Seria algo de pretensão crer que não
haja muito a se discutir e debater a respeito das questões humanas. Objetivar apenas, positivar apenas, não dá muito volume na arrebentação que queremos
quando o oceano mostra a sua resposta no embate com as rochas de alto mar. Alto
mar sim, pois não, pois queremos que a latitude de certos assuntos nos vislumbre
para além de qualquer farol e que cruze fronteiras em que por vezes nos
colocamos como muralhas individuais, pontificando que o bom seria o livre
arbítrio, mas que sabemos que dentro de um coração patriota obviamente reside a
democracia e o Estado Federativo, com todas as suas instituições públicas ou
privadas. Na particularidade de certos fenômenos que ocorrem no planeta, vemos
certas certezas, algo proféticas, que remontam até a uma possível colonização e
implantação de climas similares ao da Terra, em Marte, quando se supõe algo de
julgamento final, ou hecatombe atômica na visão de pretensos salvacionistas da
espécie... Na realidade pinta-se um mundo coisificado, controlado, com sistemas
de segurança herméticos, uma nuvem de dados, em que os que controlam a tecnologia
e suas fábricas mostrariam ao mundo um status de novo mundo, algo Huxleyniano,
para parodiar uma coisa ridícula enquanto aquisições de brinquedos de consumo.
Orwell seria fichinha perto do que pinta na tela das telas, onde planta-se que
o que vivemos agora é um período de adaptação em relação às tecnologias, mas
vê-se que mais e mais – nessa grande paródia mundial – que a alternativa dos
antigos suportes, o fazer laboral artesanal assumem proporções de riqueza
inauditas na releitura da cultura dos povos, mesmo nestes onde os índios
mostram que são uma grande nação dentro de sua extrema agudeza madura em
relação à Natureza. Tanto mais que os verdadeiros mentores que programaram
rotinas desde o surgimento da rede militar nos EUA creem estar colaborando para
a cura de seus próprios tecidos sociais. Nada. Nada, um pouco, versus nada um
muito. Risos!
Obviamente, não será de rir muito,
pois imaginem como serão as redes das coisas em termos bélicos. Não dá para
imaginar tanto, pois na hora de tomar a atitude enquanto nação inteligente, os
EUA escolheram o embate bruto, a coisificação sólida, pedra, inanimada, em que
seus próprios sistemas de inteligência agora sabem que não adianta nunca
invadir um país, e não haverá mais tempo de recriarmos civilizações em Marte,
se o próprio programa espacial da NASA dá um período tripulável de prospecções
até 2030. Em 3 anos na Terra muito foi modificado, e sentimos se aproximar
mudanças em torno de proporções geométricas, na questão de volumes derretidos,
propriamente o degelo, e o trato a respeito na ordem cartesiana em que insistem
em solucionar problemas em que o todo seria mais recomendável, como perfil de
análise sistêmica: nas origens, nos projetos, e nas soluções de problemas. Não
adiantará a FORD preparar um carro inteligente com leitura facial, pois a
solução não está em que haja essa leitura para permitir segurança ao
proprietário do veículo, mas evitar preventiva e sistematicamente a incidência
do crime e problemas sociais relacionados, em uma sociedade mais justa
economicamente. Talvez seja uma forma de ver equivocada para um país como os
EUA, mas enquanto houver racismo não haverá como evoluir tecnologicamente, nem
lá e nem onde se encontram seus quintais, como sempre afirmaram. Há que se
repensar o mundo em tripés variados, recriar redes que sejam independentes do
âmbito da informática, havemos de parar com a soberba de sermos ou acharmos que
estamos no topo do mundo por lidarmos com a Tecnologia da Informação, por
exemplo, pois saibamos que acabamos por ser apenas ramais zumbis repetidores de
rotinas, fazendo parte de uma inteligência quiçá necessária, mas anódina
enquanto coração sem espírito, feito da areia da sílica em San Francisco, ao
que o santo se envergonharia de ver os homens em tal decadência de humanidade,
nos supostos berços da inteligência mundial... Haveremos de saber mais, mas a
coisificação da sociedade, bem como artifícios das vestes funcionais, como
óculos, relógios inteligentes e outros produtos que visam seduzir incautos que
sequer percebem que serão manipulados, ou invadidos por dezenas de hackers, o
fato é como se entranhar nas redes que não existem, na web de aranhas
facinorosas que não facilitarão muito, pois viver sem uma casa inteligente vai
ser mais difícil, enquanto todo um país já tem muitos que vivem em seus velhos
carros, ou em gigantescos “campings”.
Muito haverá a se dialogar, mas vemos
igualmente o Japão tão tecnológico que aparentemente suas soluções são o melhor
a se dar, mas pecam quando predam com paixão nefasta os peixes que não lhes
pertencem. Se a questão é de alimentos, é bom saber que países como o Brasil
continuam a ser celeiros dentro de nossa questão: de um país indivíduo e, acima
de tudo, de um país coletivo – ele e seus irmãos espalhados e parecidos, pelo
mundo afora, dentro e fora do nosso imenso continente! É nesse país, eclético,
lindo e pungentemente diverso em suas culturas e nações que vivemos,
pretendemos a independência tecnológica inclusive, e lutamos por paz e
igualdade social.