segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

RETROAÇÃO

 

A forma iníqua de alguns modais de construção pessoal
Segue sendo ou vindo de um caractere que não encaixa
Em qualquer
puppet show, mesmo que a marionete
Seja em outra face de uma vida que recorrentemente
Revela que a voz da personagem não parte do boneco.

Algum dia o ato retroativo de um palco decorado
Com pinturas espatulares de uma tela do Norte
Seja na verdade
o expoente quase quantitativo
De um cordel exposto em fortes varais
Na fonte mesma de continuarmos silenciosamente bons.

Dessa bondade que transcenda a maliciosa serpente
Em suas presas peçonhentas que suplantam a mesma
Daquelas tão difíceis de adquirir, quando a vida
Nos mostre quão por vezes é difícil
Enfrentar os óbices sem o devido guarnecimento
Que nos dá uma espiritualidade sem fronteiras
A par do merecimento de um qualitativo front
Onde não há guerra, mas a luta pela paz
Na ausência de armas, que reslumbre a todos
Os que são
citizens of the world, cidadãos de Deus!

Nisto de sermos desertores do nada, de não compactuar
De nenhum apartheid, de não sermos nada que não comporte
O represado e sufocante sentimento da impotência perante a pena
Em que por vezes nos colocamos de um eu compulsório,
Seja enveredando pela ebriedade, não seja isso 
propriamente lentidão.

Apesar das pechas que somos algo de covardias, na verdade
Covarde é aquele que deseja insurgir contra todo um sistema
Os caminhos que trilham pela ignorância no inverso de uma realidade
Que compõem mais do que antigas e proscritas receitas
Que não nega a direção holística em direção à 
Gaya ciência…

Seremos melhores se não retroagirmos às cartilhas nefandas
Que circunscrevem corroídas estruturas, a sentirmos todos
Que a transformação não vem do ato do voto apenas
Mas de um boicote interno contra a maldade e a mesma malícia
Que compõem um outro e recriado sistema, com engrenagens
Oleadas e, no entanto, na exata posição daquelas antigas!


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