domingo, 15 de janeiro de 2023

AO PASSO DE UM VINTÉM

 


Ao vintém de orquestra, a música silenciosa
Quanto de uma chuva de lâminas secretas
Na vertente de um cinza escalavrado por braços ébanos
Que revela ao senhor do tempo o seu perfil de bravos…

O serviço indiscreto, no viés do soturno breu que se aproxima
Faz um jus ao jus, representa o fiel de uma medalha de pedra
Onde erige Pedro sua comunhão secreta ao infinito
Em mais uma igreja consonante na paz reativa de um Deus!

Mas que se revele que os dias não são a pureza das missões
Posto a territorialidade dos fanáticos em desmembrar suas maldades
Encontra por si a certeira clava que remete àquela ferramenta expedita
Que vigora e dá bênção ao último dos aflitos, e remete ainda
À comunhão possível, mesmo que um simples soldado não o possa…

Resfolegando carnes em sinistro espetos, o fogo começa a urgir
Dentro de uma penumbra pétrea de Pedro, o infatigável construtor
Que emerge das escrituras como algo a se dizer mais ainda
Quando não o seja somente Ele o outro, mas por si, apenas um!

A sacralidade de um viés mais preciso revela ao tempo eterno
Que o amianto canta nas telhas da França derradeira
Quando eterniza o sofrimento congolês massacrando de sangue negro
As páginas testemunhadas pelos sacerdotes da justiça.

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