domingo, 24 de janeiro de 2016

O ESPÍRITO E O JOGO

Há gente que joga com o que pode nisto que creiamos: a vida, tornando um game sua razão condicionada de ser, posta a ilusão sem precedentes à mesa. Não se pode dizer que um game não possua lua lógica, mas sabermos de sua geração e criação vale um pouco mais do que residirmos apenas em seu conduzir. Um jogo de xadrez não fica sendo mais muito atrativo, nem o jogo em se lidar com as palavras, nem mesmo um retorno à arte em seus palcos silenciosos e, no entanto, ainda infinitos...
A questão de novas tecnologias é muito saudável enquanto compreensão do conhecimento mais independente, sabendo-se – quando de ensino – como passar adiante as bases mesmas desse conhecimento. Tentar colocar uma toalha por sobre a mesa dá o precedente a que tenhamos educação mais esmerada, não apenas nos atermos a falsos e integradores silogismos teóricos, pois a educação como um todo não espera que não conheçamos bastante do que já foi realizado, e a estruturação do conhecimento passa pelas matérias humanas, sendo a história e a literatura as duas fontes mais importantes, recorrentemente ao fazer artístico, pois na modalidade do que chamam nova sociedade está a matriz do totalitarismo plutocrático, o que deve ser evitado a qualquer custo, antes que o modo dessa ignorância finque raízes no escopo social. A partir de um conhecimento de clássicos ou de todas as histórias de nosso mundo se apreende o processo responsável de muitos educadores, que historicamente não invalidam ou estancam os bons resultados na geração salutar do conhecimento, na aplicação dinâmica dos ensinamentos, e em boas referências em experiências de outras nações irmanadas, bem como na erradicação de cabrestos educacionais resultantes de interesses econômicos ou políticos.
Tudo isso falado seria quiçá interessante, mas não se encontra validade na proposta de um enfermo, pois que a enfermidade denota impossibilidades, e a veracidade de diplomações formais é que validam a questão do que se queira na educação de um país, mesmo porque, não é de monta a especulação deste que vos escreve, pois não intenta nem um pouco quebrar antiquíssimos diagramas, ou coabitar com anarquistas que encontram no destruir valores algo mais do que manter a paz e a ordem... Receita antiga, mapeada e diplomada por valores algo externos, em que seja fácil tal receita de bolo a que tenhamos a crítica corrosiva que teima em usurpar poderes constituídos. No relato que vos digo, que não se ressinta algo de filosofia, pois que na sílaba por vezes necessitamos da compreensão da existência de um hiato, e a mediação se faz necessária, pois não há como conjuminar a lógica sem a independência das palavras, e que se ressinta a filosofia como se de ato fora, pois não há mais nome nas acepções dos diversos vocabulários de rotinas de programação existentes na nossa Era. Posto que reclame algo de religião, que desta era que falo há algo da soberba humana que atinge os níveis de contendas supérfluas que assumem riscos danosos, não importando se um homem contribui muito ou pouco, se – e é fato – somos todos cidadãos, e que as fronteiras não nos ditem mais do que as diferenças tênues de cultura e etnias diversas, posto a posição não versar muito com paz se as idiossincrasias entre os povos continuarem a postular vinculações estratégias de parcialidade inerentes aos crus e mórbidos interesses que devem ser combatidos a partir da ciência recriada em lócus, a cada gesto irrisório que nos dê a classificação de vitória consagradora. Gestos como a solidariedade, o saber escutar das gentes, a capacidade do diálogo, a consciência entre grupos ou pensamentos, a versatilidade em achar em uma nação o equilíbrio equidistante entre uma inteligência veraz e a capacitação humana, visto ser necessária a educação induzida, pois certas literaturas e filmes competem para a dissociação da psique e igualmente à orientação escusa e criminosa.
Quando se é apresentada a banalidade de um homicídio, renitentemente nos filmes onde a violência é exposta sobremaneira, o fato de alguém possuir uma arma lhe dá uma noção evidente do que significa o poder bárbaro de tirar a vida humana para justificar o ganho fácil, ou mesmo de substantivar quadrilhas para proteger organizações criminosas que já possuem – por efeito osmótico e didático – aparelhagens e equipamentos que lhe dão logística para a prática sistemática dos crimes, em parte ainda justificadas por organizações de direitos humanos que muitas vezes pecam por tentar proteger a gangrena em que se torna essa engrenagem sistêmica e defeituosa. O círculo fecha-se e teimamos em achar que tudo é um jogo, e os que prezam por nossa segurança são vilipendiados muitas vezes por acusações ideológicas na acepção crua do que se chama o caos ou a anarquia paralelamente institucionalizada por aqueles que vivem sob essa ótica social.
A relação da pobreza com a criminalidade é óbvia, e é justamente em crermos em que todo o país se desenvolva, em que haja mais coerência na participação de ganhos pelas populações menos favorecidas, e que as lideranças se preocupem mais com o social, retomada a questão da educação tão importante... Mas que não esmoreçamos no respeito às crenças de cada cidadão, que não permitamos que imponham regras a respeito de que religião adotar, mas que sempre trabalhemos para que o Estado, enquanto instituição, se mantenha laico para não assumir posturas de ordem religiosa que impeçam o andamento de uma ciência em que a matéria seja de igual importância.

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