Se assoberba em nosso coração um ato
decassílabo
Quando nossos versos se perdem na métrica
De
um metro escalar ou vetorial, dependendo
Do tipo de técnica e
do tipo da engenharia da arte!
As equações ferruginosas
perdidas pelo sonar
Translúcido do tempo, indicam apenas
Que
hoje nada do que tínhamos sera por herdar
Dos que eram
história, à História Atual.
Páginas de patinetes se
criam, no alfarrábio
Que vence dentro da clausura de
museus,
Mas que fora destes não soam mais como
testemunho
Inconciliável das pátinas enumeradas nos
registros.
Tudo o que se lê, independente da
migração
Histórica ou geográfica, tudo está catalogado
Na
espera de que seja interpretado e, no entanto,
Nada do que
criamos bem sofrerá análise dos ignaros…
Nada do amor
que salva será guardado em uma pasta
De chumbo onde não se
sabe onde estaria
A chave que abre uma portinha do passado
Na
reminiscência ocre dos covardes fracos de espírito.
O
que se retenha em contradições louváveis
Sua o suar dos
leitos, sejam conjugais ou hospitalares
Quando, no nosso sentir
possamos, que o pensamento
Verterá sobre a superfície
conservadora de naftalina.
Que se remonte um tipo de
sociedade não secreta
Onde a arte tenha seus tempos justos para
manifestarmos
Tudo aquilo que perpasse o próprio tempo
Levando
as pátinas para a arquitetura das almas que somos!
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