sábado, 18 de dezembro de 2021

OS LOTES DO RESSENTIMENTO

 

           Assim se nos partam nossos caminhos, ou seja, no urgir de um consenso em favor da humanidade, no sentido do humanismo, na razão da justiça social, independente do território de nossa América do Sul, palco, cenário e atores, com direção por vezes inequívoca. Sigamos frente a que seja melhor a todos, e não nas frentes da concentração extrema, não somente dos ganhos e seus valores, mas literalmente àqueles que necessitam de um olhar mais atento, e cuidados redobrados. Com destreza e com coragem não enfunemos as velas que distantemente nos levem aos rochedos, posto em alto mar não possuímos por vezes nem uma embarcação de sobreavisos.
          Que o ressentimento não nos venha bater à porta com a edificação sumária em lotes recalcitrantes, pois não é através da angústia de uma população que vimos por melhorar o significado de uma boa democracia. Que nos enquadremos em mudanças, que as notícias do dia de amanhã, que começa à meia noite, não nos verta em um copo abundantemente ébrio, quando a função da boa ventura é pensar sempre que um gestor geste como a uma criança, limpo de ventre, cálido como a maternidade… Esse parâmetro de conduta que seja exemplar, e não adianta pontuarmos discursos clementes se a vida seguir na plataforma da maldade ou do egoísmo.
           Saber o que se discutiu em uma mesa redonda relembra os cavaleiros que não ignoram o fato de sermos quem somos depois que Artur sacou a espada da rocha! O Conselho quando é imposto nunca demanda que seus conselheiros possam agir de modo coerente, posto a democracia participativa sempre foi e sempre será o melhor caminho. Por essas questões coerentes passemos a escrever nossas histórias com padrões de progresso, paz, ciência e cultura, com o pensamento voltado para a arte, para a filosofia, para a religião e para a suficiente segurança alimentar de todos no mundo, haja vista não podermos pensar com clareza e inocência se não salvarmos os povos mais vulneráveis da calamidade e da dramática carência que a turba esclarecida já toma consciência, e por vezes sequer se sensibiliza com atitude de compaixão.
           A simples ação de um tipo de resgate da cidadania daquelas populações que nem sequer possuem escritura em seus barracos vem a nos revelar que não poderemos jamais resolver problemas de ordem social se não ativarmos novamente nosso mercado interno, com MEIS em profusão e treinamentos técnicos e humanos para uma retaguarda intelectual assaz importante, no nosso estágio atual, de desesperança e luta inglória ante forças já dispostas para minar a democracia. Nossos irmãos chilenos passam por uma eleição jamais tão polarizada em história pós Pinochet, sendo que um dos candidatos apoia esse que foi o maior monstro dessa nação que se torna uma nação em crise desde um tempo atrás, com Piñeda. Por padrão esperemos que não vença um candidato do retrocesso popular, posto será com um voto esclarecido que veremos amanhã a vitória da oposição. Essa grande página revelará que o povo latino americano como um todo vislumbra sempre a esperança de que um candidato que cuida de sua gente pobre recomece uma nova versão da grande empreitada que nos reserva o caminho da vitória!



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