segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
domingo, 27 de fevereiro de 2022
GUERRA E NATUREZA
A incompatibilidade entre o ser é o nada em ser
ninguém… Quando achamos um material bélico como símbolo de uma
resistência ou em contrapartida de uma ofensiva derivamos ao achismo
de espectadores distantes da realidade nua e crua da covardia. Esse
limiar que engaveta acordos que mal saem de papéis de semânticas
orquestradas, as mesmas que encampam a Natureza e seus animais,
incluídos os homens. Quando estes se comportam como asnos em suas
devastações, mas não, o que pesa é a guerra contra eles mesmos, a
guardiã de um luto profundo contra a espécie. Enquanto estiverem se
divertindo com emissões cáusticas, tanto noticiosas escondendo a
verdade ou de gases sinistros na atmosfera, tanto visível quanto
invisível. Passa a não importar tanto os horrores que se passam com
guerras de monta mais “tradicionais”, como as do Oriente Médio e
da África, nos golpes ao redor de um mundo de terceira mas, quando a
guerra é um embate direto a grita se passa a acontecer. Não, a
guerra não é natural e a natureza não é virulenta, posto nossa
espécie não ser nada com relação a uma mera vizinhança com um
formigueiro, em menor espaço e, no entanto, holisticamente mais
inteligente, posto encontrar soluções e táticas funcionais tão
significativas antes do sapiens se estabelecer por aqui como um elo
distinto! A exposição da grande arte seria uma solução a uma
grande guerra. E a paz: vocabulário quase indizível, porém
necessário.
Se uma nação é sobremodo rica e funciona dentro
de seu próprio mercado interno, se comercia com outras no sentido
mais honesto da palavra, há que se respeitar, posto o livre mercado
seja livre, por suposição. Agora, haver restrições de cunho
logístico para encanecer uma contenda mais antiga do que o milênio
passado é coadjuvar com o chumbo e a pólvora. Não se espere isso
da humanidade, mas concórdia e paz, e que essa paz seja como os
nossos santos de outrora tanto se dispuseram a lutar por ela, nas
plataformas da austeridade e do sacrifício. Se muitos homens
sofreram martírios para defender o cristianismo, por exemplo, quem
não dirá fazermos o mea-culpa de que isso seja vão como ir ao
mercado comprar um fuzil de assalto, ou, o que é pior, estabelecer
leis que o permita… Se tornarmos isso corriqueiro e cotidiano, como
faremos para elucidar uma investigação mais detalhada a respeito
mesmo da condição humana? Seríamos sábios mesmo com Voltaire e
Montesquieu, ou de nada valeu o Iluminismo para tantos e tantos na
esfera tíbia de nosso planeta? Não estamos falando da matança de
animais, mas de seres humanos… Não, falaremos da matança em
nossos abates de porcos, bois, aves e experimentos no mínimo assaz
cruentos por si, e falaremos do destino de nossa Era que se avizinha.
Justo, alimentos violentos geram seres por natureza predadores, mas
desprovidos da razão, e outros que dispõem de sua predação por
estranhos treinares e estranhas hierarquias, quando mandam seus
soldados para o abate, ou abastecem civis com armas para combater
homens assaz treinados e truculentos. Mas que, no entanto, esboçam
seus esforços para dirimir dúvidas através de conspícuos
tabuleiros no xadrez com destino certo, qual alocução de recursos
para tornar o mundo – que não tem mais espaço para refugiados –
um grande campo onde se concentram a solidão e o desespero. Isso é
vida que se tenha, será que caminharemos para uma guerra total, ou
será que a comunhão resulte em
alguma primavera que travista de flores o quintal anunciado de cada
qual?
Abaixem os comandantes, pois destes não precisamos
quando na linha da guerra, e sim quando estes comandam algo que
frutifique as questões que não precisam estar fundamentadas em
cartilhas antigas. De despóticos gestores ou administradores estamos
de caos cheios, e que na vanguarda de serenas atitudes possamos ter a
coragem ao menos de nos permitirmos ao amor, seja ele na plenitude ou
em um pequeno vaso.
sábado, 26 de fevereiro de 2022
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022
QUASE SE NOS DITE A HORA
Quando o estar-se de um lado se nos parece uma
redonda estrofe
Em um outro, estaremos quiçá em uma linha
equidistante
De um tipo de espaço que não nos verta na
verossimilhança.
Nada que não respeite-se algumas, as
distantes questões se quedem
Com a pertinácia de estarmos de
bem com o direito inalienável
O qual não nos impeça de
pedirmos ou manifestarmos bons sensos!
A queda aparente de
nossos muros internos se nos ditam horas
Naqueles minutos que
não apagam nas tintas que não conhecemos sequer…
A
vida se nos leve com a ternura que demanda certo esforço com sua
lida
Quando nos reportamos na ação das ruas, com um certo
demandar outro
De apenas se ver a paisagem corriqueira quando se
dê a certeza da mesma hora.
Quando se começa um dia a
outro, o mundo encerra a surpresa de um quase console
Ou, na
medida do possível, o braço que domina o game da persuasão
Em
não ser mais concordante com nada que não seja a sensatez.
Em
colóquio por vezes com a fama, o episódio de uma estrela fugaz na
cenografia
Dista um ano-luz de quantas vezes o adicto surpreende
por um segundo em um trem.
