Estarmos
conectados a um smart phone não é coisa que se brinque, pois se chega até a um
limite de escarnecimento se não possuímos um de última geração. Conversa vai,
conversa vem e o que se alcança é apenas a finitude irrisória de um pequeno
quadrado digital onde pensamos que aconteça muito, mas que a rede é fina que
não deixa escapar nem os menores peixes, como os filhos ou netos que já residem
nessa atualidade nada democrática, pois a Google dita e seus subordinados
obedecem. Haja vista sermos todos os mesmos sistemas, e há segredos por dentro
jamais revelados de dentro de seus bunkers de inteligência. Não é uma crítica
mordaz, apenas a constatação de que o uso sem freios da tecnologia parte para
um totalitarismo sem precedentes, na medida em que somos obrigados a estar
nessa plêiade de alienados. Se o sistema parte desse princípio, saibamos que na
verdade há outras conexões muito mais amplas do que as cabanas eletrônicas em
que nos tornamos, e que já profetizava Toffler no seu A Terceira Onda. É
trabalho e trabalho, e que nos tornaríamos melhores trabalhadores se nos
conectássemos com a carpintaria, o elétrico, o hidráulico, a construção, e não
jogando sementes aleatórias para alimentar cada vez mais um regresso em que
políticos caras duras servem de bibelôs de aquário articulando o golpe alicerçados
pela CIA. Essa é uma conexão real e existente, em que não nos perturbemos
muito, mas na verdade é fato. O fato continua sendo o destino da Petrobrás, do
Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Ibama, dos Correios, como
estigmas na sangria privatista que os tucanos não conseguiram concluir no
governo entreguista de FHC. Creio que o nosso país já possua a sua agência de
inteligência, mas também acredito que se isso realmente for realidade concreta
e competente, é aí que a coisa pega. Há garras querendo se apossar de nosso
país, grupos digitalizados que voam em torno de uma luz artificial, sem
perceber que a massa trabalhadora trabalha de sol a sol e possui mais ciência
do que a Fortran, ou a Cobol, antigas e ainda válidas lógicas. Essa gente que
trabalha é muito mais sincera do que aqueles que subvertem a democracia para
instalar o caos no país, pois se o golpe for concretizado, o mundo inteiro
sofrerá. Nada como usar de "psicologia" diante de homens que são solitários para
tentar dissuadi-los de sua reserva moral. Esse estamento moral e uma férrea
disciplina é que mostra a um homem ou a uma mulher que certos conhecimentos vêm
à tona para atrapalhar, pois é no espelhamento de um contingenciamento progressista,
correto e efetivo que nos situamos em um prumo, por vezes dentro de uma sociedade
hostil. Esse é um caminho, podemos nos cansar mais, pois é árduo, mas os
pequenos contentamentos como ver o sol pela manhã nos torna mais maravilhados,
pois quem caminha a ferro e a fogo vê melhor a transparência da vida, e aceita
com sinceridade de poeta a ternura existente, como uma flor rara em um
deserto...
Estar
conectado não significa nada a ver com plugues, botões ou similares, pois não
há revolução tecnológica total, já que nem tudo se manipula em certos joguetes,
mas que efetivamente a instrumentalização efetiva vem a calhar para combater a
violência, por exemplo. Citei a CIA como exemplo de gente que já possui seu
lugar ao sol, em praias lindas, ou em confortáveis gabinetes, visto que o
trabalho de campo nem sempre se efetiva em sua proposta, que é invariavelmente
utilizar de sua atuação através do domínio tecnológico para estornar possíveis
lideranças, ou diluir talentos, quando estes não dizem respeito aos interesses
do império que ainda quer dominar nosso continente, subsidiando regiamente a
oposição para que subvertam a ordem do andamento legal e democrático dos países
latinoamericanos. O infinito vem do conhecimento, vem de amarras soltas, vem da
libertação de um povo, vem da melhoria social como um todo, não vem de conectarmos
um painel fisiotrônico, não vem de
seres somatopsicopneumáticos. Vem do
amor sincero, do diálogo, e da luta em manter-nos íntegros diante das
adversidades de desavenças e da farta hipocrisia que alimenta o poder nefasto
que vem como uma força contrária a destruir qualquer progresso popular.
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