quarta-feira, 31 de março de 2021
O HOMEM E O JOGO
Queiramos mais do que apenas jogar
O
jogo dos inocentes, as pátinas do tempo
Um jogo de amianto em
um xeque
No enxadrístico tempo em que esperamos
O próximo
lance, o bispo que se retrai,
O peão que negocia sua morte,
A
dama que sai um pouquinho de sua casa,
O cavalo que se empodera
no centro do tabuleiro,
O
rei que roca no pressuposto da minutagem…
O GO, outro
jogo, de uma estratégia exemplar
Quando se sabe ganhar nos
territórios do campo
Em que a “Arte da Guerra” se faz
presente
Dentro de um entendimento correto
De um bom
estratega que encerra seus planos
Dentro da condição de uma
disciplina férrea!
Não nos podemos dar ao luxo que o
combate
Seja silenciado na tática e, no entanto, vã
esperança
Que venhamos a enfrentar coisas maiores do que o
tempo
Quanto o que nos diziam do átomo e suas sombras.
As
sombras de núcleos pulverizados por entre os muros
Que, em um
livro maravilhoso de Garcia Márquez.
Revela o ato genocida de
Hiroshima e Nagasaki…
Maravilhoso pelo ato da revelação
de uma ação cruenta,
Assim como Herzog recebeu a notícia de
sua morte em um jornal.
Convenhamos que nem todos os
sistemas de informação
São de confiança absoluta na
Verdade, mas os dias de um mês
Podem registrar em tabelas dos
dados o equidistante do real.
Quem enfeixa destinos, assim
como quem satura sacrifícios
Perfunctoriamente não dista do
causo por causo de sua própria ignorância,
Assim como um
criminoso insistente não sabe que em que se revela,
Ou seja, o
meliante não sabe que o seu mesmo destino de carapuça
Não
resiste mais ao tempo que deixa de ser seu aliado
Para mostrar à
própria justiça que: mesmo em virtude de sua posição
A pena
não abranda se a concessão do ato se cumprisse sempre!...
terça-feira, 30 de março de 2021
O PÊNDULO DA CONSCIÊNCIA
Vamos e venhamos, e o sal da
terra significa sermos mais conscientes…
A propósito,
não deixa de ser um turn off e um turn on, na
medida
Em que ligamos e desligamos os padrões perceptivos
Na
hora em que precisamos meditar em algo importante,
Algum estudo
em que se verte pela razão, ou – assaz importante –
Uma
percepção acentuada em sua hora e vez, no padrão
Quase
silencioso em que nossas vértebras se alongam para adiante!
Assim
caminhamos, quais quase primatas em plena evolução
No que se
saiba que o homo ludens se aproxima de um jogo
Onde o que
pontua é a consciência, e o que perde é o ignorar.
Assim
de se dizer, que uma obra-prima pode ser uma mulher
Quando sua
inteligência suplanta o simples escrutinar o verso
Indo além
de suas fronteiras, ensimesmando o fato de ser superior.
Não
da superioridade numérica ou quantitativa do conhecimento,
Posto
em uma obreira reside o grande caráter realizador
E tantos são
da Obra que nem mesmo o Criador quiçá saiba de todos.
Mas
não que fosse apenas da ciência o fator da sacralidade
existente,
Posto é na medida do compartilhar as descobertas que
se faz um país
Ou mesmo uma vizinhança solidária entre toda a
neutralidade das gentes!
Saber discernir o certo do
errado, o bom do mau, o auspicioso do desagravo
São medidas que
encapsulam a única Verdade, onde reside a boa lógica
Alicerçada
pelo pensamento algo profundo dos ditames que regem a humanidade.
O
pendular cotidiano dos seres, revelam a consciência até mesmo de
uma planta
Que não cabe ao ser humano discernir se é maior ou
menor do que a nossa…
Cabe sim, retomar ao verso dois ou
ao trinta, a saber, se da dúvida perdura
A insegurança, nos
sentiremos mais seguros quando nos apercebermos
Que a História
trabalha como um lindo pêndulo, no que revele a boa ventura.
No
mais, o que trazemos de positivo ao fator existencial humano é
compreender
Ao menos o que venha ao nosso encontro como um mito
da ciência
Ou o reverberar puro da religião, em uma nação
onde ambas possam coexistir.
segunda-feira, 29 de março de 2021
A ARTE COMO DIÁLOGO INTERIOR
Expressar
um pensamento pode ser uma forma de arte, não importando se for
enquadrada ou traduzida como expressão da arte formalizada, como
pretendem muitos, ou apenas um diálogo enquanto arte porque
comunica, diz, amplia, e antes de tudo é a mesma expressão que se
deseja, seja filosófica ou não. Hoje em dia, com a falta da
concessão da literatura às gentes, com teses religiosas de leitura
única, o pensamento expresso assume vital importância, seja poesia,
ensaio, crônica, novela, etc. É triste dizer que levar a vida lendo
apenas um livro pode ser insensato para quem goste ou deseja saber
mais sobre o mundo. As teses científicas podem ajudar muito àqueles
que desejam se aprofundar nas verdades da matéria. Obviamente, no
plano espiritual temos um mundo inteiro a ser conhecido, mas a
história da humanidade não necessariamente passa pelo crivo do
misticismo religioso apenas, mas sobremaneira pela história das
riquezas, pelo fato da ganância e da cobiça existirem, pelo
desenvolvimento da tecnologia que muda tudo esporadicamente, mas que
mantém em si a fusão do novo com o velho, do que vem por diante
daquilo que aparentemente se vai. Ninguém vivo é plenipotenciário,
ao menos no mundo atual, mas por ventura ainda possam existir grandes
yogis,
grandes vaishnavas,
assim como devotos em todas as religiões do mundo, incluso as
tribais. Nessa mesma medida temos a arte relativizada em todos os
cantos, e a filosofia deveria ser daquela uma parte, pois a poesia se
aproxima desta como o sabor da água para o sedento.
