quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

DE UM PENSAMENTO ÚNICO

A pensares que penso ser um único pensamento e que disto do querer,
No que penso que saiba algo que não verse muito o que dizer
Mas que um arrulho sereno de um pombo não me faça esquecer...

Que penses que não penso, mas a talha do destino me encoberta
De um lado em que caminho a minha tíbia perna e que outra desperta
No dizer do outro lado em que o joelho meio que enobrece a perda.

Seria tanto o de rima que não rimo a partir do arrimo das pedras no lago,
A supor que um pequeno lagarto de cristal reside na profundeza
De um coração leviano que atinge um grau de pureza abissal...

Meio que talvez não saiba o que vai pela vertente de uma manhã anunciada
No nunca em que talvez não queiramos que surja dentro do sempre,
Mas que talha-se a poesia em negro mármore de Carrara na têmpera!

A seguir que não pronuncio o verbo animado por uma ocasião festiva
Já que deixamos o Natal borrado com as intenções de dolo ocluso.

Reerga, humanidade, a saber de que a vida não se encerra nas facilidades,
Pois aqueles que o sabem fazem da sua própria o crescer na dignidade...

Nenhum comentário:

Postar um comentário