terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A VESTE DO OBSERVÁVEL


         Por suposição algo anêmica, sem o tempero da liga do metal nobre, podemos ver a superfície em que se torna um tempo e seu meridiano, suas linhas divisórias na acepção crua de se ver que algo de linear e mais intelectualizado, mais racional no sentido lato, está faltante. Uma pessoa que se esforça em saber de leis, por exemplo, se dispondo a estudar o Direito, por vezes não possui a retaguarda do conhecimento da história tão fundamental nos alicerces das letras. Por suposição mais colocada em brios, a superficialidade pode ser encontrada no encontro de gerações, tanto que sucede a cada cinco anos uma diferença em geral muito acentuada. Mas o nível da arguição límpida e nua falta naqueles que estão cada vez mais circunscritos às esferas do saber em que o último lançamento do jogo pode ser uma questão de busca ou situação de acessos em que os ganhos podem aproximar as gentes com a realidade virtual, ou seja, os acessos de espetacularização e catarse midiática por tele e controles de interação com os gadgets se tornam mais difíceis, porquanto mais caros, apesar de uma certa “democratização” dos meios. O treinar-se estabelecido nos games pode ser real sob muitos aspectos, mas talvez devêssemos olhar com mais cuidado na correlata interação com filmes de conteúdo ideologizante em que não haverá respiro nem diálogo consigo mesmo – o ser que almeja pensar com desenvoltura – quando se pensa em uma escola que porventura possa fazer a crítica desses meios de forma coerente com o pensamento livre que deve ser não apenas pontual mas geral nesses tempos obscuros que o mundo está vivendo. A superexposição em mídias em que uma ignorância deve passar a ser aceita como ferramental indispensável de controle e direcionamento mental acaba por alienar aquelas pessoas que são mais sensíveis e que por vezes são tolhidas na busca em lutar por direitos da cidadania, que passa a ser excludente enquanto a grande e poderosa veiculadora de TVs abertas e fechadas não for disciplinada a combater seu fator excludente com a mediação de debates e circunstâncias que permitam um diálogo mais aberto com o Poder, sem as novas ou velhas cartilhas de se dissuadir o pensamento humano. Uma questão viral e ao menos pontual é a falta com a verdade, posto no reflexo de anos e anos de ingerência da indústria cultural, jamais se contestou a eficácia precisa dessas agências de manipulação e ingerência na derrocada de uma democracia forte, libertária e nacional. É por esse prisma algo retumbante de luz enfeixada de refrações possíveis que podemos pensar em dignificar um ensino em que – ao invés de denunciar algo ou alguém através de registros – se pense em melhorar a qualidade dos livros, intensificar os estudos de literatura e humanidades, ensinar a filosofia que estiver presente no curso histórico da civilização, e revelar aos alunos todos os aspectos da mesma história, para que a partir da agência individual do ser com intelectualidade formanda nos diversos níveis de desenvolvimento, possa gerir seu próprio aprendizado de dentro para fora… O Poder e a hierarquia nunca estarão presentes na educação a partir de resoluções sem o fundamento dos entusiastas e acadêmicos que estão preocupados com nossos problemas há muito tempo. Se a questão de Ordem é o Progresso, estabelecer ordem e disciplina é bom, mas melhorar a qualidade do ensino como um todo, na sinergia positiva em relação aos perfis de pensamento e ciência da história do homem na Terra terá como sustentação não uma visibilidade pífia por pseudo pensadores de Repúblicas em risco de serem contestadas, mas sim uma referência continental de educação por exemplo cabal e consistente, formadora e opiniosa, crítica e tecnológica; pois antes de tudo cabe ressaltar que com o que ganha um professor/a, estes são sobretudo seres fortes! Como o sertanejo construtor de nossa nação.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

O ERRO DO RELATOR


          Nada do que parece surtia efeito na cabeça de Nestor… Ele por vezes parecia que estava em outro mundo, mas para ele infelizmente era sempre o mesmo mundinho de Deus, que tantos O esquecem quando se trata das maldadezinhas usuais na cabeça de muitos, um jogo de forças que dá na telha a questão do próprio poder em si e para si. Obviamente, muitos pensavam – como ele –, serem partícipes de algo, como se houvesse em tal século uma organização confiável, afora a truculência de muitos que se diziam respeitáveis, e não passavam de algozes dentro de suas nefandas hipocrisias. Não, parecia que o relator Nestor não sabia de tudo… Quiçá talvez não soubesse mesmo, mas o seu relato deveria ao menos dizer respeito ao seu padrão de conhecimento: vinha de uma grande sedimentação de informações, um tanto do conhecimento de bancos de dados, outro tanto da linguística rudimentar, ou seja, como traduzir um asno para um ser quase pensante, e isso relatava com propriedade, no jargão algo fácil que era do seu hábito, fazendo parte mesma do seu comportamento. No entanto, sentia seus erros, e seus fracassos habitavam seu pouco raciocínio, sem falar da lógica mais avançada, que desconhecia totalmente, ou quase!
         Nestor não habitava sempre neste mundo, pois às vezes sonhava acordado, com toda a miríade de pensamentos que o invadia nos seus insights pertinentes ao seu acordado banco de dados, a sua organização e a confiança que possuía, com sua contiguidade, ao farnel de sua vizinhança onde aconteciam coisas sui generis. Coisas que se passavam com seu intelecto, como a negação vertical de Darwin, ou a relativização de Newton, como se a ciência pudesse jogar dados com a questão matemática que faz um navio navegar, em que o empuxo sempre sobrevive no modal da física, e não seria a falta de verbas para as pesquisas científicas o que contaria como vantagem sistêmica, posto a própria matemática cartesiana girava certos robôs! Ledo engano que se enganasse no seu íntimo, mas valeria a proposta de erradicar seus próprios erros, quando contraditoriamente houvera um dia em que acreditasse na ciência e seus mapeamentos, os exames, os controles, uma sociedade que emergia de forma tântrica no seu perfil de velocidade e vilanias. Sim, que se dissesse sim a uma justiça, pois de tantos e tantos pontos emergiam de verdade os mastros de sua estrutura, e não seria uma psique meio destroçada de grande parte da sociedade da força bruta que se gostaria de partir para um quê de performance de tomadas de força que se revelassem formas brutas do querer de uma plataforma de conhecimento equivocada. Nos seus relatórios mensais para a veia de um leitor qualquer, partiria sempre a um comedimento existencial que respirasse no modal da veracidade ao menos a tentativa de realizá-lo. Assim se processavam anos na paráfrase de sua vida a que se entendesse a si mesmo, no seu princípio de homem perscrutador. Nada faria parte maior do que seu próprio universo, e sabia de homens e mulheres com conhecimentos aprofundados de fato que eram sempre grandes referências no seu estigma de homem modesto: Nestor querido, Nestor modesto. No mesmo principiar, seus erros não valiam tanto pelos longos contextos que apareciam em suas veredas, no particular do particular, sem saber que estava trilhando inconscientemente a lógica do século XIX, quando muito se aperceber que navegava por uma indústria produtiva nascente, mesmo em cada tijolo do My Sequel, no cruzamento de estruturas similares, e na arquitetura inóspita das informações que para ele disso não passavam, pois não embutia muitos conhecimentos nesse edifício.
          Seu nome seguia dentro de uma pilha de funções e seus subordinados: alimentadores de dados, managers e perfis os mais variados, sob a tutela de sua batuta. Para si, consignara seu papel de burocrata, e mal sabia exatamente por que estava servindo a algo ou a alguém, na mesma dimensão primeira de que a própria sociedade o aceitava como uma pequena engrenagem útil, como um desenho esquecido em cima de uma mesa de escritório, que pode ir além, mas igualmente amassado e jogado fora por quem não possui a veia do encontro com a arte. O tecnicismo, a psicomotricidade, vertiam fora do mundo contemporâneo o papel, o livro, em certas plagas, no descarte quase obrigatório. Mas era ali que residia o erro do relator. Nestor não se atinha imediatamente ou freneticamente com o seu ofício, pois era no universo das letras que a sua paixão residia: nos livros, nos jornais, no papel impresso. Talvez Mcluhan e sua galáxia estranhasse tamanha posição de um ilustre objeto do anonimato, pois mesmo com a mesma galáxia brilhando afora da compreensão total dos homens, Nestor talvez gostasse de errar de vez em quando para que pudesse ser uma nuvem entre o céu e o olhar dos viventes da Terra sobre as estrelas.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