Quando nos
aprofundamos em um pensar, em expressá-lo, seja através da arte,
seja com uma ferramenta tão simples quanto um computador ou similar,
estaremos abraçando a veia incontestável da comunicação e,
positivamente, esta pode ajudar – ao menos – a mudar a face que
compreende a consciência humana, seja internamente ou na compreensão
mesma da Natureza e seus seres. Apesar de parecermos levianos por
vezes, apesar de sermos erráticos intimamente em nossas equivocadas
intenções, sempre será o momento de relermos estas e ao menos
tentarmos caminhar pelo modo da bondade. Reiterar um panorama na
isenção do conhecimento cabal e insistir na ignorância parte de um
pressuposto de que tudo o que fizermos na tentativa da ação será
pautado pela ilusão, e isso apenas faz abrir grandes espaços onde
quem preenche é a farsa, a manipulação, as inverdades, a injustiça
e o critério cego. Estabilizar um princípio de realidade nos nossos
atos vem a chamar a nós mesmos o encontro com o factível, a
promessa possível, a vida latente e real... Essa é uma questão da
própria arte ainda não encontrada, mas que é possível de ser
encontrada em um signo expressivo, dentro de um contexto pertinente,
de uma resposta a uma altura de compreensão, esta mesma supracitada
e que traduz que sejamos ao menos coerentes internamente com o que
queremos dizer a nós mesmos. A partir do momento em que essa
independência não relativize o significado essencial de nossas
vidas, saberemos melhor como nos portarmos no externo, em nossos
trabalhos, nas nossas relações cotidianas, no afeto seja a quem for
destinado o carinho, dentro do pressuposto que podemos aceitar o
motor como algo que faça parte do sistema em que se vive, pois
vivemos já sob a demanda de máquinas inteligentes, que não
necessariamente passam a diligenciar nossas vidas.
domingo, 28 de março de 2021
RETORNANDO AOS NOSSOS TEMPOS
Quando retornamos a um tempo alterno, quase
incontrolável, onde várias ondas se
sucedem, quase infinitas perante o ritmo de sua frequência. Serão
esses os nossos tempos de então: alternando-se a ignorância com a
sapiência? Há que se saber que a intelectualidade reside em um
simples bater do martelo. É uma simples questão de sabermos
onde colocamos ou posicionamos nosso juízo de valor, a mensuração
máxima de nossas possibilidades. Nas nossas veias encontramos o
fluxo da vida, e é a partir desta que, convenhamos, enaltecemos as
mesmas possibilidades. Na álgebra dos nossos encontros não haveria
tanto a moeda cunhada, mas alguma sabedoria a descoberto, um nível
taciturno de nossas querências. É como comunicar-se com o inaudito,
uma razão interna que nos aprochegue nas nossas vicissitudes. A
questão, em uma simplificação semântica, é de uma natureza de
caráter que nos leve adiante, para uma camada de compreensão quiçá
nas bases do mesmo entendimento… Essas fluências em um idioma
pátrio que nos conserve nas hierarquias coerentes naquilo que vem
depois de uma obra de filosofia, ou de uma crônica do non
sense. Haveremos de nos adaptar a
qualquer ordem social, ou buscar na luta por direitos essenciais os
projetos de se estar vinculado à realidade até a medula? Questões
aparentes, ou uma maior que se nos anuncia a vanguarda de nossos
tempos?
Outro modo iniciante de
nossos maiores pressupostos dariam
nas telhas de nosso crânio a vertente mesma de um cérebro mais
pesado do que o da mulher, mas não sabemos se Beauvoir ou Kahlo
seriam menores do que o Zé Bonitinho. Obviamente, o cérebro é uma
questão de sinapses utilizadas em seus modais mais profundos, e o
pensamento de Simone não será em vão, e a pintura de Frida é o
México em pessoa. Não que não pudéssemos antecipar algum
obstáculo que desvanecesse a literatura, ou mesmo um pensamento
expresso em todas as nossas latitudes. Quem dera pensarmos que
seríamos gigantes se todos os nossos companheiros conseguissem uma
colocação. Mas o mercado não é assim, não permite o pleno
emprego, justamente o contrário para o achatamento salarial e seus
arrochos.
A vida de um ser consciente pode estar residindo em
uma mosca, como falava Sidarta Gautama, o Bhuda. Na
nossa encarnação seríamos tantos em tantos que uma teoria de
linguística não existiria perante o caudal da Natureza. Visto como
patos selvagens riscando o céu em suas geometrias, e um cão de rua
vivendo das sobras, nisto de não ser tão possível se não fora
esse ser. Quando se resgata um ser humano de uma situação
catastrófica vemos o remédio da solidariedade conformar o desejo
esquecendo um pouco a ganância. Se uma grande parcela da população
se encontra em situação de rua, o motivo maior dessa exclusão é
sistêmico. Não há como você adivinhar que a próxima manilha de
concreto vai sanar o problema do esgoto a céu aberto mas, se
houvesse recurso e boa vontade política isso poderia ser realizado
aos poucos, pensando-se em projeções de vinte ou cinquenta
anos.
Retornar à era atual
remonta que nem que um processo irrealizável e útil para um país
como o nosso não permita a que ao menos pensemos no assunto. Mas que
se tenha esperança de que o Brasil cresça em valores gloriosos,
como glorioso é um dos mistérios do terço… Reparemos em uma
redenção libertadora, mas não aos moldes de se ferir a nossa Carta
Maior. Aqui temos a capacidade de rendermo-nos à falta da culpa que
vem de dentro para fora. Nem todo o homem tem seu preço, apenas
quando a desesperança total encampa a sua mente. A jaça em torno do
diamante em nosso território que se torne uma mácula, uma certa
marca bem quista, pois é a partir desses diferenciais que se
pretende confirmar a nossa independência como Pátria! Apenas
desse modo olharão para o nosso País e definirão o conceito que
agigante nosso orgulho.
sábado, 27 de março de 2021
AS ESTRANHEZAS DOS QUADRANTES
Se colocarmos as coisas em sua ordem
equivalente ao bom senso, se organizarmos o fruto da indústria
corretamente nas gôndolas de um mercado, veremos que se não nos
fujam as montadoras de carros, tais como a Ford e a Mercedes Benz.
Se o navio de Suez não sai do atoleiro, outros tantos terão que
fazer milhares de voltas em torno de cabos tormentosos… Segue a
vida assim por alguns acidentes de escala; se não fora por isso,
colocaríamos nossa fé em um estado laico, e que seja assim, por
menos. Por vezes temos em mãos um livro de filosofia, e quem vos
fala vê o livro sobre a mesa do escritório pessoal e, por cima,
uns óculos e uma carteira de cigarros. Pois bem, fumar é fácil,
mas colocar os óculos de leitura e se debruçar sobre a lógica de
Hegel é tarefa que, como dizem os especialistas: uma hora de
intenso exercício intelectual equivale a uma hora de exercício
físico, na queima de calorias. Acontece que os quadrantes não são
fáceis, e a estranheza simples é não saber compreender muito bem
das fontes mais originais, mais intelectivas e idôneas e
consagradas no vernáculo da filosofia. Mas, vejam bem, muito do
lixo cultural
da humanidade se encerra com vida útil de um dia nas redes sociais,
como parâmetros que – infelizmente – beiram o grotesco. Essa
formatação já possue templates
prontos, como são tantas as bibliotecas estranhamente dispostas,
com, inclusive, devidas orientações com base em cartilhas que
podem ser usadas, em um beabá truculento e covarde.
