Com o tempo pensei ser o caldo imaginativo
Uma
esfera pensante, microrgânica, de bendição,
Talvez
mental, talvez espiritual, de non sense,
De não
sabermos mais o que seríamos sem o fluir
Onde nossas veias
alimentam o nosso coração
Naquilo de se chamar o próprio
estamento da alma!
Quando o tempo exaure suas
possibilidades
Amamos como a uma peça de jardim japonês
A
areia entrelaçada com o bambu ancinho
Na vertente de um Vivaldi
e seus violinos…
A espera das companhias que sabem
mais
Do que seu próprio verbo, sem mais,
Nos verte no
peito a escala dos homens inquietos
Sobre espaçando a silhueta
dos ventos.
Quem dera fossemos os números cardeais
A
fremir na bússola as mãos mais cálidas
Do que aquela aldeia
onde se chega caminhando
E onde ruminamos o próprio tempo do
engatinhar…
Onde, crianças somos, a mais do se
dizer,
Chegando igualmente sobre as alfombras
A que nos
remetem visões do paraíso!
Que um vate nos ajude na
tessitura das semânticas
Quando, a se perceber a latitude
quadrática do tempo
Escolheremos a areia mais nobre da
crisálida
De neve onde a ampulheta navegou o passado…
Triste
ode de himeneu nos assombra uma paixão
Que da vertente inquieta
se relaciona com o celibato
Na verve inocente daqueles que,
sorrateiramente
Entubam o vórtice do prazer em estranhos
treinares.
Quanto de se redimir a que se pergunta do
tempo
O mesmo temporal se anuncia na palavra episódica
No
que saibamos que a maior loucura de uma viagem
É
psicodelicadamente estarmos lúcidos para
sacá-la!
Saberíamos todos que a vertente que encampa a
intenção
Nos abrem serenas nuvens de um algodão
adocicado
Pelos nimbos de se decifrar histórias surreais…
Tudo
o que a poesia pode revelar transcende a ilha
Convexa de nossas
ilusões: o mote sincero
De estarmos prontos
para o despertar ao diálogo
Constante da arte que parte para
uma armadura
De tal consciência onde o fogo não se apaga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário