Quando retornamos a um tempo alterno, quase
incontrolável, onde várias ondas se
sucedem, quase infinitas perante o ritmo de sua frequência. Serão
esses os nossos tempos de então: alternando-se a ignorância com a
sapiência? Há que se saber que a intelectualidade reside em um
simples bater do martelo. É uma simples questão de sabermos
onde colocamos ou posicionamos nosso juízo de valor, a mensuração
máxima de nossas possibilidades. Nas nossas veias encontramos o
fluxo da vida, e é a partir desta que, convenhamos, enaltecemos as
mesmas possibilidades. Na álgebra dos nossos encontros não haveria
tanto a moeda cunhada, mas alguma sabedoria a descoberto, um nível
taciturno de nossas querências. É como comunicar-se com o inaudito,
uma razão interna que nos aprochegue nas nossas vicissitudes. A
questão, em uma simplificação semântica, é de uma natureza de
caráter que nos leve adiante, para uma camada de compreensão quiçá
nas bases do mesmo entendimento… Essas fluências em um idioma
pátrio que nos conserve nas hierarquias coerentes naquilo que vem
depois de uma obra de filosofia, ou de uma crônica do non
sense. Haveremos de nos adaptar a
qualquer ordem social, ou buscar na luta por direitos essenciais os
projetos de se estar vinculado à realidade até a medula? Questões
aparentes, ou uma maior que se nos anuncia a vanguarda de nossos
tempos?
Outro modo iniciante de
nossos maiores pressupostos dariam
nas telhas de nosso crânio a vertente mesma de um cérebro mais
pesado do que o da mulher, mas não sabemos se Beauvoir ou Kahlo
seriam menores do que o Zé Bonitinho. Obviamente, o cérebro é uma
questão de sinapses utilizadas em seus modais mais profundos, e o
pensamento de Simone não será em vão, e a pintura de Frida é o
México em pessoa. Não que não pudéssemos antecipar algum
obstáculo que desvanecesse a literatura, ou mesmo um pensamento
expresso em todas as nossas latitudes. Quem dera pensarmos que
seríamos gigantes se todos os nossos companheiros conseguissem uma
colocação. Mas o mercado não é assim, não permite o pleno
emprego, justamente o contrário para o achatamento salarial e seus
arrochos.
A vida de um ser consciente pode estar residindo em
uma mosca, como falava Sidarta Gautama, o Bhuda. Na
nossa encarnação seríamos tantos em tantos que uma teoria de
linguística não existiria perante o caudal da Natureza. Visto como
patos selvagens riscando o céu em suas geometrias, e um cão de rua
vivendo das sobras, nisto de não ser tão possível se não fora
esse ser. Quando se resgata um ser humano de uma situação
catastrófica vemos o remédio da solidariedade conformar o desejo
esquecendo um pouco a ganância. Se uma grande parcela da população
se encontra em situação de rua, o motivo maior dessa exclusão é
sistêmico. Não há como você adivinhar que a próxima manilha de
concreto vai sanar o problema do esgoto a céu aberto mas, se
houvesse recurso e boa vontade política isso poderia ser realizado
aos poucos, pensando-se em projeções de vinte ou cinquenta
anos.
Retornar à era atual
remonta que nem que um processo irrealizável e útil para um país
como o nosso não permita a que ao menos pensemos no assunto. Mas que
se tenha esperança de que o Brasil cresça em valores gloriosos,
como glorioso é um dos mistérios do terço… Reparemos em uma
redenção libertadora, mas não aos moldes de se ferir a nossa Carta
Maior. Aqui temos a capacidade de rendermo-nos à falta da culpa que
vem de dentro para fora. Nem todo o homem tem seu preço, apenas
quando a desesperança total encampa a sua mente. A jaça em torno do
diamante em nosso território que se torne uma mácula, uma certa
marca bem quista, pois é a partir desses diferenciais que se
pretende confirmar a nossa independência como Pátria! Apenas
desse modo olharão para o nosso País e definirão o conceito que
agigante nosso orgulho.
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