Sim, mas
agora se foi o enigmático e, no entanto, previsível Trump… O
enigma trumpiano,
como se elegeu, como tentou burlar o Congresso e como matou alguns
jovens inocentes negros. Será que esse cidadão apoiava tanto
regresso em seu país, ou será que a Camela pode dar o troco? São
questões – acredito – ilusórias
mas, se beirar a sensatez majorada, Biden não deixa de ser uma
esperança no Partido Democrata dos EUA. Triste o nosso país, de
pires na mão, agora, que muitos morrem e não competimos mais com
tanta eficácia nas relações internacionais e nem no comércio
exterior… No entanto, vejamos, um
governo – acredito – pode mudar para melhor, mas isso é
condição que remete ao mecanismo de consciência aflorada e
competência administrativa pois, se isso não ocorre, há que se
ter a humildade para renunciar. Muitos homens mostraram grandeza na
renúncia, mas o Ego assoberbado não nos traz diferenciais
lógicos, quando a gente se antepõe a isso tudo.
sexta-feira, 26 de março de 2021
quinta-feira, 25 de março de 2021
quarta-feira, 24 de março de 2021
UM DIA A MAIS
Um dia a mais não seria suficiente para
tomarmos tento com as nossas angústias e preocupações? Não será
suficiente pensarmos que as nossas veias regridem quando a Saúde
pede clemência em todos os níveis…? Pois que este dia em que vos
escrevo possa trazer de algum modo o alento de um sobrevivente que
cuida de sua mãe. Quando a vida está em jogo, pudera, transformá-la
em jogatina, como se uma cafetina ensaiasse as regras do mesmo páreo,
onde perdem os inocentes de espírito. Convenhamos, a incompetência
rende graças ao nosso país. Se não seja intencional, vemos motos e
cavalheiros uberizando
a sua própria conduta. De irmãos o inferno anda repleto e não
adianta darmos as cartas sobre quem vai ser a próxima vítima do
descaso. Parte
do que acreditamos não é parcela do inconsútil, é história com H
maiúsculo, não vitima e nem perece!
Arredondando os fatos,
beiramos uma colapso em nosso pensamento, assim, do crime em fazer
perecer muitos corpos, de uma luta sem igual, de gente que está na
linha de frente criteriosamente exaustos, conforme relatórios da
saúde mental dessas populações. Não há porque estarmos com
gentes que esperam exíguos recursos, na busca que efervesce no pano
de chumbo que nos atravessa o olhar. Uma imagem plúmbea, um oceano
negro nos evanesce às
sombras que nos tornamos, claudica vozes sem estribeiras, abre
frentes absortas em um descaso, retira as esperanças de um máximo
infantil, faz-nos, enfim, reféns do nada. Sequestram-nos em nossas
vãs tentativas, retirando do jugo terminante os recursos que somem
de nossos justos companheiros. Não há porque temer, camaradas,
posto a linguagem recíproca virá a contento no mais silencioso e
abraçado tempo. Temos esse tempo a cumprir, e o isolamento evoca a
pena de estarmos um pouco presos, mas como se fora uma fraternidade
entre as cadeias, os elos que nos unem de maneira perfunctória,
sabendo que dessa vez o juiz é amigo do cárcere… E
o juiz reitera: os culpados estão soltos e os que foram efetivamente
presos por vezes recebem o perdão de uma injustiça que vem lá de
trás. Como um amálgama silencioso os tijolos recompõem o edifício,
mas não aqueles construídos sem recuos e com um acabamento inóspito
mas, justo, uma edificação sólida em seus andamentos de carteiras
assinadas… Os operários continuam a trabalhar, e o simples homem
da roça meio que costura seus remendos. A sua terra, o seu trabalho
de alimentar as gentes no nosso imenso país. E, trocando em miúdos,
o poeta está muito bem vivo, agora abraçando o Outono como esta
estação mais amena, respirando dos
frutos ou das folhas, um pouco assoberbado porque já não é mais a
estação das uvas niagaras.
Pudera, aos sonhos que temos por cumprir vem o corretor ortográfico a
ensinar como nos aplicamos em meio à chuva.
Que essa carta se
endereça dentro de uma garrafa de Concha y Toro, devidamente seca…
Sei lá para que lugar for, mas que faça longa a vereda pelos
oceanos, e que não se quebre no penedo. A saber, que encontre um
lugar não defronte a olhares cegos, mas à intermitência das
atenções que se renovem a partir do momento em que participamos de
algo que possa encontrar na dialética espiritual a reforma de todo o
pensamento que não nos paga a nossa carne mas que, convenhamos,
rechaça as tentativas com um fundo da religião como o religare
latino, a
fusão, o reconhecimento do animismo, o Ponto de Mutação, que tanto
Fritjof Capra nos revelou em seus escritos já nos anos 80. Se é de
tomar medidas, o cartesianismo do Cogito
Ergo Sum
já não revela tanto das coisas mas, em contra partida talvez a
gente, como Capra, continua no seu dia após dia existindo como
tantos que esboçam seus pensamentos para quem quiser atuar neste
grande teatro do planeta Terra!
segunda-feira, 22 de março de 2021
CONSONANTES MANANCIAIS
De
alma reptílica por vezes nos assoberbamos
Naquilo
que veste a caráter um largo aborrecimento
Que
compõe a falta inenarrável do bom senso…
Naquilo que
verte um manancial de coisas amorfas
Pensamos em maiores
latitudes em versos crus
Compondo
um planeta que seja melhor habitado
Em vértices que se unem nas
plataformas nuas!
Da semântica em compreender o óbice
dos vencidos
Teimamos em soletrar um compenetrado verso
A
um se dizer completo e refeito dentro da ausência
A outro que
signifique bem mais do que uma retórica
Em que um homem justo
possa navegar em barco de papel.
Nas escalas em que nos
encontramos, galgando degraus
Na conformidade de um absolutismo
aparente de leis
Resguardemos aquelas que sejam boas e
silenciosas
Frente ao pout pourri de retóricas que vemos
no limbo!
Dessas frases soltas no espaço, desse ínterim
em que somos
Mais claudicantes do que o próprio e torto
significado
Encontremos uma lógica que seja no próprio
significar
Que ante venha no próprio ato escrito que signifique
algo…
A se ter uma versão mais evidente do claro e
transparente lago
Relembramos os dias em que nos banhávamos na
precedência
Encontrando anéis de Saturno em um olhar de
caramelo
Na tenuidade da íris resplandecente com a cor do
mel.
Prolongamos a Verdade como uma página de safiras e
brilhantes
Quando evocamos a àquela a diamantina estatura de
sua transparência
A fim de que não submerjamos em um oceano de
mananciais
Condizente
com o alcance que se faz puramente da Natureza.
É por
isso e outro que não revelamos a integralidade do Todo
Quanto a
sabermos que na verdade não alcançamos a parte
Como fragmento
único e silencioso que compõe a assertiva
Nas
esferas que denotam a própria organicidade do Tempo…
Esperemos
a quântica forma do pensar se espalhar no espaço,
Este mesmo,
com a graduação ensimesmada que apeteça
Um linguajar nada
obscuro, mas revelador em recintos
Em que não se peca por
parafrasear a indiscrição!
domingo, 21 de março de 2021
EM UMA REALIDADE AUMENTADA
Distamos à frente de uma
ocasião
Onde ficaremos em uma parábola ou não
Daquelas
palavras que foram ditas
Ou
do mesmo proceder inconsútil…
Em uma realidade
aumentada
Poderemos vislumbrar a questão existencial
Quando
nos apercebermos do léxico
Porquanto não enfeixarmos as cordas
da razão.