A vertente inominável será um
tipo de princesa secreta, um diamante feito canivete
Do sonho da
mesma estrela com um gosto de apimentadas recordações de cerne
cru.
Assim como o dia vai se dando ao ar dos ventos, um
pássaro pousa no fio e muda
A sua posição antes que a sua asa
dê sinais aos tempos de sermos relativos nos mesmos lados.
Com
o embate de verdades que são emitidas quase seriamente em seu
histrionismo,
Veríamos a vida sem a vida em si no ser vívido
em viver, postado no hedonismo
Que se recria no rutilar dos
desejos, não apenas do prazer mas, principalmente, do Poder!
Não
se recriam as fronteiras por si, não se engaveta uma nação na
algibeira de um ladrão,
Posto que na vértebra mais forte de
uma coluna está na região lombar,
Quesito indispensável ao
nada de um recrudescimento que não leve mais adiante a farsa…
E que
nos requisite a chance de sabermos um porém arborizado em um lote
quantificado
Nas esferas que não nos chame muito a atenção em
que recusamos as ajudas de importância
Quanto ao ser que se dá
uma chance sequer a que um bom aluno seja igualmente aprendiz.
Nas
gavetas do mistério reside a chama de uma vitória que se encontra
em cada peito
Quando a razão ensombrece a vida do próximo
distante de um relicário encontrado
Nos esteios que não nos
frature quaisquer boas intenções de permanecermos em paz!
A
reverberação de um requisito de um modo fraterno em leal prosperidade
Pode requerer palavras novas realmente, e não
apenas um jargão de século passado
Mas, em um contraponto, a
vertente inominável das crateras obsoletas de um vulcão extinto.
E
que não padeçamos com a tirânica aparência das cores e materiais,
sujeitas ao léu
De não nos surpreendermos com a ameaçadora
flâmula de pesadelos falsos.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
domingo, 20 de fevereiro de 2022
A REVERBERAÇÃO INCONTINENTE
Depois de um dia sem a conformidade de uma
ilha pessoal
O individual rege a liberdade sem conta de um quase
parecer
Que seja, no algoritmo de uma taba, uma reserva quase
fútil
Que entende ser o mesmo dia um dia a mais, que fosse um
apenas.
No entanto, mais do que um dia se passa além dos
mares
Que jamais foram-se na navegação singrada com métodos
E
práticas quase desconformes na aplicação de leis e laudos…
É
de se suprimir os erros cabais em direito e fato
Que transcendam
as coisas que nem sempre se admitem
Nas vertentes dos
sentimentos urgentes por si e de si!
Qualquer foto de um
encontro, qualquer silenciar de uma tribo,
Qualquer fofura de um
jogral brincante,
Seja que fosse, um dia a mais, depois de tudo
o que se passa.
Não, que a poesia não se afaste da
vertente do Cristo
Que se revela no gesto de uma Igreja ou de
uma casa
Onde porventura se renegue a desunidade que perpassa no
sal.
Posto que valemos um ouro que se nos alcance no
brilhar
De um olhar trigueiro e lindo de uma mulher
Quase
estrangeira na sua emancipação de brotar o terno outro.
O
sentimento que se nos aflore, e se peça a união de todos
Nas
plataformas várias de um planeta onde não se deva
Consumir o
que quer que seja a não consecução de qualquer poder.
A
falta de uma reserva moral no andamento de uma longa caminhada,
A
esta se mostra um passo que vai em outro, o lembrar-se budista
Em
uma contemplação que vem a dar no outro caminho, mais sereno!
Do
que se dizer de algo que nos monte uma equação ao quadrado
Em
que nos observamos, por vezes, a nós mesmos, qual função
De
um segundo grau em que remontamos outra equação ulterior.
A
mais do que seja um filme de recursos variados, o mundo
Reza
melhor a cartilha de vértices quase inominados
Quando se porta
a coisa que não seja de algum modo factual.
O lado
cenográfico de um texto que descreve uma cena
Reverbera o lado
de uma gananciosa vida que nos quite
As dívidas de outrora, das
veredas em que esquecemos da luz!
Quando vemos um passado
meio turvo, que não nos qualifique
Uma razão primeva de
estarmos consonantes com nossas metas
A vida pode reverberar de
modo incontinente qual sentido vão
Que recorra a uma vida mesma
facilitada por uma igualdade pacífica.
