Um esgar de um sorriso seria
perceptível em um encontro presencial, e talvez sobreviesse a
relação de consenso, um/a encontrar o outro/a, quem sabe desta
silogística presença como bem citada… A bem de se dizer, ninguém,
até prova em contrário, confia plenamente em alguém. Parte a
poesia a falar sobre o desencontro, algo que relembra eras dantescas,
sem estarmos plenamente em cujas eras são referidas. A solidão
grassar por olhos tenebrosos, de algo que não vemos no olhar,
remonta épocas dos anos trinta ou menos, ou dos anos trinta até
algo como a Guerra Fria. No caso, de uma guerra gélida, posto não
sabermos mais como dizer algo até que a truculenta qualidade do ódio
nos obste de dizermos algo em nossa inocente forma de ser!
Seria
a aparente mudança em nossos modais – a ser – criticamente aos
sistemas que nos nublam o entendimento, que fossemos transparentes em
nossos padrões informativos, ou que conseguíssemos mudar igualmente
um regime ou outro em busca ávida pela democracia em seus padrões
algo perfunctórios? Não nos obstaríamos a essa situação, pois a
poesia marca como em um carimbo o que esperamos por vezes de uma
palavra, de um período, de uma sentença, ou de uma estrofe
construída justamente para redimir o povo do sofrimento espiritual.
Justo, que a poesia nada mais faz do que isto: alimenta as populações
do cerne espiritual, traz algum conforto, mais que se diga,
concretamente o pão alimenta muito mais do que a palavra…
Teoreticamente, a ordem de uma equação bem pronunciada traz ainda
um alento de que não estamos sós neste mundinho de Deus, e roguemos
que uma boa palavra ajude até mesmo o alentar-se de uma escritura a
sermos coadjuvantes de Sua forma, de Sua anunciação.
Na falta
de termos com quem falar, obviamente sabendo das vidas atribuladas
dos próximos, e da esfera renitente de desconfiança, ou dos
interesses cabais de certos grupos, ficamos realmente absortos que no
mundo das fakes
news
a audiência seja tão forte, posto a maquiagem pretensamente bíblica
como os termos: irmãos, bênçãos, fim do mundo, juízos,
julgamentos finais, gênesis, cristão, sejam tão utilizados para
inviabilizar a aparente independência da fé prejulgada e
circunscrita ao modal ideológico do fundamentalismo, o que beira uma
questão fascista, no que reste, o que já não foi muito bom para
aqueles que prestam seus favores generosos à humanidade. Não temos
por vezes o que falar, e esse isolamento pétreo é um jugo de
algozes que vivenciamos em nosso entorno, algozes que desejam cumprir
esdrúxulas missões às custas dos inocentes de espírito que nada
mais fazem do que pensar em uma Nação melhor para todos, sem
exceção, não tirando nem por alguém que, por mais reacionário
que seja, na melhor das hipóteses, é uma força baseada em
papéis.
Em um termo maior de resiliências particulares, é
mister saber que não importa combatermos alguns que se dizem
inimigos, mas de qualquer modo tentar resolver nossos entraves
particulares dentro de nosso território, pois criar inimigos
internos não é uma boa medida nem em se tratar de casórios mal
planejados, ou em divórcios litigiosos. Havemos de amar mais e
melhor, mas se alguma personagem da história se revela truculenta ou
sórdida, cabe à justiça com o seu exemplo conter essa ameaça à
segurança dos cidadãos, das instituições e da Democracia.
A
se dizer por esse pressuposto, nada há que se falar àqueles que não
desejam escutar, posto na solidão de um escritor está a companhia
perene e permanente de sua obra, e não será uma tentativa
inconsciente da parva sociedade que calará a voz que a semântica
nos coloca sempre em provas, mas que reflete a expressão máxima
daqueles que possuem palavras sinceras sobre os ombros, enfeixadas
por questões de ordem na simples e taciturna arte da escrita… Que
sigamos os que são bons nos textos, mesmo porque temos a humildade
intelectual de sobrepormos os egos falsos à circunscrição e
jurisdição do Criador Supremo, pois é deste que emana o Espírito
Santo!
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