Assim como vemos as coisas como
objetos, por vezes não as vemos como substâncias, como teor, razão de vida.
Pausemos para mais vivermos em harmonia pelo menos com nosso espaço mais
íntimo, do par que temos, ou de solitários que possamos ser. Assim, de virada
de um copo d’água, assim de lermos um poema, ou de transcrevermos para as
nossas vidas a energia vital de que necessitamos em nossas próprias veias. Não
precisamos obrigatoriamente ler nas entrelinhas dos poderes o que se apresenta
com a validação máxima, enquanto os mesmos poderes que podemos ter em relação a
algo, mas que seja, como um pai os tem em relação ao filho, ou uma mãe tem em
relação correlata. Os espaços íntimos não versam sobre apenas as relações
afetivas, mas igualmente nos comércios, no capital que alguns acumularam e que
não exatamente estariam explorando consciências para destas usufruir poderes,
justamente alguns do dito comércio fazem do mundo um cenário em que a roda das
sociedades gira consonante, coerente, e que disso possamos fazer fé, pois nada
é estanque em si mesmo, quando por vezes conceituamos as coisas não como são de
fato, mas através de um julgamento, não apenas muitas vezes antecipado, como em
maior fator, impróprio. Não se julga antes de se julgar em tribunais, quando de
culpabilidade cabal, e o que pode ser uma água idônea e cristalina para alguns
pode conter veneno, no que deve distar da aparente circunstância, da
culpabilidade forjada por opiniões ou provas fraudulentas. Nesse ponto, há que
se relutar, há que haver ação jurídica, mas não pode haver dentro do mesmo
campo profissional a farsa, pois esta deixa na história a mácula do regresso.
Não se pode admitir uma culpa a um mandato que fez do povo de um país ser
coadjuvante do progresso social, mesmo com as limitações que o poder das elites
impõe, sempre que algum mandatário tenta refletir e agir para obter o
favorecimento dos mais empobrecidos, dos mais carentes. Quando se diz em
República Velha, sabemos da história das oligarquias, e o que isso significava
para o Brasil. Não a reeditemos, pois não é a partir de pequenos grupos que
veremos o país se tornar grande: econômica e socialmente. Não precisamos passar
para a história uma pantomima parlamentar tão obtusa como um teatro de
marionetes de latas embrutecidas por uma arte de argumentação tão rudimentar
quanto para uma plateia que não se importa em quanto pagaram para ver o circo
montar-se. Tudo que se diz da democracia passa a não ter mais sentido, e o que
antes era uma constituição vira uma vítima da sede das conspirações que emanam
de muitos lugares, e que nos torna não mais um país que não está mais no mapa
da fome, mas algo em que a fome pelo poder transmutará, através de nossa
relutância em protestar com veemência, na carestia e desigualdade contra as
quais um governo popular lutará sempre. E que nos mantemos unidos, pois a
desigualdade deve ser sempre uma razão para que objetivemos, em nossas ações –
aí sim, necessárias – melhorias no campo social.
quinta-feira, 28 de julho de 2016
SOBRE RELUTAR OU NÃO
Pois que pensemos a sermos menos
relutantes em relação a muitos paradigmas que nos assombram, a que conheçamos
nossas raízes, nossos modos culturais, nossas idiossincrasias em ver de que outros
modos possam nos ver. Saímos de nossas casas a não saber como agir em
determinadas circunstâncias, mas a própria ação de fato não seria muito
circunstante quando pensamos em nossos ensaios mesmo que nos fazem ter um
conceito antecipado? Assim, como quando fôramos ausentes de qualquer ação, mas
que confiemos em nossas atitudes, no verbo algo relutante ou não, na dúvida que
nos passe, mas que não nos atravesse em nosso imo quando isso signifique
estarmos no quê de qualquer preparo – repito – de ensaio... Três garrafas quase
vazias me antecipam qualquer gole, enquanto escrevo, no silêncio sagrado de uma
música erudita. Em uma outra circunstância, as garrafas fazem uma falta
crucial, do líquido da água em sua simplicidade absurda e conexa com o mundo.
Pausei para tomar de um gole, em que a água verte quase mineral da torneira, e
há que rejubilarmo-nos desse simples fato. Há pão na cozinha, há do alimento, e
dessa consciência, quando o temos, há a sacralidade do ato, não necessariamente
religiosa, mas existencial.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
DE TODOS OS LADOS DO MUNDO HÁ UM GIGANTESCO EM EXTENSÃO E POPULAÇÃO QUE NÃO ESTÁ EM TODOS OS LADOS DO MUNDO, POIS QUE EM MUITOS LADOS DO MUNDO O HOMEM VATICINA O PRÓPRIO HORROR QUE CRIOU, DESDE OS SEUS LADOS PARA OUTROS, E QUE TRANSMITE O MEDO PARA OUTROS E OUTROS, COMO SE O MONSTRO SURGISSE DE UMA PLATAFORMA DE ÓLEO NEGRO, A SANGRAR AS LATITUDES QUE NÃO QUERIAM AS GUERRAS.
BROTA A SEIVA DE QUE ALGUÉM SERIA UM ARTISTA, MAS QUE O SEJA MESMO, QUE O SEJA, COMO UMA ANTENA PARABÓLICAMARADA, NO SEIO DAQUELES QUE URGEM PARA ESTAREM DE BEM COM O MUNDO, MESMO LUTANDO POR SEUS DIREITOS, QUE A RAZÃO É ESSA, SABERMOS QUE TUDO O QUE SUCEDE VAI SER MELHOR DO QUE O PRECEDENTE, APESAR DE SEU PRÓPRIO TEMPO DIZER MAIS...