sábado, 19 de fevereiro de 2022
OS PANOS QUENTES
Fiquemos atentos a uma cláusula qualquer de um
contrato do absurdo em nos propor qualquer tipo de herança de século
passado, em se tratando de se conflituar a paz e o carinho que
deveria ser a parte mais importante de nossos passos… Em se trilhar
fronteiras, denominamos o caminho que regula frentes e mais frentes
do algo incerto, duvidoso, quase frontalmente corriqueiro, na
conformidade com regras de um jogo fechado entre tabuleiros de vinil,
sonante e riscado. Em um tipo de atitude desconexa, onde o teatro
vira metaforicamente o cerne de um significado sem som, anódino e
inconcluso. Esse cerne que não possui a vituperação dos inocentes,
mas a inocência da culpa. As regras humanísticas dentro do escopo
hipocritamente – a se dizer de uma franca repetição – humana
reserva na teoria de Huizinga o entrever-se ao critério quase
remanescente de faltas que não nos dizem deveras, mas transigem com
a regra máxima que não capitula nos erros de seus ensaios de farsa,
na denominação crível que suportemos ao viés da determinação e
zelo…
Nas questões de qualquer critério que demande
plataformas de qualidade, pontuar ferrenhamente as entranhas de
nossos espaços arquitetônicos oferece como saudáveis nichos e
exemplos do design de criteriosos profissionais. Na realidade que
sobre como fontes e águas de remanso em nossa cultura, à vida não
se oferece muito daquilo que o mundo possa merecer, depois de tantos
e tantos erros em relação a Deus e Sua criação neste planeta. A
perspectiva se torna mais próxima em um tipo de vanguarda da
catástrofe, e o mundo mais rico se torna revisor necessário dos
erros cometidos ao longo dos séculos. Nessas questões, a forma do
mundo não mudará jamais, e trataremos de uma esfera que na verdade
simboliza uma pequena nata! A esperança não será o ato da espera,
mas justamente a ação de diálogo que, em certas questões, se
torna imperativa. O único modo de contemplar um futuro melhor para a
humanidade é evitar a diáspora dos povos que sofrem por vezes uma
opressão atávica, na realidade de em muitos casos terem como
alimento o lixo, enquanto outros exibem um obus de mais de um milhão
de dólares. Esses fatos se
tornam a mesma obra que jamais cessa, porque o recado de um tipo de
informação rebatida ao revés da lida de cada qual comporta a cepa
que a farsa da educada bondade por vezes é uma tradução de um
totalitarismo invejavelmente corroído pela mediocridade.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
TUDO DO VIVER
A
senda espiritual é como uma longa meditação
Onde um homem se
debruça em seu próprio regaço
Pensando ser a revelação da
vida algo digno,
Respeitando dele a compulsória, por vezes,
solitudine!
Um respeito àqueles que cumprem sóbria
e austeramente
Seus papéis que não rasgam as intrigas que
outrem
Diretamente ao imo que não transgrida os sonhos
Em
que esperamos que tudo seja uma troca cavalheira.
Em todas
as circunstâncias, episódios de rancor
Por todas as razões
civilizatórias de um poder Superior
Atinem-se ao diálogo
necessário e suplementar
Quando de um tempo a outro soubermos a
essência de um dia.
Nos episódios onde a primavera custe
um tempo a mais
No encontro de mais horas em que as flores
passem a brotar
Onde os caminhos até que nem sempre se
cruzem,
Mas que o real se predisponha a ser mais do que apenas a
busca!
Importa sermos lúcidos, sóbrios, ternos, sábios
e serenos
A qualquer que se pese na balança de uma rara
Justa
Que, a qualquer momento não nos fira a veia de uma
corrida
Posto será melhor nos anteciparmos, aprumar o leme e
deixarmos…
Em uma verdade única e abençoada, os homens
e mulheres
Partem em uma voz que será sempre em uma
retórica
Que não negaceie sobre questões relativas a uma
História
Em que não nos furtemos, posto seus quadros
importantes importam.
Quando se retoma um tipo de
cenografia absurdamente fundamental
Ao andamento de um filme que
jamais foi visto, inédito e virtual
Dentro das possibilidades
de um sentimento sempre renovado:
Um filme que não repassa
apenas as possibilidades, mas encontra a luz.
Nas
vertentes de um passado quase molecular, de antanho,
Por vezes
nos encontramos com uma força solar
Que se via nos escudos
incaicos, ou na civilização
Que encontramos melhorada dentro
da possibilidade técnica.
E o que se diria de uma poesia
mudada, progressivamente positiva
Quando de pensarmos que,
apesar de um clima tão falho na falta
De estarmos com trágicos
desfechos em uma calota planetária
Seremos melhores se
pensarmos que o mundo é muito antigo!
O caudal de um
rumoroso rio que nos refaça a vida mesma
Em seu tudo, em seu
Todo, no clamor daqueles que sofrem
Nas velhas querências de
todos os sertões do mundo
Que não distem das esteiras que nos
urgem por incluso sucesso...
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022
O JOGO E A FORMA
Na
virtude indômita
Não carecemos da intencionalidade
Mesmo
que, por pressupostos outros
A vida se desencontre por vezes com
a arte…
O caudal rumoroso de nossas frentes
Exige
uma permanência dos dias
Em que, por pressuposição vária
A
tese não se coadune com a prática.
Não encontramos o
jogar-se a um dado sequer
Mas formalmente haverão todos os
jogos
Exclusivamente históricos e sagazes
Em uma –
infelizmente – astúcia informal.
O melindre de nosso
jogar com os significados
Mostra a forma de Tai Chi: o chi, a
essência.
O grito vira apito, a camiseta, bandeira,
O
mar fica bravo sob a ponte,
A bola reside na brevidade de 45
minutos…
Enquanto a caravana diste ainda uma hora
Os
plantéis noturnos embebedam as noites
Com suas luzes
artificiais, posto sabermos
Que o trago perigoso pode se juntar
ao carro
E navegar, como uma arma, ao longo das avenidas!
