quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

IMPRESSIONAR-SE

 

Temos o condão de nos impressionarmos
Quando se nos toca algo de suma importância
Como o futuro que se descortina na cidadania
Ou mesmo o leque de possibilidades da ciência.

Tirante a Ordem necessária
Temos de um Progresso que reascender a chama
Quando somos impelidos por alguém
Ou um fato que nos relembre nossa História…

Impressiona a vida sob ela e seus jargões
Quando que, por aventurar possa,
Um deletério homem passe a ser uma farsa
E o que sobre não nos diga respeito!

Não, seria melhor não saber do Todo
Que transcende o melhor do que seríamos
Na rede transacional de quimeras
Onde por vezes esquecemos o bom senso.

A atitude correta não significa o alheio
Quando nos impressiona tal personagem
Como um caractere que não navega conosco
Ou como recurso de um método ofensor…

Gastáramos nosso tempo em colher os louros
De pressionarmos um irmão em si e por si
De dentro para fora, com rancores desmedidos
Para aí sim festejar derrotas alheias à nossa.

O que verdadeiramente nos impressiona
É sentir um sentimento em alguém, um ódio
Que não esmorece em pensamentos de ardil
Quanto, no que seja, é apenas ebriedade de caráter.

Esse mesmo néctar na bile de excrescer
O odiento sentir pelos próprios poros
A fim de prejudicar alguém que se expresse
Em caminhos que em nosso Eu carecem da certeza!

O íntimo da farsa presente nas palavras
Que, tal como metáfora pobre, nos revele
Não traduz a verdade sonante dos cristais
Posto serem estes de gelo sob o calor derretido.

Teríamos nós a certeza de sermos concebidos
Como uma fronteira impressionante pela grandeza
Que abraça outras plagas, remontando
Um painel gigantesco de uma real esperança!


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