A CONVERSA SUBLIMINAR



De tantos seríamos quase francos, quanto de sabermos o que há
Por decência em dizer o que os linguísticos primam por um diálogo
Quando de modo eloquente enquadram seus conhecidos na selva
Em que muitos exigem a resposta cordata que ninguém quer ouvir.

Pois que a verdade prevaleça, a saber, que aquele que é do bem
Não ensaia palavras em treinos em que as teles educam ao nenhum!

Basta ser sincero em uma palavra ou outra, que a tirania bem se espelha
No dedo que apenas aponta aquele que é vitimado em sinistra entranha
Sabendo que todo aquele que possui vulnerabilidade pode ser agredido
Pela questão simples de apenas possuir a autenticidade conforme e justa!

Nesse estranho inquérito onde inocentes são tornados culpados, onde 
A tragédia consonante com a ignorância perfaz sinistros registros,
Onde o volume de averiguações e informações colhidas faz parte
De uma eterna colheita onde negar boas ideias vira moda em se copiar.

Quem diria que fôssemos ausentes da crueldade, aqueles tantos que desconhecem
Que o gesto quase ensaiado da bondade na verdade clama por prêmios pífios
Como uma posição a mais na hierarquia de um minúsculo dente da engrenagem.

A saber, no que toque quaisquer inteligências, há muita cidadania ainda no mundo
Que deseja o melhor para todos aqueles que inundam o planeta de real carinho
Quando se tem certeza de que um pretenso amigo no mais das vezes é inferior
Do que o que se chama o conhecimento, ou seja, do verdadeiro amor entre partes.

Mas quem nunca soube de nada, e rotula como quem vê em seu passado
Apenas a memória inconsútil de frágeis escadas, onde quem tem brutalidade
Passa por ser um ente do próprio fracasso quando prega o respeito e não o aplica.

Apetece a um bom homem uma companheira, e disto ninguém o retira desse sal
Que é da vida, mesmo que as cabeças rolem por baixelas de prata no nascente
De sociedades desconformes ao menos na intenção, e que isso não corra assim...

A poesia não morrerá com o poeta, pois mesmo que um mundo que já faz a parte
De uma vida dedicada ao bom senso, seria correlato pensar que qualquer erro
Tente carregar o amor para o lado da contenção na inveja da empresa equivocada.

Não, por suposto que tentemos algo de juventude, mas esse sem alma e sem nada
Se alastra pela questão do estímulo e resposta, onde palavras subliminares e ofensoras
Partam a inibir certa coragem de apenas estarmos querendo viver em um mundo de paz
Onde não será a ascensão da ignomínia que terminará com o pressuposto da justiça.

Que essa justiça seja real, seja social, que teimemos em não conter os enfermos
Por serem enfermos da mente, posto em muitos casos terem sido vitimados
Por uma adaptação forçada, ausente da ternura e da arte, ausente de vida...

É fácil achar que há um restolho da humanidade, é fácil encontrar na ciência
E na tecnologia facilitações de repressões desmesuradas e ensaiadas para logo,
Mas o que é difícil é calar uma voz universal de humanidades, caros amigos, posto
A vida não se ensaia em coitos rotulados, ou à falta de amor na intimidade.

Que se saiba que os grandes homens e mulheres encontram na companhia de pares
Aqueles que por eles são escolhidos, com suas idiossincrasias, seu respeito mútuo,
Sem necessitar de orientação ou qualquer admiração pelo fato de sermos íntimos.

Pois que a intenção de conflitos não supõe que sejamos mais ou menos valorosos,
Pois não será adorando o gesto de qualquer arma, seja de que lado for,
Que venceremos a carestia por melhores homens e mulheres, sejam de qualquer lado!