E,
no maior entorno de uma superveniência,
No estudado jogar de um
homem e no gesto feminino
Relativiza-se a forma que não suporta
a si mesma
Quando a verdade hábil a encontra de
supetão.
Dizermos a nós mesmos que a ingerência ao
assunto
Que já seja questão pronunciada há milênios,
No
mínimo é sacrificar toda a experiência humana
Com um
despertar silencioso da penitência de alguém.
E se, por
um acaso do destino, a austeridade não vigorar
No cerne, no
âmago do ser que presume um devoto fiel
Não haverá mais a
menor possibilidade de coexistência
Dentro daquilo que se
queira na pronúncia gratuita do amor…
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
UMA HISTÓRIA SEM FIM
Quando pensamos que os homens seriam melhores se
fossem de tal modo, de acordo com um pressuposto de ideias já
formadas, ou adquiridas com suas melhores intenções, pensamos
estarmos com uma razão inabalável. Vencemos, deste modo, certas
barreiras mentais com certezas que por vezes podem ser nefandas. Se
alguém crê que outro homem ou mulher pensa com mais clareza quanto
tomado pela argumentação espiritual, pode ser que seja um equívoco,
pois a ideia principal de uma vida corretamente espiritual é
sabermos que só temos um espírito, que somos atma, alma, e isso
corrobora pensarmos que nem toda a manifestação da arte é obra de
fantasmas. O que se pode afirmar com mais atinência é que possuímos
um inconsciente muito poderoso, e é deste que podem sair as maiores
obras de nosso século, entre elas uma poesia, ou mesmo um texto de
ensaio, filosofia, literatura, enfim… Se crermos piamente que, em
pleno novo milênio, o que venha da arte, da cultura, da ciência,
são obras atinentes a entidades quaisquer, visto desse ângulo
estaremos desprezando as novas frentes do pensamento contemporâneo.
Uma escritora como Virgínia Woolf não necessariamente seja fruto de
algum espírito obsessor, mas justamente de uma luz que emana da
literatura com um brilho ofuscante, por ser a própria literatura,
assim como em uma pintura de Van Gogh. Ambos enfermos mentais, ambos
gênios em seus estilos, uma na literatura e outro na pintura e
desenho. Se tomarmos a medida da capacidade de um órgão como o
cérebro humano, teremos um praticamente infinito universo conectivo,
e a arte, nem com o maior e mais tecnologicamente computador será
capaz de ser uma mera sombra daquele… O que se prescreve aos loucos
ou simplesmente aqueles que são acometidos por uma enfermidade
psíquica são remédios que apenas podem torná-los mais sensatos,
mas muitas vezes em sua maior abrangência não devem ou não
conseguem – em muitos casos – controlar as sinapses, ou
atrasá-las na conformidade de algum controle. Geralmente isso se
revela nos píncaros do pensamento, e freá-lo não deve ser a função
da medicina, e sim, dentro do contexto de uma maravilhosa ciência,
amplificar a potência sem perdas ou consequentes desgastes da
psique, buscando preservá-la até o mesmo infinito de
possibilidades. Deixando correr solto o expressar, mesmo que – no
exemplo da música e da pintura – os ícones expressivos revelem o
imo do autor, seus medos, seus sonhos e a sua utopia, quando houver.
Desde o crivo da crítica, que a pintura não deixa de ser o mesmo
suporte de sempre, já que o que antes se pintara não se repete
jamais, e a dialética da arte passa a ser nosso reboque estrutural
da psique, e seus desenvolvimentos artísticos consignados pelo
gesto, razão e força espiritual, aí sim, a reboque de duras
conquistas de fé ou similares que resguardam zelosamente o artífice,
artesão, pintor, poeta, escultor e etc.
A fé ponteia a vida
de um homem através de sua coragem, isso é a determinação da fé,
conforme pregou Jesus, o Cristo. Vários outros homens e mulheres de
coragem, no exemplo cabal de Joanna D’arc, por exemplo crível,
vemos a força espiritual centuplicada na coragem em libertar algo ou
alguém, um real exemplo, assim como Zumbi, Mandela ou Malcom X, na
vicissitude de lutar irremediavelmente por seus povos, por suas
nações, por suas resistências. Assim como aqueles que defenderam
suas ideias frontalmente, sem considerar entraves ou obediências a
cartilhas pretensamente e zelosamente absolutas dentro do contexto de
qualquer hierarquia sutil ou declarada. Obviamente, no Apartheid Sul
Africano, as leis protegiam o branco e segregavam o negro, e foi a
resistência heroica de Nelson Mandela que pôs termo nesse tipo de
Estado atrasado e despótico. Como disse Miguel de Cervantes: conhece
a tua aldeia e serás universal. Mandela conhecia seu povo e, como
tal, sabia como combater essa tirania estrutural. No continente
Americano, como um todo, alguns lideraram para saírem vitoriosos em
inúmeras lutas nas cidades, nos campos e nas florestas, nas águas,
nos rios, no sul e no norte. É como foi Stalingrado, em torno da II
Guerra Mundial, que passa a virar o jogo no Leste e põe fim na
tirania Nazifascista em torno do globo. Essas questões são
factuais, e o papel da imprensa mundial sempre será mostrar a
verdade do que ocorre, seja nas páginas policiais, na política ou
na economia, na cultura e na arte, quando não se torna um negócio a
mais a ser comprado por grupos que, hegemonicamente, vituperam contra
a verdade e a imparcialidade tão necessária em tempos de crise que
por diversas vezes acometeram o andamento das sociedades mundiais, no
exemplo claro da Guerra Fria e seus dias.
domingo, 13 de fevereiro de 2022
O LÉXICO DA TRANSFORMAÇÃO
Procuremos conter o incontável, qual não
seja
O tempo mesmo em sua eternidade de um segundo…
Saber-se
em tempo, qual plêiade de fotografias
No grafismo inominável
de um outro dia
Que seja, mais um no entardecer do verão!