segunda-feira, 25 de julho de 2016
O PODER DA PAZ ENQUANTO VOZ
Sequer saberíamos algum segredo
sobre a paz entre os povos que não fora através do que a nós mesmos sucede,
entre nós, irmãos de espírito, irmãos de carne. Pois se não fora algo próximo a
essa circunstância, de sabermos ao menos como somos, de nos aprofundarmos no
conhecimento de algo que verse sobre o substrato do humanismo, não estaríamos
enredados, como a exemplo de certas “regras” da espiritualidade, na versão de
que uma ou outra religião é salvadora, nos resgata, nos ensina algum dogma,
nestes todos que buscam diferenciar, com suas mesmas regras, o “possível” da
paz... Dogmas estes que são exatos para um tipo de circunstâncias, uma cultura,
um costume, mas que jamais deveriam se impor sobre outros, no que uma massa famélica
de ódios aplaque suas sedes religiosas por vezes na firula de um detalhe, ou na
sutileza de uma maldade justificada por escritura, história, motivo, ou mesmo a
fraude que tudo isso significa. A Paz é uma voz, e sabermos de escrituras pode ser
algo assaz importante, enquanto atinente de um diálogo, enquanto atinente dessa
mesma voz. Sabermos diferenciar o que é uma segregação ou um Eu inflacionado
descarta a que não desprezemos o anonimato por vezes tão necessário, em que por
vezes damos a impressão a nós mesmos que começamos de um zero, mas de um zero
válido, pois que isso valida um caminho como a cada manhã, e que esta posição
seja de vanguarda em consciência, de uma Ciência sem par, de estar ciente do
que acontece, mas com o equilíbrio de emanciparmos a justa voz do timbre da
tolerância e no tom do conhecimento... Saibamos que temos a economia dos
países, da pujança toda, de um certo gigantismo recorrente no nacionalismo de
certas nações que aparentemente são mais independentes, mas que temamos um
pouco o exacerbado extremismo que pode acometer um Ocidente em sua desesperança
com relação ao próximo que, no entendimento cabal dessas mesmas nações,
torna-se o cidadão compatriota, e a exclusão do estrangeiro, pautada por
conceitos ideológicos extremados em seus sentimentos iniciais de xenofobia e
decorrentes alusões de coação étnicas. Seria talvez um estranho paradoxo
afirmarmos que no seio das violências mundiais estará mais guarnecido aquele
que possuir o óleo, ou aquele que possuir a água, quando sabemos igualmente que
estes dois elementos da natureza não combinam jamais. Um, extração e poluição,
a outra, preservação e limpeza.
Todos estão quase cientes de que a
violência está desmedida, que estamos nos tornando ou seres beligerantes como
proteção, ou como agressão mesmo que em retaguardas de defesa, ou mesmo
empolgados em nada ver quando então cercados em condomínios que temos a ilusão
de que estão muito seguros, e que passamos a colocar em nossos olhos a pontual
venda da ignorância, de ignorarmos literalmente os fatos. O alarme do mundo no
que nos cerca chega a ser de tal intensidade que não nos comovemos nem mesmo
quando sofremos o duro golpe em nossa democracia. Fica elas por elas, e a
maioria se anestesia em seus ópios, em suas ilusões, e suas frentes de grupo
virtuais, passando a viver no silício a maior parte do tempo. Tentemos ver a
voz da Paz. Pois sim, que caminhemos mais, a ver na superfície do mundo nossas
ruas, nossos bairros, a ver que nos aproximemos de um jardim, a ver a política
finalmente com bons olhos quando de lavras abrilhantadas, a sabermos que no
coração de um inseto está a mão do Criador, mas que esse inseto não professa a
sua religião, e quiçá tenha um espírito brilhante como uma pequena luz em sua
própria seiva que alimenta a vida. Havemos de ver uma planta com a comunhão
referida de mesmo modo, a ver em tudo, mesmo que sejamos ateus, nenhuma
superioridade no sentido de termos mais direito ou não de vivermos do que
outros seres, e que um cão pode ser tão companheiro como um humano, pois que a
referida evolução das espécies não culminou em um ser mais evoluído, mesmo que
o Gênesis tente explicar nossos erros, mas que o mea culpa existe e deve existir em uma remissão a que pelo menos
não erremos muito no que já evidenciamos pecar, pois é errado sermos pecadores,
já que podemos, cada qual em sua limitação, atingir a perfeição enquanto
tentativa de seguir com atitude, seguir com uma tendência de bondade, pois
agora, camaradas, já não há mais espaço para contendas, e a revolução deve ser
espiritual, no mano a mano, com a voz que pronunciamos e clamamos na direção da
Paz.
A democracia, mesmo em frangalhos de
ausência interina, como a nossa, revela ainda os alicerces fundamentais para
que possamos prosseguir, com o mundo em crise, mas que tenhamos a consciência
que pelo simples fato do Brasil receber bem os estrangeiros que para cá vêm,
algum caminho que tracemos para nos mantermos ausentes das crises de identidade
política de alguns usurpadores que tomaram o poder nos mostrará seguir com firme
determinação de que ainda somos um país que – apesar da criminalidade – ainda possui
gente que torce e preza pelo bem estar de um todo na acepção da liberdade e concomitante
inclusão dos mais necessitados. A saber, seríamos melhores se fossemos
socialistas, se repartíssemos o pão, mas havemos de tomar cuidado por enquanto
com as definições mundiais, pois que urge termos a serenidade crucial a que
porventura não caiamos a querer lutar de modo ininteligente, já que a
humanidade caminha mesmo para essa acepção: pois que o pão será repartido...
sábado, 23 de julho de 2016
sexta-feira, 22 de julho de 2016
O BRASIL COMO PÊNDULO
Uma narrativa algo complexa
traduziria o modo como vemos o nosso país, assim, de estarmos vivenciando a
ponta de uma grande crise moral e espiritual justamente onde – nas Américas –
nosso Brasil sempre pontuou como uma pátria com tantos codinomes quanto são os
estrangeiros que bem recebemos em nosso solo. Nunca vivenciamos a Guerra e
hoje, por incrível que pareça, a palavra treinamento está na ordem do dia...
