quarta-feira, 31 de março de 2021

O HOMEM E O JOGO

Queiramos mais do que apenas jogar
O jogo dos inocentes, as pátinas do tempo
Um jogo de amianto em um xeque
No enxadrístico tempo em que esperamos
O próximo lance, o bispo que se retrai,
O peão que negocia sua morte,
A dama que sai um pouquinho de sua casa,
O cavalo que se empodera no centro do tabuleiro,

O rei que roca no pressuposto da minutagem…

O GO, outro jogo, de uma estratégia exemplar
Quando se sabe ganhar nos territórios do campo
Em que a “Arte da Guerra” se faz presente
Dentro de um entendimento correto
De um bom estratega que encerra seus planos
Dentro da condição de uma disciplina férrea!

Não nos podemos dar ao luxo que o combate
Seja silenciado na tática e, no entanto, vã esperança
Que venhamos a enfrentar coisas maiores do que o tempo
Quanto o que nos diziam do átomo e suas sombras.

As sombras de núcleos pulverizados por entre os muros
Que, em um livro maravilhoso de Garcia Márquez.
Revela o ato genocida de Hiroshima e Nagasaki…

Maravilhoso pelo ato da revelação de uma ação cruenta,
Assim como Herzog recebeu a notícia de sua morte em um jornal.

Convenhamos que nem todos os sistemas de informação
São de confiança absoluta na Verdade, mas os dias de um mês
Podem registrar em tabelas dos dados o equidistante do real.

Quem enfeixa destinos, assim como quem satura sacrifícios
Perfunctoriamente não dista do causo por causo de sua própria ignorância,
Assim como um criminoso insistente não sabe que em que se revela,
Ou seja, o meliante não sabe que o seu mesmo destino de carapuça
Não resiste mais ao tempo que deixa de ser seu aliado
Para mostrar à própria justiça que: mesmo em virtude de sua posição
A pena não abranda se a concessão do ato se cumprisse sempre!...


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