terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

COSTURAS DO SEM NOME


            Como são grandes as superfícies... Afora vermos tudo nelas, o trabalho não é tanto quanto um mergulho maior, uma averiguação mais apurada daquilo que oculta seus próprios interstícios, naquela profundidade que não se alcança, mesmo sabendo que brotam flores lindas dos corais. No entanto, não signifique que o fato de se querer conhecer as profundezas oceânicas seja algo finito, posto seus seres migram para lócus em que as limitações humanas – que são inúmeras – não abraçam essa envergadura, mesmo com toda a tecnologia contemporânea. Esses lugares no espaço das águas são tão vastos como um grande todo onde a mera especulação mundana sequer descreveria a beleza, mesmo ao ver nosso planeta na estratosfera. Quem diria que – ao voltarmos ao pequeno mundo do poder de um país –, mesmo assim a gigantesca forma dos oceanos continua com a sua ciência da eternidade. Os retalhos de algo como a mineração continuam a ser uma proposta cabível, dentro do pressuposto da não aceitação do fracasso. As costuras continuam em um sem nome, na representação de algo que revele algum interesse mais comum à limitação de tempos prescritos. Os poderes se sucedem, e tantas são as manifestações da força da Natureza quanto ao infinito das ondas que aparecem sobre os mares. Apenas que se cite esse detalhe, pois não basta uma simples onda de um período qualquer sobre o planeta para fazermos disso um status peremptório. A vertente que anuncia um bom tempo é a mesma de onde jorra a água límpida e cristalina... Por que não citar ao menos a questão da água? As costuras são feitas no mundo, e o Brasil peca por não cuidar bem de suas águas. Resguardá-las apenas é a questão máxima da segurança alimentar e existencial, se é que alimento e existência residam separadamente. Uma grande motivação a que prossigamos íntegros é o cuidado que temos que ter com o meio ambiente: enquanto isso não for nossa principal bandeira, não teremos a vida tal como ela se nos apresenta desde a nossa origem como seres, algo intrujões agora, infelizmente. Essa máxima de sermos humanos não deverá partir do pressuposto de termos apenas os direitos fundamentais, mas igualmente os deveres os quais partem de cada um de nós. Esse alinhavar com as obrigações que temos, vai além da união da família, porquanto tece mais e mais a condição humana em sociedade.
           Ao costurarmos bases de interesses, vemos que nas extremidades há acordos paralelos, do que remonte o quebra-cabeça das vozes que são mais ativas, no que é estranha a assertiva de parecermos iguais sempre, pois o tipo que nos toca depende tanto do estilo quanto do caráter. E na resposta da integridade do tipo o estilo não é tão importante, mais lembrando um rótulo que carregamos como uma fachada. Nada é tão semelhante com o nulo quando nos deparamos com a carapuça que porventura nos façam vestir, aparentemente sem saber dos inúmeros perfis algo raros em diversidade atual presente de outras máscaras do ser equidistante do hábito de modas efêmeras. Em síntese, antes de se vestir o próximo com as roupas imaginárias, que estas ao menos trilhem por terem sido costuradas pelo bom senso. Assim manda que façamos o próprio, o consequente: sabermos que para onde vamos temos que deixar caminhos de civilidade e hegemonia daquilo que esperamos que seja uma boa sociedade. Saberemos mais se formos melhores? E onde reside a questão de ser melhor, qual não fosse muitas vezes a projeção que fazemos para que a nossa voz se escute além de muros que construímos à nossa volta? Não, que a suposição dessa simples palavra negativada perfaça a construção dos mesmos espaços que deixamos por habitar à nossa volta. De um pássaro em voo aprendamos seus movimentos, e que as rochas façam desabrochar a riqueza de suas passagens, posto ser de ninhos duradouros e estáveis que implementamos a qualidade do existir… A ser de muito, ou a ser de pouco, não importa, que a palavra ser nos diga alto – naquelas alturas em que subsistimos com a arte e a expressão de nossos atos – o que realmente queremos de uma pauta quase cinematográfica da civilização contemporânea. A que não distemos do fato, a sabermos que os sistemas de controle infelizmente são a solução para um desgaste sistêmico nas relações humanas, apenas que confiramos a parcela quase indissolúvel de nosso viver que se chama liberdade. A saber, que um quando tem ciência de suas limitações, sabe que não há um poder em supremacia absoluta que não venha do Criador. Nada a ver que saibamos mais em poder de um Livro, pois o segredo de sermos mais humanos é crer que em uma frase de um leigo pode estar residindo o universo de um costurar-se, ou de uma amálgama que perfaça a liga de um metal nobre que resiste a todas as eras... Mesmo que nesta em que estamos a adaptação de um ser humano não condiga com a universalização do conhecimento que vai sempre de encontro às descobertas inevitáveis dos instrumentos da tecnologia. Saibamos, pois, que na educação formamos muitos e ótimos pesquisadores, necessários, portanto! No quilate indissociável de um tesouro que revela a muitos a ciência destes duros tempos enfrentados na cena de nossos mundos.


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