Uma narrativa algo complexa
traduziria o modo como vemos o nosso país, assim, de estarmos vivenciando a
ponta de uma grande crise moral e espiritual justamente onde – nas Américas –
nosso Brasil sempre pontuou como uma pátria com tantos codinomes quanto são os
estrangeiros que bem recebemos em nosso solo. Nunca vivenciamos a Guerra e
hoje, por incrível que pareça, a palavra treinamento está na ordem do dia...
Não estamos por cá vendo algum desejo na face de um/a artista a temer
gratuitamente, pois a sensibilidade que aflora nesse teor manda que resistamos
bravamente a fazer da arte não apenas um instrumento de nossos sonhos e
entusiasmos, mas a ensejar que não haja coação de qualquer espécie, seja
econômica ou política, ou de algum povo que se julgue superior e ande por aí
correndo a estampar na face crua de pessoas mais verdadeiras a alcunha da
traição ou o prenúncio de derrotas existenciais, como vimos estar acontecendo
esse fato em várias as esferas sociais. Tenhamos em conta de que sermos
patriotas verse a não deixarmos os privilégios econômicos serem mais fortes do
que as reivindicações populares, pois estaremos a ver a debacle espiritual
sendo forçada na mesmice bíblica de várias formas como atraso em que – tal como
um pêndulo – não sabemos mais se estamos no Novo ou Velho Testamento, se era ou
não Messias, a partir do ponto em que laicizar a nação torna-se agora algo que
gira em um desconforme do sem nexo, em que partimos do pressuposto de que o
Congresso agora se protege, mesmo que a opinião sobre esse fato seja isenta da
política, pelo menos tal como a vimos sendo exercida até então. Com as faces
bíblicas assumidamente de interesses, em que o paradoxo mostra que não sabemos
nem mesmo da maior parte da população mundial, e vendamos os nossos olhos para
que não vejamos a realidade de outros países, e nos protejamos sob a ótica de
tal ou qual cunho ideológico, onde não haveria meio termo, mas obviamente em
virtude das circunstâncias será mais lógico lutarmos por uma melhor justiça
social, em vez de apenas nos confrontarmos com o Eu-sozinho que nada mais é do
que fraqueza, mesmo que isso nos baste como o conformismo da imposição
refratária da injustiça.
Nossas festas das Olimpíadas talvez
garantam uma tranquilidade e visibilidade extraordinárias, onde todos os
holofotes estarão voltados para um país golpeado covardemente, em que o esporte
calará a voz do povo através da distribuição de medalhas e o país se revelará
um gigante mundial do esporte nas paraolimpíadas, o que não deixa de ser uma
vitória para o Brasil, tão fraco no esporte olímpico convencional. Tornemo-nos
um tipo de pêndulo de força, uma torcida gigantesca para que tudo corra bem, em
paz, que consolidemos com competência pelo menos essa fase em receber e acolher
com segurança essas populações que aqui virão. Paz acima de tudo, mas que
aproveitemos a afortunada visita desses povos estrangeiros para mostrar que a
nossa democracia foi quebrada duramente, não ao olhar beligerante da ideologia,
mas do fato em si, revelado pelos melhores observadores imparciais da
humanidade, pois a tomada de consciência de quem somos nós os brasileiros aos
olhos do mundo é um modo de tornar o mundo consciente do que passam a fazer
recorrentemente com as democracias populares ao redor do planeta. Basta que
mostremos ao mundo como o poder é gigantescamente cobiçado, e como é ingênuo
esperarmos que as coisas melhorem economicamente para os cada vez mais ricos,
pois a falta que nos faz a educação de bom nível, sem a coerção – que deve ser
revelada – que uma lei proposta quer permitir às luzes já mais tíbias da
apreensão do conhecimento por parte dos alunos. Se, porventura funesta, os
estrangeiros e seus canais noticiosos não revelarem qual é o Brasil de agora,
com todas as luzes – imparciais, dito bem! – estaremos negando que o mundo
ocidental revele alguma que sobre no fundo do túnel em que todos estamos
entrando: escuro e profundo.
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