Qual
seria o termo sabível e correto
Na vida que não encampa o
ermo
E saúda a uma primavera encantada
Nos particípios
passados em um idioma qualquer.
O anunciado de um outro
verbo aparente
Se aloca no principiar de um vivente
Na
mesma proporção em que uma semântica
Nos aufira a dimensão
própria do viver.
A versão que auspiciosamente nos
alcance
De algum modo sempre será a vez e a voz
Que ao
menos pretendamos a ser uma luz
Transparente no caudal de uma
correnteza.
Ao pensarmos em uma motivação nada
errática
Performamos um nada por vezes na farsa de um modo
Em
que, ao menos por um sempiterno abraço
Revela-se uma ternura
que porventura teimamos a negar.
A modalidade do querer
por vezes assombra o signo
Do simples desejo de sermos quem não
somos
Ou acreditarmos que estamos em um lugar perfeito
Quando
o tempo e o lugar não se escreve na TV.
Por maior que
seja o filme, por mais óbvia a legenda,
Estaremos alheios ao
que se monta dia a dia na adicção
Ou em outros prospectos que
nos aduzem na referência
Que um acaso não escreve por um dia
que seja, sóbrio!
Essas questões que por um
prejulgamento nos torna maiores
Por vezes nos encontram, na
verdade, em uma farsa com pilares
Ainda não avançados
totalmente, no que se prediga que, atentamente
Venhamos a
triangular os alicerces, mesmo que a água que se dá
Demande um
suporte mais fixo e forte para abrir frentes de mais
outros.
Estranhas arquiteturas respiram grandes vãos, a
se sentir o Masp,
Na orquidácea vertente de um espaço de vozes
que sentem
A sua expressão quase notívaga em períodos
férteis
Quando sabemos de uma notícia alvissareira e
atenuante
No critério exemplar de apenas sermos quem sempre
fomos!
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
UM CHEGAR-SE COM DISCRIÇÃO
Como a renitente questão dos modos da
vida
Nós preenchemos nosso tempo em navegares
Quiçá em
um leito digital, ou talvez em rumores
Na inconclusa tarefa de
realizar o possível na arte…
Essa paisagem quase
cenográfica das letras
Remonta a que pensemos nos barcos
felinianos
Quando partimos para encenar o falso
teatro
Dentro das circunstâncias atenuantes da
dúvida!
Chegamos a um limbo de primavera pueril
Ao
esteio dos renovados, à súcia da floresta,
Ao amor consignado
propriamente em contratos
Onde a locação de nossa vivência
passa pelo outro.
Vivemos em um passado que em outrora
possa ser
Uma turbulência em alto-mar, um sufoco paritário
Com
os gestos de sufragar memórias claudicantes
Quando o que se
espera ao menos seja um afago.
Por vezes triste é
a canção cancioneira em um lago
Quando o que nos espera é o
som de um relâmpago
Onde, na circunspecção de nos
encontrarmos em um dia
A notívaga vertente luminosa nos aprume
o suficiente.
Os benefícios da alma nos aprumam, a força
fica crua
Na solidez da suficiência necessária, com a
ternura
Que porventura vemos no coração dos aflitos…
Essa
aflição demoradamente precisa e derradeira
Não possui um
término determinado pelas circunstâncias,
Mas denota a
compatibilidade de um ser que caminha apenas!
Seríamos
falhos se não apresentássemos um tipo de fase
Onde a
colaboração com o inaudito tempo eterno
Não revelasse que se
marcaria por um dia de ajustes.
Essa vertente de algum
conhecimento palpável
Sempre revela a maravilhosa capacitação
solidária
Porquanto fôssemos algum tipo de indústria
eterna.
No verso a ciência que não nos ajuda, na
verdade,
Pode se revelar parâmetro incontestável em toda a
nossa vida
Que, por uma razão primeira e particular, traz o
nexo e a ventura.
Aquilo que esperamos do próximo e do
distante
Apropria-se do distanciamento ou da aproximação
Quando
sabemos que as vertentes de algum sentimento
É uma verdade em
que nos sobre a revelação
De algo que fosse crível, mas de
somenos importância.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
LASTROS DAS PRIMAVERAS
Nos escutares de toda uma vida, quase no ciclo
derradeiro,
A questão de sermos quem somos nos capacita
Ao
menos de respirarmos mais aliviados nas esteiras
Onde
depositamos as flores de entardeceres
Quando o orvalho não
subentende a totalidade industriosa.
O pão que por vezes
evitamos a que Deus nos conceda
Será sempre o amálgama da
ventura a que nos passemos
Ao menos na equação de que o
alimento do espírito
Passa por vezes na carne que devemos
evitar a todo o custo!