Não estamos por cá vendo algum desejo na face de um/a artista a temer
gratuitamente, pois a sensibilidade que aflora nesse teor manda que resistamos
bravamente a fazer da arte não apenas um instrumento de nossos sonhos e
entusiasmos, mas a ensejar que não haja coação de qualquer espécie, seja
econômica ou política, ou de algum povo que se julgue superior e ande por aí
correndo a estampar na face crua de pessoas mais verdadeiras a alcunha da
traição ou o prenúncio de derrotas existenciais, como vimos estar acontecendo
esse fato em várias as esferas sociais. Tenhamos em conta de que sermos
patriotas verse a não deixarmos os privilégios econômicos serem mais fortes do
que as reivindicações populares, pois estaremos a ver a debacle espiritual
sendo forçada na mesmice bíblica de várias formas como atraso em que – tal como
um pêndulo – não sabemos mais se estamos no Novo ou Velho Testamento, se era ou
não Messias, a partir do ponto em que laicizar a nação torna-se agora algo que
gira em um desconforme do sem nexo, em que partimos do pressuposto de que o
Congresso agora se protege, mesmo que a opinião sobre esse fato seja isenta da
política, pelo menos tal como a vimos sendo exercida até então. Com as faces
bíblicas assumidamente de interesses, em que o paradoxo mostra que não sabemos
nem mesmo da maior parte da população mundial, e vendamos os nossos olhos para
que não vejamos a realidade de outros países, e nos protejamos sob a ótica de
tal ou qual cunho ideológico, onde não haveria meio termo, mas obviamente em
virtude das circunstâncias será mais lógico lutarmos por uma melhor justiça
social, em vez de apenas nos confrontarmos com o Eu-sozinho que nada mais é do
que fraqueza, mesmo que isso nos baste como o conformismo da imposição
refratária da injustiça.
Nossas festas das Olimpíadas talvez
garantam uma tranquilidade e visibilidade extraordinárias, onde todos os
holofotes estarão voltados para um país golpeado covardemente, em que o esporte
calará a voz do povo através da distribuição de medalhas e o país se revelará
um gigante mundial do esporte nas paraolimpíadas, o que não deixa de ser uma
vitória para o Brasil, tão fraco no esporte olímpico convencional. Tornemo-nos
um tipo de pêndulo de força, uma torcida gigantesca para que tudo corra bem, em
paz, que consolidemos com competência pelo menos essa fase em receber e acolher
com segurança essas populações que aqui virão. Paz acima de tudo, mas que
aproveitemos a afortunada visita desses povos estrangeiros para mostrar que a
nossa democracia foi quebrada duramente, não ao olhar beligerante da ideologia,
mas do fato em si, revelado pelos melhores observadores imparciais da
humanidade, pois a tomada de consciência de quem somos nós os brasileiros aos
olhos do mundo é um modo de tornar o mundo consciente do que passam a fazer
recorrentemente com as democracias populares ao redor do planeta. Basta que
mostremos ao mundo como o poder é gigantescamente cobiçado, e como é ingênuo
esperarmos que as coisas melhorem economicamente para os cada vez mais ricos,
pois a falta que nos faz a educação de bom nível, sem a coerção – que deve ser
revelada – que uma lei proposta quer permitir às luzes já mais tíbias da
apreensão do conhecimento por parte dos alunos. Se, porventura funesta, os
estrangeiros e seus canais noticiosos não revelarem qual é o Brasil de agora,
com todas as luzes – imparciais, dito bem! – estaremos negando que o mundo
ocidental revele alguma que sobre no fundo do túnel em que todos estamos
entrando: escuro e profundo.
quarta-feira, 20 de julho de 2016
A RAPIDEZ DE QUASE UMA PIADA
A esmo de se escrever, sem a pauta
das encomendas, sem o compromisso sequer de dizer algo circunflexo, outra pecha
a se esconder em torno de palavras, pois o jornalista retrai a que os leiam
aqueles em que o ego e seus substratos os impeçam... Um dia como outro, regado
a possíveis bacanais imaginários, um solerte olhar para um templo, uma ofensa
recebida de um hare krsna, a caminhada quase solene por meios de rua e suas
outras quase ofensas de se ver alguns fantasmas de outros tempos e, quando se
chega em casa, um maravilhoso livro de Carpentier que revela a dimensão quase
explícita em se ler um grande escritor. Mas qual, falava-me alto a consciência
contemporânea, não temos tempo a se ler ninguém de outras décadas, do milênio
passado, apenas pausamos que um homem e uma mulher – mulata, que o fosse, com muchas gracias por existir – quem sabe,
naquele sorriso lindo na porta de um ponto de ônibus onde os pivetes traçam
linhas imaginárias com seus pequenos brinquedos. De se ver o mar, um mar suado
a não ser tanto como existência imaculada, mas que ferve nos desejos da beleza,
pois é lindo e ninguém o sabe como a poesia, e no entanto as prefeituras que
porventura fervem por outros motivos descartam a menor possibilidade da
recuperação das águas... Mas deixemos de lado a política, pois há que se pensar
em escrever um sobretudo de passagens, algo que tivesse o cheiro de libertação,
e não essa enferrujada questão existencial de estarmos quase visceralmente
plugados em algo. Tá legal, o trabalho, as conexões, uma Turquia que se
liberta, os canais paralelos, que já pensemos tanto no que for possível, mas na
lida não é muito de que seja. Ah, mas como é sedutor o mundo moderno, meus
deuses, como a rua está tão sossegadinha com os truques que somos obrigados a
concluir deveras, como um passeio no domingo pode se revelar um conflito quando
um homem passeia de bicicleta de boina no meio dos uniformes, como a loucura
pede passagem por entre os hóspedes de certas tormentas ingênuas, como a
informação pelo simples fato de seus números ou qualidades é ouro, mas na
verdade os que a detém são simples pedras: rocas que não se mexem, que se
fincam existencialmente nos seus propósitos de vivência cotidiana em diversas
etapas freudianas... Pois visceral que fosse a escrita, que viesse como um
rasgo igualmente cotidiano, há pois que se ser na memória de uma lei ou outra,
saber transigir, não pintar mais o pensamento como frases acabadas e prontas,
nem que seja verborrágica como uma infecção de um calor que não faz soçobrar um
homem, enquanto possui a consciência de estar mais vivo do que nunca.
