações que quase sempre, a exemplo de grandes monopólios, se tornam usualmente desonestas, faz com que alguns se tornem tipos de glebas ou clãs que os unem para a preservação dos mesmos acordos societários referidos com relação ao hedonismo agora raro em consecução que começa a atingir classes mais “possuidoras”. Por possuírem, estão certas que seus desejos serão satisfeitos, e essa ante mão muitas vezes leva que fracassem quando os mitos de suas bagagens caem por terra, no mais das vezes por uma razão de estarem dissociadas na especiação de seus grupos, com seus links existenciais, e o grande gadget das informações lhes falta, na sua mesma falta de conhecimentos fundamentais quando se ausenta a identidade cultural do indivíduo isolado ou coletivizado. Referenciar-nos dentro de gadgets que somatizam sistemas como alguns portais gigantescos passa a nulificar nossos anseios enquanto cidadãos em vozes jamais ouvidas, dentro de uma nulificação tornada concreta, quando ao menos se contestasse o pão, e outro, que se ouvisse mais os anciães...