No tanto de compreendermos quiçá
uma simples sílaba, o caminhar silencioso de um escritor possa nos
redimir que depois de um período confortável de entendimento,
igualmente silenciamos todo o parágrafo, na falta inenarrável que
nos dê alguma reticência, ou uma exclamação no final da frase que
encabece um grande significado. Escrever é algo tão mágico que
transcende aquilo de possuirmos o poder da digitação e da impressão
digital quando postamos na relação univitelina com o nosso próprio
Ser! Quando chegam as horas mais confortáveis, quando cumprimos mais
uma missão de um dia, iremos ter a noite como confidente secreta de
amores em que Orfeu nos abre os braços ao menos para que possamos
descansar o sono dos justos. Não há amarras apenas, há um caldo em
que mulheres partem em navios a assombrar os mares sem a
justificativa de encontros na cabine do capitão, sem as reservas dos
amores possíveis, mesmo que o navio traga, em seu movimento, as
visitações de outros barcos. Nada se torna secreto dentro de uma
semântica que existe confabulada e crua dentro do pressuposto de uma
razão trigueira que nos traz o sabor de colheitas no recôndito de
nossos lares, sejam estes barcos, praças, mares, terra, uma nau
atravessando o céu, sem sabermos exatamente o que nos espera nessa
aventura que erra e que espaça o próprio tempo, a quem saiba ver e
crer na questão…
Seria muito dignar-se a escrever as linhas
em que navegamos por orlas infinitas nas sombras de cada
particularidade de seus desenhos no quebrar nas areias? Somos ondas
infinitas, mas os nomes de Krsna são inumeráveis, como tanta é a
dimensão de Deus, o mesmo Krsna Todo Atrativo, como de cada qual
seremos melhores, por tanta acepção crua de sabermos que nem tudo é
um máximo como Isso, esse isso que reitera por vezes uma
ofensa velada se considerada apenas a palavra, peremptoriamente.
Nesse mesmo passo contínuo vemos uma estrela em forma de mulher a
recriar o nosso amor, vemos a galhardia de uma atleta no vôlei da
vida, dando um saque de guerrear nas mesmas estrelas, quando por
ventura a bola se choca na manchete. Sim, seríamos maiores do que o
simples jogo, ou que sejamos virtuosos na senda de uma imaginativa
chance de abarcarmos uma visão surreal, e externarmos
competentemente nas letras, sem nos preocuparmos do atraso semântico,
ou se não temos a preocupação cotidiana de um cotidiano
integralmente compulsório, seja de que lado estejamos, ou quiçá,
que porventura estarmos cônscios de que esses lados isolam a vereda
de nossa visão para um axis ou outro. Questão dialética da
geometria, e, sem por causalidade, interrompermos uma ingerência
externa, quem sabe a mesma possa catar na inteligência recriada da
escrita uma fonte mais confiável na lógica hegeliana do essente,
do ser em ser… Não que sejamos tão partícipes de uma longa
filosofia, mas que esta se revela ser mais forte do que um homem pode
transudar verdades, posto não engatilharmos nossas propostas do
livre pensamento naquilo que uma cartilha quase infundada nos queira
resgatar do limbo presente para colocarmo-nos no limbo ausente.
Essa
veemência do contraditório nas leis que pensamos existam cabalmente
vertem no casco da embarcação cracas tão oceânicas que por vezes
as línguas estrangeiras são ternas quanto de sairmos de um entrave
onde ternamente as coisas possam não permanecer, pois as modas de
hoje são tão heroicas quanto as pedras que permanecem imóveis sem
a premência em sofrerem a modelagem de milênios, enquanto o mar que
as castigam sofrem da interferência lodosa dos sonhos de maré
invadida pela farsa… A quantidade das águas soletra suas
qualidades, e será óbvio afirmar que a motivação de que estamos
ausentes do sentido máximo da justiça é ver que o mesmo lodoso
fundo de um mar condenado estará presente no lodo que abraça o
pensamento da diáspora humana. O poeta sua uma notícia baseada nas
flores, e não descansará jamais seus braços e pernas quando
carregar a cruz mais pesada que o espera no fim de sua vereda. Até
que os sonhos e o onirismo destes descambem a acertar os ponteiros
mais distantes de uma hora propícia, em que os pombos ensaiem seus
erros na acepção de estarem conformes com seus achados do alimento:
tipo um pão que brote de uma lixeira ou de uma casca de ovo com
pedaços cozidos de claras, quiçá encontrando, o pombo de sexo
humano, o ser que não encontraria jamais pegando seus restos.
Ver-se-á a latitude do regresso, ou será que a plataforma da
filosofia não encontre mais argumentações, ou mesmo uma
especulação sadia por interveniência das palavras, posto que estas
vertam, que tudo é progresso…!
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