sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

A CONEXÃO COM O INFINITO

            Estarmos conectados a um smart phone não é coisa que se brinque, pois se chega até a um limite de escarnecimento se não possuímos um de última geração. Conversa vai, conversa vem e o que se alcança é apenas a finitude irrisória de um pequeno quadrado digital onde pensamos que aconteça muito, mas que a rede é fina que não deixa escapar nem os menores peixes, como os filhos ou netos que já residem nessa atualidade nada democrática, pois a Google dita e seus subordinados obedecem. Haja vista sermos todos os mesmos sistemas, e há segredos por dentro jamais revelados de dentro de seus bunkers de inteligência. Não é uma crítica mordaz, apenas a constatação de que o uso sem freios da tecnologia parte para um totalitarismo sem precedentes, na medida em que somos obrigados a estar nessa plêiade de alienados. Se o sistema parte desse princípio, saibamos que na verdade há outras conexões muito mais amplas do que as cabanas eletrônicas em que nos tornamos, e que já profetizava Toffler no seu A Terceira Onda. É trabalho e trabalho, e que nos tornaríamos melhores trabalhadores se nos conectássemos com a carpintaria, o elétrico, o hidráulico, a construção, e não jogando sementes aleatórias para alimentar cada vez mais um regresso em que políticos caras duras servem de bibelôs de aquário articulando o golpe alicerçados pela CIA. Essa é uma conexão real e existente, em que não nos perturbemos muito, mas na verdade é fato. O fato continua sendo o destino da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Ibama, dos Correios, como estigmas na sangria privatista que os tucanos não conseguiram concluir no governo entreguista de FHC. Creio que o nosso país já possua a sua agência de inteligência, mas também acredito que se isso realmente for realidade concreta e competente, é aí que a coisa pega. Há garras querendo se apossar de nosso país, grupos digitalizados que voam em torno de uma luz artificial, sem perceber que a massa trabalhadora trabalha de sol a sol e possui mais ciência do que a Fortran, ou a Cobol, antigas e ainda válidas lógicas. Essa gente que trabalha é muito mais sincera do que aqueles que subvertem a democracia para instalar o caos no país, pois se o golpe for concretizado, o mundo inteiro sofrerá. Nada como usar de "psicologia" diante de homens que são solitários para tentar dissuadi-los de sua reserva moral. Esse estamento moral e uma férrea disciplina é que mostra a um homem ou a uma mulher que certos conhecimentos vêm à tona para atrapalhar, pois é no espelhamento de um contingenciamento progressista, correto e efetivo que nos situamos em um prumo, por vezes dentro de uma sociedade hostil. Esse é um caminho, podemos nos cansar mais, pois é árduo, mas os pequenos contentamentos como ver o sol pela manhã nos torna mais maravilhados, pois quem caminha a ferro e a fogo vê melhor a transparência da vida, e aceita com sinceridade de poeta a ternura existente, como uma flor rara em um deserto...
            Estar conectado não significa nada a ver com plugues, botões ou similares, pois não há revolução tecnológica total, já que nem tudo se manipula em certos joguetes, mas que efetivamente a instrumentalização efetiva vem a calhar para combater a violência, por exemplo. Citei a CIA como exemplo de gente que já possui seu lugar ao sol, em praias lindas, ou em confortáveis gabinetes, visto que o trabalho de campo nem sempre se efetiva em sua proposta, que é invariavelmente utilizar de sua atuação através do domínio tecnológico para estornar possíveis lideranças, ou diluir talentos, quando estes não dizem respeito aos interesses do império que ainda quer dominar nosso continente, subsidiando regiamente a oposição para que subvertam a ordem do andamento legal e democrático dos países latinoamericanos. O infinito vem do conhecimento, vem de amarras soltas, vem da libertação de um povo, vem da melhoria social como um todo, não vem de conectarmos um painel fisiotrônico, não vem de seres somatopsicopneumáticos. Vem do amor sincero, do diálogo, e da luta em manter-nos íntegros diante das adversidades de desavenças e da farta hipocrisia que alimenta o poder nefasto que vem como uma força contrária a destruir qualquer progresso popular.

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