E há lados desconformes, há respostas em que subliminarmente querem denunciar,
Mesmo sabendo que a escola que implantou a denúncia das palavras, não pode
Negar o maior gesto que não se apaga jamais da superfície da existência: a sensatez!...

sábado, 23 de fevereiro de 2019

DIVERSIDADE E OBSERVAÇÃO



            As partes de um espaço, construído ou não, se equivalem, pois justamente os objetos da Natureza complementam as construções humanas. Justamente onde a observação mais acurada busca a relação desses dois parâmetros: onde a lavra humana alcança a Natureza e vice e versa. As diferenças entre observar uma rocha marinha se dão quando o barco se aproxima, exatamente no contexto de se saber pela carta náutica se parte dessa rocha está por baixo da água, e que, portanto não se torna apenas observável pela questão superficial de sua aparência, mas de um substrato anterior de conhecimento, fruto do estudo da própria carta que embasa a navegabilidade em mares mapeáveis. Queiramos crer que os navegadores antigos que aqui pousaram eram mais ousados, certamente! As rochas são as mais diversas e talvez possam ser representadas por primitivas geométricas dentro de uma simulação em um software de 3D. Dentro desses softwares pode-se aplicar a física e suas leis, e a boa notícia é que alguns nada custam, sendo livres para o uso. Como em uma pintura: pode-se chegar a uma abstração para se fazer a releitura dos próprios materiais, sua expressão e seus diálogos com o suporte e as tintas... As pinturas inacabadas de Leonardo da Vinci mostram a velocidade em procrastinar as finalizações de suas obras pela estranha mutabilidade de seus conhecimentos a respeito das leis da Natureza em suas relações intrínsecas com as manifestações do Humanismo nascente do Renascimento. A Igreja Católica na Europa permitiu o florescimento de grande parte do acervo artístico internacional, podendo ser visto até hoje em museus ou na arquitetura sacra. Isso une o mundo cristão até hoje com maravilhas como a Capela Sistina ou mesmo as obras de Fra Angelico, Bellini, Bernini, entre tantos outros que não são tão conhecidos no mundo atual. Tão diversa é a mostra do engenho humano que, depois do advento da imprensa industrial e da sociedade de informações, demos um salto tecnológico gigantesco para ficarmos com nossa memória cultural erudita ou popular anestesiada pelos novos meios de comunicação, onde o fato de existir a diversidade se mostra superficial e gigantescamente veloz, e a observação sofre um treinar de modalidades únicas de teor funcionalista, sem a contemplativa vantagem existencial quando paramos para ler um livro: conexo e linear, dentro de um bom engenho de nossa imaginação, se é que o termo possa ter validade nesse contexto.
            Nada se repete ao correr dos segundos, onde uma superprodução de qualquer área pode ser enviada ao outro lado do mundo nesse átimo de tempo, bastando ter o recurso suficiente, quando se é de um meio altamente profissional com performances quase ilimitadas nesse campo informacional. Talvez um retorno da produtividade industrial com o antigo homo faber em um continente como a África possa vir a surgir, dentro da infraestrutura desejada, uma escalada de desenvolvimento sem precedentes, mesmo com a história de todo o desvario imperial a que os países ricos do Ocidente fizeram submeter essa região do planeta. Com uma boa observação talvez contemplemos o mundo e suas diversidades dentro de processos civilizatórios onde conceitos como liberdade assumem igualmente diversos significados, posto se um milhão de pessoas não a possuem enquanto um par emerge através de oportunidades excludentes, a relativização do ser social enquanto livre depende exclusivamente da hora em que não estiver exaurido – quando empregado – e ganhando uma miséria. Isso faz com que aprendamos a utilizar uma mão de obra com o objetivo de pagar melhor o trabalho, pois não é excluindo que se vai relativizar o problema, conforme constatação lógica, apenas no viés da imagem que possuímos de ante mão do povo mais sacrificado de um planeta que começa a assumir um perfil ilógico.
            Criar oportunidades para a população global não será o viés do fechamento das fronteiras, posto delas dependamos para fazer jus ao nosso comércio. Todos os países possuem a sua integridade territorial, mas em uma economia global não seria um bom negócio passarmos a escolher nossos parceiros comerciais, pois essa é uma questão que fere o próprio cunho nacionalista de nossos governos. Temos mãos para isso, e a infraestrutura de uma nação não se resume apenas ao que se pode tirar da terra para riquezas minerais, mas sim o que fazer dentro do próprio país com a riqueza que invariavelmente se está prospectando. Há que se observar mui detalhadamente o que podemos fazer para alavancar uma economia para muitos, e não para poucos signatários de pífias contribuições. Só quem nada no dinheiro é o Tio Patinhas, posto a caixa forte deve ser melhor equalizada e, desse modo, continuarmos com as contas e os compromissos em dia.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

SATISFAÇÕES DE ENTREMEIOS



A parte que se toca, assim do toque, uma palavra consorte do carinho,
Que venha a mais, das partes amplas, de um leque com a primavera
Ensartada em seus desenhos, da ventania do leque de um Deus,
Posto decisão a que se decida, e que não se venha a dizer que um é mais!

Um mais um é maior, mesmo que se sentem os dois para discutir Jó
Na mesma paciência em redescobrir palavras onde antes seria breu.

Ah, mas fraco o diletantismo de dizer a ofensa, ou estar apto a agredir
Quando o que se espera de uma sociedade qual seja é estar no respeito.

Mesmo que em entremeios nos vejamos por frinchas, por detrás de muros,
Pela questão de ser justo que respiremos por encima de barreiras
Haja vista muitos terem colocado em xeque a própria sobrevida humana!

De uma vista de um sobrado, o gesto do pano pendurado em suas cores,
A grade de linhas para proteções nos andares de prédios, as ervas nascituras
Em vasos, com a cor verde como sustentação da clorofila em seu milagre
Que supõe a existência de um inseto que escalara por quase vinte metros.

O amor que rescendemos a partir do sentimento de um animal, um gato
Qualquer, remonte ao amor maior por tudo, que é do alimento que damos
A tudo que nos diz que somos de um corpo que ao menos tem a providência.

É esse corpo sagrado que ainda pode ser alcunhado de evolutivamente maior
Quando sabemos que somos capazes de amar em virtude de quaisquer
Das circunstâncias em que os humores e o stress tangem a turvação da vida!

Sendo ou não sendo, a questão é maior – quase paralela – na mesma rua da procela
Em que navegamos pequenos barcos de rodas por rios de calçadas até chegar
A portos seguros depois de comprar víveres frescos: um naco de algo e do beber.

Não se cogite que extinguindo provisionamentos seja de inteligência maior,
Pois mesmo em extrema dificuldade logística a manutenção do trânsito
É sempre melhor, de forma ordenada, a sedimentar a mesma ordem citada.

A sociedade vive um longo prazo quiçá de muitos erros, e no entanto
Cria um ente solidário mesmo no descaso que permita tragédias brutais
Em que o conserto passa a ser quase impossível, e outro longo prazo está!

Nas vivendas estagnadas de vilas miseráveis, incrivelmente vemos homens
Saindo para sacrílegas lidas, a troco da torpeza por vezes em conseguir gás,
E quando não, cozer o alimento com um fogareiro improvisado com álcool.