O que parece por primeira sentença seja
O
esperar-se de um código de primeira ordem
Quanto de nos
crescermos porquanto seres
Da latitude do progresso em que
sejamos vãos…
Não importa tanto quem sejamos
Nas
esferas do se permitir que somos
Naquilo do querer que partamos
ao ser
Sem que na verdade nos preocupemos muito.
Sentimos
as raias desconexas de outros lados
Onde nadamos em outras
esferas de ocasião
No afã de descobrirmos outros casos
Onde
o que importa é chegarmos quase na frente!
Chegamos às
vias de alternos conceitos
Quando
as plataformas de nossos inquéritos
Redigem outras frentes mais
cabais
Do que o retiro indubitável dos saimentos.
Parece-nos
um reino quase mineral
As vertentes explícitas do
indecifrável
Quando portamos o caudal irretorquível
Na
alfombra silenciosa de nossos tempos.
A vértebra
inenarrável de nossa coluna
Diz a mais ser algo que não se
corrija fácil
Mas enfeixa uma estrutura vocabular
Na
semântica da razão primeira que nos dite!
A cepa de um
vocábulo perdido em uma entrelinha
Revele o significante ocluso
pelo pensamento
E tudo o que queremos do termo em geral
Redima
o pensar mais alto do que o comum do se falar.
sábado, 20 de março de 2021
A MATEMÁTICA DO DESCASO
Muitos fervem em suas questões
quando a farsa se apresenta em seu favor. Outros obscurecem o seu
modo de ser e passam a ser seguidores de outras farsas, de propostas
que não se recusam, quando a popularidade vem enfeixada da mentira…
O que se encontra em algum lugar pode estar somado por outro, em uma
linha vertiginosa da ignorância. Essa é uma modalidade que nega a
coisa concreta, que devaneia quando a Verdade deveria estar presente:
não desejam – muitos – propriamente isso. Esse proceder
multiplica-se velozmente quando o que deveria depender de bom senso é
apenas um non
sense,
que por vezes vem encaminhado através de uma fé aparente em um deus
de dez mil megatons. Um
deus da exploração, do encarceramento, da solidão compartilhada
aos pares, quando na verdade só se pensa na libertação quando o
ganho é alto, e aquele que é rico alcança com mais facilidade esse
estranho modus operandi. E todos que se ajudem pois o salvacionismo
acaba passando pelo conservadorismo titânico que não olha para o
passado, e vê o futuro como um lugar onde todos usam terno e são
prósperos em alguma terra santa. Essa
civilidade de cartilha não parece proceder bem com a realidade,
visto na zona pauperizada é que reside muito daquilo que se espera
de uma cabal libertação, posto seja nas vilas operárias é que se
espera o pleno emprego e, nas favelas, o pronto restabelecimento de
uma paz que todos querem, e não os conflitos deflagrados pelo crime
ou pela milícia, que hoje igualmente é vertente daquele… Sabe-se
que o modo material não fala muito à fé, mas conquistar direitos a
poder se dedicar ao espiritualismo é resultado de equação onde
dois mais dois é quatro! Poderia ser cinco, dez ou cinquenta, mas a
questão de ordem levantada é que apenas os que atingem maior
consciência existencial podem afirmar sua fé, ou mesmo acreditar no
próprio materialismo, em seus diálogos. Benedetto Croce foi um
expoente do pensamento italiano, e por si falava às várias
tendências, sendo um historiador competente, tendo
influenciado outros filósofos em suas assertivas, a se nomear um
homem que tinha uma boa potência de pensamento. Tanto havemos de
pensar em qualquer assunto que nos revele uma boa maturidade
filosófica, a saber, nem todos somos abstêmios de linguagem! Se
apagarmos parte da diversidade, decrescemos em número, como em uma
aritmética que não nos negue jamais a veracidade das contas…
Em
um tempo equidistante ao século dezenove vemos personalidades
surgirem com estatura intelectual imensa, o que não nos falte neste
século vinte e um. Na era das Guerras Mundiais, era estranho não
ser duro o suficiente, pois resistir era a palavra de ordem. Resistir
ao conflito e à violência, como seria a palavra de ordem em tempos
tão tenebrosos. Hoje, temos a Síria destruída e uma situação na
Palestina em que jamais uma intifada dará abertura para possíveis
negociações. É
um fato recorrente o sionismo internacional, e uma busca justa de uma
situação mais humana nesses territórios. Não se há de conviver
com radicalismos dessa forma, que não transigem com a ocupação e
nem com uma intervenção contínua nos territórios ocupados na
Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Há que se pensar em uma saída para
a violência na região, que acaba por construir um campo de
concentração a céu aberto para os palestinianos.
Podemos
pensar em uma matemática que ocorre a partir do descaso mas, em
oposição, pensar em uma matemática conciliadora e humana… A
calculadora está em nossas mãos, e será por cálculos positivos
que vamos entender o que é progresso e o que é regresso.
Obviamente, nosso inimigo maior é a Covid 19, e esperemos que o
número 19 dê uma trégua ao nosso século 21, posto aprendermos
mais é nossa tarefa consciente nestes anos meio de chumbo que
enfrentamos por aqui. A
nossa tarefa passa a ser de somar coisas progressistas para evitar
que caiamos em um ostracismo moral perante a comunidade internacional
ao mesmo tempo que criamos comunidades em nosso país de
desenvolvimento pleno de nossos ideários mais profundos e de nossas
práticas concretas.
sexta-feira, 19 de março de 2021
UM PEQUENO TRABALHO A MAIS
Porventura via alguém precisando
de dinheiro, sequioso por suas frentes de pedinte, e que pedia mais e
mais, nada que desse realmente conta, o dinheiro de quem possui, ao
que não possui sequer algum desfrute o dinheiro que não há… Na
certa seria mais confortável pedir, mas o repertório do embuste
cansa, mas se cansa por demais, posto não encontrar mais aqueles que
já davam o pago, sem que precisasse trabalhar em algo. Justo que o
trabalho desse, mas o tempo em trabalho não assentia com os outros
compromissos do pedir.
Um dia, precisava o cidadão de um
dinheiro: armou-se de uma faca e retirou o mato da calçada de outro
cidadão, em casa própria, bem entendendo. E, nessa casa ficou por
quarenta minutos em trabalho e conseguiu um pago sem muito esforço.
De outra vez trouxe o veneno para secar as plantas, com seu próprio
meio e ferramentas, e viu que o esforço valia e valeu. Desse maior
que valeu o seu meio vieram algumas demandas outras e capitaneava seu
próprio trabalho: algum que fosse, um pequeno trabalho a mais.