Precisamos pintar as paredes para mostrar o expurgo de certos modus que não
vivendis. Seria quase o cúmulo nos conformarmos com quase tudo, mas o que se
expõe na tenda desses milagres é justamente a impossibilidade daqueles, pois a
velhice, meus camaradas, é triunfo, e chegar rápido nela é melhor,
parafraseando uma ofensa grave, de sabermos que na verdade há seres que se
rejubilam quando falta um membro de uma família, ou quando se adoece, pois do
alto de sua covardia inepta acima de tudo querem ver um forte se tornar
vulnerável, ver a montanha desabar. Mas não desaba: ergue-se... Pois a queda de
um líder, homem ou mulher, significa apenas uma transição, e que se possa
pensar no corpo sendo devorado, mas o espírito ninguém tasca, meus irmãos!
domingo, 17 de julho de 2016
EM SÍNTESE, HÁ QUE SER REVISTA A VIDA, NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA ORGIAS, POIS QUEM DELAS ABUSA NÃO SABE QUE SÃO TEMPOS ONDE ESTAREMOS MELHOR COM UM POUCO DE RIGOR EXISTENCIAL PARA NOS SITUARMOS NA NOSSA PRÓPRIA REALIDADE, ENQUANTO ESTA QUE MARCA A RELAÇÃO COM O PRÓXIMO, TÃO PRÓXIMOS QUE SOMOS, QUE O SOMOS TANTOS.
UM EXEMPLO DE EXPROPRIAÇÃO: A SATISFAÇÃO QUE UMA EMPRESA CONSTRUTORA POSSUI EM DERROCAR UMA PROPRIEDADE E SEUS FAMILIARES PARA CONSTRUIR UM EMPREENDIMENTO, NO QUE SE HÁ DE SABER QUE OS DEJETOS HUMANOS MAIS E MAIS AFETARÃO O QUE AINDA TEM RESGUARDO NATURAL, OU TRANSFORMA O MAR POLUÍDO EM UM GUERREIRO CANSADO DE TANTO TENTAR SE RECUPERAR...
ENQUANTO A ESQUERDA BRASILEIRA, AGORA OPOSIÇÃO, NÃO SE DER CONTA QUE O BRASIL NECESSITA DE NOVOS MEIOS DE RELAÇÃO PRODUTIVA A SERVIÇO DA NATUREZA, ENQUANTO NÃO REVISAREM CONCEITOS ATÁVICOS DE ANTIGAS E SUPERADAS CARTILHAS, NÃO HAVERÁ SUCESSO NA EMPREITADA DE CONSTRUIR UM PAÍS A LONGO PRAZO, POIS É NO FUTURO DO PLANETA QUE ESTÁ EM JOGO A SOBREVIVÊNCIA DELE.
O ROMBO DA BOLSA FAMÍLIA NO AUMENTO DESTE MÊS, PARA O POVO BRASILEIRO, É DE 2 BILHÕES, ENQUANTO O AUMENTO FRAUDULENTO DE 40 E TANTOS PORCENTO DOS FUNCIONÁRIOS DOS DEPUTADOS REMONTA UM ROMBO QUASE ESTRATOSFÉRICO DE CENTENAS DE BILHÕES AOS COFRES DA UNIÃO: O GOLPE SERVE A ELES, NÃO SE ILUDAM! BASTA DE ESTAREM PLUGADOS NA ILUSÃO...
DAS FOLHAS QUE NÃO CARREGAMOS
Sólida
a solidão que assombra uma alma que não prediz mais do que o tudo
Em
que estamos na alfombra de uma outra vida que por vezes não a queremos
Mas
que entorna na mesma vida o olhar consonante das esperanças...
De
se vergar um ramo, saibamos que o ramo assume sua posição em meio ao céu
Na
mesma ordem em que o sol brilha sempre nos lados em que as terras estão.
Da
poesia que reverbere a alma outra que segue caminhante pelas plagas do ocaso
Quando
se apercebe de vultos que se nos passam com toda uma parafernália
Que
pinta outros tons de semânticas dissonantes na música em que empanzinamos.
Há
do que o alimento, no alimentar se possa, a que comamos do pão de Cristo
Quando
nos apercebamos que é o mesmo pão que falta na mesa das tragédias...
Seria
dizer muito o dizer algo que não remanesce no olhar de um homem
Quando
desfia as pétalas de um prazer inexistente no sexo que transuda
O
mesmo olhar que trai a verve de sua poesia na promessa vã da experiência?
Não
nos apercebamos muito, mas o tempo eterno faz soçobrar algum prazer
Enquanto
ergue profeticamente a esteira de uma tecnologia que soçobra nos dias.
Se
não houvesse saída, saibam que a poesia verte do mesmo sangue do poeta
Quando
embebe de sua pena o líquido sagrado que apenas valoriza algum ato
No
porvir de significados outros que não o sejam aqueles de platôs vazios!
No
dizer-se há algo de sofrimento, algo que coaduna com os povos de fora,
Algo
que não remonta nosso outro sofrer que existe na vida dos que pulsam...
Há
fato no planeta, o planeta possui fardos, mas certamente são os que impingem
O
próprio sofrer daqueles que não pediram por nada que o fosse de injusto,
Posto
a injustiça que assola desde um país a uma Presidenta revela o amargo.
Desses
sabores passageiros na história que não se conta, na Verdade do mundo,
Na
Verdade das nações, na vida que não olvida que há e a temos na coragem...
sábado, 16 de julho de 2016
POR VENTURA UM ENCONTRO COM BAGAGEM
Prabhupada, em sua bagagem, o
Bhagavatam... Abrisse passagem, de Jaladuta, o barco, para o mundo, e sua
esteira espiritual algo complexa a se compreender de rompante. De um santo, um
verdadeiro santo do século XX. Quiçá muitos não aceitassem o fato, da remissão
da renúncia, da gana com fortaleza em traduzir, aos setenta anos, os dezenove
livros e seus doze Cantos. A bagagem de um mahatma, algumas rúpias em seus
bolsos, uma máquina de escrever, um baú, uma deidade, mrdanga e pressupostos
indizíveis de religião autêntica, vinda da mais remota Índia e seus
antepassados históricos de uma civilização voltada à realização espiritual...
Que não se negara o Cristo, que não se negara o Judaísmo, a religião Maometana
ou quaisquer outras, mas que trouxesse Krsna à luz, a uma frente em que
resguardemos tesouros e crenças, de Brahma à Visnu. Há que se ter a coragem,
mas que uma coragem que transude a fé em estarmos sabendo de trajetórias como
essa. Da Índia e seus templos à Nova Iorque conturbada nos anos sessenta.