Passa-se que o entremeio é como um certo limbo, como um versículo a mais
Na incompletude da continuidade, pois a ação evangelizadora passa a ser
A velha questão da multiplicação dos livros aos olhares da sede do saber!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

RELACIONAR-SE



Entenda-se que a pedra pode estar em qualquer lugar,
Mesmo no dentro e no fora, um acidente de escala,
Uma vida que seja pedrisco, de não entender-se
E a outros que subentendem ser o chão um misto de tudo...

Solo dentro e solo fora, o chão acima dos pés da casa,
A terra por sob a laje, o supor-se que há vida nas contas
A partir do que se vê ou ao pão contado que se compre!

Que se suponha o quadrado de uma viga, o que havia antes:
Um riacho, muitos anos antes das quadrigas, antes mesmo
De algumas pedras rotas em que não se dava a conta mesma
De que conheçamos outro além de um relacionamento fácil.

Não, por vieses de outros terrenos, quiçá vejamos do planalto
Uma breve visão dantesca de uma árvore secular sendo cortada
Na intenção antimilenar de se fazer um pasto no entremeio da raiz.

Não se veja o que não vimos, posto de se ver um soldado a si
Vem por vezes a entender a não tornar precárias boas ordens
Quando o que se há de ter é uma cela no quartel na insubordinação
De algum descaso posto em erro, em seu entendimento de correção!

Só há dentro e só há fora, só há uma formiga em trabalho com equipe
Quando se saiba que a formiga é inseto dinossáurico, ou mais,
Quando sabemos que é smart no gesto de suas patas, e smart mais
Do que o mais que seja em acelerar aquela velha questão da árvore...

Não que se saiba, mas o relacionamento de uma raiz arrancada
Sabe ao mato amigo que não se desdenha a hipervalorização
De uma questão imobiliária que sedimente o concreto onde pulsa a vida!

Seremos torpes ou desatinados, a propor que o inseticídio da raça humana
Venha a ser um espetáculo de perfis honestos na velha questão de que ganha
A força de quem a tem, e que ser desumano para a Natureza é mister tanto
Que se ganha mais do que jamais se ganhou o inseticídio do bom senso.

Os porcos sabem muito mais do que os humanos, haja vista que quando
Porventura são tratados com higiene, não demandam que sejam apenas
Um bom pedaço de carne suculenta na preparação sinistra de seus torsos.

Que se acompanhe o relacionar-se ao Todo, que ao si se complete algo
Quando muito ao que a filosofia vã e torta ao menos tente compreender
Que em um épico reside por vezes a história que o contemporâneo jamais lerá.

Vão e torta são duas palavras, nem vãs, nem tortas, pois dentro da luz tênue
Podem ajudar a que um vivente que possa humano ser reaprenda que na letra
Não precise apenas de um versículo Bíblico, mas da ação que se espera daquele.

Não torçamos o causídico que não falte, a saber, que as leis não são tão fortes
Quando as temos em nossas posses para a aplicação delas, já que o justo mais justo
Permanecerá na acepção crua do Universo das Leis Supremas, onde a formiga
Seja participante, visto ser ela mesma uma boa culminação evolutiva darwinista...

Se tendes a hierarquia como mestra, se faz necessário uma releitura daquela
A partir do princípio de que não é apenas a relação de um desastre com a falta
Dos homens que teremos por respeito ao não olhar para o micro cosmo da Criação.

Apenas que sejamos quanto maiores mais humildes, e dobremos nossas frontes
A olhar que na Terra precisamos saber onde pisamos, pois a máquina só confere poder
Àqueles que a usam para o universo da compreensão, e o anonimato da concórdia!

Pois que sejamos ao menos piedosos com nossos animaizinhos, para termos a noção
Quase imediata que não é por escalas de visão de tamanhos vários, que não podemos
Vislumbrar o grande Espírito que canta em cada criatura do universo de nosso Deus.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

DEGRAUS DE DECÊNCIA


           Porventura qual seja o mundo, é – talvez – uma parte daquilo que se nos apresenta… Talvez uma parte, pois a existência humana, posto ser isso um mistério, acaba por nos distanciar dos nossos “colegas” de outras espécies. Haja vista a designação espécie, tomada ao pé da letra de nossa ciência, ou seja, que nos permitamos saber que temos sentidos imperfeitos, e que muitos dos nossos juízos devam ser relativizados, no foco portanto do Mistério que nos envolva, e na sublimação que pode ocorrer no plano psíquico, ou que tenhamos a fé naquilo em que nossos limites nos coloca, frente a frente com o próprio Mistério. Qual não seja, um patamar decente de humildade na nossa existência, ao menos ao nos colocarmos em pé de igualdade com os seres e objetos, pois até mesmo os objetos possuem ações no nosso entorno, e instrumentalizá-los bem, a fim de que não causem rejeitos funestos, ou frutos nocivos, é dever de cada cidadão: dentro do que promete um mundo civilizado, ou mesmo no seu processo de crescimento humano, pois é a nossa espécie que tem o poder de destruir ou construir mundos melhores para o próprio planeta. Nessas questões predomina uma certa hierarquia do bom senso onde, se se pensar em conturbar qualquer status de bons diálogos e respeito ao próximo, isso, naturalmente, trás reveses na questão de uma paz permanente que já teve como enunciador o Filho do Homem. Anunciar boas novas deve ser um compromisso latente no modo como vemos certas maravilhas da Criação, como uma refeição e o simples desejo de que todos dela partilhem. Eis como pensemos ser um milagre viver. Nosso peito possui um coração que bate involuntariamente, qual seja o espírito que o embala, o move, o toca, dando a nós algo da vida e seus inúmeros sinônimos, e que queiramos, que seja… Esse amém é imenso, como tanta é a Eucaristia que nos une em comunhão: como o fato de agirmos com a bondade e o perdão na plataforma de instituições fortes e consonantes com a Lei, que vem desde priscas eras até tempos algo conturbados como os nossos, no que nos constitua a Verdade de saber a respeito, e caminhar na trilha do conhecimento, a saber, da filosofia e de bons livros, na boa graça de ótimas edições.
         Saiba o ignorante que quer saber bastante, que aquele que busca, que deseja subir a escada que nos reserva a nossa curta existência neste mundo, basta não ignorar a honra que supostamente um bom livro nos enseja. Saber que todos devem buscar a oportunidade, que a leitura é fundamental, e o estudo um sacrário. Basta saber igualmente que quando alicerçado pelo estudo, o ato, a ação concreta em direção ao bom senso se torna um progresso efetivo de nossas vidas. O que seria de um poeta se não fossem as letras? O que seria do mundo se houvesse apenas um livro para ler e estudar? Não, a voz é mais profunda do que isso… Teleologicamente, o mundo não deve começar apenas com uma palavra. Quem sabe se a filosofia grega nos ensinasse um pouco, pois não seria suficiente parar por ali, visto a inquietação fazer parte da conquista de mais um degrau, de mais uma lição, de mais escolas, de mais estudo, mais vivência, mais trabalho. Conhecer algo supostamente faz-nos ampliar a visão sobre o aspecto em questão, e quando remonta a díspares assuntos, fica mais confortável conviver com o contraponto, a condição humana. Pois sim, pois muitos nem começaram a discutir questões antes de começarem a aprender, sem subir ao menos um degrau, e já dispõem da vida do próximo, com a facilidade de se assassinar alguém por motivações torpes e nulas. Em realidade, quando o fator social chega ao ponto nulo, ao núcleo insolúvel de um sistema qualquer, é hora de pensar criteriosamente em valorizar qualquer atitude que disponibilize a um cidadão ao menos poder galgar um par de degraus. Ao menos que sejamos mais decentes… Essas questões fecham com o propósito de podermos ver quem somos, de encontrarmos quiçá na literatura e nas artes um personagem e a criação da vida nas mãos de um bom artista. E que saibamos, acima de tudo na arte a escada é longa, mas tão importante é aquele que não precisa de degraus, com outro que se esforça para dizer algo, pelo menos a si mesmo, pois o encontro com o todo parte de um si mesmo, e por vezes o esforço individual toca ao todo, na própria semântica onde antes se expressaria a tristeza o resultado é o alívio que a livre expressão permite nas manifestações artísticas, que sempre transcendem o próprio belo natural! Essa beleza que buscamos que pode ser um ato, uma linha, uma reta, um quadrado, uma pintura, foto, ou mesmo um cúbico de uma casa…  