Não que seja a bendição algo que
venha a nos tolher prazeres,
Mesmo que
inegavelmente o mar não esteja muito para peixes
Mas que, por
conveniência de passados conturbados,
O mundo possa encontrar
suas próprias primaveras
Sob a influência de que aqueles
despóticos senhores
Esqueçam ao menos de que seus poderes são
finitos!
E que não nos esqueçamos que o sofrimento
humano
Depende de uma postura humanística que reverbere
Os
casos mais influentes na nossa acepção mesma da vida…
Que
muitos possam ler as palavras que porventura
Possam encanecer
nas longas veredas da vida
Os pelos em que Krsna por vezes
esquece na beira dos Himalaias.
À terminação das linhas
de fogo, algo nos entonteça de prazeres
Exatamente nas mesmas veias
que nos suportam
Com ferramentas da veracidade cabal que
enfeixam a vitória.
Na razão própria da poesia, e que
ela nos permita navegar
Ao menos por um onirismo surreal, para
que toquemos
O cerne mais profundo de nosso Eu, que seja,
sejamos!
Outrora fossemos mais condescendentes com
aquilo
Que não seja uma solidão compulsória, posto com isso
O
olhar mesmo de Deus nos enfeixe o quadrante do amor!
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
domingo, 6 de fevereiro de 2022
POR VEZES TEMOS UM ENCONTRO COM O VERBO
No tanto de compreendermos quiçá
uma simples sílaba, o caminhar silencioso de um escritor possa nos
redimir que depois de um período confortável de entendimento,
igualmente silenciamos todo o parágrafo, na falta inenarrável que
nos dê alguma reticência, ou uma exclamação no final da frase que
encabece um grande significado. Escrever é algo tão mágico que
transcende aquilo de possuirmos o poder da digitação e da impressão
digital quando postamos na relação univitelina com o nosso próprio
Ser! Quando chegam as horas mais confortáveis, quando cumprimos mais
uma missão de um dia, iremos ter a noite como confidente secreta de
amores em que Orfeu nos abre os braços ao menos para que possamos
descansar o sono dos justos. Não há amarras apenas, há um caldo em
que mulheres partem em navios a assombrar os mares sem a
justificativa de encontros na cabine do capitão, sem as reservas dos
amores possíveis, mesmo que o navio traga, em seu movimento, as
visitações de outros barcos. Nada se torna secreto dentro de uma
semântica que existe confabulada e crua dentro do pressuposto de uma
razão trigueira que nos traz o sabor de colheitas no recôndito de
nossos lares, sejam estes barcos, praças, mares, terra, uma nau
atravessando o céu, sem sabermos exatamente o que nos espera nessa
aventura que erra e que espaça o próprio tempo, a quem saiba ver e
crer na questão…
Seria muito dignar-se a escrever as linhas
em que navegamos por orlas infinitas nas sombras de cada
particularidade de seus desenhos no quebrar nas areias? Somos ondas
infinitas, mas os nomes de Krsna são inumeráveis, como tanta é a
dimensão de Deus, o mesmo Krsna Todo Atrativo, como de cada qual
seremos melhores, por tanta acepção crua de sabermos que nem tudo é
um máximo como Isso, esse isso que reitera por vezes uma
ofensa velada se considerada apenas a palavra, peremptoriamente.
Nesse mesmo passo contínuo vemos uma estrela em forma de mulher a
recriar o nosso amor, vemos a galhardia de uma atleta no vôlei da
vida, dando um saque de guerrear nas mesmas estrelas, quando por
ventura a bola se choca na manchete. Sim, seríamos maiores do que o
simples jogo, ou que sejamos virtuosos na senda de uma imaginativa
chance de abarcarmos uma visão surreal, e externarmos
competentemente nas letras, sem nos preocuparmos do atraso semântico,
ou se não temos a preocupação cotidiana de um cotidiano
integralmente compulsório, seja de que lado estejamos, ou quiçá,
que porventura estarmos cônscios de que esses lados isolam a vereda
de nossa visão para um axis ou outro. Questão dialética da
geometria, e, sem por causalidade, interrompermos uma ingerência
externa, quem sabe a mesma possa catar na inteligência recriada da
escrita uma fonte mais confiável na lógica hegeliana do essente,
do ser em ser… Não que sejamos tão partícipes de uma longa
filosofia, mas que esta se revela ser mais forte do que um homem pode
transudar verdades, posto não engatilharmos nossas propostas do
livre pensamento naquilo que uma cartilha quase infundada nos queira
resgatar do limbo presente para colocarmo-nos no limbo ausente.