Carreguemos com simplicidade as
nossas bagagens, como um tipo de substrato do nosso querer, um pouco daquilo
que somos ou não, que não olhemos muito para trás, mas que saibamos da história
que por vezes não nos contam, ou que não aprendemos, sem que para isso deixemos
de buscar por tudo: a vida espiritual, nosso erguer na reivindicação de nossos
atos, em sabermos igualmente que nada será um ultimato a não sermos, ou aqueles
que nos ditem o modo de ser, não obrigatoriamente o sejamos... Desde que
sejamos obedientes à Lei, saibamos que portar-se bem é sinal da paz entre
irmãos ou amigos, entre aqueles que se dizem nossos inimigos por termos uma
opinião filosófica, em um exemplo algo cabal, mas que tendem a recuar quando
dizemos da questão do que é ser um rival, do que é uma contenda fútil, do que são
energias não renováveis da competição desmedida e da disputa por poderes,
muitas vezes escusos por própria e inequívoca natureza...
A paz não há de ser um fardo, pois
enquadrar algo ou alguém com pressupostos de origem preconceituosa, não apenas
racialmente, mas de modo factual, apenas revela o esforço contrário para que
permaneçamos em um grande litígio. Talvez saibamos que há muitos interesses no
mundo, mas a paz deve ser a argumentação logicamente mais forte para fazermos
ver aos olhos das sociedades e seus povos que não pode haver mais espaço para
guerras, pois à atitude beligerante só surgem mais e mais conflitos. A Paz deve
ser recorrente, deve ser a sombra que nos una por sob as árvores, deve ser o
destino e a origem, para que o caminho se torne imantado desde seu princípio, e
que leiamos nos capítulos da história onde erramos para que os diálogos
sinceros e amistosos devam ser pronunciados sem o temor de que – para parafrasear
estranho paradoxo – falar sobre a paz ela mesma como princípio e fim não seja
compreendida por aqueles que fabricam as guerras. Estes talvez não compreendam
nunca, pois a paz não os torna ricos e poderosos...
O RETRATO DE UMA PAISAGEM DESCONHECIDA
Restava-me ver o mar, era tudo o que
sentia de minha avidez pelos figurinos da Natureza... Isso de aplacar o desejo,
em se vendo o horizonte sem as tréguas por vezes inevitáveis de um muro.
Quisera ver uma rocha, salitrada em seus ventos, por vez, que desse... Nada a
caminhar muito e – sim – os passantes, os carros com seus sons particulares, as
bebidas, certos ocasos do espírito, mas que se me dava a impressão da
tranquilidade pungente das gaivotas pousadas em outras referências, outras
rochas, no alto mar, que dava na visão que via, sereno da orla para aonde
outros pássaros meio que traçavam seu planar labiríntico nos rasantes. Era um
retrato em que por consorte se situa com a mesma paisagem que – pensava eu –
democraticamente faz parte do mesmo espaço. Um retrato, um quadro, a paisagem,
o volume aéreo do retratar a Natureza! E esse retrato seria mais distante qual
não fora nossa presença, dos bichos, igualmente, que não estamos sozinhos. Nada
a que remover da intenção, nada a colocar, nem o eu mesmo de um celular: no selfie, traduzido.
Nos colocamos em uma certa esfera,
em que um globo não nos envolva, posto podermos ampliar a esfera ao infinito de
nossos desejos, a saber, que cantem os pássaros para corroborar essa ideia. Sem
paredes que nos tracem, sem os episódios banais do non sense sem ermo, em que nos colocamos por vezes em patifarias
existenciais.
O sol um pouco que rasgava a cortina
do que via, meio que de cair o pano depois de um drama, e no correr do poente
do dia seguinte haveria um sol por encima, que ilumina bem lá do alto destas
linhas, a todos e tudo. E o pássaro dava as mostras de um quase silêncio ao
curvar-se em seu voo solitário, sendo que um pequeno inseto mostrava ao poeta que
seria uma palavra com a escrita agora que encerraria – por hora – uma impressão
de um – quiçá – cidadão das letras.
quinta-feira, 14 de julho de 2016
A VERTIGEM
A
sombra se nos apetece, quando turva – ausente – do que mereça
Tanto
a que o conforme nos dite algum querer mais do que se possa.
A
se prescrever um dito, um chiste, um verso, pois sim, que o pintamos
Nas
aparências justo que se pareça o verbo, a que mais se não diga...
No
dizer o somos tantos quanto os olhares debruçados sobre as linhas
Que
perfazem a coluna do entendimento que vai do ler ao consentir aprender.
Não
há fronteiras que nos digam um homem a mais ou uma mulher que veste
As
roupas que deixamos em um varal feito folclore tácito de conduta!
A
se ver um bom homem saber que a luta alcança quem por ela se dá na frente
Enquanto
nos ermos sonantes das retaguardas um caminhão passa com alimentos.
E
o porém que se nos diga mais do que diríamos outros que talvez soubéramos
Em
que as classes e o poder se imantam das vertigens que nos acometem.
Pois
que veríamos o próprio tempo a predizer mais predicados de um verbo ser
Confluente
do rio em que estávamos, no que isto não nos diste de sermos!
segunda-feira, 11 de julho de 2016
PRABHUPADA FOI TÃO MISERICORDIOSO COM A HUMANIDADE QUE COLOCOU EM LÍNGUA INGLESA O BHAGAVATAM, O MODO DE SE REALIZAR DEUS, O MESMO DEUS EM QUE TODOS OS UNIVERSOS DO COSMO REPOUSAM COMO CONTAS ENSARTADAS EM UM CORDÃO: O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO NADA MAIS SÃO DO QUE DETALHES ÍNFIMOS DE SEU CONHECIMENTO.
QUANDO DESCOBRIRMOS QUE ALGUMAS LINHAS DE ORIENTAÇÃO PODEM DEFINIR PESQUISAS MAIS ABRANGENTES, UTILIZANDO INTELIGÊNCIA NACIONAL, PODEREMOS NOS TORNAR UMA CIDADE MAIS INDEPENDENTE, UM ESTADO DA FEDERAÇÃO MAIS INTEGRADO E UM PAÍS MAIS SOBERANO: FALTA APENAS ALGO QUE DESSE GOVERNO FEDERAL NÃO POSSUÍMOS TANTO, A VONTADE POLÍTICA DE USARMOS NOSSOS PRÓPRIOS RECURSOS.