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

AS PLANTAS AMIGAS


De um lado respira um vaso com uma e outra, plantas
Que no de não se plantar não se vê a amizade distinta
Mas que se respire o mesmo ar, mesmo no que distrai
Onde a mesma raiz trair seja a razão do homem moderno.

Que traem todos, assim manda o conforme do nexo
Das existências que amam o falso e triste combater
Quando veem em um uniforme um inimigo ou não
Naquilo que uma simples cinematografia faz emergir…

Que material tolo é esse tanto que faz com que todos
Os quase todos assim por dizer façam tudo por fazer
No que não fazem nada e seguem tentando divorciar
O ato elemento único de um pensar quase íntegro.

Posto em um tipo de selva de concreto agem muitos
Em espécies de retaguardas perante os panos quentes
Colocados sobre feridas inexistentes, qual redenção
Que nos coloca frente a frente com amigo tornado não!

Assim que se dista tanto, na diálise do reencontro furto
Que uma palavra mal escrita talvez signifique um contexto
A que seja apenas isso, o furtar-se do afeto inexistente
Quando muito a conquista sexual de uma aposta entre meios.

De uma planta em um vaso, que seja, de viço algo melhor
Do que outra que – murcha – enaltece o recrudescer da sombra
Que vemos no semblante de incansável luta, sem sabermos
Sequer o significado racional de passadas e futuras contendas…

A ver, que passando o bastão na prova de corrida, quando sente
O corredor que aquele que chega por trás se adianta, firme,
Mal vê que por vezes haveria de voltar o prumo de uma passada
Para não errar no disparate que já apresenta mesmo, quando perde!

Esse sem rumo, esse plantar inequívoco de ervas daninhas deva
Ao fim de um solilóquio pertencer ao defrontar maiores danos
Por saber-se perante o erro que já o tem errado desde o início
Na causa que não exista, posto mesmo de ser o inseticídio do ideal.

Mais que a aranha teça o claudicante e flexível cordão por entre
As jazidas que são as plantas que sobrescrevem o tanto a perder
Ou que se ganhe um pequeno inseto que não sabe da transparência
Quando o cordão entre as plantas tece a versatilidade da calúnia.

Assim, que as plantas relembrem o ato desconforme do erro,
Quando por sinal erram por onde erraram muitos do injusto
Prejudicando outrem no mesmo modal de práticas anteriores
Na busca incessante da cosmética na própria fábrica da cultura!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

