Não se dirá jamais se uma geração
está perdida, ou que outra seja
A certeza de melhores tempos,
justo porque uma fecha e outra abre…
A data incólume de
nossos propósitos não enferruja as palavras
Que, de alto e bom
som, hemos por cumprir na soleira de uma porta.
Na
renitência somos, reverberamos
A luz que seja, o farol da
consciência
O parâmetro que não nos obscureça
Um
endereçamento quase hostil
Da crença que nos perfaz úteis
E
ativos no grande ativismo do século!
Seremos mais
velhos ou mais novos,
Nem de tanto ser diferentes
Já que
oitenta já é uma idade
E cinquenta remonta outra percepção
Que
nos vinte já sabem das informações.
Do que não sabemos
não basta sermos mais velhos,
Pois das palavras pífias
recrudescemos o recrudescer
Nas plagas de uma poesia que não
esconde a Verdade.
Apesar de tudo, o que queremos é que a
juventude
Cresça em suas razões, em todos os seus pesares
Que
por um lado possa parecer obscuro
Mas, que em outro, possa
parecer luminar!
Fechando nossas contas do
passado
Acabamos por intuir consignas de um tempo
Onde não
sabíamos de onde viria o chamado recurso
Ou na reprimenda de
ocasião verteremos o chamado
Por encima da respiração da
poesia, quem verte, verte,
Por vezes apenas uma sombra, que vem
e nos sopra
Para um tipo de cadafalso existencial onde não
há
Missão melhor do que espalhar um nada de rancor
Naquilo
de ordem e progresso que nos agiganta.
Se tanto fôramos
circunflexos, se tanto nos fora,
Se nos parâmetros de nossa
existência seguirmos silentes
Não haveremos de espalhar a
nossa voz, algures
De um tanto merecedor que revela a própria
vez
Em que a palavra pode mais ao verso
Do que algo que não
possua sentido seja ao velho ou ao novo…
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