Por
suposição algo anêmica, sem o tempero da liga do metal nobre,
podemos ver a superfície em que se torna um tempo e seu meridiano,
suas linhas divisórias na acepção crua de se ver que algo de
linear e mais intelectualizado, mais racional no sentido lato, está
faltante. Uma pessoa que se esforça em saber de leis, por exemplo,
se dispondo a estudar o Direito, por vezes não possui a retaguarda
do conhecimento da história tão fundamental nos alicerces das
letras. Por suposição mais colocada em brios, a superficialidade
pode ser encontrada no encontro de gerações, tanto que sucede a
cada cinco anos uma diferença em geral muito acentuada. Mas o nível
da arguição límpida e nua falta naqueles que estão cada vez mais
circunscritos às esferas do saber em que o último lançamento do
jogo pode ser uma questão de busca ou situação de acessos em que
os ganhos podem aproximar as gentes com a realidade virtual, ou seja,
os acessos de espetacularização e catarse midiática por tele e
controles de interação com os gadgets se tornam mais
difíceis, porquanto mais caros, apesar de uma certa “democratização”
dos meios. O treinar-se estabelecido nos games pode ser real sob
muitos aspectos, mas talvez devêssemos olhar com mais cuidado na
correlata interação com filmes de conteúdo ideologizante em que
não haverá respiro nem diálogo consigo mesmo – o ser que almeja
pensar com desenvoltura – quando se pensa em uma escola que
porventura possa fazer a crítica desses meios de forma coerente com
o pensamento livre que deve ser não apenas pontual mas geral nesses
tempos obscuros que o mundo está vivendo. A superexposição em
mídias em que uma ignorância deve passar a ser aceita como
ferramental indispensável de controle e direcionamento mental acaba
por alienar aquelas pessoas que são mais sensíveis e que por vezes
são tolhidas na busca em lutar por direitos da cidadania, que passa
a ser excludente enquanto a grande e poderosa veiculadora de TVs
abertas e fechadas não for disciplinada a combater seu fator
excludente com a mediação de debates e circunstâncias que permitam
um diálogo mais aberto com o Poder, sem as novas ou velhas cartilhas
de se dissuadir o pensamento humano. Uma questão viral e ao menos
pontual é a falta com a verdade, posto no reflexo de anos e anos de
ingerência da indústria cultural, jamais se contestou a eficácia
precisa dessas agências de manipulação e ingerência na derrocada
de uma democracia forte, libertária e nacional. É por esse prisma
algo retumbante de luz enfeixada de refrações possíveis que
podemos pensar em dignificar um ensino em que – ao invés de
denunciar algo ou alguém através de registros – se pense em
melhorar a qualidade dos livros, intensificar os estudos de
literatura e humanidades, ensinar a filosofia que estiver presente no
curso histórico da civilização, e revelar aos alunos todos os
aspectos da mesma história, para que a partir da agência individual
do ser com intelectualidade formanda nos diversos níveis de
desenvolvimento, possa gerir seu próprio aprendizado de dentro para
fora… O Poder e a hierarquia nunca estarão presentes na educação
a partir de resoluções sem o fundamento dos entusiastas e
acadêmicos que estão preocupados com nossos problemas há muito
tempo. Se a questão de Ordem é o Progresso, estabelecer ordem e
disciplina é bom, mas melhorar a qualidade do ensino como um todo,
na sinergia positiva em relação aos perfis de pensamento e ciência
da história do homem na Terra terá como sustentação não uma
visibilidade pífia por pseudo pensadores de Repúblicas em risco de
serem contestadas, mas sim uma referência continental de educação
por exemplo cabal e consistente, formadora e opiniosa, crítica e
tecnológica; pois antes de tudo cabe ressaltar que com o que ganha
um professor/a, estes são sobretudo seres fortes! Como o sertanejo construtor de nossa nação.
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