sábado, 27 de março de 2021

AS ESTRANHEZAS DOS QUADRANTES

 


               Se colocarmos as coisas em sua ordem equivalente ao bom senso, se organizarmos o fruto da indústria corretamente nas gôndolas de um mercado, veremos que se não nos fujam as montadoras de carros, tais como a Ford e a Mercedes Benz. Se o navio de Suez não sai do atoleiro, outros tantos terão que fazer milhares de voltas em torno de cabos tormentosos… Segue a vida assim por alguns acidentes de escala; se não fora por isso, colocaríamos nossa fé em um estado laico, e que seja assim, por menos. Por vezes temos em mãos um livro de filosofia, e quem vos fala vê o livro sobre a mesa do escritório pessoal e, por cima, uns óculos e uma carteira de cigarros. Pois bem, fumar é fácil, mas colocar os óculos de leitura e se debruçar sobre a lógica de Hegel é tarefa que, como dizem os especialistas: uma hora de intenso exercício intelectual equivale a uma hora de exercício físico, na queima de calorias. Acontece que os quadrantes não são fáceis, e a estranheza simples é não saber compreender muito bem das fontes mais originais, mais intelectivas e idôneas e consagradas no vernáculo da filosofia. Mas, vejam bem, muito do lixo
    cultural da humanidade se encerra com vida útil de um dia nas redes sociais, como parâmetros que – infelizmente – beiram o grotesco. Essa formatação já possue templates prontos, como são tantas as bibliotecas estranhamente dispostas, com, inclusive, devidas orientações com base em cartilhas que podem ser usadas, em um beabá truculento e covarde.
              Sim, mas agora se foi o enigmático e, no entanto, previsível Trump… O enigma
    trumpiano, como se elegeu, como tentou burlar o Congresso e como matou alguns jovens inocentes negros. Será que esse cidadão apoiava tanto regresso em seu país, ou será que a Camela pode dar o troco? São questões – acredito – ilusórias mas, se beirar a sensatez majorada, Biden não deixa de ser uma esperança no Partido Democrata dos EUA. Triste o nosso país, de pires na mão, agora, que muitos morrem e não competimos mais com tanta eficácia nas relações internacionais e nem no comércio exterior… No entanto, vejamos, um governo – acredito – pode mudar para melhor, mas isso é condição que remete ao mecanismo de consciência aflorada e competência administrativa pois, se isso não ocorre, há que se ter a humildade para renunciar. Muitos homens mostraram grandeza na renúncia, mas o Ego assoberbado não nos traz diferenciais lógicos, quando a gente se antepõe a isso tudo.


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