O POST PERÍODO
Dizer de uma periodicidade relativa
é como não escrevermos tudo o que diz respeito a algo que se aproxime da
verdade que cada um saiba que existe em algum lugar, desde uma plataforma
concreta em que o tijolo é um tijolo até a origem de uma pincelada em que
sabemos que possa incluir na expressão igualmente a subjetividade do ato.
Talvez vivamos um período posterior ao encontro que se fazia com a arte e
recorrentemente os artistas possuem a necessidade de encontrarem suas raízes
onde deixaram fincadas as realizações e feitos grandiosos... Apesar de seus
erros históricos de dominação, a Igreja permanece substancialmente como um
território onde a arte pontifica suas grandes realizações em diversos séculos,
a partir do momento onde vemos a cristandade repleta de obras maravilhosas que
resultam da aproximação dos artistas com a sacralidade. Inegavelmente, esse
patrimônio avulta na Europa, mas trás na história brasileira grandes momentos
que vão de peças memoráveis que traçam os perfis das artes, ofícios e
artesanatos de nossa história cristã. Assim como na Índia os templos sagrados
são maravilhosamente decorados, em belíssimas e igualmente seculares
arquiteturas, que fazem da Índia uma pátria espiritual do Oriente. Não podemos historicamente
nos colocar como críticos dessas obras memoráveis da civilização tanto hindu
como europeia, pois se assim incorrermos estaremos contestando patrimônios
artísticos culturais da humanidade. Igualmente, infelizmente muito do tesouro árabe
foi destruído com as guerras e traços de uma civilização inteira em seus museus
foram saqueados ou destruídos, basicamente por uma ânsia da ganância em
conseguir o petróleo, independente da situação em que se encontram agora esses
países.
Se partimos do pressuposto de que
uma nação ou uma religião como a católica, por exemplo, merece a crítica
sistêmica de outras religiões, estaremos depondo contra a ordem social e a
liberdade de culto, pois o catolicismo – para o ocidente – ainda é a principal
corrente teológica e sagrada, em que o Papa Francisco se revela como um santo
de nosso século atual, e nada explicaria igualmente qualquer perseguição a
qualquer credo, pois se o fazem isso merece uma intervenção cabal e precisa. O
Estado deve ser laico, justamente para fazer valer a liberdade de culto e o
respeito aos sacerdotes e religiosos, tanto no culto cristão como na idolatria
e outras vertentes importantes, como as crenças indígenas e a preservação de
suas culturas, onde o “missionário” dede imiscuir-se de intervir em suas regras
tribais.
A todo o momento vemos que a Igreja
é desrespeitada, vemos cristãos criticando cristãos, bíblias diversas que não
se coadunam, frentes de evangélicos traçando políticas excludentes e maometanos
sendo perseguidos mundo afora. Toda essa exclusão social se deve à intolerância
que está fazendo valer seus dogmas impostos politicamente, em um atraso que
revela frutos intragáveis, como o peso que exerceram os partidos religiosos na
quebra da democracia brasileira.
Resta sabermos a que ponto
chegaremos quando as mídias e os poderes políticos usam de sua repercussão na
sociedade para que tracem sinistros projetos, onde a origem de certas religiões
atendem a interesses externos, são um modo estratégico de manipulação de poder
e intervenção na boa vontade das gentes. Obviamente, sabemos de que usam todas
as armas para alterar o destino de uma humanidade que sofre do mal da ignorância,
e abre espaço para uma única leitura social, um dogmático olhar que fere a
diversidade esta como um grande mosaico cultural que deve persistir nos olhos
de quem carece de mais luzes no panorama de nosso país. Resta olharmos para o
olhar de Eduardo Cunha, por exemplo, e não veremos a serenidade que encontramos
em um verdadeiro homem de Deus!
sexta-feira, 8 de julho de 2016
É CHEGADA QUALQUER HORA, EM QUE POR VEZES O DESCANSO DE UM HOMEM, OU DE UMA MULHER, BASTA A QUE REFLITAMOS QUE SEMPRE SERÁ A HORA DE VERMOS ALGUNS DE NOSSOS DIAS, DE VERMOS ASSIM, SEM A ESPERA CALCULADA, SEM TERMOS GENÉRICOS, POIS COM AS PONTAS DA ARTE QUE DE MANUFATURA TAMBÉM BASTE QUE SEJA UM POUCO!
quarta-feira, 6 de julho de 2016
UMA POESIA DE ULTIMATO
Nada
seria como antes se não houvera qualquer fato, de factibilidade luminar
Que
não me aprouvesse tanto de tantos e quase ausentes modos de se ver
Algo
de mundo inóspito por vezes, mas que em jardins serenos de ervas
Nos
vemos dialogando com as plantas, tocando gaitas para reverenciar
O
modo tão lindo de vermos um mundo ainda mundo de se viver...
Um
ultimato que se lance à tenebrosa condição de não vermos a luz eterna
Com
que nos brinda o espírito, com que nos brinda um bom livro religioso,
Com
que nos brinda uma boa filosofia que nos ensina ou orienta a pensar
De
maneira um tanto coesa, não nos ditando como sendo-nos autômatos,
Mas
reverberando quem sabe as verdades que por vezes não encontramos no dia.
Esses
dias de algo, essa pressuposição – apesar de tudo – altamente louvável
Nos
leva a lugares em que a arte mede seus esforços em continuar combativa
E
as obras se sucedem a um esquadro de ofício, a um prumo de um jactar-se peão.
Não
em ser muito do que se diz nas fronteiras do indizível, pois a vida ela mesma
Não
perece em não sabermos muito do que anteriormente saberíamos de tanto
Que
a veia circunspecta de um estudo nos mostra a sua fronte entumecida!
Plenamente
registrado na comédia das artes culturais, que a poesia sirva ao menos
A
algum anátema não dialogado com a ausência, a um recrudescer de tons
Que
lembrem fatídicas vibrações de um músico pontuado na alquimia
De
sincopar com a maestrina percussão o timbre de um rock progressivo...