COSTURAS DO SEM NOME


            Como são grandes as superfícies... Afora vermos tudo nelas, o trabalho não é tanto quanto um mergulho maior, uma averiguação mais apurada daquilo que oculta seus próprios interstícios, naquela profundidade que não se alcança, mesmo sabendo que brotam flores lindas dos corais. No entanto, não signifique que o fato de se querer conhecer as profundezas oceânicas seja algo finito, posto seus seres migram para lócus em que as limitações humanas – que são inúmeras – não abraçam essa envergadura, mesmo com toda a tecnologia contemporânea. Esses lugares no espaço das águas são tão vastos como um grande todo onde a mera especulação mundana sequer descreveria a beleza, mesmo ao ver nosso planeta na estratosfera. Quem diria que – ao voltarmos ao pequeno mundo do poder de um país –, mesmo assim a gigantesca forma dos oceanos continua com a sua ciência da eternidade. Os retalhos de algo como a mineração continuam a ser uma proposta cabível, dentro do pressuposto da não aceitação do fracasso. As costuras continuam em um sem nome, na representação de algo que revele algum interesse mais comum à limitação de tempos prescritos. Os poderes se sucedem, e tantas são as manifestações da força da Natureza quanto ao infinito das ondas que aparecem sobre os mares. Apenas que se cite esse detalhe, pois não basta uma simples onda de um período qualquer sobre o planeta para fazermos disso um status peremptório. A vertente que anuncia um bom tempo é a mesma de onde jorra a água límpida e cristalina... Por que não citar ao menos a questão da água? As costuras são feitas no mundo, e o Brasil peca por não cuidar bem de suas águas. Resguardá-las apenas é a questão máxima da segurança alimentar e existencial, se é que alimento e existência residam separadamente. Uma grande motivação a que prossigamos íntegros é o cuidado que temos que ter com o meio ambiente: enquanto isso não for nossa principal bandeira, não teremos a vida tal como ela se nos apresenta desde a nossa origem como seres, algo intrujões agora, infelizmente. Essa máxima de sermos humanos não deverá partir do pressuposto de termos apenas os direitos fundamentais, mas igualmente os deveres os quais partem de cada um de nós. Esse alinhavar com as obrigações que temos, vai além da união da família, porquanto tece mais e mais a condição humana em sociedade.
           Ao costurarmos bases de interesses, vemos que nas extremidades há acordos paralelos, do que remonte o quebra-cabeça das vozes que são mais ativas, no que é estranha a assertiva de parecermos iguais sempre, pois o tipo que nos toca depende tanto do estilo quanto do caráter. E na resposta da integridade do tipo o estilo não é tão importante, mais lembrando um rótulo que carregamos como uma fachada. Nada é tão semelhante com o nulo quando nos deparamos com a carapuça que porventura nos façam vestir, aparentemente sem saber dos inúmeros perfis algo raros em diversidade atual presente de outras máscaras do ser equidistante do hábito de modas efêmeras. Em síntese, antes de se vestir o próximo com as roupas imaginárias, que estas ao menos trilhem por terem sido costuradas pelo bom senso. Assim manda que façamos o próprio, o consequente: sabermos que para onde vamos temos que deixar caminhos de civilidade e hegemonia daquilo que esperamos que seja uma boa sociedade. Saberemos mais se formos melhores? E onde reside a questão de ser melhor, qual não fosse muitas vezes a projeção que fazemos para que a nossa voz se escute além de muros que construímos à nossa volta? Não, que a suposição dessa simples palavra negativada perfaça a construção dos mesmos espaços que deixamos por habitar à nossa volta. De um pássaro em voo aprendamos seus movimentos, e que as rochas façam desabrochar a riqueza de suas passagens, posto ser de ninhos duradouros e estáveis que implementamos a qualidade do existir… A ser de muito, ou a ser de pouco, não importa, que a palavra ser nos diga alto – naquelas alturas em que subsistimos com a arte e a expressão de nossos atos – o que realmente queremos de uma pauta quase cinematográfica da civilização contemporânea. A que não distemos do fato, a sabermos que os sistemas de controle infelizmente são a solução para um desgaste sistêmico nas relações humanas, apenas que confiramos a parcela quase indissolúvel de nosso viver que se chama liberdade. A saber, que um quando tem ciência de suas limitações, sabe que não há um poder em supremacia absoluta que não venha do Criador. Nada a ver que saibamos mais em poder de um Livro, pois o segredo de sermos mais humanos é crer que em uma frase de um leigo pode estar residindo o universo de um costurar-se, ou de uma amálgama que perfaça a liga de um metal nobre que resiste a todas as eras... Mesmo que nesta em que estamos a adaptação de um ser humano não condiga com a universalização do conhecimento que vai sempre de encontro às descobertas inevitáveis dos instrumentos da tecnologia. Saibamos, pois, que na educação formamos muitos e ótimos pesquisadores, necessários, portanto! No quilate indissociável de um tesouro que revela a muitos a ciência destes duros tempos enfrentados na cena de nossos mundos.


domingo, 10 de fevereiro de 2019

A NAVEGAR EM PROFUNDEZAS


Do mar sabemos de Simão, seguidor do Cristo, que atinge no seu auge
Em seguir um pobre, um caminhante, do que houvera a si ser maior
Porquanto a riqueza de um Fariseu remontasse a ferramenta do orgulho…

Mas que a vida não encerre o rico e o pobre em caminhos díspares,
Pois que apenas se redistribua melhor o que não se refaz de credulidade
Na ausência ou desumanidade que passa a ser um critério de erro que jaz sem paz.

Não, que o não seja apenas uma palavra do nada, pois o sim que pertença a si
No si mesmo de estarmos cientes de que muitos de nossos erros dependem
Das circunstâncias de os termos cometido no próprio alvorecer de nossos filhos.

Assim quem saiba, que a mantença da máxima do ferro que fere quem fira
Não se deve aplicar, justo quando muitos não possuem a noção exata
Das intenções de seus pares quando esquecem que perdoar é sempre o caminho.

Não nos iludamos, pois há jargões de vinganças embutidas, há rancores do mal
Em que muitos se permitem pensar na ação das mesmas, na questão presente
De se imaginarem em lutas que na verdade são a mesma ilusão que se dá no injusto!

Da paz do Senhor se dá a questão da máxima das máximas, e que essa paz retorne
Sempre ao caminho dos peregrinos, a saber, que quando desferimos um golpe
Ou algo assim torpe e sem o nexo primordial, passamos a não entender o existir…

Da paz sem a necessária perspectiva, sem horizonte, que venha na esfera, dentro
Ou fora que não importe tanto, dessa paz que Jesus concedeu aos Apóstolos
Mesmo tendo a certeza de que seria crucificado por gentes que não O aceitaram.

Leiamos mais as cartas dos Evangelhos, roguemos por um clamor de verdadeiras e sãs
Ordens que se passem no cerne das sociedades, que não deixemos soçobrar esperanças
Na vã atitude de que a palavra não seja aquilo que acaba por não nos deixarmos permitir.

Pois esse permitir-se a si mesmo e a outrem revela a sacralização de todas as Igrejas
Que sejam consortes da Verdade, e que a luz intensa de um mundo cheio de compreensão
Nos conceda o itinerário claro e límpido de vermos adiante distante da resignação!

É no mar que içamos as velas, é neste que saímos a singrar nossas veredas na superfície
Por vezes tão conturbada que temos que estar quase à deriva, e no entanto saibamos
Que quando recebermos as graças dos ventos talvez cheguemos a atingir o rumo das estrelas…  