Essa
veemência do contraditório nas leis que pensamos existam cabalmente
vertem no casco da embarcação cracas tão oceânicas que por vezes
as línguas estrangeiras são ternas quanto de sairmos de um entrave
onde ternamente as coisas possam não permanecer, pois as modas de
hoje são tão heroicas quanto as pedras que permanecem imóveis sem
a premência em sofrerem a modelagem de milênios, enquanto o mar que
as castigam sofrem da interferência lodosa dos sonhos de maré
invadida pela farsa… A quantidade das águas soletra suas
qualidades, e será óbvio afirmar que a motivação de que estamos
ausentes do sentido máximo da justiça é ver que o mesmo lodoso
fundo de um mar condenado estará presente no lodo que abraça o
pensamento da diáspora humana. O poeta sua uma notícia baseada nas
flores, e não descansará jamais seus braços e pernas quando
carregar a cruz mais pesada que o espera no fim de sua vereda. Até
que os sonhos e o onirismo destes descambem a acertar os ponteiros
mais distantes de uma hora propícia, em que os pombos ensaiem seus
erros na acepção de estarem conformes com seus achados do alimento:
tipo um pão que brote de uma lixeira ou de uma casca de ovo com
pedaços cozidos de claras, quiçá encontrando, o pombo de sexo
humano, o ser que não encontraria jamais pegando seus restos.
Ver-se-á a latitude do regresso, ou será que a plataforma da
filosofia não encontre mais argumentações, ou mesmo uma
especulação sadia por interveniência das palavras, posto que estas
vertam, que tudo é progresso…!
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
A VIA DOS DESTINOS
Com o tempo pensei ser o caldo imaginativo
Uma
esfera pensante, microrgânica, de bendição,
Talvez
mental, talvez espiritual, de non sense,
De não
sabermos mais o que seríamos sem o fluir
Onde nossas veias
alimentam o nosso coração
Naquilo de se chamar o próprio
estamento da alma!
Quando o tempo exaure suas
possibilidades
Amamos como a uma peça de jardim japonês
A
areia entrelaçada com o bambu ancinho
Na vertente de um Vivaldi
e seus violinos…
A espera das companhias que sabem
mais
Do que seu próprio verbo, sem mais,
Nos verte no
peito a escala dos homens inquietos
Sobre espaçando a silhueta
dos ventos.
Quem dera fossemos os números cardeais
A
fremir na bússola as mãos mais cálidas
Do que aquela aldeia
onde se chega caminhando
E onde ruminamos o próprio tempo do
engatinhar…
Onde, crianças somos, a mais do se
dizer,
Chegando igualmente sobre as alfombras
A que nos
remetem visões do paraíso!
Que um vate nos ajude na
tessitura das semânticas
Quando, a se perceber a latitude
quadrática do tempo
Escolheremos a areia mais nobre da
crisálida
De neve onde a ampulheta navegou o passado…
Triste
ode de himeneu nos assombra uma paixão
Que da vertente inquieta
se relaciona com o celibato
Na verve inocente daqueles que,
sorrateiramente
Entubam o vórtice do prazer em estranhos
treinares.
Quanto de se redimir a que se pergunta do
tempo
O mesmo temporal se anuncia na palavra episódica
No
que saibamos que a maior loucura de uma viagem
É
psicodelicadamente estarmos lúcidos para
sacá-la!
Saberíamos todos que a vertente que encampa a
intenção
Nos abrem serenas nuvens de um algodão
adocicado
Pelos nimbos de se decifrar histórias surreais…
Tudo
o que a poesia pode revelar transcende a ilha
Convexa de nossas
ilusões: o mote sincero
De estarmos prontos
para o despertar ao diálogo
Constante da arte que parte para
uma armadura
De tal consciência onde o fogo não se apaga.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
AS FALHAS DO CARÁTER
Se, por um lado, nos dispomos a ter a
compreensão mais verdadeira de como certas instituições navegam
pelo mesmo lado da hipocrisia, observando-se o falar paralelo – e
não propriamente a ofensa frontal –, teremos a falha do caráter
acentuada pela soberba de – imersos em ilusão, a Maya – acharmos
que disputaremos interna ou externamente a questão de vencermos uma
batalha por crermos fielmente que o “outro lado” estará,
certamente, mais fragilizado por circunstâncias diversas de nossas
atitudes. O mel não se encontra distante do favo, e sabermos disso
renova uma esperança – aí sim – de não estarmos sozinhos, não
pelo fato de nosso engajamento grupal, seja em que medida ou
circunstância for, mas a ausência do mel tornará a nossa vida mais
amarga, com toda a certeza de quem o experimentou ao menos uma vez na
vida. Disso passamos ao amor, que nos digladia a certos homens e
mulheres, em um tipo de hierarquia afetiva quase intelectual, mas que
não passa de palavra jogada aos pombos, ou na dureza de um
depoimento de fantoches, ou seja, empombado. A aversão ou a simpatia
por sistemas totalitários é um reflexo permanente e cabal desse
tipo de miudeza de caráter. Não há como frearmos as rodas da
história, se no coletivo organiza-se uma arapuca covarde para
retirar um tapete de panos rotos sob os pés de quem possua a
fortaleza. Precisamos, sim, denunciar o monstro em que nos tornamos
por vezes sem sequer termos a consciência de quem nos tornamos, ao
assumirmos essas posições de mesquinhos procederes. Sob a batuta
régia de uma pretensa hegemonia de grupo, essas locuções ensaiadas
podem pretender retirar do imo de um ser suas qualidades humanas mais
profundas mas, se estas estiverem realmente presentes, não há como
afugentar a pureza de espírito do mesmo ser, mesmo quando somos
aparentemente histriônicos na ventura de nossas proezas ensaiadas em
algum cortiço existencial, mesmo que este seja um faustoso palácio
de um mármore sintético, mesmo que alguém se pretenda mais lógico
dos lógicos, sem saber que a aranha ao mesmo tempo tece a geometria
de sua teia viscosa e traiçoeira. Saibam os pretensos fariseus
arraigados em suas velhas e antigas empresas, sejam estatais ou de
livre iniciativa, em seus predicados mais ricos e prósperos da fama,
pompa e circunstância, que o ego não escapa de ninguém, posto ser
falso na plataforma de uma simples inveja, ou da impotência perante
alguém, ou algo. Não há – repito – como silenciar a história
de cada qual, mesmo que na onipotência sem clarividência
necessária, os atos, as ações e as mãos não estejam vinculadas a
uma ajuda real, mas apenas verificando – com um olhar mais atento –
a atinência na pretensão inquieta de sermos quem somos.
