domingo, 24 de fevereiro de 2019

A CONVERSA SUBLIMINAR



De tantos seríamos quase francos, quanto de sabermos o que há
Por decência em dizer o que os linguísticos primam por um diálogo
Quando de modo eloquente enquadram seus conhecidos na selva
Em que muitos exigem a resposta cordata que ninguém quer ouvir.

Pois que a verdade prevaleça, a saber, que aquele que é do bem
Não ensaia palavras em treinos em que as teles educam ao nenhum!

Basta ser sincero em uma palavra ou outra, que a tirania bem se espelha
No dedo que apenas aponta aquele que é vitimado em sinistra entranha
Sabendo que todo aquele que possui vulnerabilidade pode ser agredido
Pela questão simples de apenas possuir a autenticidade conforme e justa!

Nesse estranho inquérito onde inocentes são tornados culpados, onde 
A tragédia consonante com a ignorância perfaz sinistros registros,
Onde o volume de averiguações e informações colhidas faz parte
De uma eterna colheita onde negar boas ideias vira moda em se copiar.

Quem diria que fôssemos ausentes da crueldade, aqueles tantos que desconhecem
Que o gesto quase ensaiado da bondade na verdade clama por prêmios pífios
Como uma posição a mais na hierarquia de um minúsculo dente da engrenagem.

A saber, no que toque quaisquer inteligências, há muita cidadania ainda no mundo
Que deseja o melhor para todos aqueles que inundam o planeta de real carinho
Quando se tem certeza de que um pretenso amigo no mais das vezes é inferior
Do que o que se chama o conhecimento, ou seja, do verdadeiro amor entre partes.

Mas quem nunca soube de nada, e rotula como quem vê em seu passado
Apenas a memória inconsútil de frágeis escadas, onde quem tem brutalidade
Passa por ser um ente do próprio fracasso quando prega o respeito e não o aplica.

Apetece a um bom homem uma companheira, e disto ninguém o retira desse sal
Que é da vida, mesmo que as cabeças rolem por baixelas de prata no nascente
De sociedades desconformes ao menos na intenção, e que isso não corra assim...

A poesia não morrerá com o poeta, pois mesmo que um mundo que já faz a parte
De uma vida dedicada ao bom senso, seria correlato pensar que qualquer erro
Tente carregar o amor para o lado da contenção na inveja da empresa equivocada.

Não, por suposto que tentemos algo de juventude, mas esse sem alma e sem nada
Se alastra pela questão do estímulo e resposta, onde palavras subliminares e ofensoras
Partam a inibir certa coragem de apenas estarmos querendo viver em um mundo de paz
Onde não será a ascensão da ignomínia que terminará com o pressuposto da justiça.

Que essa justiça seja real, seja social, que teimemos em não conter os enfermos
Por serem enfermos da mente, posto em muitos casos terem sido vitimados
Por uma adaptação forçada, ausente da ternura e da arte, ausente de vida...

É fácil achar que há um restolho da humanidade, é fácil encontrar na ciência
E na tecnologia facilitações de repressões desmesuradas e ensaiadas para logo,
Mas o que é difícil é calar uma voz universal de humanidades, caros amigos, posto
A vida não se ensaia em coitos rotulados, ou à falta de amor na intimidade.

Que se saiba que os grandes homens e mulheres encontram na companhia de pares
Aqueles que por eles são escolhidos, com suas idiossincrasias, seu respeito mútuo,
Sem necessitar de orientação ou qualquer admiração pelo fato de sermos íntimos.

Pois que a intenção de conflitos não supõe que sejamos mais ou menos valorosos,
Pois não será adorando o gesto de qualquer arma, seja de que lado for,
Que venceremos a carestia por melhores homens e mulheres, sejam de qualquer lado!

E há lados desconformes, há respostas em que subliminarmente querem denunciar,
Mesmo sabendo que a escola que implantou a denúncia das palavras, não pode
Negar o maior gesto que não se apaga jamais da superfície da existência: a sensatez!...

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