As partes
de um espaço, construído ou não, se equivalem, pois justamente os objetos da
Natureza complementam as construções humanas. Justamente onde a observação mais
acurada busca a relação desses dois parâmetros: onde a lavra humana alcança a
Natureza e vice e versa. As diferenças entre observar uma rocha marinha se dão
quando o barco se aproxima, exatamente no contexto de se saber pela carta
náutica se parte dessa rocha está por baixo da água, e que, portanto não se
torna apenas observável pela questão superficial de sua aparência, mas de um
substrato anterior de conhecimento, fruto do estudo da própria carta que embasa
a navegabilidade em mares mapeáveis. Queiramos crer que os navegadores antigos
que aqui pousaram eram mais ousados, certamente! As rochas são as mais diversas
e talvez possam ser representadas por primitivas geométricas dentro de uma
simulação em um software de 3D. Dentro desses softwares pode-se aplicar a
física e suas leis, e a boa notícia é que alguns nada custam, sendo livres para
o uso. Como em uma pintura: pode-se chegar a uma abstração para se fazer a
releitura dos próprios materiais, sua expressão e seus diálogos com o suporte e
as tintas... As pinturas inacabadas de Leonardo da Vinci mostram a velocidade
em procrastinar as finalizações de suas obras pela estranha mutabilidade de
seus conhecimentos a respeito das leis da Natureza em suas relações intrínsecas
com as manifestações do Humanismo nascente do Renascimento. A Igreja
Católica na Europa permitiu o florescimento de grande parte do acervo artístico internacional, podendo ser visto até hoje em museus ou na arquitetura sacra.
Isso une o mundo cristão até hoje com maravilhas como a Capela Sistina ou mesmo
as obras de Fra Angelico, Bellini, Bernini, entre tantos outros que não são tão
conhecidos no mundo atual. Tão diversa é a mostra do engenho humano que, depois
do advento da imprensa industrial e da sociedade de informações, demos um salto
tecnológico gigantesco para ficarmos com nossa memória cultural erudita ou
popular anestesiada pelos novos meios de comunicação, onde o fato de existir a
diversidade se mostra superficial e gigantescamente veloz, e a observação sofre
um treinar de modalidades únicas de teor funcionalista, sem a contemplativa
vantagem existencial quando paramos para ler um livro: conexo e linear, dentro
de um bom engenho de nossa imaginação, se é que o termo possa ter
validade nesse contexto.
Nada se
repete ao correr dos segundos, onde uma superprodução de qualquer área pode ser
enviada ao outro lado do mundo nesse átimo de tempo, bastando ter o recurso
suficiente, quando se é de um meio altamente profissional com performances
quase ilimitadas nesse campo informacional. Talvez um retorno da produtividade
industrial com o antigo homo faber em
um continente como a África possa vir a surgir, dentro da infraestrutura
desejada, uma escalada de desenvolvimento sem precedentes, mesmo com a história
de todo o desvario imperial a que os países ricos do Ocidente fizeram submeter essa
região do planeta. Com uma boa observação talvez contemplemos o mundo e suas
diversidades dentro de processos civilizatórios onde conceitos como liberdade
assumem igualmente diversos significados, posto se um milhão de pessoas não a
possuem enquanto um par emerge através de oportunidades excludentes, a
relativização do ser social enquanto livre depende exclusivamente da hora em
que não estiver exaurido – quando empregado – e ganhando uma miséria. Isso faz
com que aprendamos a utilizar uma mão de obra com o objetivo de pagar melhor o
trabalho, pois não é excluindo que se vai relativizar o problema, conforme
constatação lógica, apenas no viés da imagem que possuímos de ante mão do povo
mais sacrificado de um planeta que começa a assumir um perfil ilógico.
Criar
oportunidades para a população global não será o viés do fechamento das
fronteiras, posto delas dependamos para fazer jus ao nosso comércio. Todos os
países possuem a sua integridade territorial, mas em uma economia global não
seria um bom negócio passarmos a escolher nossos parceiros comerciais, pois
essa é uma questão que fere o próprio cunho nacionalista de nossos governos.
Temos mãos para isso, e a infraestrutura de uma nação não se resume apenas ao
que se pode tirar da terra para riquezas minerais, mas sim o que fazer dentro
do próprio país com a riqueza que invariavelmente se está prospectando. Há que
se observar mui detalhadamente o que podemos fazer para alavancar uma economia
para muitos, e não para poucos signatários de pífias contribuições. Só quem nada
no dinheiro é o Tio Patinhas, posto a caixa forte deve ser melhor equalizada e,
desse modo, continuarmos com as contas e os compromissos em dia.
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