terça-feira, 24 de janeiro de 2023

EQUALIZAÇÕES E INCERTEZAS


Posto a poesia ser um átomo no tempo
De vida a proporção, que se diga algo, a se dizer
Ou não na fímbria do silêncio, que apenas um gesto
Seja o significado da moeda que se ausenta
Na grande verve das riquezas das nações...

Não posto fora a semântica quase oculta que motiva
E a razão se turva e vilipendia a si mesma
Quando coercitiva é a forma quase do em si
Que obnubila o próprio, que transforma o consonante
Ao que o verbo seja apenas mais um parágrafo
De um mesmo sito onde um tempo há do ensaio que urge só...

No ventre de uma mulher posta-se o nascituro
Mas que não se veja o ventre por encima, que o vemos de frente
Ao lado da própria progenitura sempre sagrada
Posto a planta que brota pode ser incluso qualquer erva...

Não, que não pressupomos apenas a culpa, posto o erro
Seja a paráfrase de um credo, o significado de um ato,
A vestimenta em que o sacerdote claudica a cor da liturgia
Na missão em que a palavra é dita aos dias do domingo.

Não que Dante não fora a substância, ao mesmo verbo
Que transcendesse auroras, algo de fraquezas que vestem os panos
Na tessitura da roupa ela mesma, o franzir do sobrecenho
Quando turbas possuem a certeza de saírem incólumes
Antes dos temores vindouros depois da embriaguez ilusória.

No que se tente, não é questão exorcista, mas realoca o conceito da religião
No religar convexo de temáticas onde os sistemas se abraçam
Conforme a inquietação do amplexo feminino e suas dúvidas
No jargão dos temores do ego que se sobrepõem ao ressentir do prazer invectivo!

Qual seria a chance de se ser, quando o ser se obscurece no bureau de uma empresa
Entre todos os modais da ciência e da tecnologia, vertentes que se mesclem na poética
Onde a questão não reside apenas no viés dos neurotransmissores, mas na dita mescla
De toda uma literatura embasada em uma programação que de libertação não houve
Na realidade o progressivo modal, posto quando se apresenta algo mais engenhoso
O cérebro humano tenta mitigar seus frutos pousando nos mitos o seu engendrar
De fantasias onde a mais cabal metáfora não verterá a possibilidade do pensar livre!

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