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

QUESTÕES DE VIVÊNCIA COTIDIANA



            Quem dera fosse substância algo consolidada a nuance do amor: um olhar, não um olhar duro, não um gesto de carinho ensaiado, mas a sinceridade que seja sempre a substância desse amor citado, profundo e não modificado... Nunca ausente, autêntico, mesmo que a mescla desse estranho paradoxo dos humanos não se encontrasse tão dificilmente em termos de confiança, que fosse dada a pontuação necessária e inversa à mensuração, que seja, um voto, um sorriso, um beijo, uma data ou uma esperança.
            Todos querem mudanças profundas em torno daquilo que seja insumo humanitário, e redarguir pura e simplesmente com a falsa atitude baseada na falsa representação do argumento inválido porquanto mentiroso – em qualquer quesito – é faltar a uma verdade que seja consagradora enquanto razão, em vieses acadêmicos ou não, mas no sentimento assumido em tese que une a casa de todos, onde aquilo que se acredita inimigo no ludens sense remonta a que esperemos toda uma evolução que se dará em andamento, pois espiritualmente estamos faltando com a rigorosa verdade...
            Porquanto de um imaginário de riqueza, porquanto se pensar que é benção explorar outros, em um enquanto de espera que a humanidade se refira ao consenso dos seus pares, reflete um si mesmo de algo que não signifique mais do que um mero e quase introito ao parágrafo, na profusão de certas simplicidades cáusticas, pois regressivas. Tudo bem que se chegue a um fracasso total, tudo bem que não se encontrem mais tão facilmente referências de ordem social e econômica, tudo bem que parta-se a criticar cegamente; e esse tudo vai mal quando o trem, em sua bifurcação de rumo, não pode mais andar, pois tanto um como o outro já estão encrencados. Voa-se? Solta-se um drone ridículo nas alturas para poder ver-se o estrago e o sem rumo, mesmo que o trem tenha andado por séculos? Pois então: corta-se o aço como import/exportação, ou algo similar que se proponha, em um começo de um travamento ao menos de uma ordem qualquer, que seja, material! Pois sim, que a cátedra dos idiotas não existe, mas há gente querendo propositar questões onde a cátedra deva atingir seus alunos, mesmo que estes nunca o foram... Sem formação, sem lei, sem ordem, no que achávamos os tontos serem os próceres sempre salvadores de uma pátria.
Mas ainda há chance, sempre haverá chances enquanto houver matas, cidades, homens, bichos, ou melhor, o mundinho pequeno em que vivemos, a ver que pode ter-se tornado pequeno, mas que quando revela algumas sinalizações mostra forças de verdadeiros enigmas... Isso por que não se dizer, que o sol, a mata, aqueles totens maravilhosos do norte, as zarabatanas do Amazonas, nada disso ausenta o que crê não propriamente o povo brasileiro, mas as diversas nações que compõem este país. Não se deve imiscuir nisso tudo, nesse ecletismo, pois ninguém é melhor do que outro por questões de posição ou poder. A vivência cotidiana deve ensinar ao gestores de algo, aos presidentes, diretores, gerentes, ou qualquer estatura sobrescrita em códigos de conduta, que o mesmo código deve respeitar outros que são tão importantes quanto, como tanta é a jurisdição dos costumes jurídicos de um povo indígena, na igual defesa dos direitos dos grupos excluídos da sociedade, pois este foco é fundamental para que a questão de vivência cotidiana não se torne algo oco na lógica da relação entre os membros – relação justa, bem entendido – de uma sociedade, grupo, Estado, nação ou país. Essas questões humanitárias são a rocha mais bem estruturada, mesmo a que chamemos templo, ou intenção do bem estar do mundo!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

GÊNEROS DE CONHECIMENTO


          A um tipo de saber, pode-se argumentar dentro de uma gama de possibilidades, mesmo que esse saber verse sobre uma rocha, um pedaço de fio de cobre, algo inanimado, algo estático, posto ser a ciência, esta mesma, geradora do minério e da eletricidade, conforme usos e aplicações as mais diversas. Esses tipos de conhecimento, são o domínio em que se perscrutam as possibilidades, dentro de arcabouços testados e experimentados, ou nas razões matemáticas puristas que geram mais e mais comprovações dentro das academias de ciência. O conhecimento científico retém dentro de si a própria crítica, o debate, os discursos lógicos e seus rebatimentos… Obviamente, a opinião do leigo, como quem vos escreve, não merece um crédito acadêmico, mas reserva a observação cabal de que investir na pesquisa científica é tarefa de qualquer país que seja capaz de um mínimo de autonomia no plano de suas atividades intelectivas e tecnológicas. Vale-se de alguma opinião conforme, o que se pretenda dizer para acrescentar: encontrar saídas, ou ao menos respostas às inquietações cotidianas que sempre vão fazer parte daqueles que buscam pela visão crítica e construtora em uma sociedade plural e dinâmica como a da atualidade, mesmo dentro de um país pouco desenvolvido como o Brasil. Não se poderia rotular dessa forma, mas o fato é que a tecnologia mais avançada está em nações do chamado primeiro mundo e se um dia o nosso país fizesse parte desse mundo primeiro, com bons destaques tecnológicos e sociais, veríamos muito menos carestia e problemas sociais decorrentes da nossa condição de subdesenvolvimento; apesar de sermos potencialmente maravilhosos, tanto o povo quanto nossas riquezas materiais e culturais.
         Talvez a se tratar academicamente o tema, o conhecimento pode surgir de várias espécies e tipos, como na simbologia de uma programação orientada a objetos, onde a natureza do estudo versa sobre a existência daqueles conforme comportamentos ou funcionamentos – obviamente em uma retórica altamente reducionista – e as classes que caracterizam genericamente seu grupo, também dispondo de naturezas funcionais desiguais. Essa analogia remete a uma dedução de algum tipo de disposição em que os objetos pertençam a um sistema, conforme já prediz a semiologia. Já o que se diz que o entorno seja mais do que o suficiente é uma assertiva válida porquanto faz com que o cidadão preveja a sua linha de atuação dentro da conformidade de seu trânsito, sua norma e sua lei imediatas. Ou seja, na abordagem de um processo de andamento previsto na constituição de uma superfície regular, é improvável que se encontre problemas quando do reconhecimento da mesma superfície e da necessidade de, por vezes, se aprofundar em temas que venham a reconhecer a importância do cadinho humanístico do cerne da nossa espécie. Jamais será uma motivação que nos reduza à especiação, visto sermos nós – a humanidade – correlatos com toda a realidade que move nosso planeta, incluindo seus seres animados, inanimados e minerais. Talvez seja essa abordagem algo até certo ponto ingênua, porém os processos que animam a matéria passam pela confluência da ação que atinge qualquer modal existencial, nos diversos casos motivados pela mesma matéria e sua transformação, ou seja, a partir da abordagem humana pode surgir uma transformação gigantesca na interação com seus processos reflexos.
          No entanto, mesmo em comparações específicas do aspecto objetivo ou externo dos objetos, suas interações com outros ou dentro de um contexto coletivo, temos que focar igualmente em seu aspecto espiritual, subjetivo. Por um exemplo na história da arte moderna, temos como objetividade a escola do cubismo, e como subjetividade o surrealismo, esta, como expressão da vivência onírica, do imo mais profundo e do sonho como matéria plasmada e expressa. Na verdade a distância em que a arte e a sociedade vem formando entre si tem aumentado muito na mesma direção da aparente modalidade de expressão dos aparelhos eletrônicos. Justo que a eventualidade do aparecimento e da vulgarização dos gadgets computacionais, torna o mal conhecedor dos recursos usuário de uma superficial funcionalidade operativa, o que faz apenas aprofundar coletas quantitativas de dados, sem se aperceber que é na qualidade e veracidade da informação que reside um bom uso de qualquer máquina informacional. A mesma qualidade que faz de um bom pesquisador ir de encontro a uma verdade científica, por exemplo, ou uma evidência constatada por fonte razoável, em se saber a diferença fundamental entre o virtual e a realidade embutida nele. Como modalidade sistêmica de uso e o correlato embasamento necessário intelectivo para tanto… Se o tronco da veracidade parte de constatação material, quando o aspecto necessário parte desse ramo, é de suma importância dominar a matéria em questão do que reinventá-la a partir de um Criacionismo que não compatibilize um domínio de fato que o conhecimento específico há de ao menos sugerir, quando, além disso, não expuser seus rudimentos e regras básicas. A peça isenta, ou seja, uma hélice de um helicóptero, funciona acoplada, e a engenharia mecânica aplicada sabe da questão, pois já existe como ciência, assim como apenas Einstein poderia na época relativizar as leis de Newton, este que sobrevive no vaso adiabático, que se saiba que seria utopia, mas que é válido mecanicamente. Assim como o sistema de gravitação universal é inequívoco, no pressuposto que é uma dedução científica, assim como como colocar um foguete em órbita, a partir daquela mesma gravitação newtoniana, na precursão dos astros, de Kepler, Galileu e os mapas de navegação pelas estrelas. Assim como o Vaticano e São Pedro, com sua primeira pedra. São edifícios construídos pelo saber, e a contestação da ciência faz por vezes a primeira estrela a origem cósmica e crística universal, assim, no alcance crístico, na teologia e teogonia remodeladas, a origem mesma do saber, anteparo de fé na aparente fraqueza de nós, crentes… Mas que Einstein fora um grande homem e seu precursor, ou melhor, quiçá os australopitecos, chegando a uma Origem, cabal, intrínseca, do genoma e suas mutações, de suas elucidações para investigações de primeira grandeza! É isso, ciência do conhecer, do perscrutar, da crítica, da contestação; pois, caros amigos, há livros que não podem ser queimados em Alexandria atualizada e criteriosa, postos serem luzes como estrelas onde a suprema engenharia se tornaria um mero apêndice. Desse modo, que se proceda à investigação da ciência de Deus, maior do que o nosso imo: importa, cresce, infla dentro do espaço, dá margem à origem, mas que se abra a noção evidente de que, em termos de interesse em energia, na isenção de um caudatário, ainda o óleo fóssil reserva verdadeiros exércitos para a sua venda ou exploração. Por isso saibamos sempre que seres gigantescos como os répteis habitavam por aqui e que um grande meteoro mostra a quintessência da fragilidade da superfície terrena, e o gelo passa a ser tórrido como uma promessa incauta. Mereceremos mais créditos na base de um respeito universal, ou seja, creiamos que em outras esferas não apenas do saber pontual e geográfico, mas de um teor gigante como uma árvore repleta de bons frutos, que tudo é válido quando agimos com a bondade e o amor no peito: acima, com esperança, vertendo os ventos do leque do conhecimento da matéria e do espírito para aqueles que estão nas sombras. Com educação iremos mais longe, a premissa que deva ser a primeira em sala de aula…  