Outras classes demandaram, gente rica e gente mais de uma burguesia
algo capenga, mas com algum valor… Transigia
com seu próprio controle, seu espaço-tempo. E foi pegando o fio da
meada, começou a vislumbrar futuro aos seus filhos, começou a não
faltar o leite e o pão: pegou gosto pela coisa. Tinha trabalho,
tinha seus bicos, partia às suas missões, não perdia muito de seu
tempo precioso. Seu tempo virava joia, e não precisava mais
mendigar, posto comprava suas ferramentas, conseguia finalmente seus
meios de vida.
Outro que lhe vira o procurava, bom trabalho que
fazia em todas as suas frentes possíveis. Uma torneira, uma roça,
um jardim, uma limpeza a caráter! Seguiu seus dias e, em um dos dias
criava uma equipe de três, chefiava, procedia. Comprava uma moto em
certo dia, como efetivamente comprara. Estava com motores, e desses
motores também aprendia. Partir para a latoaria, mecânica e suas
mais rebuscadas outras ferramentas… Prosseguia e vencia, a mais um
trabalho em seu afã de aprender. Tinha meio expediente de rendimento
quando entrou para fazer curso de mecânica. Aprendeu com as máquinas
e em suas partes teóricas. Consagrou-se mecânico, rendia melhor o
seu tempo, trabalhou com patrão e por horas independentes,
conseguindo realizar bom trabalho, sempre, um trabalho a mais. Nesse
ínterim, lia e compreendia as letras, aprendeu espanhol e falava
sempre consigo mesmo, meio que pensando no idioma novo e suas
conquistas. Passava os dias estudando e se deteve sobre a física e a
matemática, o que o tornou ingresso na Universidade pública.
Gostava disso, saber que não pagaria os estudos mas, com o dinheiro
de seus expedientes, comprava seus livros, comparecia nas aulas e não
tardou a formar-se. Seu nome era Antônio, o brasileiro. Fez seu
mestrado, formou-se em mecânica, e não tardava a ir ao Chile, que
lá daria suas aulas. Fez-se muito importante, mas não largava de
seus passados, mesmo de pedinte que fosse. A
sua família agora passava bem e Adelaide não precisava mais
trabalhar… Sua mulher e seus filhos prosseguiam, agora os seus
filhos estudavam em boas escolas, e sua mulher começava a dedicar-se
à arte da cerâmica.
Possuíam todos esse amor pela vida, por
uma vida de trabalho, de aprendizagem, do conhecimento cabal que une
todas as gentes, à causa de estar em uma plataforma de ciência e
progresso. E a paz os unia, por eles navegariam sempre nesse mesmo
barco, nessa superfície de cristal, nesse indubitável pressuposto!
Posto por vezes viam a outros que pediam, a dor era grande. Nem todos
possuem as mesmas oportunidades mas, antes do caminho do prazer
efêmero, talvez fosse importante se manter, ou tentar se manter com
a chama do conhecimento, de algum trabalho a mais, grande ou pequeno,
uma luz que se mantenha alumiada no pressuposto de se conseguir
superar a grande batalha que é viver em um mundo que não oferece
tudo a todos! Mas que, na verdade, abre suas frentes concretas a quem
quiser aprender algo, nem que seja a viver melhor.
quinta-feira, 18 de março de 2021
terça-feira, 16 de março de 2021
ABSTENÇÃO DAS MODALIDADES SOCIAIS
As premissas de uma sociedade
conjunta, coesa, passam necessariamente por acertos e erros, que
grassam pela permanência da opinião não suprimida, e dentro das
limitações de nossos sonhos, posto idealmente temos a concretude
como pano de fundo deste teatro que compõe a vida… O que seria uma
sociedade laica, a se dizer, verazmente uma sociedade quase utópica,
no que verse que as chamadas redes sociais não estarem pensando
muito nessa faceta social, abstendo-se e encaminhando o laicismo para
uma rede de um pensamento religioso que, em muitos casos, opera
dentro da escrutinação hierárquica sem prestar atenção no regalo
que se torna um ambiente onde só pode alguém usufruir de algo
quando pertence a uma jurisdição, a uma câmara distrital ou
similares.
Essas
hierarquias subentendem algo que a sociedade civil também atravessa,
com suas chefias, seus diretores, os gerentes de loja e, em suma, o
patronato que exerce sua função de modo eterno, sem tirar nem por.
Não existe algo sem o patronato, como não existe algo sem o
patriciado, conforme dita a cultura em sociedades emergentes. O
apátrida pode ser muito próximo, ou pode não se dar conta de sua
condição. Havemos de pensar no aculturamento como um fenômeno
dialético, sem as partes que não cabem nessa salada, mas com a
mistura correta dos elementos, fartos e conexos com a realidade. Esse
apanhado, essa miríade de coisas, torna uma organicidade onde a
fortaleza passa a residir com a razão e, só por esta, passa a valer
a pena! Indignos são aqueles que não suportam pensamentos mais
altos pois, até mesmo na mediocridade reside um pensar claro
evidenciado pela legitimação de uma linguagem, por vezes algo
turbulenta em suas concordâncias verbais e nominais.
A
história não espera sua passagem e segue com seu passaporte
inviolável, assim como flutuar em observância os direitos
fundamentais dos povos. É esse o presente, é esse o passado e será
esse o futuro, haja vista que, quem conhece o seu cerne, da história,
pertence a uma fatia rara do bolo a que denominemos o ir e vir da
inteligência. Sem esta não há padrão de conduta, sem esta não
existe modalidade social e, a partir desta, podemos simplesmente nos
abster dessas regras de conduta, a esperar ativamente para que estas
modalidades venham à tona e floresçam dentro do pressuposto
civilizatório da nossa existência porquanto cidadãos livres que
nos suponham corretamente. Transcender nossos flancos resolve grande
parte de nossas questões e, que se saiba, um que esteja de um lado
pode estar trabalhando para o outro e vice e versa, dentro da
suposição clássica da hipocrisia social em larga escala.
Obviamente, há agentes internacionais dentro que qualquer suposição,
ou mesmo outorgados de maneira estatal ou privatista. A inocência,
nessa questão, passa a ser a configuração de que todos os caminhos
levam à Roma e, principalmente, Roma está em todos os lugares, seja
ela anglo-saxônica ou eslava, ou mesmo oriental. Há
uma pá de interesses em jogo, a citar, o que será do nióbio
brasileiro?
Muitas mansões paradisíacas na Europa, aí
contabilizando França, Alemanha, Inglaterra e etc, são construídas
com madeiras de lei provenientes da Amazônia, e o acordo de Paris
talvez se ressinta de não englobar frontalmente esse aspecto, haja
vista que muitos próceres desse encontro residem em lugares, no
mínimo correlatos com relação a esta sangria. Isso é factível
realmente, e não é preciso ser jornalista primeiro mundista para se
ter noção desse fato em relacionar causo a causa… Quem dera, no
princípio era verbo e, no finalmente de uma assertiva, com uma boa
revisão programática, continue o verbo, dentro de um contexto
similar, talvez assistindo a Record e seu filme Gênesis. Havemos de
consignar mais tempo e mais esforços na organicidade de uma
referência qualquer, e será a partir dessa referência que podemos
partir para construir um alicerce feito uma grande coluna que se
estabeleça dentro de um padrão de conformidade de engenharia, com
alicerces fortes, e a com base na abstenção pura e simples das
modalidades morais: bem dito.