De
ante mão não saberíamos ao certo o próprio nível da suposição algo anêmica
Quando
lembramos de um tempo em que estamos um pouco ausentes de tudo
Em
uma espécie de limbo em que – gracias
– a poesia possa reverberar um pouco.
Nessa
solidão algo concreta de seres não povoados em uma vida de celibato
Saibamos
que um sacerdote vive de um modo que se povoa de vida simples
E
um pensamento elevado às alturas de um som quando o escuta vibrar...
Não
há sono no choro de uma poesia, não há como ignorarmos uma vida
Que
segue a outras em que falamos quase sempre o que sempre curtimos
Escutar
entre e fora das paredes, dentro e fora dos muros e sobre estes
Quando
na verdade não os estamos rompendo, mas transformando-os em rochas!
Que
saiamos para ver um mar, que compartilhemos a foto de uma grama,
Que
usemos a máquina para filmar um voo de inseto, que o mosquito seja
Mais
um ser que nos teça a companhia sincera de um outro animal quiçá gato...
E
que nos aflorem as visões que porventura possamos ver sem a pecha da loucura
E
outras dentro da loucura mesma que nos invade quando vemos os loucos
Pela
vida afora, loucos pela vida em se viver, a ser, quando muito os poucos...
Na
audiência de uma tribuna qualquer veríamos um arremedo de palavras
Talvez
ensaiadas por outras letras que se dizem outros versos posta Lei
De
onde nossas latitudes se encontrem dentro dos versos que constituem.
Há
muito o que se dizer da poesia de um sonho em que o poeta não encontra
Mais
do que uma poesia que deixou adormecida em vários os sonhos do mar
Quando
as ondas lhe trouxeram os avisos de navegantes solitários à redoma do lar.
Do
terceto de sua alfombra nada messiânica nem profética, apenas oficiosa
Algo
se diz que a poesia é um tipo de cerzimento de algumas causas que encontram
Os
laços dilatados de um amor que não é dito, mas que porventura possa existir
Sem
que isso confronte com a idiossincrasia a própria e íntima sanidade do homem!
Sem
que se possa, sem que o possamos, mas que o possuamos, ao verso redondo
Veremos
um planeta mais áspero quando não sentirmos muito a superfície
Do
que possa a ser sentido menos do que o valor subentendido da palavra nua...
Se
há de um hermetismo cabal, voltemos a uma plataforma em que o próprio amor
Tecerá
a sua vertente encaminhada por energias várias do energético oceano
Onde
saibamos que na perspiração de Krishna está o viés dos universos!
A
quem interessaria possa, pois que não se interesse muito que porventura
Algo
não teceria uma conjectura se não fora de sinceridade única e vital
Para
que não separemos corpo e espírito e nos alimentemos das necessidades
Em
que a vida nos priva por vezes por espírito verdadeiro e cristalino
De
tomarmos a medida em nosso imo de enxergar o véu que nos tapa o olhar.
Basta
que todos esses versos seja uma pincelada em uma superfície – arca vigraha –
Do
olhar de Vishnu sobre o nosso olhar tão mesclado da previsível incompreensão
Quando
nos esquecemos que a vida merece mais atenção ao que é sagrado!!
terça-feira, 5 de julho de 2016
HÁ QUE SE FAZER UM MEA CULPA E APONTARMOS O DEDO PARA A OTAN, COMO INSTITUIÇÃO ALIADA PARA DEFLAGRAR TODOS OS MORTICÍNIOS MODERNOS, TENDO COMO BASE MILITAR E INTERVENIÊNCIA BÉLICA OS PAÍSES DO ORIENTE MÉDIO, QUE FEZ GERAR A REAÇÃO MEDONHA E CRUEL DENTRO DOS CORAÇÕES DA MESOPOTÂMIA: A ORIGEM DAS CIVILIZAÇÕES.
SE HÁ CIVILIZAÇÕES NO MUNDO QUE CREEM ABERTAMENTE NO PODER DA VIOLÊNCIA PARA DOMINAR OU LIBERTAR-SE DE GRILHÕES HÁ QUE SE SABER QUE UM SER HUMANO TEM QUE SER NÃO VIOLENTO, POIS REZA ESSA MESMA LEI ENTRE OS CIDADÃOS, E QUE ISSO SEJA EXTENSIVO A QUALQUER MODO ILÍCITO QUE VIOLENTE A DEMOCRACIA E SUAS NAÇÕES!
O PODER GIGANTESCO DE SE PODER...
Ganha-se
o não ganho, entorta-se o útil do não merecido,
Aposta-se
em dados voláteis, esgrima-se a lembrança de uma frase,
E
a questão torna-se um torrão de galho seco soprado no tabuleiro!
Ah,
sim, que supomos ganhar certo poder, mas o próprio ganho vil
Retorna
a uma questão em que não encontramos uma Helena sóbria
Aonde
possamos ancorar o pressuposto terno de uma loucura consentida.
A
se unir palavra e verbo, verbo e palavra, saibamos de Prabhupada,
Que
une tudo e todos no enfrentamento sincero entre as religiões,
Este
que passa a que não adoremos diversos custos, ou anunciemos o mal.
O
encontro de nossos vértices, de nossos cantos e cantos de esquinas
Passa-se
na dimensão do que já foi escrito há muito e que já conhecemos,
E
o que veio no desconhecido a uma paráfrase de um mundo em que se diz.
Que
a expressão não tolha a indiferença, pois esta é seara fértil da vida,
Mesmo
sabendo que um toque de celular não abre conflitos
Na
mesma indiferença que temos a possuir sobre displays
que nos imputam.
Será
mais fraterno o mundo em que não nos tolham os reflexos
Que
pulsam pelas consciências que deixamos adormecidas na mesma luz
Que
apascenta um nível de se assoberbar quando encontramos a Krsna!
E
assim nossa referência torna-se diamantina, pois sentir a grandeza
De
um mahatma como Prabhupada é simplesmente encontrar a força
No
gesto terno, fraterno e necessário para redimir uma sociedade conturbada.
segunda-feira, 4 de julho de 2016
SOMOS OUTROS TANTOS
Nos
sabem os enigmas das propostas
Quando
evidenciamos fatos quaisquer,
A
que se nos busquem os mesmos aqueles,
Em
tanto no que controlam um eixo
Que
gira mais o rotor da hélice
Quando
o navio quase para sob a força de seus nós...