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

GRAMÁTICA UNIVERSAL



Se tantos são os nomes, os substantivos, verbos e seus modos
Que se digam sem serem tortos, na confluência do significado
A que uns sejam mais que outros, e o todo benfazejo não seja vão!

Do que dizer que queiramos, em todos os idiomas, que se veja
Algumas palavras comuns a aqueles, algumas em construir o chão
Que não verta sinistra amálgama silenciosa, de se juntar a vida...

To be or not to be, nada, que a questão não se parece mais com fontes
Porquanto o idioma do ocidente revisse que o poeta maior se diz
Com maiúsculas esquecidas no topo de um jornal que ninguém leu.

Ou, quem sabe, haveria esperança no topo de um morro, sem algoz
Natural ou não, mas que o sedimento de um grande cálice da terra
Emborca gentes que jamais souberam da dimensão de algum ato.

Na pertinente gramática do Universo, com todas as gentes que vemos
Na superfície de uma mera quadratura de signos borrados por mãos
Em algum ermo lugar, no olhar de um comportamento, isto se dá!

Em uma esteira de ilusões sem o tamanho de suas envergaduras
Possuímos tanto a se dizer que os vértices de uma complexa rede
Talvez algum dia nos traga a boa nova de se voar através dos ventos...

Nada do que se fosse tanto, do binóculo ocular de dois olhos tremendos
A visão viperina nos revela o fato de que jamais haverá um ressentir-se
Quando a humanidade se aperceber que fala toda a língua de todos.

Nossa própria margem de erro em conceituar a proposta algo infinita
Demonstra a arguta pesca de que muitos se jactam por participação
Mesmo quando a incógnita reside como uma isca em um anzol vazio.

Nada do saber-se lógico do ilógico residente, nada da parafernália crua
De quiçá uma frente ou um abjeto lado em que não se sabe onde estará
Na proposição de que apenas se aceita uma opinião no universo turvo.

Ah, quem dera, em dantesca era, quem era o muito do que não se veja
Quanto o de se recrudescer o injusto, e a impotência de se travar o mal
Quando se utiliza o próprio de mesmo modo a se profetizar o passado!

No que se deriva a nau, na ordem em que o motor dá seu sinal de cansaço,
Eis que inumeráveis seres buscam se locupletar de um vivente triste
Por estar manifestando uma tristeza em um terreno alterno modificado.

A vida de muitos se cria a pretexto de viver apenas, mas o sufoco da roda
Gira na questão das perdas, o que por si seria já um tipo de analfabetismo
Onde se prevê justamente aquelas, e na superfície chamamos por ajudas.

No auxílio de mais merecimentos em torpores oclusos na vista de todos
Rezam as pátrias desunidas que jamais se contestasse a via irreligiosa
Na pressuposição de que a gramática universal esteja em apenas um livro!

Por Deus que não se mereça essa retórica da cor pífia do chumbo desferido,
Pois na palavra surda de que se faça jus a todos os habitantes do mundo
Não cabe à banalidade supor que o poder tenha o poder do empoderamento!