Tudo é muito mais simples do que
sequer ousamos supor.
Um olhar dado com sincero sentimento
pode parecer frágil
Mas se agiganta pelo sentimento puro do que
é humano,
E não nos ressentiremos também se há um soslaio
irônico…
Da chuva em nosso olhar por vezes nos embaça
a vista,
Mas serena com os cristais criados com as
águas.
Seremos gigantes se deixarmos florescer o modo
simples,
Mesmo sabendo que são raros os que agem com
simplicidade
Sem as trocas de palavras tão correntes nos
caudais
De significados que testam a própria vida das
sílabas.
A massa não pode ser tangida, mas veste-se de
alicerces fortes
Quando se lhe dá o pressuposto do
conhecimento.
Uma opinião pode não botar a mesa em
fartura justa,
Mas destina aos cidadãos a ideia salutar de um
bom diálogo.
Seguiremos pensando nas miríades das
entrelinhas,
Como se fosse uma cosmética de muitos tons?
Ou
mostraremos a face como ela é: sem subterfúgios do sem
nome?
Coração inquieto, este que temos, por bater na
síncope
De um agir quase involuntário na linearidade crônica
de nossos erros.
Diga-se a um: serei?
Responda-se
a outro: terás!
Nada simples, pois essa face
esconde
Toda a complexidade histórica que fez Portugal embarcar
os escravos
Nos frutos cristalizados da mesma cobiça
Que
força o homem a ser o nada…
Tal a complexidade que
veste-se
Dessa irrequieta paixão de desfrute em que nem os
Himalaias
Serão suficientes para as dimensões desse desejo
E
o mesmo coração arde sem abraçar todas as riquezas
Que não
podem vencer a ganância afetiva e material…
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