Seguirmos frente a frente com a
moralidade como alicerce simples de um grande exercício intelectual,
podemos combater o drama em que vivemos, sem botar panos quentes em
cima da ferida, proferindo palavras de alento aos pobres – ricos de
espírito – e que venhamos a conceber uma ingerência no andamento
das sociedades, sem necessariamente nos abstermos das modalidades
sociais, posto a titulação deste breve ensaio não merece
reconhecimento, posto funcionar como um engodo onde a proficiência
nos traga relatos mais sucintos do que realmente ocorre em todo o
nosso planeta!
segunda-feira, 15 de março de 2021
O OUTRO LADO
Nos referendemos ao aparente colóquio de
outros tempos
Quando de si não falamos tanto a um tanto que nos
diga
O que o tempo encerra na oralidade falseada que aja
Com
a substância do falso poder, e que não mereça
capitulares…
Veremos em palavras mais abertas um
circunlóquio amoroso
Entre diversas frentes, e que não nos
oponham o circo dos renegados
E nem a farsa da popularidade
aparente, visto a inveja ser maior
Do que o interesse duvidoso
das partes que se digladiam em silêncio.
Se é na escrita
que a comunicação continua, que ao menos
Saibamos um pouco
mais da língua materna, que não nos enfeixemos
Do tanto a se
predizer da matéria, que não façamos algo
A se não alcançar,
do modo que subentende qualquer filosofia!
No que não nos
distemos das forças e do aparato legal
Quando aventamos um
mínimo de possibilidade cabal
De regermos nossas vidas com a
coerência dos justos
E,
perfunctoriamente, não releguemos a teoria das leis…
Há
modos e modos de se levar a situação para o sacrifício:
De um
lado, a metamorfose dos que se sentem excluídos,
De outro a
ilusão de sermos inclusivos com todos
E,
de outro, a parafernália que inclui ou exclui os melhores.
Toda
a anomalia genética social, que busca aniquilar os líderes
Sabe
de seus riscos em termos de estratégia social,
E somente
aqueles que falam o idioma corrente e coerente
Vão poder ter a
vantagem nua e crua de prosseguir na contenda.
Colegas,
não adianta enfeixarmos populistas de direita ou esquerda
Se
não fazemos nossa lição de casa, se não quebrarmos o voto
Em
que algo aconteça de maior valia, se teimarmos em
continuar
Caminhando conforme os passos concedidos ao se afirmar
um governo.
A se proliferar uma tentativa sólida de
libertação, saibamos que um
Governo como Ciro Gomes pode
unificar um país, sem se debater
Ao que pretende se uma
radicalização estereotipada de um teor
Que se nos escapa na
solidão de não termos sequer mais um líder.
Para um
governo funcionar, não precisamos mais da demagogia
Que verte
sobre um homem que detém o ódio sobre a sua cabeça
Pois é na
afluência de um voto popular que decida sobre
A afirmativa
questão de um apanhado de acertos sobre um candidato!
sábado, 13 de março de 2021
A FALTA DO SE FALAR
Um esgar de um sorriso seria
perceptível em um encontro presencial, e talvez sobreviesse a
relação de consenso, um/a encontrar o outro/a, quem sabe desta
silogística presença como bem citada… A bem de se dizer, ninguém,
até prova em contrário, confia plenamente em alguém. Parte a
poesia a falar sobre o desencontro, algo que relembra eras dantescas,
sem estarmos plenamente em cujas eras são referidas. A solidão
grassar por olhos tenebrosos, de algo que não vemos no olhar,
remonta épocas dos anos trinta ou menos, ou dos anos trinta até
algo como a Guerra Fria. No caso, de uma guerra gélida, posto não
sabermos mais como dizer algo até que a truculenta qualidade do ódio
nos obste de dizermos algo em nossa inocente forma de ser!
Seria
a aparente mudança em nossos modais – a ser – criticamente aos
sistemas que nos nublam o entendimento, que fossemos transparentes em
nossos padrões informativos, ou que conseguíssemos mudar igualmente
um regime ou outro em busca ávida pela democracia em seus padrões
algo perfunctórios? Não nos obstaríamos a essa situação, pois a
poesia marca como em um carimbo o que esperamos por vezes de uma
palavra, de um período, de uma sentença, ou de uma estrofe
construída justamente para redimir o povo do sofrimento espiritual.
Justo, que a poesia nada mais faz do que isto: alimenta as populações
do cerne espiritual, traz algum conforto, mais que se diga,
concretamente o pão alimenta muito mais do que a palavra…
Teoreticamente, a ordem de uma equação bem pronunciada traz ainda
um alento de que não estamos sós neste mundinho de Deus, e roguemos
que uma boa palavra ajude até mesmo o alentar-se de uma escritura a
sermos coadjuvantes de Sua forma, de Sua anunciação.
Na falta
de termos com quem falar, obviamente sabendo das vidas atribuladas
dos próximos, e da esfera renitente de desconfiança, ou dos
interesses cabais de certos grupos, ficamos realmente absortos que no
mundo das fakes
news
a audiência seja tão forte, posto a maquiagem pretensamente bíblica
como os termos: irmãos, bênçãos, fim do mundo, juízos,
julgamentos finais, gênesis, cristão, sejam tão utilizados para
inviabilizar a aparente independência da fé prejulgada e
circunscrita ao modal ideológico do fundamentalismo, o que beira uma
questão fascista, no que reste, o que já não foi muito bom para
aqueles que prestam seus favores generosos à humanidade. Não temos
por vezes o que falar, e esse isolamento pétreo é um jugo de
algozes que vivenciamos em nosso entorno, algozes que desejam cumprir
esdrúxulas missões às custas dos inocentes de espírito que nada
mais fazem do que pensar em uma Nação melhor para todos, sem
exceção, não tirando nem por alguém que, por mais reacionário
que seja, na melhor das hipóteses, é uma força baseada em
papéis.
Em um termo maior de resiliências particulares, é
mister saber que não importa combatermos alguns que se dizem
inimigos, mas de qualquer modo tentar resolver nossos entraves
particulares dentro de nosso território, pois criar inimigos
internos não é uma boa medida nem em se tratar de casórios mal
planejados, ou em divórcios litigiosos. Havemos de amar mais e
melhor, mas se alguma personagem da história se revela truculenta ou
sórdida, cabe à justiça com o seu exemplo conter essa ameaça à
segurança dos cidadãos, das instituições e da Democracia.
