domingo, 13 de fevereiro de 2022

O LÉXICO DA TRANSFORMAÇÃO

 

Procuremos conter o incontável, qual não seja
O tempo mesmo em sua eternidade de um segundo…

Saber-se em tempo, qual plêiade de fotografias
No grafismo inominável de um outro dia
Que seja, mais um no entardecer do verão!

Qual seria o termo sabível e correto
Na vida que não encampa o ermo
E saúda a uma primavera encantada
Nos particípios passados em um idioma qualquer.

O anunciado de um outro verbo aparente
Se aloca no principiar de um vivente
Na mesma proporção em que uma semântica
Nos aufira a dimensão própria do viver.

A versão que auspiciosamente nos alcance
De algum modo sempre será a vez e a voz
Que ao menos pretendamos a ser uma luz
Transparente no caudal de uma correnteza.

Ao pensarmos em uma motivação nada errática
Performamos um nada por vezes na farsa de um modo
Em que, ao menos por um sempiterno abraço
Revela-se uma ternura que porventura teimamos a negar.

A modalidade do querer por vezes assombra o signo
Do simples desejo de sermos quem não somos
Ou acreditarmos que estamos em um lugar perfeito
Quando o tempo e o lugar não se escreve na TV.

Por maior que seja o filme, por mais óbvia a legenda,
Estaremos alheios ao que se monta dia a dia na adicção
Ou em outros prospectos que nos aduzem na referência
Que um acaso não escreve por um dia que seja, sóbrio!

Essas questões que por um prejulgamento nos torna maiores
Por vezes nos encontram, na verdade, em uma farsa com pilares
Ainda não avançados totalmente, no que se prediga que, atentamente
Venhamos a triangular os alicerces, mesmo que a água que se dá
Demande um suporte mais fixo e forte para abrir frentes de mais outros.

Estranhas arquiteturas respiram grandes vãos, a se sentir o Masp,
Na orquidácea vertente de um espaço de vozes que sentem
A sua expressão quase notívaga em períodos férteis
Quando sabemos de uma notícia alvissareira e atenuante
No critério exemplar de apenas sermos quem sempre fomos!


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