Essa
lauda trata de um necessário e quase completo inventário moral,
como um guia que a quem vos fala ajuda pelo menos a encontrar as
jaças em uma pedra filosofal, ou um diamante materialmente concreto.
Perante esse jogo por vezes indigesto na exposição de uma atitude
coletiva e regressa, saberemos com quem lidamos, quem somos e nos
furtamos abertamente ao perscrutar atento da força que emerge de
cada homem ou da ternura que brota do olhar sereno de uma mulher mais
verdadeira e mais digna de atenção. Tanta é a covardia que se
esconde sob panos quentes, que um dia de derrota, frente a um dia de
vitória, para um sábio, será sempre o mesmo dia, e planejar outros
dias é de vital importância, mesmo que o cavalheirismo esteja
perdendo lacunas para a tirania. Ao menos temos por pressupostos
indeléveis caminhos que nos levem à luz, mas infelizmente para a
maior parte dos homens e mulheres neste planeta os caminhos estão se
tornando cada vez mais obscuros, tal a ignorância trágica de quem é
ilustrado pela verve dos ganhos materiais, ou de posições
relevantes em relação ao poder que já exerceram ou que ainda
exercem, em um tipo de lógica reversa que admite a brutalidade como
benfazeja ordem de caráter. Por vezes, verdadeiros companheiros,
pensaremos que a derrota é iminente, mas não há a derrota quando
estamos plenamente associados com Krsna, a Suprema Personalidade de
Deus. Nesse ponto deveremos estar cientes de que a vida de prazeres,
a lida dos familiares, passa a ser importante, mesmo quando passamos
por dias em que nossos atos estão sendo julgados pelo mesmo Poder
Superior supracitado, e amplamente difundido em literaturas realmente
perfeitas.
É de vital importância que muitos, quando quebram
os segredos do próximo para serem utilizados como informações,
certamente por vezes creem que será de bom alvitre ser utilizada a
argúcia como ferramental indispensável para uma recuperação
apenas de uma substância, e não propriamente do encontro com uma
vida realmente mais espiritualizada, anímica, cultural, ou o que
quer que seja. O caminho do perdão é longo, mas a tirania repetida
não deve ser perdoada, e o expurgo desses seres peçonhentos pode
vir, dentro de uma paz necessária, através do ignorar-se a
presença, ou do escutar suas lamúrias travestidas de arrogância ou
joguetes da veracidade ausente, porquanto em um fechamento de suas
próprias saúdes dentro de possíveis e até previsíveis
sobriedades, pois quando perdemos o controle, ao retomarmo-lo o ego
falso se pronuncia inúmeras vezes, e se perde um contato permanente
com a bondade na intenção de tentar fazer fracassar aqueles que –
aparentemente – são os mais fracos, mas que na realidade são
verazes, verdadeiros guerreiros, e possuem uma coragem de titãs.
Não
será por desmerecer atitudes críveis de piedade sobre uma face da
ignorância ou da falta de estratégia em estratificar certos membros
da coletividade que andaremos sobre um mar de latas enferrujadas, mas
certos galhos secos devem ser retirados do mato para aqueles que
urgem por oxigênio possam respirar mais livremente. Essa questão de
recobrar informações dentro de uma sociedade controladora faz
afugentar de se pronunciar franca e sinceramente aqueles que são ou
prezam pelo humanismo: qualidade intrínseca ausente de muitos e
muitos homens e mulheres no planeta, portadores de doença ou não,
posto ficar renovando invectivas cruentas é um dos caminhos da
perdição intelectual e espiritual. Não adianta sermos respeitados
por termos certas habilidades, de residirmos em um lócus bem
situado, de nos taxarmos de sãos, ou de possuirmos a crença algo
equivocada de que uma família pode ser um bem da coletividade ou,
melhor dizendo, no que transcenda a consanguinidade.
Um tesouro
ignorado não irá para as mãos de quem houvera cobiçado, mas se
manterá incólume ao desfrute do merecimento… Por essas razões, o
que houver tratado em qualquer grupamento humano refletirá no futuro
os erros cometidos, por ausência, por falta, ou por omissão. Todo o
entusiasta, quando decepcionado com um território incompetente,
revelado por invectiva e ensaios de orquestra mal afinada, já saberá
traduzir behavioristicamente o comportamento de cada qual e, como diz
um companheiro dileto, revelar-se-á mais, através do silêncio
perscrutador do vitimado, com o auxílio de força responsável e
confiável na sua estatura moral imperturbável.