A
que saberia o teor de duas linhas
Em
que o homem que possa escrever – pois escreve –
Tece
a força de um servidor maior que o frame,
Quando
encontra sob os véus do teatro
Algo
que não nubla: mas as superfícies dos atores.
Não
há que saber mais de um triângulo de dois lados,
Pois
de uma aresta se procure outra no vértice infinito,
Quando
o rumorejar da forma veste o cubo com o polígono,
De
tanto o dizer-se a mais do que tal seria quiçá o nada!
Outros
seríamos sem a plataforma crua de um pensamento
Assim
pensado na urgente – e apenas – metáfora filosófica
Quando
nos encontraríamos com uma pedra que nos dissesse:
Eis-me,
o que tenho por mim é apenas um silêncio de grito!
E
assim se faz um dia que não fora tão complexo quanto o sono,
Pois
que outras arquiteturas respiram mais do que os códigos de valor,
A
princípio o não da mesma informação que justamente não existe,
Quando
de maior orientação será sempre o concreto material,
A
saber que no crânio a cidade de nove portões guarda o reflexo
Do
espírito que reside no zero e um multiplicado por vida: no coração.
sábado, 2 de julho de 2016
A FORÇA CELESTE
Do
céu nos apanhamos a um pagode de recorte
Qual
casa do Ocidente em sua arquitetura planar
Às
telhas que vivem um grande ar em que somos vida
E
a delimitações do espaço infinito enquanto limite
Nas
percepções de ângulos agudos e obtusos do olhar celeste.
Vertemos
mais ar no que pretendemos sólida a questão
A
que a luz nos acompanhe entre os dois portões
De
muito que seja o Tao, quiçá apenas o reflexo de um ser...
Mais
vida brota no não estar inconsciente, em que a Flor
Seja
de um Ouro nada escalar, visto estarmos entre o motor e aquela
Quando
– reticentemente – não escutamos o passo do Consciente!
Que
seja vermos qual uma visão de uma tribo chinesa,
Ou
um não ato hindu, em que a ação não procede sem sabermos
Que
é na reflexão de um ocidental que tudo possa fazer o Uno.
Desses
dois portões haveremos de ver bilhões de seres despidos
Daquilo
que se chama jargão iconoclasta de desavisos
Em
que a porta de uma oca se abra e pretenda a verdade na voz...
E
nesse painel flexível de jutas e bambus – aproveitem –
Se
encontra a veracidade de um poeta que se aproxima qual gato
Da
ordem de sabermos gerir a cidade-coração com os olhos da visão!
É
hora de compreendermos melhor o que vem do Oriente,
Sem
dividirmos as mesmas frações que colocam em nossas mesas,
Aos
tempos de auferirmos mais e mais as respostas consonantes.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
O ERRO CONSTA NO INVISÍVEL
Fervorosa é aquela mão que toca no
invisível. De tantos tocares que um agregar-se é mais do que o nada, a não ser
que passemos a transgredir mesmo as nossas falhas. Pois que ninguém falha em
seus ardores secretos, digitais e de progênie... Do que falhar-se pode ser a
estampa circunscrita na metade do maço de cigarros. Ou outras estampas, a
ter-se cuidados redobrados. Dos órgãos que possuímos no corpo veremos que o
fígado passa a ser mais suscetível, ou que o freio do carro não responda à embriaguez
noturna, quando nos servem os postes dos impactos: a estranha serventia
invisível do alcoolismo. Algo de transpormos a consonância de novos tempos, mas
que a história mostra que nos círculos impressos na humanidade ainda está
fortemente selado – como um estigma – o padrão do poder e suas invectivas
amarras. Alguém que possui erros não consta no agora visível, um perfil quiçá
mais humilde, ou um comandar-se à própria vida: mais sincero este que passe a
ser uma atitude de coragem na medida em que um homem ou mulher se imponham, com
sua civilidade e suas idiossincrasias.
Fato é que de algum modo parecemos
os mesmos de outros, mas a partícula de nossa individualidade é indissolúvel. O
indivíduo fala ao próximo, e por vezes um grande ser invisível fala ao
individual coletivizado. Esse é um dos lados assustadores de nossos tempos. O
fardo, o carregamos aos que pensamos, aos que somos e estamos. De um verbo mal
escrito, talvez, mas que o queiramos: ao verbo e suas latitudes insondáveis,
antes, durante e depois de nossas expressões. Criações expressas, que tal
seria: um anátema complicador dos atos? Nada mais seria antes do que isso, mas
que não reverberem tanto dos celulares, pois não estamos muito por cá da
escravidão conectiva. Quando não supomos aonde ela nos atravessa, quando
perdemo-nos da instância real e nos transformamos em egos ausentes de si,
porventura espelhados no “outro”...
Talvez seja distante falar do
invisível toque que nos sublima a fronte, que desfaz os cristais perceptivos,
mas que isso não nos cause o torpor da tarefa ganha, por estarmos curtindo o
que se é de, como um insight de “orquestra”, ou o humor de uma embalagem no que
se é de construir. Pensemos melhor a respeito, quiçá pela vida ganha passamos a
não desejar que nos critiquem e, o que é pior, a não sermos mais capazes de
tecer um bom pensamento desse teor. O enigma traça-se por vezes com um esquadro.
Sabermos utilizar o cerne de nossa crítica, versando o sentimento, quiçá algum
paradoxo, sempre é salutar, em todas as esferas do conhecimento humano. E cada
qual com o seu buril, como o cinzel, com as espátulas. Mostremos de uma vez por
todas que vivemos em um território livre das mazelas quando – qualquer de nós –
acendemos o archote de nossas esperanças sobre alguma palavra lida, escrita ou
falada, dialogada ou não, consentida pela razão que nos liberte do grilhão que
nos narra a treva, e que esse archote nos guie, nem que para isso ainda sejamos
um quê de solidão, mas que seja a luz que nos conforme o fato de estarmos
conscientes, ao menos sabendo quem somos e aonde estamos.
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