A
se dizer por esse pressuposto, nada há que se falar àqueles que não
desejam escutar, posto na solidão de um escritor está a companhia
perene e permanente de sua obra, e não será uma tentativa
inconsciente da parva sociedade que calará a voz que a semântica
nos coloca sempre em provas, mas que reflete a expressão máxima
daqueles que possuem palavras sinceras sobre os ombros, enfeixadas
por questões de ordem na simples e taciturna arte da escrita… Que
sigamos os que são bons nos textos, mesmo porque temos a humildade
intelectual de sobrepormos os egos falsos à circunscrição e
jurisdição do Criador Supremo, pois é deste que emana o Espírito
Santo!
sexta-feira, 12 de março de 2021
EXPERIÊNCIA DOS ANOS
Será sempre um fato de que – quanto mais
idosos somos –
Mais aventamos a maturidade em nossas
vidas.
Se nossas relações com tudo da Natureza que
governa o mundo
De tudo outro como a parafernália que pode
advir das invenções
E outras coisas mais na questão
tecnológica
No pressuposto lógico que pode vir a confundir
massas e massas
De gentes mal geridas com base em informação,
isso é fático
E, si
può fare,
sedimenta a ignorância com base
Paradoxalmente em conhecimento
sem fundamento cabal no ato em si…
A
autenticação da nobreza em saber noticiar algo há de ser
imparcial
Como tudo o que se faz em termos de um bom
governar
Mas aí no tanto de se melhorar e libertar o sofrimento
do povo!
Os ditos ismos não podem nos definir e
enquadrar, porquanto
O mesmo ismo outro não existe antes de se
definir o que e por que
Vem a dar no mesmo quando não saibamos
que ecologia não combina
Com nenhum desses, assaz raros, que
não querem deixar
Que se consuma que a exploração da Natureza
e seus biomas
Vem a dar na mesma cartilha da predação e do
inconforme.
Se uma mosca tem a sua liberdade limitada por
sua duração de vida
O mesmo predador humano referido não
possui em qualquer cartilha
O direito de encapsular Leis que se
refiram para
o
bem-estar humano
Que somente enobrece um ser que, para se jactar
humano
No mínimo deveria esquecer um pouco do cartesiano
modal
Que encerra nos fundamentos de uma física regressa
Um
pensamento em que deveríamos nos
posicionar
melhor
A
cultura atual que não deve pôr
em cheque
O patrimônio natural que é nosso bem maior
Em
benefício de recursos
que só pensem no ser humano.
Como
somos milhões e milhões de espécies no planeta
No mínimo, no
caso do Brasil, deveremos pensar em
Mitigar os poluentes e,
para isso, construir um saneamento
Combativo e solene para se
começar a diluir os problemas
Agravados pela carestia de
habitação, devendo sanear
O problema da retórica de que o
dinheiro não dá para tudo!
Não
há pátria livre com rios como o Pinheiros e o Tietê,
Posto
que a pátria passaria por uma verdadeira revolução
Se
tornasse situações como diversos represamentos
De exploração
mineral quando se faz uma consulta
Ao que seria melhor para nós
mesmos que falamos
Desses progressos insanos para salvar, na
pior medida,
O que cogitamos salvar, cada vez mais explorando
E
explorando nossos recursos naturais, mesmo sabendo,
Que apenas
sermos nacionalistas, mas sem saber lidar
De modo exato com nosso ambiente não podemos nos jactar.
Ou estarmos sendo realmente progressistas no mundo atual...
quarta-feira, 10 de março de 2021
SUPREMA VONTADE
Cabe-nos a ausência dos desejos, quando estes se
sobrepõem à razão. Na esfera dos enjeitados cabe-nos a
preeminência de sabermos lidar com a miséria, pois esta, quando
bate em nossa porta não há muito da razão que se sustente, mas
apenas o desejo… É hora de dissuadir um pouco, de teimar em
palavras correntes, de submergir nas palavras, de dialogar até com o
meio mais cabal em nossa existência. Isso
não importaria tanto se nos desfizéssemos de nossa esperança, como
o meio algo produtivo de nos acertarmos com nossos afetos pelo mundo
afora. Que porventura alguma escritura nos acerte
em
nossa conveniência, assim com nesta paramos para comprar do pão. E
recolhemos nossos registros de fé insubstituível quanto de sabermos
que nossa crença em um Deus pai é maior do que a crença apenas do
que os homens fazem, de factotum
sejam. A bem da verdade, o perfil do homem autossuficiente não
condiz com o perfil de um homem realmente independente, porquanto
alguns se declaram realmente independentes, enquanto outro apenas
praticam sua independência. De
tal modo que escrevam algo, ou se pronunciem favoráveis ou não ao
status quo, que servem ao andamento de um sistema que já dá mostras
de exaustão.
Estes paradigmas existenciais revelam que
porventura pode haver uma vontade suprema, que participe do caudal de
reminiscências um pouco ocres, um tanto de cobalto, um tanto de
carmim, se é que me entendam na minha linha do pensar. As cores
vogam e voam de um sítio a outro, de um rincão ao sótão, de um
jardim a uma porta do condomínio, de um cachorro fugidio àquele que
se encerra em um pífio espaço mas, porventura seja pequeno, segue
feliz em sua posição… Neste pequeno excerto, não se haverá de
dizer muito, mas apenas o suficiente. O que vemos hoje é uma noção
de liberdade aparente, daquilo que gostaríamos de proceder o
suficiente para que todas as populações do mundo agissem em sua
concordância com a legalidade… Um regime que sua as suas flores
para se manter equiparado com a vanguarda segue sendo um grande
solucionar-se as coisas. Podemos ser assim, assim conseguimos a
vantagem de nossa guarda, assim conseguimos partir ao modo sensato, e
assim conseguimos os direitos todos que nos cabem.
Por
essas noções sistêmicas é que a nossa vontade em mudar
apresenta-se mais do que o pouco que nos resguarda a situação...
terça-feira, 9 de março de 2021
segunda-feira, 8 de março de 2021
A RAZÃO PRIMEVA
Dos
interstícios de um pretenso regime
Ouvimos uma razão vindo dos
canais litigantes
Que, ao ligamento das palavras
Mal
sabemos a luz que encerra essas proposições!
Assertivas
bem fundadas, a crença no Direito Universal
Mesmo quando nos
apercebemos da categoria dos médicos
Ou da sensaboria que nos
atravessa nossos frágeis estômagos.
Que nos vertam
palavras maiores, que não entonteçamos
Por outras quaisquer
razões que nos sejam mais fracas:
E
que, no entanto, conhecemos nos vórtices das tempestades…
A
se dizer, quem sabe seremos mais sérios quando nos fortes
Nos
engrandeçamos mais, e do que se falar de onde vem a força
Se
sabemos que a onda que nos aflige não é a dos desesperados,
Mas
daqueles que possuem a esperança de tudo se acertar, quem
sabe!
