segunda-feira, 22 de março de 2021

CONSONANTES MANANCIAIS

 

De alma reptílica por vezes nos assoberbamos
Naquilo que veste a caráter um largo aborrecimento
Que compõe a falta inenarrável do bom senso…

Naquilo que verte um manancial de coisas amorfas
Pensamos em maiores latitudes em versos crus
Compondo um planeta que seja melhor habitado
Em vértices que se unem nas plataformas nuas!

Da semântica em compreender o óbice dos vencidos
Teimamos em soletrar um compenetrado verso
A um se dizer completo e refeito dentro da ausência
A outro que signifique bem mais do que uma retórica
Em que um homem justo possa navegar em barco de papel.

Nas escalas em que nos encontramos, galgando degraus
Na conformidade de um absolutismo aparente de leis
Resguardemos aquelas que sejam boas e silenciosas
Frente ao pout pourri de retóricas que vemos no limbo!

Dessas frases soltas no espaço, desse ínterim em que somos
Mais claudicantes do que o próprio e torto significado
Encontremos uma lógica que seja no próprio significar
Que ante venha no próprio ato escrito que signifique algo…

A se ter uma versão mais evidente do claro e transparente lago
Relembramos os dias em que nos banhávamos na precedência
Encontrando anéis de Saturno em um olhar de caramelo
Na tenuidade da íris resplandecente com a cor do mel.

Prolongamos a Verdade como uma página de safiras e brilhantes
Quando evocamos a àquela a diamantina estatura de sua transparência
A fim de que não submerjamos em um oceano de mananciais
Condizente com o alcance que se faz puramente da Natureza.

É por isso e outro que não revelamos a integralidade do Todo
Quanto a sabermos que na verdade não alcançamos a parte
Como fragmento único e silencioso que compõe a assertiva
Nas esferas que denotam a própria organicidade do Tempo…

Esperemos a quântica forma do pensar se espalhar no espaço,
Este mesmo, com a graduação ensimesmada que apeteça
Um linguajar nada obscuro, mas revelador em recintos
Em que não se peca por parafrasear a indiscrição!



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