Miro
mi perro,
e ele me fala da vida e seus percalços, quanto tosse
Na sua
cardiopatia, e me ensombra que ame tanto esse ser
Que por ele
faço muito dos cuidados inerentes a um verdadeiro
Companheiro
que se antepõe ao mundo com a sua inocência!
E essa
excelência de ser inocente me invade: pobre poeta que sou
Quando,
na vigília do bom entendimento, vejo uma pátria
Que –
porventura – possa esquecer de seus problemas
Quando cogitam a
tirania como modal,
ipsum facto,
de seu momento…
Não haverá mais um subterfúgio a
deflagar uma espoleta em nosso jardim
Posto, enquanto nobreza de
caráter, somos as gentes que não nublam os céus
Mas, se for
necessário, vertemos as próprias e pessoais chuvas sobre a
Terra
Que, por vias dos incêndios criminosos, precisa do alento
da Natureza.
Se
essa querência roga que não consumemos algum fato inóspito a nós
mesmos
Reverberemos nossa semântica de esperanças nada vis,
posto em uma questão
De vida ou não vida, de sabermos que a
situação é gravíssima, apenas
Uma liderança cabal e
oportuna, de seu viés humano, é que pode nos salvar!
Se
tanto nos fora de óbices de ocasião, não queiramos retroagir na
farsa
De pensarmos que é no final do Juízo que se encerra
nosso tempo,
Haja vista sermos mais do que urgimos ao Nosso
Senhor
Nas libertações de nossa gente, e que vença o melhor!
domingo, 7 de março de 2021
OS VELHOS E OS NOVOS
Não se dirá jamais se uma geração
está perdida, ou que outra seja
A certeza de melhores tempos,
justo porque uma fecha e outra abre…
A data incólume de
nossos propósitos não enferruja as palavras
Que, de alto e bom
som, hemos por cumprir na soleira de uma porta.
Na
renitência somos, reverberamos
A luz que seja, o farol da
consciência
O parâmetro que não nos obscureça
Um
endereçamento quase hostil
Da crença que nos perfaz úteis
E
ativos no grande ativismo do século!
Seremos mais
velhos ou mais novos,
Nem de tanto ser diferentes
Já que
oitenta já é uma idade
E cinquenta remonta outra percepção
Que
nos vinte já sabem das informações.
Do que não sabemos
não basta sermos mais velhos,
Pois das palavras pífias
recrudescemos o recrudescer
Nas plagas de uma poesia que não
esconde a Verdade.
Apesar de tudo, o que queremos é que a
juventude
Cresça em suas razões, em todos os seus pesares
Que
por um lado possa parecer obscuro
Mas, que em outro, possa
parecer luminar!
Fechando nossas contas do
passado
Acabamos por intuir consignas de um tempo
Onde não
sabíamos de onde viria o chamado recurso
Ou na reprimenda de
ocasião verteremos o chamado
Por encima da respiração da
poesia, quem verte, verte,
Por vezes apenas uma sombra, que vem
e nos sopra
Para um tipo de cadafalso existencial onde não
há
Missão melhor do que espalhar um nada de rancor
Naquilo
de ordem e progresso que nos agiganta.
Se tanto fôramos
circunflexos, se tanto nos fora,
Se nos parâmetros de nossa
existência seguirmos silentes
Não haveremos de espalhar a
nossa voz, algures
De um tanto merecedor que revela a própria
vez
Em que a palavra pode mais ao verso
Do que algo que não
possua sentido seja ao velho ou ao novo…
sábado, 6 de março de 2021
LIÇÕES DE UM APRENDIZ
Começamos a reter em nossa mente ao
menos
Nem que o seja escrevendo prolificamente...
Nos
sentidos com abertura maior
De maiores percepções, ao que
verse
Sermos bons poetas, e que nossas mensagens
Naveguem
por além do mar, singrando
Os oceânicos desafios, de um barco
antigo
Com seu velho motor de centro
Qual Hemingway em suas
cores da escrita…
A poesia é um aprendizado cotidiano,
pois não falta
Quando dela realmente precisamos, seja em nosso
país
Ou em outros que recebem seus mesmos significados!
Do
novo, do que açambarca as veias de nossos propósitos
Antes
mesmo de auferirmos o significado cabal
Do mesmo significante
que nos leva adiante em desafios
Que impõem nossa existência
no planeta,
E que sigamos adiante em nossa caminhada eterna!
É
desse duro e, no entanto, galhardo propósito
Que revelamos
realmente quem somos
Nas esferas de uma situação
circunscrita
Ou no parecer de um discurso de farsa
Quando
jamais esperaremos algo consonante.
E seremos grandes
aprendizes, algo concludente
Nas condições de criarmos leis de
muita urgência.
Que
melhorem nossa qualidade de vida
E que não nos apartemos do
quilate bem consumado.
Quando de saber que nem só de pão vive o homem
Conforme o que
predisse nosso Senhor Jesus Cristo!
quarta-feira, 3 de março de 2021
UM OCASO DE OUTRO DESTINO
Chefiar uma grande equipe pode não
ser árdua tarefa
Quando um comandante passa o seu casaco de uma
estrela
A outro, que pode ser civil e responsável pelos seus
atos..
Dentro
de uma tabela padrão, dentro dos mesmos atos
Que tergiversem
nas ferramentas que temos à mão…
Dessa ferrugem que
participa de nossas guias,
Temos por nós o diz-se que não
fomos,
A galhardia encapsulada na ocasião,
O verso tardio
na encruzilhada de um vintém…
Como Neruda, em seus
clássico Canto,
Teria um desfecho mais nobre quanto dos EUA
Ter
ensaiado sua punição na modalidade mais enfática
De um exílio
forçado em terra italiana.
Mais de gigantesca obra será
de ver que não importa uma posição
Para que a obra da poesia
surja imensa, nas metáforas, na música,
No endereçamento
correto de onde ela se situa
Mesmo com a paráfrase sendo
investigada uma a uma.
Em um cansaço gigantesco nas mãos
da poesia,
Mesmo que o poeta não possa chegar a um termo
Em
que sucintamente descreva um estado de espírito
Ou quando sua
mão padece de um dos males, menor…
Quando reverberamos
uma voz dos mares doutos
Saibamos melhor que tudo o que nos
encerra nua e cruamente
Pode ser o apanágio de uma antiga
loucurinha que arremete
Lenta mas vigorosamente por sobre a
alfombra do saber.
E, dito pelo não dito, reservamos os
certos recursos
De antemão resguardados pelas enigmáticas
chaves
Em que, alquimicamente sabemos do mistério
Que
encerra o suspense de dele não sabermos o suficiente.
Ao
que venha do além mar, em um sopro de alento
Porventura é o
que temos por enquanto, o tato
Por vezes de uma grande icterícia
que relembra a esmo
Comermos o doce unicamente para combater o
amargor.
Supondo que as estrofes aglutinem quatro
linhas,
O destino que marca esta breve poesia do destino é simples:
Perfaz um ocaso de uma linha, que seja, estrofe de duas e uma do per si.